Cap.25 Sem temer a dor

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 Sem temer a dor

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Tell me would you kill to save for a life?
Tell me would you kill to prove you're right?
Crash, crash, burn, let it all burn
This hurricane's chasing us all underground

Por Mirai,

Sabe quando você não pensa só reage? Senti meu corpo todo se mexer na direção oposta  e não pude fazer nada, na verdade minha mente não quis, em questão de segundos corri em direção aquela garotinha assustada em meio aos tiros e a fumaça, sem pensar duas vezes tirei a máscara e coloquei no rosto dela. Eu não fazia a menor ideia que o filho da puta do Marawani será tá cruel ao ponto de chocar o encontro com civis, me preparei para pegar a garota no colo enquanto Shin reclamava ao longe e Setsuno atirava, mas antes que eu pudesse fazer qualquer movimento observei alguém apontar a arma pra gente e sem pensar muito deitei a garota no chão e senti algo rasgar o meu macacão meu braço não doía mas estava quente.

"Sai daí Mirai!" — A voz de Setsuno ecoou, mesmo confusa tentei tirar a garota daquela confusão a arrastando para o beco mais próximo. 

— Você fica aqui está bem? — Fiz carinho nos seus fios esverdeados, ela abraçava uma pelúcia de uma heroína, fiz menção de me afastar e ela segurou meu braço.

— Não me deixa sozinha, por-favor estou com medo e você precisa de ajuda. — Tentei sorrir, nunca senti algo como isso antes, me abaixei para ficar da sua altura e tirei meu colar coloquei em volta de seu pescoço olhando-a com carinho.

— Os outros também precisam de ajuda e aqui você estará segura até a policia chegar se sentir medo coloque a minha mascara e abrace a sua pelúcia ou segure no meu colar está bem?. — Pelos deuses eu realmente estou na merda, onde já se viu? 

— Mas e você? 

— Ah eu? — Abrir um largo sorriso mostrando meus dentes. — Vou ficar bem, agora se esconde atrás daquelas lixeiras e fica abaixada. — Pisquei antes de correr em direção a fumaça, puxei minha arma do coldre com ódio por Kai não ter me deixado pegar mais. Nunca em toda a minha vida eu matei alguém por esse trabalho, atirei da melhor forma possível antes de me afastar porém não consegui chegar no furgão, minha costela doía bastante e minha respiração estava exaltada.

Off

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.

.

— Me deixa no hospital! — Sentia o corpo todo arder e a dor excruciante passando por todos os nervos enquanto o macacão tornava-se carmesim.

— Isso é impossível. — Shin pressionava o ferimento da costela. 

— A vadia é boa, mas foi burra! — O motorista contratado comentou, também era um vilão e mesmo com dor Mirai sorriu de uma forma tão maníaca quanto Shigaraki quando alcançava seus planos cruéis.

— Eu vou meter um tiro na cabeça dele. Agora me leva pro hospital! Intensificou a quirk obrigando o motorista a fazer exatamente o que ordenou.

— Você ficou maluca? — Shin colocou um pouco de força na pressão.

—Shin... — Respirou o máximo que pode. — Podem me largar na rua, ninguém me conhece e querendo ou não fui filmada durante a ação então sou praticamente uma vítima, ou seja, vão me tratar sem entender nada. — Shin ponderou o pedido, inevitavelmente ela estava certa e sabia que Kai não se importaria, mas os custos de uma operação são altos principalmente para uma organização que está saindo do caos financeiro agora e daquela forma seria de graça. Sem pensar mais continuou pressionando o ferimento. Mirai havia levado um tiro no ombro e outro na costela esse estava mais crítico. — Só mais uma coisa. — Virou para Shin e sugeriu que quando o furgão parasse que ele segurasse o volante.

O pequeno grupo seguiu em direção ao hospital central, faltando apenas 150 metros de distância o furgão foi parado e ela sorriu enfiou a mão no coldre de Shin, apontou a arma para o motorista como pode e atirou, estava com dor que errou a pontaria e o tiro pegou no peito, por sorte ele não morreria do contrário o remorso seria grande mesmo afirmando que queria eliminá-lo. 

— Puta que pariu... — Setsuno reclamou. 

— Avisei que ia matá-lo. — Enfiou a mão no bolso do macacão, pegou o celular e ligou para o 119 passando o endereço da forma como podia.

— Sua maluca vamos ter que te matar se continuar assim! — Shin reclamou enquanto Setsuno abria a porta do furgão, a vontade era de atirá-la no asfalto, mas sabiam que Overhaul os mataria por tal ato, então mesmo a contragosto Shin pegou-a nos braços e deitou-a no asfalto antes de voltar para o furgão e terminar de executar o motorista, assumindo o volante e partindo dali o mais rápido possível levando todos os documentos da garota e o celular, afinal não poderia ser ligada a nenhuma organização criminosa.

A ambulância levou doze minutos para chegar ao destino, Mirai já não enxergava com precisão quando os avistou desativou de vez a individualidade e agora a hemorragia mal contida dava sinais do tamanho do estrago no pequeno corpo. 

Seria operada e provavelmente posta em observação e em sua mente apenas um pensamento perambulava: como pode dar tanto mole? Será que a bondade finalmente lhe corrompeu?

...

Horas mais tarde - noticiário das 18hs

"Ainda não se sabe o motivo da confusão, acreditasse que foi um confronto de gangues. Não ouve desfalques em nenhuma das lojas ou banco e isso deixou a polícia em alerta a respeito do que os assaltantes estavam atrás, no momento os peritos tentam recuperar arquivos e imagens do edifício destruído na esperança de que possam ajudar com o caso.

Segundo testemunhas poucas pessoas foram feridas e ... Esperem, temos um teaser do ocorrido ao vivo:"

Na tela passava apenas alguns vultos era tudo muito rápido para se acompanhar mas no entanto algo chamava atenção: o momento exato em que a garota de cabelos coloridos e vestes claras tomou a frente de um tiro que iria em direção a uma criança, o segundo foi ricocheteado com outra bala e a atingiu no ombro, o primeiro no entanto, ficou nas costelas.

"Não sabemos o nome, mas podemos considerá-la uma heroína. Há informações de que ela passou por uma operação e que não corre risco, mas em breve traremos atualizações pra vocês." —  A repórter que ainda estava presente no local informou.

Os orbes vermelhos se exaltaram de leve ao desligar a tv,  o noticiário era dos mais amadores possíveis, porém a cabeleira lilás  e o costume de se vestir bem para qualquer situação o fizeram reconhecer seu presente. 

— Toga! — Chamou pela integrante da liga que estava batucando as unhas na faca entediada e visivelmente revoltada.

— Eu quero abrir o corpo dele com tantas facadas que ficará irreconhecível! — Sussurrou.

— Você não é a única, quando chegar a hora nos divertiremos. Por hora preciso que você faça um check-up pra mim. — Não precisou falar mais nada, a loira sabia exatamente do que se tratava e envolvida pela sombra de Kurogiri saiu do esconderijo. Toga demorou cerca de uma hora para descobrir a localização do quarto da garota e cerca de duas horas para voltar a liga já que não se comunicou, quando entrou no lugar que lhe servia de "lar" tirou do bolso um papel e o entregou a Tomura que apenas se levantou seguindo caminho.

— Daqui a duas horas vão passar para verificá-la. — Informou observando o azulado sumir na escuridão.

O quarto estava escuro devido a noite, na cama a garota dormia calmamente como se nada houvesse acontecido, Shigaraki se aproximou e em seu íntimo suas ideias se dividiam: a primeira era que com o atual estado poderia matá-la e finalmente ficar livre das sensações que o rodeavam a respeito da lilás e a outra se referia a forma como a tiraria dali. Por fim levou a destra até o rosto feminino e utilizou os dedos curvados para tocar a face e distribuir um leve carinho como se tirasse os fios do rosto dela,  para Kurogiri aquela reação era inédita, mas se tratando de ambos não havia como prever. 

— O que quer fazer Tomura? — Kurogiri  sussurrou e o azulado coçou o pescoço precisava descontar aquela afronta.

— Por hora vamos para a liga, Mirai deve retornar a mim assim que ficar de pé. — Ela não ouvia e ele não se importava. 

Mirai não fazia ideia, mas Tomura Shigaraki a visitou pelos longos dois dias que passou no hospital, vinha como uma brisa rápida e reconfortante.

...

Os olhos esfumaçados encaravam o teto em negação, havia acabado de acordar e estava completamente confusa.

"Em pensar que há três anos atrás minha vida estava ótima, maldita hora que fui entregue ao Tomura!" — Pensou.

No matter how many deaths that I die, I will never forget
No matter how many lives that I live, I will never regret
There's a fire inside, of this heart
And a riot, about to explode into flames

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Notas finais: Música Hurricane - 30 seconds to mars;
A playlist esta na bio se quiserem escutar.

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