𝗰. 𝗻𝗶𝗻𝗲
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DAUGHTER OF THOR ─── c. nine
pov. LYDIA FOSTER
─── Lady Sif, deusa da guerra.
Oh meu grande Odin, ele é filho da deusa mais diva de todas. Sim, eu sou grande fã da mitologia nórdica e sei muito bem quem esse garoto é.
─── Meu Odin, você é Uller, o filho arqueiro da Lady Sif! ─── Falo tentando manter o ânimo somente para mim.
─── É, sou eu mesmo. ─── Ele confirma meio sem jeito e coçando a nuca.
─── Você pode me ajudar, então!
─── Depende do que estiver precisando, irei tentar ajudar sim. ─── Como ele é gentil.
─── Preciso achar Loki e impedi-lo de fazer algo pior com Asgard. ─── Digo e ele afirma com a cabeça.
─── Heather! ─── Ele chama por uma garota de pele muito clara, cabelos negros e olhos verdes. ─── Cuide desse perímetro para mim, preciso ajudar a princesa.
A garota apenas concordou com a cabeça e passa a me olhar de um jeito bem estranho, como se eu fosse inimiga dela ou algo do tipo.
Corremos para o palácio de Odin, onde sinto minha respiração ficar ofegante.
Estou com tanto medo de falhar com Asgard. De falhar com o meu destino. E se eu não consegui vencer essa batalha? Eu sou apenas uma garota de 17 anos que achava que isso tudo que está acontecendo agora seria impossível de acontecer comigo.
─── Para de fazer isso com si mesmo. Para de pensar que não é boa o suficiente. - Ele fala para mim como se soubesse do que estou pensando.
─── Como sabe?
─── Eu fui treinado desde criança para saber de cada detalhe dos meus adversários, até mesmo suas feições. ─── Ele diz. ─── E dá para ver que está... Tensa...
Suspiro de leve e abaixo a cabeça. Ele está totalmente certo, estou tão tensa que até minhas feições mostram isso.
─── É que eu...
─── LADY SIF, CUIDADO! ─── Ouço a voz desesperada do meu pai.
Eu e Uller nos entre olhamos preocupados e corremos para o lugar de onde a voz do meu pai veio.
Chegamos a uma enorme sala vazia e muito bem decorada e vemos Lady Sif desmaiada no chão.
─── Mãe! O que houve com ela? ─── Uller se desespera.
─── A sua mãe me subestimou. ─── Loki responde com frieza e sarcasmo na voz.
Vejo as feições de Uller mudarem para algo mais furioso e ele mira uma flecha em Loki.
─── Acha mesmo que uma flecha irá me deter? ─── Loki arqueia a sobrancelha e ri ironicamente.
─── Uller, leve Lady Sif daqui e se junte aos outros lá fora. ─── Meu pai ordena. ─── Eu e Lydia cuidamos de Loki.
Uller afirma com a cabeça e sai com o corpo de sua mãe daqui.
─── Sobrinha querida, quanto tempo não nos encontramos! ─── Loki finge estar emocionado ao me ver aqui. ─── É tão bom ter uma reunião de família, mas é uma pena que o nosso querido Odin não está muito bem... ─── Ele ironiza e dá ênfase no querido.
Só então percebo o corpo de Odin jogado em um canto da sala vazia e totalmente inconsciente.
─── Loki, seu desgraçado! ─── Meu pai parte para cima deles uma luta se inicia.
Thor lança o seu martelo em Loki, que é facilmente arremessado contra a parede da grande sala vazia.
Este, ainda sangrando e parecendo dolorido, levanta-se entre os escombros e apenas passa a mão no maxilar levemente arranhado.
─── Eu já te disse como não suporto esse seu martelo inútil? Até parece que é preciso de um martelo para derrubar alguém! ─── Loki faz uma piada idiota e usa o cetro para lançar um tipo de magia contra o meu pai, que é lançado contra a outra parede, mas não cai.
─── Já chega! ─── Meu pai se irrita e tenta bater em seu irmão com o martelo, mas Loki se protege com o cetro e eles ficam frente à frente.
A tensão e a raiva entre os dois deixa o clima da sala mais pesado e eu nem sei o que devo fazer agora.
─── Loki, irmão, você sabe que isso não precisa acabar em guerra. ─── Meu pai tenta convencê-lo de que isso não é a coisa certa.
─── Por mais tempo que você viva, você nunca entende que tudo acaba em guerra.
E de repente, Loki crava uma adaga bem na região do estômago do meu pai.
─── PAI! ─── Grito desesperadamente.
─── Fique quieta e cale essa maldita boca, menina estúpida. ─── Loki resmunga. ─── Agora vamos lá fora ver o meu momento de glória. ─── Ele sai andando para fora com um sorriso vitorioso no rosto.
É óbvio que eu nem pensei em ir atrás dele. Estou mais preocupada com meu pai.
Corro em direção ao seu corpo fraco e me ajoelho ao lado dele.
─── Pai, você tá bem? Tá se sentindo como? ─── Pergunto rapidamente e preocupada com o sangue que não para de escorrer dele.
─── Eu estou bem, minha filha. ─── Ele responde com a voz cansada. ─── Precisa ir atrás dele. Precisa salvar Asgard, querida.
─── Mas, pai, eu não sei se consigo e não posso deixá-lo sozinho aqui quase morrendo. ─── Falo visivelmente preocupada com seu estado.
Ele levanta o tronco levemente, se sentando no chão e tira rapidamente a lâmida afiada cravada em seu estômago.
─── Querida, nunca deixe de acreditar em si mesma. Você vai conseguir sim. ─── Ele me encoraja. ─── E sobre mim, não precisa se preocupar que eu irei ficar bem.
Involuntariamente, dou um abraço mais forte que posso nele, mesmo estando sujo de sangue, eu não me importo.
─── Eu te amo, pai. ─── Sussurro em seu ouvido.
─── Também te amo muito, querida.
Saio devagar do abraço, mesmo não querendo e ando em direção a saída do palácio de Odin.
Com certeza, este será o acontecimento mais importante de toda a minha vida
pov. LOKI LAUFEYSON
Como é maravilhoso sentir o cheiro da vitória logo de manhã cedo. Finalmente conseguir vencer o meu irmão estupido e o babaca do Odin e subir ao poder do trono de Asgard, e futuramente, de todo o universo.
Vejo todo o cenário da guerra. Alguns soldados caídos, outros ainda lutando (em vão) e outros mortos mesmo.
Subo no ponto mais alto e digo:
─── Meus queridos Jotuns, aqui venho lhes dizer que: Esta guerra acabou e nós vencemos ela!
Os Jotuns gritam vitoriosos, mas ouço uma voz familiar interromper meu pequeno discurso.
─── Loki, eu não vou deixar isso acabar assim.
─── Por que eu tinha que ter a sobrinha mais irritante do Universo? ─── Resmungo irritado. ─── Acha mesmo que pode me impedir?
─── Eu não acho. Eu vou! ─── Ela fala bem determinada.
Vou até a direção dela, onde todos os guerreiros asgardianos e os gigantes de Jotunheim fazem uma roda entre nós dois.
─── Se é uma luta que quer, é uma luta que vai ter, querida sobrinha. ─── Pressiono o meu cetro na mão.
pov. LYDIA FOSTER
Desafiar Loki foi a maior loucura de toda a minha vida. Ele tem vingança no olhar e ódio no coração. Não é o melhor tipo de pessoa para se desafiar.
Eu sei que só tenho 17 anos e sou nova nesse negócio de Asgard, guerreiros asgardianos e deus nórdicos, mas eu tenho tentar. É o meu destino.
─── Faça o seu primeiro e melhor ataque, sobrinha. ─── Ele fala com o sarcasmo irritante dele.
─── Não me venha com suas gracinhas, Loki. Eu não vou cair nessa sua conver... ─── Ia terminar mas ele me interrompe.
─── Perdeu tempo demais falando, ou seja: Agora eu que vou te atacar primeiro.
Ele lança uma magia mistica sobre mim com o seu cetro e eu sou jogada para longe e bato as costas em umas rochas. Aí, que dor. Sinto um gosto doce, porém amargo, invadir a minha boca e se misturar com a saliva.
Meu sangue. Aquele idiota me machucou! Limpo o canto da minha boca, de onde vinha o sangue, e passei a mão no meu braço onde tinha um leve arranhão.
─── É só isso, querida? ─── Ele faz uma pergunta retórica para mim, usando a sua marca registrada: o sarcasmo.
Ele lança outra magia mistica sobre mim, mas desta vez consigo me defender com a Torunn, e faço a magia dele se voltar contra ele (nem sabia que a Torunn podia fazer isso).
─── Acho que é só isso mesmo, Loki. ─── Brinco, usando a piadinha sem graça dele, contra ele mesmo. ─── Agora é coisa séria, meu querido tio.
Ele vai chegando mais perto de mim, se recuperando do golpe anterior, e começa a tentar me atacar com o próprio cetro, para tentar fazer com que a lamina pontuda penetre a minha pele.
Felizmente, consigo desviar de todos os seus golpes, com a Torunn em minhas mãos, é claro.
─── Para de ser tão insolente, sua garota estupida! ─── Ele grita já irritado. ─── Me deixe acabar com tudo isso de uma vez e fazer você e seus ancestrais divinos sofrerem!
Com um golpe surpresa, ele me derruba no chão e coloca a ponta afiada de seu cetro contra a minha garganta.
─── Diga a sua ultima palavra. ─── Ele sorri vitorioso.
Antes que eu pudesse falar, uma flecha rápida passa bem rente ao rosto de Loki, e faz com que ele perca a concentração e que eu me levante rapidamente para ficar em posição novamente.
─── Asgardianos, ataquem eles! ─── Ouço uma voz familiar gritar para os guerreiros asgardianos.
Uller. Então essa flecha deve ter sido lançada por ele.
─── Argh! Jotuns, ataquem eles, suas bestas gigantes de pedra e gelo! ─── Loki ordena, já irritado.
Observo calmamente. Asgardianos e Jotuns lutando bravamente pela sua terra. Eu tenho que fazer o mesmo.
─── Não preste atenção neles, menina! Essa é a nossa luta! ─── Loki chama minha atenção.
Antes que eu pudesse atacar, Loki me lança outra magia mística, mas eu não caio dessa vez.
Isso foi a gota d'água, Loki! Eu prometo, por Thor, que isso vai ser mais rápido possível.
Que Odin me dê forças para fazer isso. Concentro o meu poder e força na Torunn, que já está com a ponta da lâmina mirada para o céu. Uma tonelada de raios atingem a ponta da lâmina e formam um tipo de escudo protetor sobre mim, na qual Loki tenta destruir com os seus raios misticos, mas não consegue.
É agora, Lydia. Você consegue.
Vou descendo a Torunn bem devagar e mira a sua lâmina para Loki. Toda a energia, todos os raios sobre ele. Ouço a voz dele se contorcendo de dor, com tanto choque e poder dos raios e dos trovões.
Já chega. Cesso todos os raios e trovoados no céu, e com um pedido a Thor, tudo se acalma, até os Jotuns e Asgardianos param de lutar.
Depois de toda luminosidade acabar, vejo o corpo de Loki ainda caído no chão, ainda com algumas cargas elétricas.
Chego mais perto dele e me ajoelho.
─── Viu só, Loki? Parece que você perdeu, de novo. ─── Digo convencida.
─── Garota estupida, eu vou me levantar agora, porque eu sou Lo... ─── Antes que ele pudesse terminar, sou um soco bem forte no meio da cara dele.
─── Loki, também conhecido como deus fraco. ─── Brinco e me levanto para olhar os Jotuns e asgardianos.
Vejo os Jotuns se entreolharem confusos sem saber o que fazer, mas antes que pudessem dizer alguma coisa, me previno logo:
─── Vão embora de Asgard, gigantes! Vão embora e não voltem nunca mais! ─── Ordeno a todos eles. ─── Sigam o portal e voltem para o mundo de onde vieram.
─── E por que obedeceríamos a uma garota como você? ─── O líder deles pergunta, e os outros Jotuns riem.
─── Porque eu ainda tenho muita carga de raios de onde aqueles vieram. ─── Os ameaço enquanto passo a mão na lâmina da Torunn e parece que eles me entenderam.
─── Vamos embora daqui, Jotuns. ─── Fala o líder deles. ─── A nossa vitória não foi hoje, mas está próxima! Venham, para o portal!
Todos eles seguem seu líder, e quando o ultimo Jotun passa pelo portal, o mesmo fecha na mesma hora.
Os asgardianos voltam seus olhares surpresos sobre mim, e isso não é muito confortável, sabe?
─── Viva a princesa Lydia! ─── Ouço a voz alegre de Uller no meio deles.
─── Viva a princesa Lydia! ─── Eles repetem animados também e começam a interagir uns com os outros.
É, acho que finalmente encontrei o meu lugar.
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