Cap.3 Missão confusa
Notas iniciais: Eu fiquei com preguiça de narrar a missão em detalhes, mas nos próximos saberemos sobre ela.
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Capítulo 3 - Missão confusa
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A bunda ainda doía bastante devido aos tapas, depois de um banho vestiu uma saia parecida com a de Toga e um dos muitos casacos de Shigaraki, sempre pretos, colocou os tênis, os brincos e passou um batom, desceu para o café ouvindo um burburinho dos outros.
— Bom dia pessoal, bom dia Togazinha. — Sorriu. — O que temos pra hoje Kuro? — Se debruçou no balcão atrás de uma maçã.
— Nada que vocês não deem conta. — A "nevoa" respondeu.
— Vamos viajar Mi, já até separei uma faca especial para essa missão! — Toga estava empolgada.
— Que ótimo, não vejo a hora. — Revirou os olhos e Shigaraki que até então não estava presente na sala, retornou, já com as costumeiras mãos em seu corpo. Twice ao ver os dois não pode deixar de implicar.
— A noite foi boa, não foi? — Mirai sentiu o corpo gelar, lembrou que havia gritado bastante, o rubor na face foi inevitável, estava morrendo de vergonha.
— Twice cala a boca! — Kurogiri sussurrou e o olhar mortal de Tomura se abateu sobre o mascarado.
— Ok, como são sensíveis. — Levantou as mãos e Mirai olhou de canto para Dabi como se pedisse sigilo pela diversão de ontem, não era do costume de Dabi ser falador e por esse motivo que Mirai estava a salvo.
— E quando começamos? — A lilás perguntou.
— Em meia hora. — Kurogiri respondeu, ela olhou para os demais que aparentava estar prontos e sinceramente não entendeu como suas habilidades seriam usadas. Dabi manipulava as chamas azuis. Toga sabia se virar bem e Twice... Bem, era o Twice.
— Ok e pra que precisam da minha ajuda? — Questionou novamente.
— Não precisamos. — Dabi foi direito.
— Ótimo, então não preciso ir. — Sorriu.
— Você vai e acabou. Quando chegar lá saberá exatamente o que fazer. — A voz de Shigaraki fez com que a mesma revirasse os olhos.
— Como quiser oh grande mestre. — Provocou, nunca teve muito amor a vida mesmo. Kurogiri não esperou por uma resposta do "chefe" apenas abriu o portal, naquelas condições se sentia uma babá tanto para Tomura quanto Mirai, foi preciso efetuar dois teletransportes devido à distância e quando finalmente chegaram a lilás ficou encantada. — Estamos numa ilha! — Apesar de alegre, não berrou, porém, não perdeu tempo em tirar os sapatos e enfiar os pés na água e sentir a perfeita mistura de areia e a frieza do mar.
— Não estamos de férias, princesa. — Dabi Ironizou.
— Se soubesse que viríamos pra cá teria posto um biquíni. — Mesmo rebatendo era uma puta de uma mentira, com a bunda toda marcada, jamais usaria um biquíni.
— Depois que matarmos eles, vamos fazer um Castelinho de areia vermelha. — Toga Sorriu tocando as pontas dos dedos.
— Matarmos quem? — Mirai perguntou confusa, agora se unindo ao grupo que de longe vislumbrava o que realmente estava acontecendo: havia alguns carregamentos pelo lugar, além de policiais e uma equipe de herói.
Os olhos de Mirai brilharam ao entender de que era aquela equipe.
— Acho que não precisaremos matar ninguém. — Sussurrou atraindo a atenção dos demais. — Pensem comigo, se iniciarmos uma luta vai ser trabalhoso além de que poderemos nos machucar, afinal aquele ali é o gang orca! — Apontou. Dabi se distanciou apenas para pensar.
— A princesa tem medo de sujar as mãos? Vai ser um peso morto nessa missão. — Comentou.
— Primeiro para de me chamar de princesa e vai por mim, não tenho medo de sujar as mãos, só que uso o meu cérebro. — Implicou — Além disso, eu aposto que os heróis que vigiam aquele búnquer não fazem a menor ideia do que acontece lá dentro, já que o senso de justiça dos mocinhos não permitiria isso. — Piscou. Dabi se deu por convencido.
— Vamos esperar até a hora do almoço. Você e Toga vão se virar para entrar e sair entendeu? — Mirai assentiu. — Twice vai cuidar pessoalmente da distração pelos dois lados e eu vou fazer o que faço de melhor. — O moreno acendeu uma chama azul na destra e Mirai ficou hipnotizada.
— A sala não tem teleporte, então nos encontraremos bem aqui.
"Que homem gostoso." — Foi o que Mirai pensou, mas apenas assentiu como todos os outros.
— Só mais uma coisinha, garota, qual é a sua individualidade? Já sabemos que você é imune ao Shigaraki, mas nem por isso vou arriscar trabalhar com alguém facilmente descartável. — Ela riu.
— Posso simplesmente anular qualquer individualidade e te persuadir a fazer o que eu quero. — O semblante da garota estava em paz.
— Uma individualidade dupla, interessante. — O sussurro não passou desapercebido pelos ouvidos dela, que se inclinou mais ainda na direção dele.
— Que seja nosso segredinho. Dupla não... Tripla, mas não queira ver o terceiro estágio e nem trate isso como uma individualidade está mais para uma mutação.
Ele riu e acendeu o cigarro.
— Contanto que saiba usar, as consequências não me interessam.
A conversa cessou e quando chegou a hora cada um assumiu aos seus postos, seriam rápidos e práticos.
Enquanto isso, no "esconderijo" da Liga, Shigaraki participava de mais uma reunião com ALL FOR ONE:
— Mirai despertou mais um nível. — Shigaraki comentou...
— Excelente, ela será muito eficiente para nós, principalmente para você, a Anulação dela só precisa alcançar o ápice. — ALL FOR ONE parecia gostar do que estava por vir.
— Aquela mulher fraca é uma bomba relógio. — O azulado ainda estava com raiva por toda a desobediência.
— Foi por isso que fiz pra você.
— Não acho que seja um bom presente. — Coçou o pescoço relembrando das confusões que a garota causou ao longo dos anos, a voz de ALL FOR ONE parecia emitir um riso.
— Mirai é peculiar. Ao mesmo tempo que é imune a você, é totalmente submissa. Sugiro que a faça explodir, não agora. Você saberá o tempo certo, no, mas está livre para fazer o que quiser e antes que me esqueça. — Um portal foi aberto na sala. — Acho que vai precisar disso.
Tomura olhou ao redor se deparando com uma caixa enorme, não sabia o que havia ali dentro, mas se era um presente para ele, evidente que estava ao agrado. A conversa se encerrou rapidamente após uma atualização dos planos.
De volta a ilha:
Toga havia consumido o sangue de uma das cientistas do local enquanto Mirai depois de por uma assistente para dormir despiu a mulher e pegou seu cartão de acesso, nos extremos norte e sul da praia Twice causava uma confusão envolvida pelas chamas azuis de Dabi e supostamente Toga.
As garotas andavam a caminho do búnquer quando avistaram gang Orca, Mirai segurou no pulso esquerdo de Toga cochichando em seu ouvido:
— Antes de entrarmos preciso fazer uma coisa. — A loira deu de ombros e ambas seguiram o caminho, quando pararam de frente para o gang orca os olhos de Mirai brilharam. — Com licença herói. — Chamou atenção sendo olhada por ele. — Sei que não é hora pra isso, mas será que posso tirar uma foto com você? — Os olhos de Toga ficaram espantados, ela realmente estava pedindo para tirar uma foto com um herói?
— Hum? Estamos sobre ataque, vocês deveriam entrar no búnquer. — Orca ordenou, mas ao notar os olhos entristecidos da mulher se deu por vencido. — Seja rápida. — Mirai jogou o celular nas mãos de Toga e abraçou a cintura do herói que ficou totalmente sem jeito pelo contato, sorrindo feito criança, conseguiu a foto dos sonhos.
— Obrigada senhor gang. — Fez uma média reverência antes de seguir para o "abrigo subterrâneo", os olhos de Toga e até mesmo a face estava horrorizada:
— O que foi aquilo? Agora você gosta de heróis? — Ambas adentraram facilmente o local com os cartões de acesso.
— É sério? Só tenho uma palavra para você: Midoriya. — Sussurrou e sentiu as bochechas da "amiga" queimar mediante a euforia de sempre quando se tratava do aluno da UA ao qual adorava ver o sangue. — Cada uma com as suas loucuras. — Sorriram de forma cúmplice andando em direção ao fundo do abrigo subterrâneo até serem abordadas por um homem de terno e gravata acompanhado de dois seguranças:
— Senhorita Fukai a apresentação do projeto vai começar em dois minutos, não deveria estar na sala? E quem é essa...
— Minha estagiária, senhor presidente. Conheça a senhorita Himori ela é uma excelente geneticista. — Mirai o cumprimentou embasando as palavras de Toga.
— Seja bem-vinda senhorita...
— Yuka Himori. — Mirai respondeu. O homem passou por elas que se entreolharam antes de segui-lo, desaguando assim no auditório onde foram obrigadas a escutar sobre os planos do governo a respeito do projeto que era mantido no búnquer.
— "Fênix". O que será isso? — Toga sussurrou.
— Acho que a aparência que você roubou pertence a uma das cientistas do projeto, então vamos dar uma olhada. — Mirai estava louca para encerrar aquela missão, manter as duas mulheres desmaiadas para assumir seu lugar consumia muita energia mental.
A dupla saiu discretamente do auditório e caminhou pelos inúmeros corredores e bifurcações do abrigo, quando finalmente chegaram a porta que exigia digital e credencial. Toga entrou em ação agora frente a frente com o famigerado projeto podiam fazer o necessário.
Do lado de fora do abrigo subterrâneo, apesar de tranquilo, o confronto nas extremidades da ilha continuavam. Dabi havia aniquilado metade de um esquadrão e estava profundamente entediado com a demora das garotas, algumas rajadas de chamas azuis aqui e ali e o próprio já estava para ir em busca das mulheres. O celular vibrou no bolso, terminou de incinerar a última vítima antes de atender:
— Podem sessar com o ataque, estamos a caminho. — A voz de Mirai era um sussurro e quando Dabi parou de queimar tudo, Twice fez o restante desaparecer. Quem diria que as meninas conseguiriam passar por toda aquela segurança sem chamar atenção.
[...]
Chegar ao ponto de encontro foi menos arriscado do que o esperado, gang orca acabou dando suporte para alguns policiais a alguns metros de distância do búnquer e fora o suficiente para ambas refazerem o caminho do refeitório e passar para a floresta. Mirai por segurança resolveu ficar com as roupas que vestia devido às digitais e pegou o moletom que estava usando antes de ir embora.
— Vocês demoraram. — Twice reclamou.
— Fazer o que se a Mi foi babar a orca. — Os dois vilões arregalaram os olhos.
— Sério isso Mirai? Você sabe que ele é um animal né? — Twice gargalhou.
— Não faço ideia do que a Toga está falando. — Revirou os olhos.
— Você gosta literalmente do Free Willy. — Dabi riu acendendo um cigarro.
— Tá explicado por que o Shigaraki não tem chances. — Toga gargalhou e ela rangeu os dentes visivelmente envergonhada.
— Primeiro eu não sou apaixonada pelo herói, só criei uma distração convincente. E outra, o Tomura não tem nada a ver com isso. — Twice e Toga riram, perceberam que haviam descoberto um novo passatempo em comum: perturbar Mirai.
— Ok, bando de bebês, vamos embora logo. — A garota cruzou os braços e Dabi terminou de fumar o cigarro antes de avisar a Kurogiri e assim irem embora.
A "sala" estava silenciosa quando o grupo chegou, Dabi ficou encostado na parede com sempre enquanto Twice sentou na banqueta. Toga se jogou num urso no canto da sala e Mirai encostou no balcão ainda com o traje de assistente.
— Cadê o desidratado? — Sussurrou para Kurogiri sendo surpreendida pelo próprio Shigaraki.
— Mulher... Você não aprende. — Coçou o pescoço e para piorar parou do lado dela. Mirai não é tão imune quanto pensa e foi inevitável, a sensação de calafrio que percorreu por todo seu corpo sem saber distinguir se era medo ou tentação.
— Fazer o que, é da minha natureza. — Tentou esconder a própria situação ao qual julgava como deprimente.
— E então? — Questionou. Dabi olhou para Toga e depois para Mirai.
A loira, no entanto, nem se moveu, apenas apontou para a lilás que revirou os olhos antes de abrir o jaleco branco e retirar do bolso interno um cd, colocou sobre o balcão e deslizou pela mesa, depois enfiou a mão nos seios e retirou uma pequena placa de metal claramente chumbada e codificada.
— Eles chamam de fênix e não da para invadir aquela fortaleza, chegar até a praia é fácil, mas o abrigo subterrâneo é praticamente um expurgo para os vilões e nem mesmo os heróis tem permissão para adentrar o local. — Shigaraki escutava tudo atento e apenas coçava o pescoço.
— Não acho que essa porcaria seja do nosso interesse. — Dabi vislumbrou com mais cuidado, concluindo que aquilo deveria ser algo tecnológico que geralmente nerds adoram, mas o interesse de Tomura era desconhecido e se tratando do mesmo sabia que teria que analisá-lo muito bem.
— É, sim, Dabi, os humanos estão desenvolvendo uma forma de nos matar sigilosamente e aos heróis que saírem da linha também, um mar de corpos sem uma gota de sangue. Muito entediante... — Toga continuou deitada no urso.
— Eles estão no começo, mas já vimos do que são capazes, contrataram inúmeros geneticistas e outros cientistas, estão estudando a probabilidade de introduzir algo no sangue, estão explorando outras ideias também. Os humanos como Toga gosta de dizer são imprevisíveis e aparentemente a crença nos heróis está abalada depois da queda de All Might, além disso, creio que a parte da população sem individualidade quer igualar a situação. — Mirai caminhou até a geladeira, estava louca para tomar um sorvete, abriu a geladeira e não encontrou nada.
— Isso vai ser muito útil, com a mente certa podemos virar esse jogo a nosso favor. — Shigaraki deu um sorriso assustador. — Amanhã teremos outra missão, um pouco de caos para agitar a vida desses heróis, então não temos mais nada para hoje. — Sorriu novamente. Mirai fechou a geladeira inconformada, estava pouco ligando para as palavras de Shigaraki.
— Ok, vou comprar sorvete, alguém vai querer alguma coisa? — Suspirou.
— Bala de alcaçuz — Toga.
— Coca-Cola — Kuro.
— Vodka — Twice.
— Beleza, vou só tirar o disfarce. Deixem o dinheiro no balcão, eu sei que vocês não gastaram tudo, então não sejam pão duros! — Mirai subiu rapidamente os degraus, ainda tinha em mãos o moletom preto e a saia, adentrou o quarto arrancando as roupas e as substituindo pelas peças anteriores, quando retornou para a sala o dinheiro estava no balcão e o povo havia desaparecido, mesmo assim catou as notas e enfiou no bolso, seria legal dar uma volta pelo quarteirão sem preocupação pelo menos era o que esperava, porém, a vida adorava lhe pregar peças e ali estava o azulado tão silencioso que a mesma não percebeu sua presença que só foi notada após um toque na roupa feminina, já que Mirai havia se inclinado no balcão para pegar água.
— Se você inclinar mais, sua bunda ficará a mostra. — A garota levou um susto deixando o copo cair dentro da pia.
— Você tem que parar de aparecer assim. — A mão dele ainda segurava a ponta da saia. Mirai olhou de lado e sorriu cinicamente, de uma forma estranha tinha se dado conta que Shigaraki apreciava demais seu quadril. — Você gosta não é? — Questionou sem se importar. O azulado não conseguiu entender a princípio até prestar atenção no olhar ferino que ia do rosto masculino aos dedos e isso o deixou envergonhado, sentimento esse que não foi bem recebido.
— Se refere ao seu traseiro? — Ela confirmou. — É macio e gostoso de bater. — Foi sincero, ela revirou os olhos.
— Você também não mente bem Shigui. — Ficou de pé e ele tirou a mão da peça. — Aposto que se eu balançar o quadril você fica duro. — Ironizou. — Mas como sei que você não vai fazer nada, vou indo, antes que a mercearia feche. — Mirai passou por ele e o mesmo segurou em seu braço.
— Irei com você. — Ela riu.
— Desde quando você sai a tarde? — Cruzou os braços.
— Desde quando uma certa mulher aproveita da minha benevolência para fugir. Agora anda logo antes que mude de ideia. — Passou pela porta seguido por ela.
Sem dúvida alguma aquele "passeio" não seria comum...
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