71.Perdido
Capítulo sem revisão, boa leitura.
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Perdido
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Por Mirai,
Minha noite foi um pouco agitada, assim como todas as outras desde que consegui fugi daquele lugar, mesmo sendo bem tratada na embaixada ainda tinha noites perturbadoras e agora não é diferente, porém, é a primeira vez que posso me permitir sentir sem me preocupar se vou morrer, passei a mão pela minha barriga confusa, ainda não tem um relevo muito aparente se bem que estou a tanto tempo reclamando que engordei antes dessa confusão toda que não duvido nada de ter sido isso. Respirei pesado sentindo algumas lágrimas se formem eu estou um bagunça.
A porta do quarto se abriu e por ela o doutor passou:
-- Bom dia senhorita como passou a noite?
-- Passei bem. -- Menti.
-- Consegue se sentar? Preciso checar a sua pressão e o seus batimentos.
-- Claro. -- Senti meu corpo ressoar, mas estou bem o suficiente para cumprir uma ordem. Me sentei e ele chegou meus batimentos, fez o famigerado check up, antes de me olhar fixamente.
-- Aparentemente está tudo bem, se continuar assim te libero em quatro dias. -- Sorriu.
-- Tudo isso?
-- A saúde de vocês está boa, mas tenho que verificar, vou pedir uns exames de sangue por garantia e agora tome seu café da manhã, pelo visto suas visitas causaram ontem. -- Senti meu rosto aquecer e desviei o olhar.
-- Pode deixar que eu mesmo eu falo com eles e vou os advertir sobre a proibição da individualidade pelo leviatã e por-favor não conte a ninguém que estou grávida. -- Desviei meu olhar constrangido.
-- Sei que sim, és uma das lady's Kazani e imagino que queria dar a grande notícia por si mesmo. -- Sorriu e fiquei envergonhada, as vezes esqueço de quem é o meu pai e por falar nele, estou começando a ficar preocupada. -- Bom, vou deixá-la sozinha para que tenha seu momento, suas visitas começam daqui a uma hora.
Assenti e assim se despediu, com muito custo fiquei de pé ainda sinto meu corpo meio dolorido e não pude evitar de levar a mão ao meu ventre ainda é muito estranho imaginar que estou há outra vida dentro de mim, sem pensar mais segui para o banheiro e após fazer todas as minhas higienes e tomar um banho e vestir a mesma roupa voltei.
-- Droga estou me sentindo suja. -- Sussurrei, a porta foi aberta e uma enfermeira deixou meu café da manhã, avisando que minhas visitas já estavam aqui, informei que poderiam subir e não tinha problema algum, mas pela política do hospital só depois que eu comer e nossa, não fazia ideia de que estava com tanta fome. -- Será que tem como descolar uns moranguinhos pra mais tarde e um cuscuz com chocolate também? -- Pisquei sentindo minha boca salivar enquanto ela saiu, senti meu coração acelerado conforme permaneci na cama, sentada e olhando para a porta e nada aconteceu, Comecei a balançar a perna pela expectativa e nada, até um canto do quarto escurecer e só vi quando os sapatos vermelhos pisaram no quarto.
-- Diaba... -- Nunca pensei que fosse sentir falta dessa apelido terrível, principalmente quando Shigaraki se aproximou da cama e alisou o meu rosto, a única coisa que fiz foi segurar em sua mão entrelaçando nossos dedos e a mantendo ali.
-- Bem vinda de volta senhorita. -- Kurogiri mencionou deixando uma bolsa sobre a poltrona do quarto.
-- Quando terá alta? -- Shigaraki se sentou ao meu lado.
-- Ainda essa semana, mas eu preciso conversar a sós com você. -- Sussurrei.
-- Claro diaba Kurogiri assuma a liga pra mim, não devo voltar até que Mirai esteja inteira e o mestre não deve saber. -- Comentou.
-- Mas Tomura...
-- Eu mesmo contatei. -- Estranhei tal pedido, porém, não me meti, afinal de contas eu odeio o ALL For One. O quarto escureceu e Kurogiri sumiu, assim que ficamos sozinhos Tomura sorriu com malícia antes de se aproximar do meu rosto.
-- Agora ninguém pode nos ver. -- E assim me beijou, nada bruto como costuma ser e sim envolvendo meu corpo em uma carícia leve enquanto tomava meus lábios na mesma proporção. Nos separamos pela falta de ar e olhei para ele sorrindo. -- Quero que me conte tudo Diaba.
-- Claro só preciso me trocar. -- Comentei antes de me levantar lentamente e ele me encarou com a sobrancelha erguida.
-- Quer ajuda?
-- Não precisa, só estou com o corpo um pouco pesado, mas já volto. -- Fui até a poltrona e peguei minhas coisas, segui até o banheiro dando graças aos céus por Shigaraki ter pego tudo, tirei a roupa enfiando em uma sacola qualquer, coloquei uma lingerie preta que ficou apertada e um vestido branco levemente soltinho ao qual comprei ontem.
-- Prontinho Shigui. -- Lhe sorri sem saber como vou iniciar a conversa e ao me aproximar ele já estava deitado na cama, me dando espaço para deitar ao seu lado, observei mais seu rosto e notei olheiras mais intensas, alisei seu rosto sentindo sua pele ressecada e um beijo em minha mão. -- Você não tem dormido bem? -- Ele assentiu.
-- Muito trabalho e o sumiço de uma certa mulher... -- Me olhou de esguelha e deitei em seu peito. -- Agora comece a falar.
-- Bom... - Abaixei meu olhar pela péssima lembrança. - Fui presa e obrigada a trabalhar para o governo russo, mas felizmente escapei depois de um mês naquele lugar. - Senti a destra dele em minhas costas e a esquerda em meu queixo erguendo meu olhar nos conectando, tão vago e confuso.
- E por que não voltou pra mim? - Foi direto e dessa vez senti meu peito doer.
-- Eu não tive escolha, um mês em tortura e depois trabalhando naquele lugar que eu sei que, se eu falhasse voltaria a prisão. -- Respirei pesado e inconscientemente levei minha mão a minha barrigada, atraindo a atenção dele e agora me pergunto como esse bebê sobreviveu? Eu não fui atingida na barriga por que o foco sempre foi a minha mente, mas ainda assim me torturaram física e mentalmente.
-- E por que você?
-- Pelo que entendi eu cai em "território inimigo" com muitas armas e eu não sabia que o Chisaki atacou aquele país também, ou seja, por eu estar lá fortemente armada sem que soubesse como eu cheguei acabaram me ligando a ele e pelo visto qualquer curta instabilidade fora dos padrões do governo estavam ligando a células pseudo-terroristas. -- Parei de falar enquanto Shigaraki arqueou a sobrancelha.
-- Que dramáticos...
-- Não Shigui, os ataques de Overhaul foram muito bem organizados em diversos países sem que conseguissem ligar a ele e na maior parte dos eventos não tinham como motivo a tomada de poder ou um grande roubo, então os governos passaram a classificar como ataques terroristas e a instabilidade se dava pelo fato de não terem um propósito, afinal, todos sempre tem, não importa o quão ruim ele seja.
-- E descobriu isso trabalhando para eles?
-- Sobrevivendo seria o certo. Não consegui escapar antes, pois, estava muito fraca e não podia voltar sem os colocar em risco. -- Ele afagou meu rosto.
-- Não deveria se preocupar com a liga, podemos nos defender sozinhos e seu velho também. Então quer dizer que ainda acham que Overhaul está no comando?
Neguei.
-- Só querem capturar cada célula e mostrar que o serviço foi feito. E sobre o meu pai, eu não consigo falar com ele. -- Perguntei olhando-o nos olhos.
-- Aquele Matusalém...
-- O que tem ele? -- Apertei suas roupas.
-- Olha Mirai serei direto. -- Me sentei meio ansiosa sentindo meu coração bater cada vez mais forte. -- O velho está em coma, está estável, mas sem previsão de acordar. -- Como se meu mundo tivesse acabado eu me senti sozinha e meu peito se apertou, há dias que estou sentindo esse incômodo querendo falar com ele e não estava errada... Meu pai, minha família. -- A mão dele foi até meu rosto. -- Foque em se recuperar, assim você voltará mais rápido para eles. -- Funguei e ele me puxou para o seu peito, essa é a segunda vez que o sinto me consolar, só que diferente da primeira não há tantas barreiras a sua volta. Não consegui dar mais atenção a qualquer outro assunto, minha cabeça está focada no que aconteceu com meu pai.
-- Pretende ficar aqui até minha alta?
-- Sim diaba. Agora se acalme. -- Distribuiu carinhos nas minhas costas e ficamos assim por um bom tempo, até a enfermeira entrar dizendo que estava na hora do almoço e trazendo a comida que só pelo cheiro me fez levantar e correr para o banheiro me trancando lá dentro e assim vomitei todo o meu café da manhã, dei descarga, escovei meus dentes e lavei meu rosto notando como fiquei pálida, batidas soaram a porta.
-- Diaba?
-- Eu já vou. -- Respondi e olhei para a minha barriga. "Bebê fica quieto." -- Sussurrei antes de sair e ir em direção ao carrinho de comida, mas só de chegar perto a náusea voltava.
-- Será que não posso comer outra coisa? -- Comentei sentindo as mãos de Shigaraki em minha cintura me puxando em sua direção.
-- O doutor deve ter uma opção mais viável.
-- Por-favor. -- Supliquei e ela saiu com o carrinho comentando o quanto sou fresca a destra de Shigaraki passou pela minha barriga antes de se afastar confuso. -- O que foi?
-- Tem um relevo estranho no seu corpo Mirai. -- Sussurrou passando a mão novamente e senti meu coração acelerar, não é medo que eu sinto, simplesmente não é uma notícia simples para ser dada de qualquer jeito, mas não posso ignorar essa conversa é melhor que seja dita de uma vez.
-- Eu estou bem, só estou grávida. -- Respondi e os orbes rubis simplesmente me encararam alarmados e estáticos, Shigaraki não moveu um dedo e permaneceu com cara de espanto. -- Shigaraki você me ouviu? -- Estalei os dedos na frente do rosto dele e nada.
-- Eu que estou grávida e você quem trava? -- Ele continuava mudo. -- Droga Tomura vou buscar um copo d'água pra você. -- Ele travou meu braço.
-- Repete Mirai. -- Olhei para ele confusa. --- Repetir o quê?
-- Não provoca mulher. -- Revirei os olhos.
-- Eu estou grávida Shigaraki. -- Ele sentou na cama, passando a mão pelos cabelos.
-- Porra... Puta que pariu.
-- É imaginei que você não fosse ficar feliz com essa notícia. -- Me encostei na cama. -- E aborto agora está fora de questão, se tivesse descoberto há dois meses atrás conversaríamos melhor e... -- Ele segurou minha mão.
-- Eu te conheço o suficiente para saber que não o faria.
-- Exatamente. -- Ele me encarou meio sério e depois afagou meu rosto e se levantou. -- Vai embora?
-- Não seja boba Mirai, só preciso de um pouco d'água. -- Shigaraki saiu do quarto e eu fiquei ainda mais confusa, ele não me disse nada.
Por Shigaraki,
De todas as coisas que ela poderia ter me dito, uma gravidez era algo inimaginável. Puta que pariu, em nome de todos os infernos dessa porcaria de mundo como foi que deixamos isso acontecer? E como caralhos eu vou ser pai...
Me sentei no banco notando que andei até o lobby do cassino.
-- Eu vou ser pai? -- Gargalhei amargamente, o símbolo do medo não deveria trazer a vida e sim a destruição. -- Puta que pariu, o que eu faço nessa porra de situação? Se nem um maldito pai decente eu tive. -- Me levantei do banco e fui até o bar.
-- Boa tarde o que o senhor deseja? -- A atendente perguntou.
-- Desce o que tiver de mais forte e coloca na conta dos Kazani -- Tirei de dentro do meu bolso o cartão do quarto dela e depois pedi para que Kurogiri retornasse, eu vou precisar por minha cabeça no lugar se não vou fazer alguma merda e a única forma que conheço de extravasar com uma Mirai impossibilitada é destruindo tudo.
Off
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A garota respirou pesado haviam se passado quatro horas e nada dele retornar e da maneira mais dura entendeu que além da noticia não ser bem recebida ele fora embora.
-- Eu deveria ir também. -- Sussurrou se sentindo fragilizada, a porta foi aberta pelo portal que se manteve em silêncio. -- O seu mestre foi embora?
Kurogiri negou, afirmando que Shigaraki apenas precisava resolver uma pendência da liga.
-- E você veio ficar de babá Kurogiri? -- Ele negou novamente.
-- A senhorita está instável, descanse, se minha presença for incomoda estarei esperando no lobby.
-- Não, fique. Só fale alguma coisa, sempre tão calado. -- Ela tentou sorrir para não transparecer a tristeza contida em seu olhar.
-- O que gostaria de saber?
-- Que tal me contar sobre a infância do Shigaraki?
-- Só ele tem essa resposta. -- Foi direto.
-- Então que tal me tirar desse quarto um pouquinho?
-- A senhorita não pode...
-- Por-favor, eu estou com vontade de tomar um sorvete de morango e comer um cuscuz com chocolate.
-- Espere aqui senhorita, eu trarei o sorvete, já o restante não sei se pode devido aos medicamentos. -- Ela sorriu.
-- Você é um ótimo cuidador Kurogiri!
Enquanto isso na sede do Rê-Destro,
Shigaraki enxergava dobrado, conforme Rikiya falava a respeito da invasão do bunker, grande parte da reserva para conter os vilões estava ali e afirmava alegremente que sua fonte era excelente.
-- Aqueles que vivem na escória do mundo começaram a se movimentar. -- Shigaraki inclinou a cabeça para a direita.
-- Acho que o líder está bem manguaçado. -- Twice comentou.
-- Acho que o melhor para lidar com eles é o Spinner, não é mesmo lagartão? -- A voz de Dabi ecoou fazendo com que Spinner erguesse o dedo do meio mandando-o tomar no cu e assim o moreno das chamas azuis sorriu tragando o cigarro.
Shigaraki parou de brincar como o copo d'água e respirou pesado:
-- O Dabi tem razão, ninguém entenderá eles melhor do que você e falou isso pela rejeição, o décimo terceiro distrito está vazio e cabe cerca de trezentas pessoas. -- Apoiou a cabeça na mão e o cotovelo na mesa.
-- Caralho ele está muito mal! BEM! -- Twice. -- O chefe cabem vinte e cinco mil pessoas naquela cidade desapropriada.
-- Que seja, vamos iniciar a fase dois, mais alguma coisa?-- Shigaraki jogou a cabeça para trás olhando para os membros da liga.
-- Sim, agora que é o chefe, existem algumas funções que não podem ignorar.
-- Que funções? -- Arqueou a sobrancelha, notando a cadeira flutuante de Rikiya pela sala.
-- Como um bom "empresário" você precisa de patrocínio para os seus planos. -- Revelou.
-- Está me pedindo para lavar dinheiro?
-- Se quiser ver dessa forma. -- Bom, os contribuintes esperam por uma festa para conhecer o novo líder, então...
-- Puta que pariu, eu não tenho tempo para isso. -- Reclamou.
-- Sugiro que arrume, do contrário as fontes vão secando aos poucos. -- Afirmou fazendo com que o prateado sentisse uma vontade imensa de desintegrar o prédio tudo.
-- Essa deveria ser a sua função narigudo. -- Amargamente reclamou.
-- E vai ser, quem você acha que vai organizar a festa? -- Shigaraki se levantou e ligou para Kurogiri que abriu um portal. -- Faça o que tem que fazer. -- E assim sumiu, deixando para trás meia liga confusa, no entanto, foi a voz de Twice que ecoou:
-- Caralho ele ta muito na merda! Tá benzão!
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Notas finais: Os cap. do mangá de Bnha estão acabando com a minha sanidade misturando tudo numa ansiedade só, enfim, querem um especial sexual do Sato? Estou pensando em fazer. 😏
Volto assim que der ;*
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