𝐈. 𝐏𝐈𝐋𝐎𝐓𝐎
𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐈; PILOTO.
𝖡𝖾𝗆 𝗏𝗂𝗇𝖽𝖺 𝖺 𝖠𝗄𝖺𝗍𝗌𝗎𝗄𝗂.
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POR, HANNI;
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— Não é mais a hora de escrever nesse diário, você não é mais uma criança. - disse Akira me olhando sério. — Esqueça o passado, pense somente no futuro, você ainda é uma prodígio, Hanni.
— Uma pródigo... - repeti de forma irônica. — Que tipo de prodígio que não consegue fazer nada quando é necessário? Eu sou uma farsa mesmo. - dei de ombros.
— Já se passaram dois anos, supere. - ele se virou de costas. — De qualquer forma, você já está pronta, seu treinamento acabou, Hanni.
— O quê? - questionei. — Não... Você não pode me deixar sozinha, Akira. - sentia o desespero em ficar sozinha me consumindo naquele momento.
— Já está na hora de você seguir seu caminho. - ele deu de ombros passando pela porta. — Só tome cuidado com um clã, Hanni. Principalmente com uma pessoa em específico deste clã.
— E qual seria?
— Uchiha.
Foi a última coisa que ele disse. Chamei pelo nome do homem que não respondeu, ele já tinha ido embora me deixando sozinha novamente.
Desde esse dia nunca mais vi Akira, nunca entendi porquê esse homem desconhecido decidiu me treinar. Talvez ele só não quisesse que toda minha força fosse desperdiçada em uma vida normal. Já que desde criança eu sempre fui uma prodígio e só queria minha vingança.
Prodígio... Desde aquele dia eu comecei a odiar que se referissem a mim dessa forma. Já que fui uma inútil, não era justo receber esse valor.
Por anos uma onda de mentiras se desenvolveram com meu nome. Fiquei conhecida como; Hanni, a prodígio renegada da vila da areia. E também como; A morte do deserto. Se acredita que me tornei regada por poder, força, por não querer viver pelas regras da vila, mas a minha verdade não era bem assim. Eu realmente desejei ser mais forte, mas não foi por mim, nem por egoísmo.
Com quatorze anos eu cometi uma chacina na vila da areia, centenas de pessoas foram mortas por minhas mãos, incluindo ninjas de elite, e fugi de lá. Depois da minha fuga eu passei a me esconder em aldeias pequenas, pegando missões para matar pessoas por dinheiro, afinal eu precisava me sustentar. Meu nome ficou conhecido e temido no mundo ninja, mas minha vida mudou depois daquele encontro do "destino" digamos assim.
Já se passaram mais quatro anos desde que Akira me deixou, ao todo se soma seis anos fora de Suna. Agora com vinte anos eu vivia totalmente sozinha de vila em vila pegando missões de matar pessoas para obter dinheiro. Roubava pergaminhos aumentando ainda mais minha força e conhecimento de todos os jutsus que eu poderia conseguir.
Hoje era mais um dia normal, eu caminhava por entre as árvores sentindo o clima ficando mais quente conforme as horas se passavam, sem demora encontrei uma vila qualquer onde consegui comprar comida e decidi ficar ali por alguns dias. Eu já havia cumprido a última missão porém não podia mais voltar.
O dia foi tranquilo, até aquele momento. Uma aproximação não muito distante chama minha atenção, para o céu. Um suspiro de frustração saiu de meus lábios mas me ajeitei esperando por eles se aproximarem. Não demorou muito para isso acontecer, porém logo reconheci um dos homens a minha frente, na verdade a marionete dele... Sasori.
— Hanni de sunagakure. - ouvi a voz chamando minha atenção se aproximando ainda mais com um loiro em sua companhia. — Vamos conversar?
— Você, Sasori, querendo conversar com alguém como eu? - olhei curiosa. — Mas acho que não. - lancei uma estaca de gelo que foi parada pela cauda da marionete.
Mesmo não sabendo exatamente o que ele queria, sabia que não era boa coisa. Afinal, ele sumiu por anos e agora vem a minha procura?
— Não precisamos lutar. Venha comigo e meu parceiro para a Akatsuki. - Sasori diz sem rodeios.
— O que seria essa Akatsuki? - perguntei fingindo estar curiosa. — E por que eu deveria aceitar? O que eu ganho com isso?
— A maior organização criminosa do mundo ninja, somos todos renegados assim como você. - ele diz convicto que isso iria me convencer. — Só de não precisar lutar sozinha, ter dinheiro e onde morar fixo já não seria o suficiente?
Não ficar sozinha... Talvez isso não fosse tão ruim. Mas eu sabia que não podia ir com ele. Existem prós e contras. E perder minha liberdade não é uma opção. Eu conseguiria fugir deles da mesma forma que eu fujo da minha aldeia, eu também fujo de Orochimaru então não seria problema. Mas algo em mim diz que eu devia ir...
Mesmo sabendo que eu não precisava, eu queria entrar nessa organização mas não podia me entregar sem nem mesmo tentar lutar, e principalmente eu precisava saber como eles sabiam de mim e o quanto sabiam. E principalmente, precisava saber o quão forte são, por isso decidi lutar contra eles. Enquanto todos os pensamentos passavam juntos pela minha mente, o loiro ao lado de Sasori me encarava como se eu tivesse feito algo de errado.
— Obrigada! Mas dispenso, prefiro continuar sozinha. - disse e olhei para o loiro. — Mas você podia me apresentar seu parceiro aí, né?!
— Entendi... - a voz de Sasori ecoou firme parecendo entender o que eu queria. — Apresento se você vier conosco, e venha logo porquê eu odeio esperar. - ele diz me fazendo soltar um suspiro. — Ou iremos lutar... Somos dois contra apenas uma.
— Tudo bem. - sorri. — Eu não tenho medo de covardia. - comecei a fazer alguns selos para esperar pela luta. — Me ataquem, estão esperando o que? - arqueei uma sobrancelha.
Ao perceber que eu realmente iria lutar, Sasori suspirou e se acomodou debaixo de uma árvore e começou a explicar melhor sobre a Akatsuki, como seria a vida lá. Não parecia algo tão ruim assim, eu teria um lugar para ficar, comida e dinheiro. Ele também mencionou o fato de ter um lugar fixo e as missões serem fáceis. O que ficou em questionamento, era; Se tudo era tão fácil assim, por que eles me queriam lá?
Será que é uma boa idéia ir para lá?
Talvez a resposta inicial fosse não, mas olhando por todos os lados, eu ainda era caçada por Suna, Gaara se tornou o Kazekage e disse que não me machucaria, porém eu não estava convicta disso, afinal, ele é filho de Rasa. Eu tinha como se sustentar, o dinheiro que ganhava nessas missões não era muito, mas dava para viver uma vida confortável. E o fato de ter alguém mandando em mim, não era algo que eu queria. Sempre fui péssima em tomar decisões, e talvez essa não devia ser mais uma decisão errada.
Mas, como sempre tem um mas, eu decidi tentar algo novo, se algo saísse do controle, eu simplesmente fugiria dessa Akatsuki e de todo o resto. Como eu sempre faço.
— Hanni, o dinheiro que você ganha com essas missões são pouco perto do que você conseguirá na Akatsuki. Eu sei que é movida por poder, e lá você conseguirá treinar com os ninjas mais fortes. - seus olhos me encaram friamente. — Temos o assassino do clã Uchiha lá.
Clã Uchiha... Essas palavras me convenceram totalmente. Conheço o poder ocular desse clã e é magnífico, ter a chance de treinar com o mais forte deles seria uma experiência inimaginável.
— Eu topo, se o loirinho ali me pedir.
— Fala sério! - suspirou aliviado vendo que eu aceitei. — Anda logo e peça Deidara. - ordenou.
— Sasori?! - ele chama o amigo o olhando indignado. Certamente ele não queria fazer isso. Mas essa era a minha única condição.
— Temos que levar ela, foi ordens do Pain, então faça logo. - Sasori diz fazendo Deidara suspirar frustado porém concordando.
— Hanni, venha para a Akatsuki conosco. - ele diz sério. — Mas se não quiser vir, vamos lutar e levaremos você assim mesmo.
— Agora eu vou. - disse dando uma piscadinha para ele que permaneceu sério. — Bom, eu preciso pegar minhas coisas, me acompanham? - eles concordaram.
Voltamos para a vila que eu estava anteriormente, precisava pegar algumas roupas e armas. Elas não eram necessárias em batalha, porém era sempre bom ter alguma escondida caso precisasse como um plano de escape.
O sol já estava começando a se pôr quando deixamos a vila, Deidara colocou minhas coisas sobre um pássaro gigante que era bem legal inclusive e se mostrava descontraído enquanto Sasori se mantinha calado e não quis ajudar com nada.
Andamos a tarde toda e também o começo da noite, era por volta das dez horas da noite quando chegamos em um portão enorme, passamos por ele e andamos mais um pouco até chegar a uma casa enorme, Deidara e Sasori entraram primeiro e eu fui logo em seguida, não tinha muitas pessoas, apenas uma garota e dois homens, pela fama eu digo fácil que é Konan, Pain e o Uchiha que matou o próprio clã, Itachi.
— Então finalmente temos você aqui, Hanni de sunagakure. - o homem ruivo cheio de piercings diz. — Será ótimo ter você aqui trabalhando conosco, você cumprindo as missões e cumprindo as regras da casa, não terá problema algum.
— Que seja. - disse enquanto o encarava. — Eu só quero treinar com os mais fortes, minha única condição para ficar aqui.
— Konan, mostre o quarto dela. - Pain ordena. — Não se preocupe, Hanni, ainda faremos uma reunião e discutiremos tudo.
— Venha, Hanni. - disse Konan pegando minha mão e por impulso me soltei dando um leve arranque.
Todos me encararam pelo ato. Senti meu rosto se corando pela sensação de vergonha. Não era como se eu tivesse feito propositalmente, apenas não era acostumada com contato físico. Sempre quando me segurava, era para tentar alguma maldade, por isso o impulso para me soltar.
— Me desculpe, Konan. - digo sem graça. — Eu só não tenho muito costume com contato físico.
— Não tem problemas. - sorriu simpática. — Então me acompanhe, vou te mostrar qual é seu quarto.
— Claro.
Konan foi caminhando na frente pela casa até chegar em um cômodo onde ela abriu mostrando um quarto. Havia uma cama e um guarda-roupa. Entramos no cômodo e ela logo solta um suspiro e me olha sorrindo.
— Aqui vai ser seu quarto, pode decorar como quiser. - sorriu. — Hanni, eu não sei que tipo de vida você levava antes, como era sua relação com as pessoas mas saiba que aqui será sua casa.
— Obrigada. - sorri. — Mas parece ter algo te incomodando, Konan. Pode dizer.
— Queria falar com você sobre as regras de Pain. - disse Konan parecendo já estar tensa.
— Claro, quais são?
— Para manter as coisas em ordens, Pain prefere que os membros não se envolvam, mas talvez seja porque eu sou a única mulher aqui. - ela olha em meus olhos. — Mas eu duvido muito que isso vá se aplicar a você também, ele irá conversar sobre isso.
— Mas de qualquer forma meu único interesse aqui é apenas ter onde ficar e mais poder.
O rosto preocupado de Konan apenas mostrava que eu estar aqui era definitivamente mais um erro que cometi.
— Que ótimo, assim é bem mais fácil, você deve estar com fome, vamos jantar! - ela diz sorrindo descemos novamente.
Não haviam muitos membros na cozinha mas de qualquer forma eu não era muito acostumada a me socializar. Me sentei ao lado de Konan já iniciando meu jantar. Ao terminar, ajudei Konan a lavar a louça enquanto conversamos sobre a organização. Sem dúvidas era fácil perceber que podia render uma ótima amizade ali.
Subi para onde eu dormiria, meu quarto. Aproveitei para tomar um banho demorado já que estava precisando. Vesti minhas roupas mais confortáveis e me jogou na cama macia encarando o teto. Será que finalmente eu teria um lugar para chamar de lar?
Batidas na porta chamaram minha atenção, me levantei devagar indo até lá. Ao abrir a porta vi Deidara ali parado. O loiro me olhou já dizendo o que precisava. Pain queria falar comigo. Saímos dali e ele me levou até a porta da sala do mesmo, o loiro saiu e eu dei leves batidas na porta. A voz de Pain ecoou permitindo minha entrada e assim fiz.
— Deidara disse que queria falar comigo. - digo ao passar pela porta e ele assentiu. — Aqui estou.
— Eu queria falar com você sobre as regras da akatsuki. Se sente. - ele diz apontando para a cadeira que estava ao meu lado. Me sentei.
— Podemos começar.
— Não temos muitas regras aqui. Apenas que respeite tudo o que eu disser. - me encarou. — Aqui eu mando, Hanni. - seu olhar tentava me deixar intimidada. — Usar o uniforme sempre que for sair em missões. - ele me entrega um embrulho. — E escolha o esmalte de sua preferência, que mais irá te representar.
— Konan disse sobre não se envolver com outros membros. - digo sem rodeios. — Pode pautar isso também antes que vire problema.
— Ah, isso. - suspira. — Eu não vejo problema desde que isso não te atrapalhe nenhuma missão, Hanni, mas se puder, não se envolva, evita problemas. - desviou o olhar. — Amanhã de manhã você terá sua primeira missão com Zetsu, pode se retirar.
— Era só isso? - questionei e ele assentiu. — Boa noite. - me levantei.
— Hanni... -chamou minha atenção novamente. — Não tente me trair. - disse sério. — Agora pode ir.
Caminhei até a porta e após ela ser fechada, caminhei em passos lentos por aquele corredor, ouvia apenas o barulho do meu calcanhar contra o piso frio. Pensamentos novamente entravam em minha mente, temia como seria os outros membros e também que amanhã já teria missão e certamente eu não queria me atrasar. Eu realmente queria dar o melhor de mim.
E que diabos é zetsu meu Deus?
Meus pensamentos começaram a se misturar, um movimento em meu ombro me fez reagir segurando forte o braço da pessoa que me tocava, apertei mais a mão e ouvi um grunhido de dor e me virei de uma vez vendo que era Konan. "Você fez de novo". Me repudiei naquele momento, o ato de impulso havia se repetido.
— Me desculpe. - disse sem graça. — Me desculpe. - repeti enquanto fazia um ninjutsu médico aliviando a dor de imediato.
— Quer ajuda com o esmalte? - ela pergunta ignorando o que aconteceu.
— Claro! - sorri fraco e caminhamos de volta até meu quarto. - nos sentamos sobre a cama.
Konan me ajudou a escolher o esmalte e também me ajudou a passar já que eu não tinha tanto costume com isso. Olhei admirada achando lindo o que vai mas ao mesmo tempo estranhando as unhas com cor.
— O que achou? - perguntou Konan.
— Ficou lindo, obrigada, Konan!
— Agora eu vou descansar um pouco - ela se levantou. — Você também devia. - sorriu. — Hanni... - me encarou. — Se quiser conversar sobre algo, saiba que estou aqui, eu não vou te julgar. - sorriu e saiu pela porta.
Meus pensamentos novamente se perderam no que devia fazer. Contar qualquer coisa não era nem de cogitar. Dormir agora certamente eu não conseguiria. Por isso resolvi dar uma volta pelo jardim que tinha ali.
A lua iluminava o local, em volta haviam árvores e lagos, o espaço era enorme não entendo como não percebi quando cheguei aqui. Não havia muito barulho ali, sem dúvidas o lugar ideal para uma organização criminosa. Escondido de tudo e todos, porém perto das principais vilas.
Me sentei na grama úmida pelo sereno da noite e fechei os olhos sentindo a brisa fria bater em meu rosto. Era boa a sensação que o frio causava. Mas por isso, nem percebi uma aproximação. Só abri meus olhos o olhando quando ouvi uma voz masculina próxima a mim.
— Quem é você? E o que você está fazendo aqui? - um homem de cabelos platinados pergunta.
— Você é sempre burro não é, Hidan? Ela é a Hanni, da vila da areia, a nova integrante da Akatsuki que o Pain disse que entraria - disse Sasori.
— Gostosa, mas luta bem? - pergunta Hidan fazendo um suspiro tedioso escapar de meus lábios.
— Eu posso cortar sua garganta para você tirar essa dúvida. - sorri e ele me encarou.
— Não gostei dela, mais arrogante que o Itachi.
Apenas ignorei completamente aquilo. Pessoas assim sempre aparecem, mas talvez Hidan fosse o tipo de pessoa que sempre causa uma primeira impressão errada. E depois se mostra alguém legal.
E já estava na hora de eu me acostumar com pessoas assim e se preparar pois amanhã já terá missão.
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