80. Não desafie o símbolo do medo

Por Shigaraki,

Estou a um toque de matar todo esse exército de merda e apesar de cansado e estressado tenho vindo dormir com ela todos os dias, mas algo não está me cheirando bem. Mirai está longe de ser burra e até onde lembro não estava de acordo com a ideia de que meu mestre seja liberado, chegamos a discutir por esse motivo e agora encarando o corpo dela sobre a cama não posso deixar de pensar se aquela puta exibicionista não contou, já que está claro desde o começo o quanto Sato queria estar no meu lugar e por esse motivo resolvi preparar uma pequena armadilha.  Não é que eu não confie nela, porém sei do que minha garota é capaz.

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Essa droga de smoking está me dando nos nervos, felizmente é a última prova antes dessa maldita festa e o narigudo estava ao lado ajeitando as medidas da roupa dele.

-- Escuta Rê-Destro com os recursos disponíveis é fácil rastrear -- ele me olhou assustado provavelmente por eu ter pronunciado seu nome tão sério.

-- Sim, basta dizer se gostaria de uma escuta com câmera ou apenas áudio. -- Comentou.

-- Não quero nem um nem outro, apenas quero saber onde a pessoa está. -- Informei.

-- Nesse caso podemos por um rastreador no carro e...

-- Não. É uma mulher muito da esperta. -- Folguei a droga da gravata e fiz questão de não encará-lo apesar de o sentir me observando com malícia.

-- Não imaginei que o líder tivesse problemas desse nível. -- Ironizou.

-- Agora que sabe mande fazer um rastreador bem discreto.

-- Geralmente uma jóia resolve.

-- Narigudo olha bem pra mim, eu tenho cara de quem dá jóias de presente para uma mulher?

Ele ajeitou a postura.

-- Nesse caso vou por em um pequeno broche uma escuta/rastreador via satélite.

-- Que assim seja, espero ter em mãos antes da festa. -- Deixei a conversa de lado e sai ainda preciso ver a diaba.

...

A eficiência do serviço do exército é aceitável, mas agora sentado nessa cadeira acolchoada que mais parece um trono tenho certeza de que Mirai estar armando algo, minha mulher não me questionou sequer uma vez sobre a liberdade do meu mestre, mesmo depois de termos combinado de conversar a respeito e sei que tal assunto tão pouco seria esquecido por alguém como ela.

Uma mulher se aproximou sorrindo.

-- Você deve ser o novo líder, se sentou ao meu lado mas precisamente no braço dessa poltrona.

-- Vaza. -- Foi a única coisa que consegui pronunciar olhando-a pela máscara, não estou com humor para isso e mesmo que tivesse não é com essa mulher que me divertiria.

-- Como?

-- Ficou surda?

-- É...É. Líder ela é uma das colaboradoras mais fiéis que investem no exército.

-- Que bom para ela, mas investir no exército não significa me ter de brinde.

-- Ok. Vamos conversar senhorita Leo. -- Rê-Destro foi até ela e eu simplesmente continuei encarando a festa enquanto outras pessoas se aproximavam, deixei mais do que claro que não sou a porra de uma atração, querem conhecer o líder? Pois bem, depois de destruir o Tártaro vão saber do que sou capaz, me dispus a balançar a cabeça e não dizer nada há não ser quando insistiam aí sou obrigado a dizer algumas verdades, porém no momento em que aquela vagabunda entrou no salão eu soube que toda aquela sensação de desconfiança a respeito da diaba estava certa. Do lado esquerdo dele uma loira de vestido preto justo e do esquerdo uma morena de vestido transparente e desde que começaram a desfilar pelo salão ela chamou atenção pelas vestes assim como a namorada de Toga, mas quando aquele desgraçado alisava a mulher, beijava seu pescoço ou sussurrava no ouvido fazia questão de olhar pra mim. O filho da puta tá se aproveitando, eu vou enforcar Mirai e desintegrar esse maldito!

Com o tempo a mulher veio me cumprimentar:

-- Creio que não nos conheçamos. -- A voz mais sensual do que de costume chegou a me eriçar e o narigudo se  aproximou temendo pelo o que eu faria.

-- E quem seria a senhorita?

-- Diane Kazani, administro as lutas de Fukuoka. -- Ele riu. Ah Mirai quando foi que se tronou uma vadia mentirosa?

-- Não sabia que Hikai tinha uma filha, diga-me senhorita o que tem achado do evento até agora?

Ela desviou o olhar para mim e não pude deixar de rir levemente:

-- Magnífico, espero poder conversar sobre negócios ainda hoje. -- Desconversou.

-- Claro, será um prazer e esse aqui é o...

-- Tomura Shigaraki, líder da liga dos vilões e atual líder do exército de meta libertação tenho o senhor, Rê-Destro como auxiliar e segundo no comando -- Interrompeu Rê-Destro.

-- Vejo que fez o dever de casa -- o narigudo comentou com um sorriso atípico ao qual não gostei, como se tivesse se encantado com ela.

-- Certamente, lidar com pessoas de renome e conquista, requer o mínimo de apreciação. -- A resposta dela fez com o Rikiya tirasse um charuto do bolso a oferecendo enquanto ela estendeu a mão para mim e resolvi entrar em seu joguinho e assim não só apertei sua mão como puxei-a em direção ao meu colo olhando no fundo de seus olhos e me certificando de não utilizar todos os dedos para tocá-la caso esteja errado, o que acho improvável. -- Muito prazer Tomura. -- Sussurrou apoiando a mão no meu peito alcançando a corrente e rodando no indicador esquerdo.

-- Diaba... -- Sussurrei recebendo um beijo no canto dos lábios.

-- Essa roupa ficou ótima em você. -- E assim se endireitou. -- Bom espero poder fazer negócios com vocês em breve, não tomarei mais o seu valioso tempo. -- Desceu os degraus e sorrindo de maneira ladina enquanto rebola a aquele quadril de maneira tão natural que o salto parecia uma extensão dessas pernas, as coxas dela estão bem expostas pela parte da frente do vestido, já que a parte detrás é um pouco mais escura e ela percebeu que estava chamando atenção demais devido ao contato que tivemos. A Mirai você vai me pagar! Passei o dedo pelo meu queixo sorrindo imaginando tudo que quero fazer com essa diaba.

Com o tempo ela se afastou de todos e deixei tudo de lado passando pelos convidados fingindo não estarem ali e na primeira oportunidade que tive a arrastei para cima adentrando um banheiro qualquer desse salão de luxo e o trancando, no início estava me perguntando como colocaria a escuta, mas desde que entrou nesse salão vestida de maneira tão deliciosa que só há uma ideia em minha mente e utilizarei da minha perversidade para satisfazer cada parte do que planejei.


OFF

Momento atual:

Ele monitorava os passos com calma, até o momento que notou o carro parado, ficou ali por uma hora no início achou que a garota deveria estar conduzindo uma reunião dentro do veículo, mas Skertic afirmou ter algo errado, primeiro por que o rastreador tinha som, então escutaram a conversa e segundo por estarem em uma pista central, logo um carro parado ocasionaria um engarrafamento, então depois de reclamar a respeito da demora para a percepção, Shigaraki simplesmente ligou para Kurogiri e em menos de dois segundos desapareceu, o carro estava parado no local, as roupas dela sobre o banco e Tomura completamente puto, retornando assim para a festa

-- Consegue rastrear uma mulher se eu te der o número do celular dela? -- perguntou, Skertic se ofendeu devido ao fato de se sentir um gênio, mas não respondeu como deveria, apenas deixando claro que tudo é possível com a tecnologia e o QI certo.
O líder se apressou em passar as informações e não levou nem dez minutos para que localizasse um sinal fraco já que afirmava ter uma ampla interferência.

"Aquela antena parabólica do capeta!" -- Pensou irritado, mas não demorou muito em respirar profundamente.

-- Líder você não vai acreditar onde a pessoa está. -- A tela foi virada lentamente, o olhar de Shigaraki semicerrou antes fechar e abrir em um piscar que parecia ser eterno.

Não era o sentimento de traição que ecoava em sua mente, mas o fato dela ser desobediente ao ponto de ir contra tudo o que ele planejou. Sem pensar muito Tomura pegou o primeiro drink da bandeja que passaram servindo e virou, encarou Rê-Destro e Kurogiri que lhe olhavam de maneira confusa.

-- Mande todos se prepararem partiremos daqui a pouco.

E assim enquanto as ordens eram cumpridas Shigaraki imaginou as mais diversas formas de lidar com a mulher que no momento lhe tirava a paciência.

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A liga invadia o Tártaro com gosto, metade do local havia virado escombros e um helicóptero já sobrevoava ao redor transmitindo a notícia, os heróis que foram mandados não eram o suficiente e agora a garota dos olhos nublados sentia o tremor vindo de inúmeros andares a cima.

-- Kurogiri, vasculhe cada entrada desse lugar e quando vir Mirai pegue-a -- o grupo se dividiu e enquanto Shigaraki dava um fim de vez ao que um dia foi conhecido como a prisão de segurança máxima intangível, no gasoduto a equipe da lilás se dividia entre aqueles responsáveis por transferir apenas AFO e os outros que cuidariam da segurança dela, porém, a escuridão que a engolia não era a mesma que a levaria até o ex-símbolo do mal. Quando a garota enxergou a claridade reconheceu o ambiente, o mesmo quarto ao qual ficou presa, dessa vez não estava sozinha, aquela que um dia foi sequestrada permanecia no quarto indicando que talvez, só talvez Ava Smith nunca tenha deixado aquele lugar.

Kurogiri encarava a lilás atentamente enquanto ela expressava a mistura perfeita entre indignação e desentendimento por seu plano não ter funcionado cem por cento. No entanto, foi a escuridão que tomou o quarto pelo corpo do cuidador e os típicos sapatos vermelhos em contraste com o piso branco que lhe fez respirar profundamente.

-- Cadê o meu mestre? -- A pergunta de Tomura deixou-a em alerta, pois, seu olhar estava cada vez mais vago indicando que teria problemas.

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