17.Eu não sou o único com surpresas por aqui!
-- Pro mundo não Diane, só pra você -- observou-a fechar os olhos com o toque de seu polegar sob a pele sensível de seus lábios e depois de acariciá-los se afastou minimamente só para apreciá-la antes de enfim tomar seus lábios sem pressa, cada movimento que fazia era correspondido da mesma forma intensa por ela que agora se via com os braços envolta do pescoço masculino, seu corpo foi puxado e a mesma permaneceu sentada sobre suas pernas, por um instante o tempo pareceu parar enquanto o casal se entregava os sentimentos, havia uma única vontade em seus corações e ambos fariam valer a pena.
Eu não sou o único com surpresas por aqui
O casal apaixonado matava a saudade em cima daquele sofá, as mãos masculinas em volta da cintura apertando-a contra si enquanto ela mantinha seus dedos enfiados nos cabelos curtos e se pudessem passariam o restante do dia assim. O lábio inferior dela foi mordido e sua coxa esquerda apertada, os lábios dele se arrastaram pelo pescoço feminino deixando a marcando-a, suas mãos alcançarão a parte de trás daquele corpo farto.
-- Arlequim acho melhor nós nos concentramos em outras coisas -- sorriu ao se afastar , não queria ir rápido demais se deixando levar pela luxúria.
-- É verdade, você tem razão -- aquele olhar vidrado nos lábios dela era impossível não enlouquecer, só então percebeu onde suas mãos estavam -- Desculpe... -- corou.
-- Não se desculpe, bem vamos dar um jeito nas coisas, aqueles desnaturados uma hora vão ter que nos soltar, fora que temos que preparar o almoço.
-- É verdade, eu vou ligar pra eles para ver onde estão.
No fundo agradecia pelos amigos que tem, pois, se não fosse por eles ainda estariam afastados, não que um beijo resolva todos os problemas mas significa que poderia ao menos voltar a tê-la perto de si.
-- Ok, tentarei ligar para as meninas também -- Diane se levantou do colo dele e subiu as escadas, queria ficar um pouco sozinha e pensar no que acabara de acontecer, se olhou no espelho dando de cara com seus lábios levemente inchados e uma marca roxa no pescoço, seu rosto ficou vermelho com os pensamentos impróprios que vieram em sua mente. Como ele poderia beijá-la daquela forma? Levou a ponta dos dedos ao leve formigamento no lábio inferior e sentiu seu coração acelerado, ela realmente estava feliz com o que havia ocorrido, resolveu ligar para as amigas, pegou o celular e discou o número de Elaine ao qual chamou três vezes e ninguém atendeu, tentou Merlin e o mesmo ocorreu, por fim ligou para Ellie rezando para que ela atendesse sua ligação:
-- Alô? -- Uma voz grossa embargada pelo sono atendeu o celular.
-- Passa pra Ellie, preciso falar com ela.
-- Não vai dar não morena, ela está bem ocupada no momento...
-- Meliodas, não me provoca ou eu juro que quando sair desse confinamento eu vou achatar vocês!
-- É serio Diane ela está ocupada, eu estou a meia hora aqui na sala esperando por ela.
-- É verdade Diane, a Elaine está junto -- a voz de Ban se fez presente.
-- Então aonde vocês estão? Nós queremos sair daqui!
-- Relaxe ai mais um pouco que quando der nos vemos -- Meliodas desligou o telefone deixando-a possessa.
A morena respirou fundo antes de descer as escadas irritada pelo fato das amigas não lhe darem atenção.
-- King você conseguiu falar com eles?
-- Não, o único que me atendeu foi o Helbram e deixou claro que a gente só sai daqui á noite.
-- Nossos amigos são malucos! Principalmente quem planejou isso, esqueceram que eu trabalho e estudo!
-- Não com esse pé, cadê a bota? -- cruzou os braços em tom de reprovação.
-- Eu tirei, estava me incomodando além do mais eu não vou mais ter problemas com minha falta de atenção. Agora vamos ao que interessa, o almoço -- caminhou até a cozinha seguida por ele que a ajudou a preparar o almoço sem conversarem sobre a pegação de mais cedo. -- O bom de se está confinada e de molho é que eu posso comer qualquer coisa, nem imagino o que Escanor diria se me visse comendo pizza no almoço! -- Gargalhou enquanto colocava uma fatia generosa no prato.
-- Eu não sou o único com surpresas por aqui! Essa pizza está uma delícia!
-- Eu aprendi uma coisinha ou outra, mas não costumo cozinha já que Elizabeth insiste em treinar suas habilidades culinárias ai eu e Elaine acabamos por servir de cobaia -- deu uma pequena risada.
-- Escanor é o líder do seu corpo de bombeiros não é isso? -- king estava curioso.
-- Sim, costuma ser um cara tranquilo mas... Quando o tiram do sério ele se torna outra pessoa, parece até um leão pronto para atacar.
-- E foi com ele que aprendeu a cozinhar?
-- Não, foi com o Howzer. Os pais dele são donos de uma rede de pizzaria ai com o tempo e a convivência eu acabei aprendendo a fazer pizzas e outras massas -- Voltou a comer e por um instante King ficou na dúvida se deveria ou não perguntar o que estava em sua mente, ouvira sua irmã falar muito bem do namorado de Diane mas, não compreendia o porque dela não estar mais com ele.
-- Diane... -- Bebeu um pouco do suco antes de continuar -- Vocês ainda estão juntos? -- Observou-a corar e puxar uma mecha de cabelo em direção ao centro do rosto, uma tentativa falha de esconder a vergonha.
-- No momento não, estamos dando um tempo na verdade... O nosso relacionamento não tem mais concerto, não depois dele ter me pedido em casamento e ter acabado com um grande não. -- Levantou e recolheu os pratos vazios os colocando na lavadora, aquela conversar a deixou estranhamente constrangida, King permaneceu em silêncio, na sua cabeça ela ainda gostava dele por isso não aceitou se casar com outro, mesmo que ao seus olhos a ideia pareça pretensiosa -- Cansou de fazer perguntas? -- Diane se sentou no balcão abrindo uma lata de doce de leite, adorava doces.
-- Não, só não sei até onde eu posso chegar, não quero ultrapassar o limite -- caminhou até o balcão e pegou a colher das mãos dela comendo o doce em seguida.
-- O que você quer saber e não o que você quer escutar? -- O sorriso dela estava contagiante.
-- Você pretende voltar com o seu namorado?
-- Não sei... -- A resposta dela foi tudo que ele não esperava mesmo que a sinceridade imperasse. -- Na verdade, tudo depende das atitudes e do coração de um certo Von Stain -- desviou o olhar do homem que estava com o semblantes confuso, tentou descer do balcão mais foi impedida por ele que a prendera entre seus braços.
-- Se depender de mim, você nunca mais vai sair daqui -- gesticulou dando a entender que falava do seu abraço.
-- Não pretendo cometer o mesmo erro de cinco anos atrás -- deixou que a mesma saísse de seu aperto, enquanto trazia consigo seus pensamentos sobre ela, mostraria a mulher que ama o homem que havia se tornado.
─•••─
Domingo - 22:00 hs
Enquanto isso na mansão, os amigos se preparavam para destrancá-los:
-- Nossa, eu espero que a Di e meu irmão me agradeçam por isso. -- Elaine sorriu enquanto terminava de revirar o quarto do irmão.
-- Eles vão é te matar isso sim, principalmente depois que virem o que você fez aqui e no quarto da Diane -- Elizabeth a ajudava.
-- Então você quer dizer nos matar né querida? Isso é, só depois que voltarmos da festa, afinal hoje é domingo e eu trabalhei o sábado inteiro nada mais justo do que irmos a sete pecados capitais!
-- Verdade, os clientes me deram maior trabalho hoje de manhã, ninguém queria comer o rango do Meliodas, ainda bem que o Ban fez as tortas se não a essa hora estaríamos sendo processados.
Ambas gargalharam
-- Ban cozinha muito bem, adoro a macarronada e os bolinho enfim, eu amo tudo o que ele faz -- corou e foi encarada maliciosamente. -- Vamos logo libertá-los, quem sabe eles não resolvem ir com a gente na boate!
-- Ok, futura senhora Clarke -- Ambas desceram as escadas e deram de cara com seus respectivos pares e Helbram que estava jogado no sofá.
-- Finalmente o suplício! Podemos ir? -- Ban
-- Claro que sim, vamos logo soltar o casal. Não vejo a hora de receber minhas flores de agradecimento. -- Elaine brincou estava estranhamente divertida mais do que de costume, todos seguiram até o lugar e destrancaram a porta, o ambiente estava no maior silêncio e Elizabeth não estava conseguindo conter a sua curiosidade, abriu a porta com cautela e entrou no lugar, as luzes estavam apagadas e deu mais alguns passos dando de cara com o casal deitado no sofá, a tv estava ligada e ambos estavam apagados. Elaine gostou tanto da cena que se comportando como uma criança puxou o celular do bolso e fotografou os dois antes de saírem dali sem avisar que ambos já estavam livres, seguiram para a saída da mansão entre uma conversa divertida e especulações sobre o que haveria ocorrido com o casal, a campainha da casa tocou e Elaine abriu a porta com um sorriso nos lábios encarou a garota que possuía a mesma estatura que a sua, seus olhos eram verdes e seus cabelos negros como a noite.
- Victoria!? -- A voz de Helbram demonstrava todo o seu espanto e desconforto ao vê-la ali.
-- Olá irmãozinho, senti saudades!-- A garota sorria para o grupo que não entendia nada.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top