76. Nunca se esqueça da rainha

A: meu comentário pessoal


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Nunca se esqueça da rainha
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Se passaram dois dias desde que retornaram a Musutafu e nesse meio tempo não se viram, Mirai estava com a cabeça cheia das contas e dos problemas em ter uma mansão parada ao qual sediava brigas que eram transmitidas internacionalmente. Para completar ainda havia uma pilha de serviços solicitados e um bando de contratos daqueles que requisitavam os serviços de Hikai.

-- Amor vamos a red velvet você vem? -- Sato adentrou o escritório terminando de abotoar a camisa.

-- Não, estou atolada nessas bagunça e olha que só estou aqui há dois dias e eu quero ver o papi. -- Comentou.

-- Nesse caso acho que amanhã consigo te levar. Se aquela fumaça do desidratado não puder cooperar vou mandar que aprontem o jatinho. -- Piscou. -- Agora levanta esse corpo delicioso daí e vamos fazer algo.

A lilás suspirou, estava cansada e morrendo de sono e se fosse para a boate muito mal poderia dançar direito por que álcool não poderia consumir de forma alguma. Um bocejo fez com que levantasse da cadeira e fechasse a tela do notebook.

-- Hoje eu só quero minha cama e uma massagem. -- Comentou em um sussurro e o moreno se animou porém uma risada atraiu a atenção de ambos:

-- Biscate não seja tão burro. -- A voz de Shigaraki preencheu o ambiente.

-- Que desgraça Mirai, agora essa ameixa seca vai ficar rondando por aqui? -- A morena massageou as têmporas. 

-- Olha eu não vou dizer nada, se quiser briguem, se comam, se matem, eu não ligo. -- E assim foi andando até a porta, a alteração de humor fez Shigaraki suspirar enquanto Sato dizia que tudo era culpa dele já que minutos antes a lilás estava bem.

Na sala Mirai encara June vestido um macacão de couro preto com coldre duplo, a vermelha prendeu os cabelos acima e verificou as armas antes de colocar nos apoios.

--  O carregamento já chegou? -- Mirai perguntou.

-- Já e como você não pode chegar perto disso eu vou, fora que sei que odeia lidar com drogas. -- Piscou, levantando a parte da máscara que cobria as bochechas e nariz deixando dos olhos para cima aparente e Mirai sorriu de leve.

-- Acho que se a Toga te ver assim ela vai ter um troço. -- Sugeriu, observando a amiga guardar as facas.

-- Ela já viu e a roupa não durou muito -- Piscou com um sorriso de lado. -- Agora deixa eu matar alguns na porrada e não esquece que o narigudo solicitou uma reunião para por as lutas em dia, num tal de 'conteúdo programático' -- desdenhou.

-- Quando é mesmo essa reunião? -- Comentou.

-- Amanhã no Leviatã. -- Mirai suspirou e ambas se despediram, a lilás foi até a cozinha pedindo que preparassem uma vitamina de morango e algo salgado para acompanhar enquanto ia verificar o ring, desceu pelo elevador e encarou a passagem tendo lembranças boas e ruins, como se um curto filme passasse por sua cabeça. A arena estava limpa assim como os assentos e sem ter o que verificar subiu o elevador e as escadas entrando no quarto que lhe correspondia e ouvindo o barulho da tv, mal chegou perto da cama e viu os pés descalços de Shigaraki deitado na cama sem, ele estava sem camisa e ela simplesmente sorriu. Sabia que fazia de propósito.

-- Shigui o que está fazendo? Pensei que estivesse cansado e dormindo. -- Ele apenas suspirou.

-- Aquele maldito narigudo tem umas ideias terríveis e você não vai deitar?

Ela negou.

-- Preciso de um banho e comida, muita comida. -- E assim seguiu para o banheiro se trancando lá dentro. a lilás parecia ter esquecido da vida pois demorou uma eternidade a sair ao ponto de que a comida chegou, Shigaraki bebeu um pouco da vitamina alheia dando graças por ter mais de um copo e ainda atendeu as ligações de Rê-destro e quando ouviu o barulho da porta ser aberta simplesmente desligou tudo e esperou, apenas para ver uma garota de fios lilases em um pijama curto se aproximando da cama e se sentando para beber a vitamina ignorando por completo os nut's e comento um dos paẽzinhos salgados, quando acabou deitou ao lado dele que terminava de lamber os dedos já que comeu também.

-- Shigui o que você tem pra estar tão estressado? -- O olhou confusa ganhando um sorriso.

-- É a falta de sexo diaba, agora vamos dormir. -- Ironizou e a mesma deu de ombros, não estava com cabeça para isso. Shigaraki se levantou e apagou a luz afastou o carrinho com os pratos e se deitou na cama abraçando a cintura dela e deixando que sua respiração saísse lentamente estava tão confortável que não demorou a pegar no sono.

A manhã começou agitada, muitos dos trabalhadores movimentavam as estruturas que seriam usadas em volta do ring, Shigaraki havia ido embora assim que amanheceu e agora Mirai encarava os contratos na mesa, June adentrou o escritório com um sorriso vencedor carregando nas mãos um maço de dinheiro antes de o colocar sobre a mesa.

-- Pelo visto o carregamento rendeu. -- Comentou.

-- Pouco, mais rendeu, dez milhões em cocaína se formos parar para pensar que eles vão diluir essa droga toda e repassar, se for calcular o lucro dá para por uns vinte e sei milhões na conta. -- Reclamou.

-- Já tirou a sua porcentagem?

-- Óbvio meu bem, três milhões na minha conta privada, mandei um e meio para a sua e o resto, dois para cobrir os gastos e o resto para a conta de Hikai. -- June sentou na mesa. -- Sabe que ele ficaria muito orgulhoso de você, pois está cuidando de tudo muito bem e como vai a nossa herdeira? -- Sorriu apontando para a barriga.

-- Bem, hoje não enjoei e nem ontem então estou no lucro. Mas estou sentindo falta da ação sabe. -- Suspirou. -- Enfim, tenho que ir a reunião com Rê-destro. -- Revirou os olhos levando a vermelha a sorrir.

-- Manda o Sato e a Lya e vamos as compras. Faz tempo que não fazemos isso. -- Os orbes esfumaçados brilharam e não pensou duas vezes em concordar.

...

June e Mirai andaram por diversas lojas até concordarem em uma,  dior e chanel foram as escolhas da lilás enquanto a vermelha parou na balmain e ficou, como Mirai precisava de roupas mais folgadas visto que queria ao máximo evitar atenção para barriga e juntou isso ao fato de gostar de roupas de luxo não deu em outra, há não ser em uma conta enorme e paga a vista é claro.

-- Já comprou a primeira roupinha do bebê?-- June perguntou.

-- Só uma, quero fazer o enxoval mês que vem, mas não resistir ao ver um gorro na loja e comprei. -- Mostrou a peça, um gorro em tom claro com um pompom branco no topo.

-- Ah porra se fosse um adulto eu ia reclamar muito, mas em um bebê, vai ser a coisa mais fofa daquela mansão! Eu vou comprar um brinquedo digno e quando tiver idade o suficiente darei a primeira arma. -- Mirai olhou para ela incrédula. -- O que foi meu bem você acha mesmo que sendo filho de Shigaraki e seu essa criança não vai precisar aprender a se defender?

Ela desviou o olhar, estava com a cabeça na nuvens e nos problemas que não parou um segundo sequer para pensar nisso e June ao perceber a face séria resolveu mudar de assunto.

-- Deixa isso de lado, vamos ao que importa, me diz que você comprou um vestido de gala.

-- Eu comprei, mas o que isso tem haver? -- Questionou confusa.

-- Como não sabe o que está acontecendo sendo a mulher dele? -- June cruzou os braços enquanto ambas andavam em direção ao carro da lilás.

-- June pare de enrolar e fala logo!

-- O ressecado irá a um baile de máscaras no maior salão de Kamino, um evento fechado cheio de riquinhos que compactuam com os ideias da liga.

Ali a ficha da lilás caiu e tentou não demonstrar o quanto isso a irritou.

-- Ele vai dar uma festa?! -- Questionou ainda chocada.

-- Veja bem baby, ele não vai dar a festa, Rikiya explicou que é bom ter contatos e se dar bem com os figurões então ele meio que aceitou a festa.

-- E quando vai acontecer? -- A voz dela estava um pouco elevada.

-- No próximo fim de semana, um evento de gala no salão 14, uma das propriedades da empresa do Rikiya.

O olhar de Mirai tornou-se sombrio enquanto alisava a barriga de grávida levemente saliente.

-- Vou precisar de um vestido exuberante uma máscara bem feita. 

June sorriu.

-- Você vai?

-- Vou e Shigaraki vai detestar ter me deixado de fora.

-- Agora só falta o acompanhante. Eu não me ofereço por que convidei a vampira. -- A lilás revirou os olhos.

-- Isso é o de menos, vou pedir para que Sato me leve como acompanhante junto a qualquer uma que ele escolheu e lá eu me viro.

-- Ah eu vou assistir de camarote o ressecado surtando e já que é para deixar os cabelos brancos dele de pé vamos a uma loja específica. -- A vermelha piscou arrastando a lilás para uma loja com temática de gala e pelas próximas duas horas escolheram seus trajes.

...


Sato fumava o terceiro charuto quando  Mirai entrou na sala reclamando do cheiro o que fez com que o moreno apagasse e a encarasse confuso.

-- Desde quando isso te incomoda amor? -- Ela simplesmente esqueceu que não havia avisado a ele sobre a gravidez e agora não era o momento.

-- Apenas abra as janelas, credo eu não vou conseguir ficar aqui. Vamos para o meu quarto. -- Sato sorriu com malícia antes de fazer o que ela pediu, ao adentrar o ambiente, o moreno notou um par de sapatos extras na cor vermelha embaixo da poltrona assim como o sobretudo largado sobre a poltrona e por fim foi o moletom preto sobre a cama.

-- Ah não caralho vamos para o meu, daqui a pouco esse quarto vai ter o cheiro daquele desfigurado e não o seu cheiro delicioso de morango. -- Passou a mão no rosto revoltado.

-- Esse desfigurado que vai arrebentar essa sua cara se continuar falando desse jeito. -- Até mesmo Mirai se assustou ao perceber a porta do banheiro sendo aberta e Shigaraki só de toalha saindo de lá, os fios brancos molhados grudados na face e a cicatriz que tem no lábio tanto quanto a pinta mais evidente e Mirai mordeu a bochecha interna sentindo o corpo responder a tal visão. (A: Eu te entendo Mirai que visão!)

-- Shigui o que faz aqui a essa hora? -- Ela divagou.

-- O desgraçado do muscular em uma disputa ridícula acabou estourando um pacote daquela droga e sujando tudo, sorte dele que não me afetou do contrário eu o teria matado.

A lilás revirou os olhos enquanto Sato sorriu

-- Isso que dá trabalhar com gente incompetente. -- O moreno ironizou enquanto Shigaraki arqueava a sobrancelha de maneira duvidosa.

-- Ainda está aqui vagabunda? Perdeu mesmo a noção do perigo. -- E assim ela suspirou, antes de massagear as têmporas.

-- Será que podem ficar quietos! Shigui vai por uma roupa em nome dos sete infernos! E você Sato me dê licença e já conversamos.

-- Ok amor vou te esperar no meu quarto. -- O barulho de algo desintegrando fez com que Sato desse um sorriso de lado e Mirai o levasse até a porta, assim que saiu ela trancou a porta voltando ao prateado que infelizmente já vestia uma cueca boxer azul escura, Shigaraki colocou a calça social, a camisa e transpassou a gravata por cima, mas ela se aproximou, tirando do pescoço e abrindo dois dos botões da camisa.

-- Fica melhor assim. -- A mão dele descansou na cintura apertando de leve.

-- Não pense que estou satisfeito. Não gosto daquele idiota no seu quarto e o que ele veio fazer aqui Diaba? -- Taí, velhos hábitos que nunca vão mudar, mas na cabeça da mulher, outras situações eram prioridades principalmente o fato dele estar escondendo um certo baile.

-- Agora não é hora para isso Tomura. -- Pelo tom de voz soube que ela estava chateada. -- Tem algo que queira me contar?

Ele ficou sério, não lembrava de terem discutido ou de possuir algo extremamente relevante a partilhar, na verdade, na cabeça de Tomura Shigaraki uma festa é completamente desnecessária e por esse motivo não se fixou em seus pensamentos, principalmente quando seu plano era outro totalmente diferente.

-- Nada relevante Diaba.

-- Estou começando a achar que você vê nessa gravidez um empecilho para que eu cumpra minhas funções. -- Ele riu se aproximando e deixando um beijo nos fios coloridos.

-- Sua função com a liga acabou no momento em que Re-Destro disponibilizou o capital. Não há motivos para correr riscos atoa  e estou vendo que está com bastante trabalho por enquanto. Agora eu tenho que ir, não apronte Diaba. -- Mirai não disse nada, mas sentiu uma raiva momentânea, sabia exatamente que Shigaraki estava escondendo algo e tinha absoluta certeza de que essa festa não tinha importância.

A lilás saiu em direção ao quarto do moreno entrou sem bater se deparando com Sato descamisado escolhendo um charuto, o copo de whisky sobre a mesa de centro e um meio sorriso ao vê-la.

-- Pelo visto aquela secura toda correu de você. -- Os xingamentos nem incomodavam mais, se aproximou da cama se sentando.

-- Ele está escondendo alguma coisa Sato, algo tão grande que me quer longe, eu sinto isso. -- o moreno suspirou se sentando na mesa ficando de frente para ela.

-- Talvez seja o fato de que ele vai libertar aquele lunático ainda essa semana. -- A lilás piscou desacreditada. -- Olha... -- Sato passou a mão pela nuca. -- Eu sei de tudo tá legal, sei que ele é o seu pai de Sangue, que matou o grande amor da vida de Hikai e acima de tudo, que ele almeja o poder pelo poder, então a pergunta que eu vou te fazer é bem simples amor: você vai deixar isso acontecer? Ou vai fazer alguma coisa nessa porra?

A lilás respirou fundo contando mentalmente de um até cinco, sabia que Shigaraki pretendia libertar All for One, só não imaginava que seria tão rápido.

-- E quando vai acontecer?

-- Segundo o Rikiya depois ou durante a festa. Ele me pediu um exercito descartável para que não atrapalhassem aqueles que lutam pela causa do desidratado, inclusive assinou um cheque adiantado de três milhões de uma das empresas dele para cobrir as despesas de deslocamento e possíveis baixas que teremos.

O olhar dela tornou-se mais cerrado conforme os cílios insistiam em querer tocar uns nos outros, porém, diferente do que Sato esperou que ela fizesse, ou seja, desviar o olhar conforme sentia-se de alguma maneira traída, a lilás simplesmente lhe sorriu minimamente.

-- O que está planejando amor?

-- Nada com o que você precise se preocupar, apenas usaremos essa vantagem a nosso favor e imagino que tenha ingressos para essa festa. -- Ele assentiu. -- Pois eu serei a sua acompanhante junto a outra mulher de sua escolha.

Sato se levantou ao perceber que ela fez o mesmo, ficou levemente preocupado pela aura dela estar tão embebida em raiva e o silêncio nunca é uma boa resposta.

-- Mirai ele não sabe que o verdadeiro diabo é o seu pai,  por que não conta de uma vez?

Ela sorriu.

-- Por que cadáveres não fazem diferença Sato e vamos precisar de munição, muita munição. -- Virou levemente a cabeça para o lado dando um sorriso gentil e na cabeça do moreno ele só conseguia pensar em como Shigaraki estava sendo burro, se planejava se tornar o símbolo do medo e a tinha como mulher, não deveria esquecer de incluí-la em seus planos e acima de tudo não deveria lhe subestimar a inteligência ou deixar de lado que com a munição certa Mirai é capaz de fazer um belo estrago.

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A fanfic está se aproximando do seu fim <3

Acho que nunca coloquei foto da mansão do Hikai aqui. Esse aqui é o local onde a Mirai morou praticamente a vida inteira, imagem via Pinterest.













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