𝗰. 𝗳𝗶𝘃𝗲
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DAUGHTER OF THOR ─── c. five
pov. LYDIA FOSTER
Argh! Ninguém merece isso! Primeiro eu vou para Asgard, agora estou em uma caverna horrenda com cheiro de cadáver, sozinha e apenas seguindo uma luz azul para buscar algo que é meu, mas eu nunca vi na vida. Parece loucura, estou certa?
Vou andando em passos lentos, com medo de chegar até o meu verdadeiro destino. A cada pisada que dou, ouço um som irritante de osso de cadáver se quebrando.
─── Alô! Tem alguém aí? ─── Grito.
Ainda tenho um pouco de esperança sobre ter mais alguém, além de mim, nesta caverna, mas tudo o que eu consigo ouvir é o eco da minha voz um pouco rouca.
─── Aonde você está me levando? ─── Pergunto a luz azul flutuante.
Como as coisas aqui em Asgard são a maior loucura, eu pensei que ela falasse ou coisa do tipo, mas ela não me responde.
Queria tanto que isso tudo fosse apenas mais um sonho e que a mamãe me acordasse para ir à escola agora. Mas, estou começando a acreditar que tudo isso daqui é real, sinceramente.
Ando mais um pouco, com ânsias de vômito por causa desse cheiro, e a luzinha se apaga e some, me deixando de frente a uma rocha não muito grande, com uma espada cravada nela.
─── Uau! Ela é tão linda. ─── Impressiono-me com a beleza e o brilho da espada.
Ela tem uma lâmina de metal brilhoso, chappe de ouro com uma joia esverdeada em cada ponta, cabo também de ouro e na ponta do capo, uma joia com um símbolo desenhado na qual não consigo perceber.
Me aproximo mais um pouco da espada e vejo o seguinte símbolo:
─── É o símbolo de Asgard.
─── Quem é você, garota? ─── Escuto uma voz grave. ─── Não deveria estar aqui.
─── Quem é você? ─── Retruco, olhando ao redor.
─── Eu perguntei primeiro, criatura horrenda. ─── A tal voz fica furiosa. ─── O que faz aqui?
─── Eu vim em busca da Torunn. ─── Respondo parecendo firme.
─── Igual a todos os outros que vieram aqui... Mas morreram. ─── A voz riu. ─── Apenas a filha de Thor, é digna desta espada.
─── Então, está com sorte. Eu sou a filha de Thor. ─── Respondo.
Meus deus, o que eu acabei de falar?! Eu disse que sou filha do Thor! Grande Odin...
─── Então, se é filha de Thor, me prove. Lute comigo. ─── A voz me desafia.
─── Como posso lutar com alguém que eu não vejo? ─── Minha pergunta ecoa na caverna.
De repente, sinto três estrondos no chão, escuto aquele mesmo barulho irritante de ossos quebrando e um dragão gigante, mais ou menos 5 à 6 metros de altura, pele roxa, meio azulada e escamosa, uma língua tipo de cobra e asas afiadas aparece na minha frente.
─── Agora que me vê, filha de Thor, me mostre o que sabe. ─── Ele cospe fogo e corro na direção oposta.
Olha só onde é que eu fui me meter...
Continuo a desviar dos ataques de fogo, e admito que para um dragão em uma caverna cheia de túneis como essa, ele tem ótimas habilidades.
─── Não pode correr para sempre, filha de Thor. ─── Ele ameaça.
─── Eu sei, mas enquanto corro, eu consigo ter boas ideias. ─── Respondo um pouco nervosa e sarcástica.
O que eu faço? Não posso fazer nada contra esse dragão, porque ele está protegendo a espada para que eu não possa pegá-la e não tenho poderes.
Rápido, Lydia, pensa! Esse dragão vai te matar se continuar assim.
Ah, que ótimo! Agora estou falando em terceira pessoa. Pareço até uma maluca falando desse jeito comigo mesma.
Enfim, se isso tudo for verdade mesmo, se eu não estiver sonhado e for mesmo filha de Thor, provavelmente tenho poderes, certo? Espero que sim...
─── Certo. Você quer lutar, então, vamos lutar. ─── Digo suando nervosamente.
Em um impulso, dou um soco no cabeça do dragão. Isso dou a minha mão um pouco, mas valeu a pena. Meu soco foi tão forte que o dragão bateu na parede do outro lado da caverna. Mas como? Nunca tive tanta força antes. Ah, já sei! Me lembro da história que o Thor contou sobre o tal feiticeiro que cortou minhas lembranças. Talvez tenha tirado meus poderes também.
Bem, se for isso, vou tentar usar mais outro poderes que eu possa ter.
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pov. THOR ODINSON
Estou começando a ficar preocupada com a Lydia. O que meu pai fez com ela.
Vou para a sala do trono e avisto o olhar furioso de meu pai, novamente apoiando a cabeça na mão.
─── Meu pai, o que fez com a garota?
─── Como ousa vir até mim e perguntar sobre essa sua prole-mortal? ─── Ele pergunta indignado.
─── Ela é a minha filha e sua neta!
─── Olhe o tom que fala comigo. ─── Ele me repreende. ─── Além de ser Odin, sou o seu pai e mereço seu devido respeito.
─── Me desculpe, pai, mas não conseguirei me acalmar enquanto não souber o que fez com Lydia.
Ele bufou, mudando de posição no trono.
─── Isso provavelmente vai lhe confortar: Meus guardas não conseguiram pegar a garota. ─── Me informa com mau-humor na voz.
─── Obrigado, meu pai. ─── Retiro-me.
Ainda bem, eles não pegaram a Lydia. Então, ainda há chances dela viver, mas somente se ela descobrir que é mais capaz do que imagina.
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pov. LYDIA FOSTER
Sinto uma dor horrível com o impacto das minhas costas contra a parede da caverna. Maldito dragão!
─── Então, filha de Thor, é tudo isso que tem? ─── Ele pergunta com essa voz irritante que só ele tem, é sério.
─── Isso é apenas o começo, meu caro.
Limpo o sangue saindo do corte da minha testa e dou outro soco na costela do dragão, que se contorce de dor.
─── Como ousa me desafiar? ─── Ele fica irritado enquanto leva pequenos tombos graças a dor que fiz ele sentir. ─── Você não é digna!
É agora! Ele está fraco, incapaz de proteger a Torunn, assim eu posso pegá-la. Dou uns passos curtos enquanto eles ainda se contorce.
─── Não ouse chegar perto desta espada, ou então o próprio poder dela lhe matará. ─── Ele cospe mais fogo, se recuperando da dor.
Droga! Sinto uma dor alucinante quando ele me joga contra a rocha em que a Torunn está cravada. Talvez agora eu consiga! Mas estou muito fraca. Sinto que minha cabeça vai explodir e minha visão fica um pouco destorcida.
─── Você se acha digna? ─── Ele ri. ─── Uma garota fraca como você, não aguenta uma batalha com um dragão como eu e se diz ser a filha do Thor.
Levanto-me calmamente, ainda com a perna mancando, pisando fraco no chão.
─── Posso não ser tão forte agora, dragão. ───Me apoio na pedra, com dificuldade. ─── Mas eu não tenho medo de você!
─── Se eu fosse você, teria. ─── Ele comenta ainda rindo de forma superior.
─── Mas eu não tenho medo de você! ─── Grito para ele com firmeza. ─── Sou uma asgardiana, e, além do mais, o meu pai me protege! ─── Tiro a espada cravada e corto-lhe a cabeça.
Meus deuses. Não acredito que fiz isso, eu consegui! Eu sou a escolhida. Eu sou... A filha do Thor...
Sinto um pouco de enjoo por ver o sangue do dragão escorrer pelo chão e pela cabeça morta dele. Que nojento!
Olho além do dragão morto e vejo uma luz branca parecida com a luz azul que me guiou até aqui. A luz branca se transforma em Skuld.
─── Meus parabéns, Lydia. ─── Ela me parabeniza. ─── Cumpriu seu destino.
─── Obrigada, Skuld. Agora eu acredito que sou filha de Thor. ─── Digo com convicção. ─── Mas, como saio deste lugar?
─── Agora, minha querida, você irá cumprir outra fase do seu destino. ─── Diz ela, se aproximando. ─── Irei te levar para Jotunheim.
E isso o foi tudo o que eu ouvi antes de sentir sua mão fria tocar na minha testa e uma leve tontura.
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