Nunca pensei muito em me apaixonar.
Talvez seja por isso que no momento em que esse sentimento me atingiu eu me senti doente. A porra de uma doença agindo no meu cérebro, no meu estômago, no meu coração.
O que o amor é?
É uma carícia em público ou sangue nas mãos embaixo da chuva? São risadas numa tarde de domingo ou lágrimas no meio da destruição?
O que o amor é?
Não conseguia entender como dois lados de uma mesma moeda podiam ser tão diferentes mas tão parecidos ao ponto de eu não saber em quais desses momentos eu o amava mais.
Ele vinha como uma montanha russa e me atropelava sem o menor remorso toda a vez que precisava se sentir no controle, quando precisava de amor ele jogava migalhas e usava palavras que sabia que me atingiriam.
Nunca achei que fosse possível estar tão presa à alguém como se fossem os dois um só corpo, mas eu fiquei.
E isso quase me matou.