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DAUGHTER OF THOR ─── c. eight

pov. LYDIA FOSTER

Meu corpo está muito exausto e minha roupa está melada de meu sangue. Tiro o cabelo loiro platinado do olho e coloco atrás da orelha, passando a encarar o portal na minha frente.

É a hora de encarar o destino, certo? Passo pelo portal e vejo uma coisa horrível.

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pov. THOR ODINSON

Faz dias que não vejo minha filha, mas sei que ela está bem e sei disso porque ela orou a mim, e como um deus e seu pai, concedi o pedido de sua oração.

Minha filha. Nem acredito que você finalmente aceitou quem realmente é.

Dou passos apertados até a sala do trono onde meu pai, Odin, está sentado no trono real, me observando.

─── O que fazes aqui, meu filho? ─── Ele me pergunta me olhando de soslaio. ─── Não espera que eu tenho notícias de sua prole, ou espera?

─── Não, meu pai. ─── Respondo rapidamente. ─── Eu mesmo já tenho poucas notícias dela.

Ele se arruma no trono, com um olhar curioso para cima de mim, parecendo interessado no que acabei de dizer-lhe.

─── E que notícias são essas?

─── Sei de apenas poucas coisas, como: Minha filha está viva e finalmente aceitou quem é de verdade. ─── Falo orgulhoso.

─── Como sabes que ela está viva?

─── Ela orou a mim.

Vejo seus olhos ficarem surpresos com o que acabei de dizer. Acho que nem ele acreditava que ela iria conseguir se manter viva e acreditar nessa história de Asgard e de ser minha filha.

Ele ainda permanece em silêncio, e parece que varias coisas estão se passando na mente dele e que o proíbe de manter um diálogo comigo.

─── Com licença, pai, irei me retirar. ─── Digo-lhe. ─── Preciso ter uma conversa breve com Heimdall.

─── Até, meu filho.

É tudo o que ele diz ao me ver saindo da sala do trono real e do castelo.

Passo pela ponte de Arco-Íris, aonde posso ir ver Heimdall.

─── Heimdall, meu velho amigo. ─── Cumprimento ele assim que chego a entrada de Asgard.

─── Olá, meu bom amigo! ─── Ele também me cumprimenta.

─── Pois bem, como vão as estrelas? ─── Pergunto procurando um bom assunto. ─── Vão bem como sempre?

─── Sinto lhe dizer, primogênito de Odin, mas sinto que elas não vão bem. ─── Ele me informa com a voz fraca.

─── E o que há de errado com as estrelas, Heimdall?

─── Guerra, meu amigo. É a guerra.

O encaro ligeiramente confuso. Heimdall pode ver tudo, mas essa explicação de guerra que ele deu não foi uma das melhores.

Na verdade, isso nem foi uma explicação.

De repente, vejo um portal se abrir bem no meio da passagem da ponte de Arco-Íris. Espera um pouco... Loki?

─── O que eles fazem aqui? ─── Pergunto incrédulo.

─── Eles querem guerra. ─── Respondeu-me Heimdall.

Eles? Mas só há um.

Aperto o Mjolnir com mais força em meu punho, indo em direção a Loki.

─── Meu querido irmão, o escolhido por Odin! ─── Loki usa sua marca registrada: o sarcasmo.

─── O que pretende, Loki? ─── Pergunto sério.

─── Pegar o que é meu por direito. ─── Ele sussurra no meu ouvido. ─── Jotuns, chegou a hora!

Espera aí. Jotuns? Em Asgard e com Loki? Ah, mas é claro! Jotuns são como inimigos naturais dos deuses de Asgard e é óbvio que meu irmão se aproveitou disso.

Viro-me e vejo que alguns soldados do palácio já se posicionaram para a possível batalha com espadas, escudos, lanças e arcos e flechas.

Vejo Loki sumir de minha vista, mas ele é o meu menor problema agora. Preciso achar Lady Sif agora mesmo.

─── Heimdall! ─── Grito. ─── Ajude-os na batalha! Preciso achar Lady Sif agora mesmo. ─── Bato com o Mjolnir em um Jotun que tentou me atacar antes disso.

─── Pode deixar, meu rei. ─── Ele afirma. ─── Lhe dou cobertura!

Corro ainda desviando dos soldados que lutam contra os Jotuns e ao mesmo tempo ainda Bato em alguns que tentam me acertar.

─── Thor! ─── Ouço uma voz familiar chamar o meu nome. ─── Mais soldados estão vindo para cá nos ajudar. ─── Lady Sif crava a espada na perna de um Jotun. ─── Eles estão em maior número!

Apenas concordo com a cabeça e volto a me concentrar em três Jotuns na minha frente que acabaram de derrotar cinco soldados.

Giro o Mjolnir em minha mão e o jogo no rosto de um deles e no outro dou um soco bem forte no joelho, que cai na mesma hora.

Levanto a minha mão à espera do meu martelo e torcendo para que o Jotun que sobrou não me acertasse antes da hora, mas ainda bem que não deu certo, pois o Mjolnir já está em minha mão e acerto o rosto dele fazendo-o cair no chão.

─── Por que eles estão aqui, Thor? ─── Sif me pergunta ainda que estamos virados e costas uma para o outro. ─── Eles são burros demais para agirem por conta própria.

─── O mesmo problema de sempre, minha cara: meu irmão, Loki, voltou. ─── Respondo jogando o martelo em um Jotun que tentou atacá-la agora. ─── Vamos em um lugar mais calmo, para o palácio.

Corremos desviando de todos até a entramos dentro do palácio.

─── Vamos procurar pelo meu pai. ─── Digo e começamos a procurá-lo.

─── Eu sempre soube que essa ideia de expulsar Loki de Agsard não daria certo, Thor. ─── Ela comenta apreensiva. ─── Deveríamos tê-lo prendido ou algo pior.

─── Isso são assuntos de Odin, Lady Sif. ─── Digo. ─── Meu pai sempre resolve as coisas por conta própria... Mas nem sempre elas dão certo. ─── Falo a última parte mais baixo.

─── E a sua filha?

A olho de soslaio um pouco confuso e arqueio as sobrancelhas. Mas como ela descobriu que Lydia é a minha filha? Que eu saiba, isso só ficou entre mim, meu pai e Heimdall.

─── Ela... Ela está em algum lugar por aí.

─── Essa história toda deixou ela maluca. ─── Ela diz como se tivesse certeza. ─── Ela é filha daquela mortal?

─── Sim, ela é filha de Jane também. ─── Respondo.  ─── Mas, por favor, Sif, vamos focar no que é mais importante agora. ―  Peço a ela.

─── Pois bem. ─── Ela coça nuca em sinal de nervosismo, talvez. ─── Vamos a procura pelo seu pai.

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pov. LYDIA FOSTER

Nunca pensei que veria um cenário de guerra em toda a minha vida, mas agora sei que nunca devo pensar desta maneira.

Ver a cena de homens e mulheres sangrando e gemendo de dor, lutando contra os Jotuns me faz ter um leve enjoo repentino, contudo logo me recupero.

Não vou voar, até porque não quero chamar tanta atenção à esse ponto da história, então só me resta uma opção: Passar pelo cenário de guerra até chegar no palácio de Odin.

Eu sei que é uma ideia péssima para quem não tem muita experiência com lutas e batalhas, só que é tudo o que eu posso fazer agora.

Aperto a Torunn com firmeza em minha mão e sinto meus músculos gritarem de dor. Tenho que aguentar, mas não sei até que ponto eu aguento isso.

❛Lembre-se sempre disso, minha filha: nunca tenha medo seja lá do que for, pois saiba que sempre vou estar te protegendo❜.

Isso foi mais uma lembrança que veio em minha mente com a imagem do meu pai segurando um bebê loiro nos braços. Mais uma lembrança asgardiana.

Ando com passos firmes após ver e ouvir essa lembrança maravilhosa e vou batalhar.

Dou um soco no tornozelo de um Jotun que cai no chão ajoelhado na mesma hora, sendo logo derrotado por um grupo de soldados que vieram me ajudar.

───  Quem é você, garota? ─── Um dos soldados me pergunta com um pouco de receio.

─── Ninguém especial. ─── Respondo calmamente e prossigo o caminho.

Mais 5 Jotuns vieram me abater, mas usei a Torunn para partir cada um deles de uma vez, o que me fez receber olhares curiosos e espantados de alguns soldados ao meu redor.

Corro para a direção do palácio mas sou barrada por um garoto alto e com cabelo castanho-escuro quase preto, olhos castanhos e corpo bem feito.

─── Espere, garota! ─── Ele chama minha atenção. ─── Aonde vai? Precisamos de você aqui. É bem difícil encontrar soldados, principalmente mulheres, fortes como você por aqui.

─── Eu não posso ajudar agora. Tenho que ver o meu pai em algum lugar do palácio. ─── Digo olhando o cenário em nossa volta.

─── Mas quem é seu pai?

─── Meu pai é... Ele é o Thor. ─── Respondo e ele arregala os olhos espantado.

─── Oh, então você é a filha perdida de Thor que a minha mãe vive falando. ─── Ele diz como se tudo estivesse fazendo sentido para ele agora.

─── E quem é sua mãe? ─── Pergunto curiosa.

─── Lady Sif, deusa da guerra.