𝐕. 𝐊𝐎𝐍𝐎𝐇𝐀 𝐂𝐎𝐌 𝐈𝐓𝐀𝐂𝐇𝐈


𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐕; missão com itachi.
( parte II. )

🥀






𝐏𝐎𝐑, 𝐏𝐀𝐈𝐍;

Madara me encarava por detrás daquela máscara. O sharingan vermelho vibrava a todo momento para mostrar sua presença imponente. Eu não sabia bem o que ele veio fazer aqui, eu estava em casa, na vila da chuva e ele veio até aqui e eu não faço a mínima ideia, já que as missões estão indo bem até o momento, bom, isso era o que eu pensava.

— Nagato. - Madara se sentou sobre uma cadeira e cruzou as pernas. — Já está na hora de separar as duplas definitivas e começarmos a caçar as bestas. Devemos iniciar nosso plano o quanto antes. Já esperamos tempo demais.

— Claro. - apenas concordei com Madara. — Já decidiu quem serão as duplas? - esperei pela sua resposta e recebi apenas um suspiro em resposta. — Ou eu mesmo irei fazer isso? - completei.

— Você decide. - me encarou. — Não me importa quem será dupla de quem, a única que me importa é Hanni.

— O que tem ela? - questionei.

— Eu quero ela. - ajeitou a máscara. — Hanni será minha dupla e isso é indiscutível.

— Mas Madara, Hanni seria a dupla de Sasori, enquanto você faria dupla com Deidara, não era isso que desejava? - questionei.

— Isso foi antes. - deu de ombros. — Deixe Deidara e Sasori juntos, eu irei fazer dupla com ela.

— Algum motivo específico? - perguntei e obtive apenas o silêncio do Uchiha.

— Tenho planos para ela. E não se esqueça que eu foi quem esteve observando Hanni... - suspirou. — Eu a trouxe para a Akatsuki. Ela pode perder o controle de seus poderes, e seria um desperdício ela ter uma morte tão precoce na mão da folha ou de Orochimaru.

— Por que Orochimaru deseja a morte dela?

— Achei que isso era óbvio. - se levantou da cadeira. — Mas por enquanto a única coisa que tenho a dizer é isso. Hanni ficará comigo.

Vi Madara sumindo totalmente de minha frente.
Enquanto Konan entrou pela porta em seguida.
Ela se sentou me encarando enquanto tomava sua xícara de chá e suspirou.

— Nagato, o que Madara queria? - questionou Konan. — Eu ouvi um pouco da conversa.

— Vamos começar a capturar as bestas de caldas.

— Não isso. - Konan deixou a xícara sobre a mesa e me encarou friamente, não teria como mentir para ela. — Eu ouvi Madara dizer o nome de Hanni.

— É melhor assim. - dei de ombros. — O que Madara decidiu, se ela perder o controle, ele que lide com ela. - me virei de costas.

— Ela é minha única amiga, Nagato...

— Eu sei o que você quer com isso, Konan... Mas se Madara decidir matar ela para sacrifício, não tem nada que nós podemos fazer.

— Podemos sim. - ela insistiu. — A Hanni pode nos ajudar, talvez até mais que o Madara.

— Não fale disso mais. - meu dedo apontou para o teto. Konan entendeu que Madara podia estar ouvindo nossa conversa.








𝐏𝐎𝐑 𝐇𝐀𝐍𝐍𝐈;

Quase não dormi durante a noite, acordava sempre e em todas as vezes percebia que Itachi também estava acordado. Pela madrugada acordei novamente e olhei para o lado vendo a cama vazia, me levantei e caminhei até a janela, olhei a lua brilhante no céu e de longe vi Itachi sentado na grama olhando para a mesma.

Voltei até a cama novamente e me deitei, não demorou muito para sentir sua presença se deitando ao meu lado. Peguei no sono novamente. Agora acordei e a claridade já invadia o quarto, quando me dei conta de onde estava, Itachi já estava dando um tossido disfarçado. Eu estava com a cabeça em seu peito. Me levantei sem graça, e ele se levantou em seguida.

— Vamos logo, ainda temos um longo caminho pela frente. - disse Itachi enquanto me olha. — Enquanto você dormia eu fiz a missão que tínhamos aqui. - deu de ombros.

— Podia ter me chamado. - digo caminhando até o banheiro.

Lavei meu rosto sentindo a água fria descer por parte do pescoço. Encarei minhas próprias mãos por alguns segundos, sai dali vendo Itachi sentado na beirada da cama. Ao me ver ele se levanta. Término de vestir minhas roupas e visto meu manto. Ele me encara como se quisesse falar algo mas caminha até a porta.

— Está com fome? - perguntou Itachi.

— Sim. - respondi e olhei para ele. — Ainda não tomei café. - complementei.

— Que seja. - suspirou. — Vamos parar na próxima vila e podemos fazer a refeição por lá.

Itachi começou a caminhar e vou em seguida. Uma parte de mim não queria caminhar, só queria acabar o mais rápido essa missão, e como estávamos perto de Konoha eu podia usar o teletransporte pois haviam selos meus espalhadas pela redondeza, mas faz muito tempo que não uso, e levar uma pessoa junto certamente poderia até me fazer mal usar ele.

Andamos cerca de umas duas horas até chegarmos em uma vila pequena, todos nos olhavam torto por causa dos mantos. Nos sentamos para comer, Itachi pediu bolinhos para nós dois e dois sucos. Comemos, pagamos a conta e voltamos a caminhar novamente.

Na saída da vila um grupo de sete ninjas estavam cercando o portão.

— Me dá cinco minutos que resolvo isso. - digo olhando para Itachi que apenas dá de ombros

— Não precisa gastar chakra com esses. - ele diz ativando seu sharingan e deixando todos imóveis.

E eu pensava que não tinha como esse homem ficar mais gostoso...

Saímos tranquilamente da vila e voltamos a nossa caminhada. Novamente ele ficava em silêncio total.
Comecei a sentir uma dor de cabeça forte, levei uma das mãos até a cabeça, logo meus joelhos se dobraram no chão chamando atenção de Itachi.

— Hanni? - Itachi veio até mim se abaixando.

— Tira essas vozes da minha cabeça. - murmurei antes de desmaiar ali mesmo.

Acordei deitada sobre uma grama, sentia ainda a dor de cabeça porém um pouco menos intensa que antes. Olhei para o lado vendo Itachi sentado ao meu lado.
Ao perceber que eu havia acordado ele me encarou.

— O que foi isso? - ele questionou.

— Eu não sei. - suspirei.

— Você disse para tirar as vozes da sua cabeça, do que você estava falando, Hanni?

— Nada. - me levantei. — Vamos voltar a missão.

— Você pode me contar. - disse Itachi. — Eu realmente não me importo com você mas você desmaiando assim, sendo fraca, pode atrapalhar a missão. - isso me arrancou uma risada fraca.

— Você fala como o Sasuke. - dei de ombros e percebi que ele me encarava.

— Como e onde conhece ele? - suas mãos vão até meus ombros os apertando. — Fala logo! - ordenou.

— Assim você me machuca. - me soltei dele. — Eu não preciso te dizer de onde eu conheço as pessoas.

Ele me encara, mas não diz nada. Ele me pareceu conhecer o Sasuke, será que eram parentes?

Eu sei que são do mesmo clã, afinal são Uchihas, mas pelo olhar de Itachi, eles pareciam serem mais que apenas do mesmo clã.

— Vai ser melhor se você me contar. - ele disse em tom de ameaça. — Não quero descobrir sozinho.

Ele está me ameaçando?

— Sabe Itachi, achei estranho porque a história que eu ouvia é que não tinha sobrado ninguém do clã Uchiha, além de você no caso, o assassino. - digo e ele continuava em silêncio. — Você conhece bem ele?

— As histórias mentem, Hanni. - suspirou. — Você pode não ser a única de seu clã. - ele me encarou. — Aliás, de qual clã você veio?

— Não estamos falando de mim, Uchiha.

— Não, realmente. Mas você quer saber de algo que não é da sua conta.

— Não custa nada falar. - dei de ombros. — E foi você quem começou a perguntar algo que não era da sua conta.

— Certo. Pode me dizer de onde conhece ele e eu digo quem é ele para mim. - Itachi dizia e não parecia mentir.

— Trabalhei com ele um tempo atrás, quando eu ainda trabalhava para Orochimaru.

— Sasuke é meu irmão. - as palavras saíram frias de sua boca, assim como o vento que soprava as folhas em nossa volta.

Um silêncio predominou o local, apenas o cantar dos pássaros poderiam serem ouvidos. Era como se ele estivesse desabafando comigo quando disse essas palavras, mesmo sem me conhecer ou sequer saber se eu contaria a alguém.

Não tive palavras para dizer mais nada, apenas ficar em silêncio por todo caminho. Ambos ficamos pensativos, mas nenhum ousou falar uma palavra sequer. E talvez fosse melhor assim.

Após roubar um pergaminho naquela vila também, Itachi pediu um quarto em um hotel, entramos e ele me deixou ali sozinha e saiu, nem me atrevi a perguntar onde ele iria.

Estava sentada em cima da cama quando vejo a porta se abrindo e Itachi entrando com duas sacolas, ele jogou uma em mim e entrou com a outra para o banheiro, abri e ali haviam roupas. Depois de alguns minutos ele retornou ao quarto indicando que havia tomado banho então fiz o mesmo. Após sair do banheiro encarei Itachi que estava deitado sobre a cama.

— Como você sabia meu número? - pergunto e ele revira os olhos tedioso. — Você comprou certo.

— Tenho bons olhos. - fez referência ao sharingan. Os olhos vermelhos mais poderosos que eu pude conhecer.

— Certo. - cruzei os braços o encarando. — Está sendo bonzinho demais, quer algo em troca, não é?

— Vamos jantar. - ele diz se levantando da cama me ignorando totalmente. — Se não quiser vir, não vou insistir.

Me dei por vencida e caminhei atrás dele indo até um restaurante onde ele fez questão de fazer o pedido. Ficamos ali sentados deixando o silêncio predominar o local. O som de pessoas conversando a nossa volta tomava minha atenção até que fomos servidos. Comecei a comer como se o mundo fosse acabar, olhei e Itachi estava me observando.

— Pelo visto estava com muita fome. - ironizou.

— É, eu estava. - olhei para Itachi que parou encarando meus olhos, seus olhos desceram dos meus e se fixou nos meus lábios.

— Está sujo aqui. - disse levando o polegar até meus lábios e limpando o molho branco do canto da minha boca mantendo a expressão séria. — Parece uma criança comendo. - disse ao terminar.

Era a primeira vez que Itachi não me tratava indiferente. Ele me olhava sério, mas não parecia ter tanto ódio em seu olhar como sempre foi desde a minha chegada na organização.

— Itachi... - encarei o Uchiha. — Você sabe onde ele está?

— Não. - desviou o olhar entendendo que eu perguntava de Sasuke.

Antes que eu perguntasse mais alguma coisa, Itachi se levantou de uma vez. Deixou o dinheiro da conta sobre a mesa e saiu dali em silêncio.
Terminei de comer, paguei a conta e caminhei de volta até o hotel. Ao entrar no quarto vi ele deitado sobre a cama, me aproximei e joguei seu dinheiro sobre ele.

— Eu não preciso que você pague nada para mim. - digo em tom firme.

— Está querendo discussão uma hora dessas? - questionou.

— Não, Itachi. Não somos amigos para querer explicações muito menos para dar algo um para o outro, então está aí o dinheiro do que você gastou comigo.

— Por que você é tão mal agradecida, Hanni? - ele se levantou da cama e ficou de pé em minha frente. — Não está acostumada com pessoas fazendo o mínimo para você?

— Não fale do que não sabe. - passei por ele e me deitei sobre a cama. Não queria ter nenhum tipo de discussão, principalmente uma que me levaria de volta ao passado.

Sentia um calor absurdo, a minha pele queimava enquanto ouvia choro e grito ao redor.
Bem longe ouvia-se uma música baixa. Era como se fosse alguém cantando mas eu não conhecia a voz. Era uma voz feminina, pelo menos eu acho, ao ver o sorriso da mulher que cantava em meio a névoa, ela proferiu palavras que eu não conseguia ouvir. A flor.
Itachi me acordou.

— HANNI! - chamou pelo meu nome.

Me sentei sobre a cama sentindo o suor escorrendo pela minha testa, meu corpo estava vermelho e ardia quase que como no sonho. Itachi apenas me encavara mas não ousou dizer uma única palavra.
Tomei um banho frio e saímos do hotel só ali percebi que o sol ainda não havia nascido, então era bem cedo.

Caminhamos por mais ou menos umas duas horas, e quando o sol estava acabando de clarear, já estávamos no portão da vila da folha.

— Hanni, a partir daqui você vai fazer tudo que eu disser, acredite Konoha não é brincadeira. - Itachi me advertiu.

Fomos caminhando depressa e evitando passar onde tinha gente. Itachi nos levou a um prédio não muito grande, de dois andares, entramos sem sermos notados. Ele não quis se separar de mim, porque segundo ele eu iria atrapalhar a missão dele chamando atenção. Itachi procurou e logo encontrou o pergaminho, quando íamos sair ouvimos um barulho.

— Vocês não vão á lugar algum com isso aí. - um homem com uma roupa verde estranhamente colada disse, enquanto o seu companheiro ficou em silêncio apenas nos encarando.

— Itachi Uchiha... - o homem de cabelos brancos e máscara no rosto disse. E esse homem não era estranho, Kakashi, o ninja copiador. Demônio da vila da areia. - ele me encarou friamente.

— Quem é ela? - Gai questionou a Kakashi que me encarava. — Não me é estranha...

— Hanni, e é melhor não a subestimar, Gai. Ela é da vila da areia mas sua especialidade é o gelo.

— Hanni, você se lembra daqueles cinco minutos que você pediu contra aqueles ninjas? - Itachi pergunta e eu assenti. — Então... Pode usar agora.

Estiquei os braços estralando os dedos, já me preparando para a luta. Faziam dias, ou melhor, semanas que eu não tinha uma boa luta, sentia falta disso. Gai atacou Itachi primeiro enquanto Kakashi ficou apenas me encarando. Obviamente ele está esperando que eu o ataque para ele tentar entender meus movimentos já de início. Quando percebeu que eu não ia atacar ele veio até mim rapidamente.

Raikiri...

Ele criava algo em suas mãos que certamente se eu fosse acertada por isso eu teria problemas, por isso me fixei olhando aquilo, e quando ele chegou perto o suficiente bloqueei seu ataque fazendo ele me olhar com os olhos arregalados.

— Sabe Ninja copiador, eu vou te dar mais um jutsu de presente. - comecei os selos.

Fiz um contra ataque criando um chicote de água o prendendo. Eu podia ter usado a manipulação de gelo, mas preferi não gostar tanto chakra assim de início. Mas sei que ele prestou atenção em cada selo.

— Acha que pode me prender com isso por muito tempo? - Kakashi pergunta de forma irônica.

— Claro que não. - sorri. — Nos vemos em breve, ninja copiador. - digo saindo dali rapidamente.

Alcanço Itachi e começamos a caminhar para fora da vila. Ele me encarou por alguns segundos antes de decidir quebrar o silêncio.

— Já lutou com Kakashi antes? - questionou Itachi.

— Trouxe o pergaminho? - mudo o assunto.

— Isso é óbvio, você acha que está falando com quem?

O que tem de gostoso tem de arrogante.

Suspiro olhando para o céu. Não queria me irritar com Itachi. Nos afastamos um pouco pelo caminho e ao adentrar na floresta percebo uma presença. Quando me viro de costas vejo apenas o sharingan por detrás da máscara.

— O que faz aqui, Tobi?

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