Se liguem nos símbolos abaixo que irão representar uma conversa por mensagem de texto entre os personagens:

****-- Quando for o King.

"""" -- Quando for a Diane.

Curtos Anseios

Narradora: 

Diane estava tão feliz com as inúmeras possibilidades, depois que saiu do quarto prometendo voltar no primeiro horário da manhã, pegou o celular no bolso vendo diversas mensagens de King e sorriu não por deixá-lo preocupado, mas por saber que ele cumpriu com a promessa que fez..

**Quais são as flores que mando para minha sogra?**

Vou mandar uma floricultura inteira!**

**Amor que tal um jantar a três em algumas semanas?**

**Estou ansioso pelo dia que será minha.

**Que tal casarmos na primavera?**

**Perdão estou nervoso, a deixarei descansar

e nos falamos depois.**

Essas eram algumas das mensagens, porém a castanha não conseguia se concentrar em nada que não fosse sua progenitora acordada, a felicidade tomava conta de si de forma tão esplendorosa que mal via a hora de dividir com alguém.

-- Bom ela vai ter alta em vinte e quatro horas, pensa Diane, pensa! — Batucava as unhas curtas sobre a madeira antes de e afastar. — Já sei, espero que minha mãe goste, do contrário será um problema.

Diane saiu do hospital eufórica, no caminho para o trabalho mandou mensagem para todas as suas amigas e seu amado contando da novidade e pediu para que as meninas a encontrasse dois dias depois, afinal queria ter tempo de preparar o ambiente para receber a mãe, e queria fazer tudo sozinha.

...

A bombeira agradeceu ao cosmos por não ter tido uma ocorrência tão grave ao longo da noite, apenas algumas emergências envolvendo animais presos em árvores e um incêndio em um local abandonado, nesse dia sua cabeça fervilhou tanto com a quantidade de informações que não conseguiu processar, sua amada mãe finalmente estava bem. E agora poderiam recuperar o tempo perdido, mesmo que soubesse que não seria em uma nem duas conversas que mais de dez anos voltariam como se nunca tivessem ido embora e no fundo tinha medo de que não conseguisse se reconectar com a própria mãe.

A madrugada no silêncio da cobertura desbloqueou o celular mais uma vez, olhou as mensagens e se sentiu ainda mais feliz:

**Achei essa pérola no álbum de família, parece que tia Geheade tem todas as nossas vergonhas guardadas**

**Olha a situação eu era um nanico e você sempre foi... 🍑🍑**

**Não que na época eu soubesse disso, mas agora... Não pense que sou um pervertido amor, só estou descontraindo para não te encher o saco com o assunto principal, ou seja, o nosso casamento e a sua mãe.**

**Espero que tenha uma boa noite, não vejo a hora de nos vermos.**

Terminou de ler e resolveu responder.

""Se você quiser te envio fotos...""

**NÃO BRINCA COM A MINHA IMAGINAÇÃO MULHER**

Ela riu antes de tirar a blusa, usava um sutiã azul clarinho de renda  e assim enviou a foto dos seios cobertos com uma das alças caindo do ombro. 

**Diane, seu eu pudesse pegaria um voo para ai agora**

""Eu sei que sim, mas por enquanto se contente com as fotos não vamos passar tanto tempo assim afastados.""

King sabia que ela estava enrolando, depois da mensagem de mais cedo não tocou no assunto da matriarca e assim decidiu dar o primeiro passo.

**Ei, não vai me falar sobre a minha linda sogra?**

""Ainda não pude vê-la da forma como quero, então não tenho muito o que dizer...""

**E o que se passa nessa linda mente? Conheço bem minha futura esposa para saber que deve estar cheia de ideias e até mesmo confusa.**

Diane suspirou, olhou para a lua através da varanda de seu quarto antes de retornar para o telefone:

""Eu só estou com medo. Não sei como deixar isso claro, mas e se nós não fomos como antes? Quer dizer, eu sei que não será, afinal foram muitos anos perdidos, mas será que ela ainda vai me reconhecer como filha ou irá estranhar pelo fato de que sou uma mulher adulta? Será que vamos nos conectar?""

Do outro lado da linha king sorriu, queria estar lá pessoalmente para abraçá-la e dizer que está tudo bem ter dúvidas a respeito de algo que nem ele mesmo entendia, porém possui-a uma única certeza.

**Diane ela é sua mãe, você poderia estar com sessenta anos e nada mudaria, o amor só cresce exponencialmente, amor ela não ficará desesperada, talvez chocada ao ver o mulherão que a filha se tornou, aposto que minha sogra vai te encher de perguntas, então não deixe que esses pensamentos confusos abalem sua mente.**

A castanha suspirou, ele estava com a razão e realmente não havia motivos para tantas dúvidas.

""É talvez seja só o meu cansaço falando, vou dormir e em breve nos falamos.""

Como resposta King mandou um beijo e mais uma foto onde ambos adolescentes dividiam uma rede e assim Diane dormiu depois de revirar na cama com alguns pensamentos a respeito do despertar que mais desejou em toda a sua vida, agora teria sua mãe.

.

..

...

Diane estava tão afoita que mal via a hora de ficar a sós com sua matriarca, Doutor Dana fazia os últimos check-up's deixando a garota completamente desesperada.

— Diane você tem que ir com calma está bem? Foi mais de uma década dormindo. — A enfermeira explicou. — Você já pode entrar está bem?

Ela assentiu bloqueando o telefone, sentindo as mãos suarem e lágrimas sorrateiras se formarem em seus olhos, seu corpo tremia de leve e assim apertou o aparelho em mãos.

-- Quer uma água com açúcar? -- A enfermeira perguntou e ela pareceu despertar seu curto solilóquio a respeito das próprias dúvidas e anseios e só então notou que a mulher lhe oferecia um lenço de papel ao qual foi bem aceito limpando as lágrimas calmamente e respirando lentamente, não poderia adentrar a  sala daquele jeito, tinha que passar confiança do contrário temia que sua mãe se preocupasse sem precisar, uma lembrança de quando era uma criança e estava em seu quarto na época em que morava em Denzel invadiu sua mente, nela Matrona estava dividindo a cama com a mesma que estava com medo das trovoadas e da chuva, naquela noite a loira contou algumas histórias além de passar um bom tempo distribuindo caricias nos fios castanhos até que criança pegasse no sono e agora Diane sentia o coração se acalmar, não havia motivos para tanto nervosismo, pensando dessa forma seguiu para o quarto abriu a porta lentamente dando de cara com o doutor passando as últimas recomendações e os orbes tão violetas quanto os seus que aos poucos lhe encaravam, vis-à-vis notou o brilho no olhar daquela que fazia seu coração praticamente explodir de felicidade e sentia que tudo ao seu redor não importava mais, apenas o sorriso terno de sua mãe.

Se existia felicidade maior do que essa Diane desconhecia, pois finalmente tinha tudo o que precisava.

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Notas finais:

Voltei! Havia deixado um aviso no mural que ainda esse mês estaria retornando com os últimos capítulos da fanfic, temos mais quatro pela frente e depois ela entrará em uma revisão final. Agradeço a todos que não abandonaram e aos novos que deram uma oportunidade para esse romance Kiane e em breve trago o próximo.