bonus - alternate universe


Como seria se tudo fosse diferente?

Esse bônus mostra um pouco sobre os pais da Lippe, assim como tudo seria se eles estivessem vivos e se ela conhecesse o Claude quando eles ainda fossem crianças.

OBS: Aqui, o Claude é alguns anos mais velho que a Lippe.

O irmão mais novo do Imperador Eibom, o Príncipe Magnus, era um homem muito bonito e atraente. Como todo membro da família real de Obelia, ele tinha os característicos olhos de jóias azuis que se assemelhavam a diamantes, mas, ao contrário do irmão mais velho, Magnus havia herdado os cabelos pretos da mãe, que era uma concubina do harém imperial, em vez dos cabelos dourados do pai.

Como um Duque, Magnus passava a maior parte de seus dias em seu escritório, ocupado com a papelada e o dever de ter que comandar um ducado ao mesmo tempo em que era um dos principais apoiadores do reinado do irmão e se mantinha a par de qualquer rebelião. Ele era um homem de feições atraentes, mas não sorria com frequência e tinha bolsas escuras sob os olhos devido ao cansaço extremo.

Em uma viagem de diplomacia e negociações ao império vizinho, ele acabou por se topar com Étis, uma deslumbrante dançarina de longos cabelos loiros platinados e olhos verdes que brilhavam como a mais bela esmeralda. Étis era divertida e carismática e eles rapidamente se deram bem, ainda mais quando ela o ajudou em sua insônia ao sugerir que ele tomasse chás calmantes.

Não foi nenhuma surpresa que, no fim de sua viagem de três meses, ele a tenha convidado para ir com ele para Obelia, com ela mais do que disposta. E nem alguns dias depois, eles se casaram.

"Eu soube que você estava se encontrando com alguém e já até casou," seu irmão falou, cheio de diversão. Apesar das constantes desavenças, Eibom nunca faria nada contra ele; não quando eles dividiam a mesma mãe.

O Imperador de Obelia abriu um sorriso de lado, dando um tapa na coxa da mulher que ele tinha em seu colo. Ela tinha cabelos ruivos e sardas nas bochechas, e deu um pulo com a ação dele, corando violentamente.

Magnus não entendia como seu irmão podia ser tão sem vergonha.

"Já estava na hora de você arranjar alguém," continuou. "Você não vê eu? Mesmo sendo um homem forte, ainda preciso de uma mulher forte ao meu lado, a minha amada Imperatriz."

E Eibom diz isso com confiança, mesmo quando tem outra mulher que não é sua esposa em seus braços. É o cúmulo.

Honestamente, Magnus sente pena da coitada da Imperatriz. Elisangela podia não ser a mulher mais doce, mas ela tinha tudo do bom e do melhor desde pequena e cresceu sabendo que seria a Mãe do Império. Suas feições podiam não ser as mais bonitas, mas ela ainda possuía um charme único e cumpriu seu dever com perfeição, dando á luz a um herdeiro saudável e forte, o Príncipe Herdeiro Anastacius. É uma pena que Eibom seja um homem de paixões e facilmente encantado por belezas passageiras, como Amanda, sua concubina favorita e a mãe de seu segundo filho, o Príncipe Claude.

"Sim, claro," Magnus murmurou para si mesmo.

Se ele sequer ousasse ter uma amante, era certo que Étis arrancaria suas bolas. Sua esposa era bastante ameaçadora quando queria. Porém, ele nem planejava tal coisa; ele estava muito contente com sua vida de casado.

"A traga qualquer dia desses, tenho certeza que Amanda iria adorar conhecê-la. Afinal, ambas tem sangue plebeu. Você não concorda com minha linha de pensamento, Missy?" O Imperador se dirigiu a ruiva em seu colo, que rapidamente assentiu.

"S-sim... Eu concordo com Sua Majestade."

Magnus apenas suspirou, balançando a cabeça. "Irei traze-lá um dia, irmão."

Mas Magnus nunca levou a esposa para que a concubina favorita de seu irmão a conhecesse. Ele não queria que Étis se envolvesse em intrigas desnecessárias.

E assim, o tempo passou.

O relacionamento de Magnus e sua esposa era amoroso e feliz. Étis era uma mulher doce quando queria ser, e aprendeu a fazer croche apenas para criar sapatinhos de bebê quando soube que estava grávida.

Étis ficou ainda mais deslumbrante do que antes, esbanjando beleza com sua barriga de grávida e brilho maternal. Não havia dúvidas de que ela estava animada com a chegada da criança que esperava, assim como ele.

Magnus foi o primeiro a segurar a pequena Lippe – nomeada em homenagem ao chá favorito de Étis – nos braços. A recém nascida tinha traços que iriam ficar cada vez mais parecidos com os da mãe, e herdou os tufos de cabelos loiros platinados dela também, enquanto os olhos eram de jóias azuis como os do pai. Lippe cresceria para ser uma menina risonha e brincalhona que adorava pregar pegadinhas em todos.

Dois anos depois de Lippe, vieram os gêmeos Rigel e Estor, e mais quatro anos depois, viria Cyan, com os três meninos sendo idênticos ao pai. Magnus e Étis eram pais muito amorosos e presentes, sempre participando avidamente da vida da filha e dos filhos, os enchendo de carinho e atenção.

Magnus foi sábio em manter a primogênita longe da família real, ainda mais quando Lippe absolutamente desprezava os Príncipes e fazia questão de deixar isso claro. Seu aparente desdém a fazia discutir sempre com Claude, e os dois tinham que ser separados um do outro, porque geralmente começavam a se agredir.

Esse é o amor de primos, é o que todos falam. Deixe eles brincarem, eles são apenas crianças. Logo vão parar.

Mas parece mais tentativa de homicídio.

"Anastacius é um idiota," Lippe disse, convicta em suas palavras. "E Claude é outro. Eles são homens, são tudo farinha do mesmo saco."

Ele foi rápido em dizer não para seu irmão quando o mesmo propôs um noivado entre Anastacius e Lippe, pois sabia que sua amada filha traria o caos se fosse forçada a algo que não queria.

Lippe tem dezesseis anos quando Anastacius se casa com Penélope Judith, uma dama nobre de cabelos castanhos e olhos verdes com uma personalidade ambiciosa. Por algum motivo, ele renuncia o seu direito ao trono, optando por viajar ao redor do mundo com a nova esposa, e Claude se torna o novo Imperador. Nem um ano depois, é anunciado que Penélope morreu no parto de sua filha com Anastacius, uma menina que foi chamada de Jennette.

Em vez de esperar o tal banquete onde Diana se apresenta e Claude se apaixona por ela, Lippe vai pessoalmente até Siodonna para conhecer a dançarina de olhos rosados que parece uma fada. Quando Lippe apresenta ela a seus irmãos mais novos, Cyan e Diana se apaixonam á primeira vista e não demora para que se envolvam mais profundamente.

"É sério isso?" Lippe fica genuinamente chocada ao observar a dançarina rir baixinho, as mãos na barriga ligeiramente inchada.

Cyan tem a decência de parecer culpado, coçando a nuca, mas sorrindo.

O irmão mais novo de Lippe e Diana se casam naquele mesmo ano, antes que ela dê a luz ao bebê dele. Da união deles, nasce Athanasia, uma linda menininha de cabelos dourados e olhos de jóias azuis que, originalmente, deveria ser filha de Claude, mas que agora é filha de Cyan, um personagem que nem existiria se não fosse pela intervenção de Lippe na história.

Para a surpresa de Lippe, que achou que Claude nunca acharia ninguém especial o bastante como Diana, Claude se apaixona e se casa com Nerissa, uma mulher de longos cabelos prateados e olhos roxos e corpo rechonchudo, tornando-a Imperatriz de Obelia, e eles tem três filhos e duas filhas juntos; Aethan, Thomas, William e Angelina e Irene. Os meninos tem os cabelos prateados como os da mãe e os olhos de jóias azuis como os do pai, enquanto as meninas tem os cabelos dourados e os olhos de jóias azuis do pai.

Etor também se casa, e com uma mulher da nobreza que é amiga de Lippe e Diana, a doce Lilian York, e com ela tem dois filhos, Edmund e Arthur, que tinham herdado os cabelos pretos e os olhos de jóias azuis do pai. Já Rigel, irmão gêmeo de Etor, só tinha olhos para um certo guerreiro tímido de cabelos ruivos e fugia de qualquer mulher que demonstrasse interesse nele.

A própria Lippe se casa, mas só aos trinta anos e quando já se divertiu o bastante, ao se apaixonar perdidamente por um plebeu de um reino vizinho, Kaleid, um homem amável de pele negra e olhos dourados, dando á luz a um filho que chamou amorosamente de Kai.

Todos são felizes, como deveria ser.


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