trinta.
DEAD MAN!
CAPÍTULO TRINTA.
Eu não consigo mover minhas mãos.
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ADRIAN MARTIN ROLOU OS OLHOS ENQUANTO OBSERVOU STILES GRITAR COM O MECÂNICO TRABALHANDO EM SEU JEEP PELO QUE PARECIA A MILIONÉSIMA VEZ. Devido à ousada decisão de Erica Reyes de retirar as peças do jipe de Stiles, o menino não teve escolha a não ser fazer uma avaliação profissional. Adrian foi quem sugeriu um mecânico depois que o gênio de Stiles pensou que o sarcasmo o plano de fita adesiva não funcionou. Com toda a honestidade, o menino estava mais lá para dar apoio moral.
Se esse suporte era para Stiles ou para o mecânico. . . o menino Martin ainda estava em cima do muro com ele.
"Ei ei!" Stiles caminhou até o mecânico enquanto ele perfurava algo em seu jipe. "O que você pensa que está fazendo? Tudo o que eu precisava era de uma partida."
O cara nem desviou o olhar do carro enquanto falava. "Sim, mas parece que todo o seu sistema de escapamento também precisa ser substituído."
A boca de Stiles caiu, parecendo descontente com as palavras do trabalhador. "Por que tenho a sensação de que você está superestimando um pouco o dano?"
"Provavelmente vai custar, tipo, mil e duzentos, peças e mão de obra." O mecânico examinou o jipe, observando seu estado de uso.
"Você está brincando comigo?" O menino gritou, com o rosto em total descrença. "Essa coisa nem tem conversor catalítico. E, sim, eu sei o que é um conversor catalítico."
Foi então que o homem finalmente se virou para o menino, parando de perfurar. "Você sabe o que é um diferencial de deslizamento limitado?"
O Stilinski gaguejou na hora, dando tempo ao namorado para caminhar até eles depois de ouvir a conversa. "O LSD é um tipo de diferencial que permite que seus dois eixos de saída girem em velocidades diferentes, mas limita a diferença máxima entre os dois eixos."
Enquanto o queixo de Stiles caiu no chão, o mecânico sorriu e olhou o ruivo de cima a baixo. "Sim. Você sabe sobre carros?"
O adolescente deu de ombros. "Peguei algumas coisas do meu pai."
O mecânico apenas assentiu, mantendo os olhos em Adrian um pouco demais para o gosto de alguém. Stiles suspirou alto, ganhando novamente a atenção do mecânico. "Ok, apenas termine. Estarei de volta aqui... fervendo de raiva impotente."
Agarrando o braço de Adrian, o garoto os conduziu até os fundos da oficina, onde ficava a sala de espera. "Aquele cara estava totalmente checando você." Stiles murmurou com raiva.
Adrian latiu uma risada, arqueando uma sobrancelha ruiva. "Ciúmes, Stilinski?"
"Pare de gostar tanto disso." Stiles revirou os olhos, apertando a maçaneta da porta. Ele imediatamente puxou a mão para revelar uma estranha substância cobrindo sua mão. "Oh... legal. Realmente higiênico. Estabelecimento de qualidade que você dirige aqui." Ele falou de volta, certificando-se de que o mecânico podia ouvi-lo.
Os dois meninos entraram na sala, Adrian sentando-se no momento em que Stiles limpou a mão com a substância em sua jaqueta. Ele pegou o telefone, resmungando baixinho.
"Ei, olha. O cara joga lacrosse." Adrian sorriu enquanto apontava para uma foto do mecânico em nada menos que o equipamento de lacrosse de Beacon Hill.
"Figuras." Stiles zomba, balançando a cabeça com amargura.
Adrian inclinou a cabeça, surpreso. "Você não está seriamente chateado que um cara olhou para mim, está?" Ele sorriu assim que percebeu isso enquanto se recostava em seu assento, um olhar presunçoso em seu rosto.
Stiles zombou. "Não, eu não estou." Seu tom era calmo, obviamente dizendo ao garoto que ele estava mentindo.
"Ei," o tom mais suave de Adrian era mais sério quando ele se levantou de seu assento, Stiles olhando para ele com expectativa. "Você não tem que ficar com ciúmes. Você é a pessoa com quem estou, não ele."
"Mas isso pode mudar." O ruivo pegou o murmúrio, fazendo uma carranca aparecer em seu rosto. Era realmente assim que ele se sentia? Ele pensou com tristeza.
"Stiles," Adrian parou, mordendo o lábio. As palavras que ele tanto queria dizer estavam na ponta da língua, mas também eram as palavras que ele mais temia expressar. Por fim, Adrian escolheu ser corajoso e falar a verdade. . "Eu amo-"
O som de algo caindo o interrompeu. Adrian confundiu seu olhar para a janela, algo se revirando em seu estômago. Algo não parecia certo. . .
Stiles deixou cair o telefone, fazendo seu namorado olhar para ele preocupado. Suas mãos começaram a tremer, o garoto grunhiu como se tentasse movê-las, mas não conseguisse.
"Stiles," Adrian gritou preocupado, os olhos se arregalando enquanto ele dava alguns passos mais perto do garoto trêmulo. "O que está acontecendo?"
O adolescente olhou para cima, olhos arregalados. "E-eu não consigo mover minhas mãos." Sua respiração estava em pânico, suas mãos pareciam ficar cada vez mais rígidas.
Algo chamou a atenção do casal através da janela de vidro, o coração de Adrian parou com o que viu. Parecia ser uma criatura parecida com um lagarto que tinha no máximo um metro e oitenta de altura! Suas longas garras o aproximaram do mecânico, que não percebeu o perigo.
"Que diabo é isso?" Adrian respirou com medo, cambaleando para trás alguns passos. Ele nunca tinha visto nada parecido, nem mesmo nos velhos filmes de terror que Toby e ele assistiam durante suas noites de cinema!
"Ei!" Stiles lutou para sair, tentando chamar a atenção do cara através do vidro enquanto seu namorado olhava boquiaberto para a criatura. "Ei!" O mecânico não o ouviu, apenas interrompendo seu trabalho quando já era tarde demais.
A coisa levantou uma garra de dinossauro na parte de trás do pescoço, criando um corte reto nas costas. Os olhos de Adrian se arregalaram quando o homem desmaiou, o corpo de Stiles caindo logo depois.
"Stiles!" O garoto se ajoelhou ao lado dele, observando-o lutar por seu telefone. O ruivo pegou o dispositivo para ele, sua mente perdida. "O-O que você quer que eu faça?!"
"L-Ligue para a estação." Stiles grunhiu, suas mãos ainda tremendo enquanto ele entrava em pânico. Adrian assentiu, começando a digitar os números. Ele só chegou a '91' antes de ser interrompido.
O som dos aporadores com o jipe descendo lentamente sobre o mecânico indefeso não permitiu que o menino concluísse sua tarefa, ganhando seu foco.
"Adrian", Stiles percebeu rapidamente quais eram as intenções do adolescente e, embora o tenha elogiado por pensar nisso. . . ele não podia permitir que ele continuasse com isso. "Não."
Infelizmente, Adrian já estava de pé. Ele largou o telefone ao lado de Stiles, lutando para pegar o casaco que havia deixado na sala. O adolescente ignorou os protestos de medo de Stiles enquanto usava seu casaco para abrir a porta, saindo correndo.
Adrian Martin deu apenas alguns passos antes que o lagarto surgisse do nada, sibilando para ele com seus olhos venenosos olhando para os olhos medrosos.
Adrian soltou um som de surpresa, recuando tão rapidamente que caiu no chão. Ele não teve muito tempo para se levantar antes que a coisa estivesse em cima dele.
Adrian se encolheu, fechando os olhos enquanto seus assobios zumbiam em seus tímpanos. Sua respiração soprou em seu rosto, garras pressionando contra sua pele.
Parecia que a vida de Adrian terminaria ali, e ele estava se preparando para isso. . . até que a pressão do lagarto o varreu.
Abrindo os olhos, Adrian viu que o lagarto não estava mais à vista. . . mas o mecânico esmagado estava.
❚ ❚ ❚
"Eu disse a você, eu só... entramos e vimos o jipe em cima do cara. Só isso." Stiles disse a seu pai enquanto eles se sentavam na parte de trás de uma ambulância, Adrian sentado não muito longe. Ele não falava desde a chegada da polícia.
"O que aconteceu com a sua mão?" O xerife perguntou, olhando para a mão que seu filho estava acariciando.
"Nada. Posso sair daqui agora?"
Adrian se afastou a partir de então enquanto observava a polícia através da janela descobrir o corpo do mecânico morto. A cena causou um arrepio em sua espinha, seu lábio agora tremendo.
Uma pontada repentina de dor irrompeu em seu crânio. Ele estremeceu, acariciando sua cabeça quando um zumbido veio através de seus ouvidos. O que está acontecendo?****
Quando o menino Martin olhou para cima, seus orbes verdes se arregalaram quando ele viu uma névoa azul flutuar para fora do cadáver do mecânico. Ele flutuou no ar, ninguém prestando atenção nele; provando que apenas Adrian era quem estava vendo.
Então, sem qualquer aviso, flutuou e evaporou. . . como um fantasma.
"Adrian." A mão de alguém agarrou seu braço, fazendo o adolescente se encolher enquanto se preparava para se defender. Os olhos de Stiles rapidamente se arregalaram e recuaram um pouco, os braços para cima em sinal de rendição. "Uau, sou eu. Você está bem?"
"Eu deixei um homem ser morto, Stiles. Eu-seu cadáver estava bem na minha frente." O ruivo gaguejou, os olhos fixos no chão em estado de choque. Com toda a honestidade, a realidade do que acabara de acontecer ainda não havia se estabelecido.
Stiles balançou a cabeça, puxando o adolescente para um abraço muito necessário. Adrian não respondeu de forma alguma, seu corpo parecia muito entorpecido e congelado para mover seus braços flácidos. "Não foi sua culpa, Tigre. Não foi."
"O que foi aquilo?" Adrian se afastou dele. Ele percebeu bem cedo que Stiles parecia reconhecê-lo vagamente.
O corte de cabelo soltou um suspiro, encolhendo os ombros. "Ainda não sabemos. Scott e Allison também se depararam com isso. Falando nisso, liguei para Scott, já que meu jipe agora é uma evidência. Ele está vindo nos buscar." O menino explicou, acenando com o telefone para dar ênfase.
"Oh..." foi tudo o que Adrian conseguiu dizer, os olhos focados onde ele tinha visto aquela névoa azul flutuar para fora do corpo do mecânico. Deve ter sido suas habilidades de necromante entrando em ação com certeza. . . mas o que foi? "OK."
"Tem certeza de que está bem, Adrian?" A pergunta fez o garoto finalmente erguer os olhos para encontrar os olhos castanhos de Stiles Stilinski, acalmando-o um pouco. "Aconteceu mais alguma coisa que você não está me contando?"
O menino Martin só podia engolir seus pensamentos, não querendo ser um fardo. "Eu vou te contar sobre isso mais tarde."
Scott parou não muito tempo depois, os dois garotos subindo. "Você está bem?" Ele perguntou uma vez que Stiles fechou a porta do lado do passageiro, Adrian sentado atrás.
"Sim." Suas palavras fizeram Adrian franzir a testa levemente. Eles definitivamente não estavam bem. "Você estava certo. Não é como você. Quero dizer, seus olhos eram quase, tipo, reptilianos."
"Mas havia algo sobre eles." Adrian continuou, lembrando-se da visão dos olhos da criatura. Percebendo o quão ruim esta situação estava se tornando, o garoto Martin soltou um suspiro trêmulo. "Da última vez que verifiquei, os lagartos eram criaturas pequenas."
"O que você quer dizer com os olhos?" Scott se virou para encarar mais o ruivo, seus olhos castanhos escaneando entre os dois garotos agora.
Embora Adrian não tivesse ideia de como descrever a sensação que teve, Stiles a apresentou perfeitamente. “Sabe quando você vê, tipo, um amigo com uma máscara de Halloween, mas tudo o que você consegue ver são os olhos deles, e você sente que os conhece, mas simplesmente não consegue descobrir quem é?"
Scott franziu a testa, as sobrancelhas unidas. "Você está dizendo que sabe quem é?"
"Não." Adrian balançou a cabeça no banco de trás, fazendo com que os dois garotos se virassem em sua direção. A visão do rosto do lagarto bem na frente dele queimou em sua memória, criando uma imagem arrepiante. "Mas eu acho que ele nos conhecia."
❚ ❚ ❚
Adrian Martin gostava de se considerar um dorminhoco decentemente pesado. Claro, demorou um pouco para ele se acalmar, mas uma vez que ele saiu, ele apagou como uma luz. Nada poderia acordar o adolescente de seu sono. . . exceto os gritos e suspiros de sua mãe.
Temendo que algo estivesse errado, Adrian quase tropeçou em seus tênis na porta enquanto corria para o quarto de suas irmãs. A visão à sua frente não era uma visão que Adrian planejava ver naquela manhã.
Os lençóis de Lydia tinham sangue endurecido sob eles, o culpado eram suas mãos. Eles estavam ensanguentados e pareciam mal cortados, fazendo Adrian ligar os pontos entre o espelho quebrado e ensanguentado em sua mesa em frente à cama.
"Lydia, querida, por que você faria isso?" Sua mãe sussurra em estado de choque, acariciando as mãos de suas filhas. Lydia não diz nada, apenas pequenos gemidos saindo de sua boca.
O tempo todo, Adrian assiste com a boca aberta. Todas essas coisas sobrenaturais acontecendo ao seu redor. . . o menino não conseguia acompanhar tudo isso. Ele precisava de uma pausa.
Voltando para o quarto, Adrian pegou o telefone da mesa e discou um número. Ele esperou alguns segundos, a pessoa atendeu no terceiro toque. ". . . Olá?" A voz seguiu hesitante, quase com medo.
"Gostaria de abandonar a escola para assistir a filmes? Eu preciso de uma pausa." O menino Martin suspirou, passando a mão pelo cabelo ruivo.
Toby soltou um suspiro de alívio, até mesmo deixando uma risada muito pequena e fraca. "Eu pensei que você nunca iria perguntar."
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