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A situação não deixará de ficar constrangedora assim que eu tirei minha blusa para que ele pudesse tatuar minha pele.

Não chegava a ser muito doloroso, a cada pontada da agulha sobre a pele, a dor diminuia.
Era como se minha pele estivesse se acostumando aos poucos com aquilo.
Vez ou outra seu olhar se encontrava com o meu, o que fazia-me desviar propositalmente o olhar, onde escapava um riso dele, era muito bonito.

Após duas horas ou três o escorpião que eu planejei fazer estava pronto. Ficou idêntico a ilustração que eu havia lhe mostrado, não deixei de ficar admirada toda vez que olhava no espelho do estúdio.

⎯ Valeu! -agradeci mantendo meu olhar vidrado na tatuagem através do espelho. ⎯ Olha Bokuto! -me virei para o platinado que sorriu comigo assim que viu.

⎯ Ficou perfeita em você, querida! -ele elogiava com seus olhos brilhando ao reparar.

Enquanto eu dava pulinhos de alegria junto do platinado, os outros olhavam vez ou outra e riam baixo, enquanto Akaashi pagava pelas tatuagens, o que não demorou muito para ser concluído.

Agradeci novamente antes de sair do estúdio, percebendo novamente o olhar do garoto sobre mim, era algo que me fazia engolir seco por algum motivo, não deixava de ser desconfortável as vezes. Corri até o casal no lado de fora.

⎯ Ele mal parou de te olhar! -o platinado disse ao perceber as trocas de olhares visivelmente constantes, fazendo-me sorrir minimamente, não era algo para se orgulhar.

⎯ Não devia ser nada demais. -deu de ombros, já pegando o celular no bolso. ⎯Vamos tirar uma foto.

O casal assentiu e logo os três se juntaram para a foto. Akaashi fez uma careta, assim como Bokuto e você, fez apenas um "salve".
Publicou no seu instagram marcando ambos os amigos antes.

Não demorou muito para chegarem novamente no condomínio, onde você ficou um tempo a mais com o casal, até seguir até para a sua moradia mais uma vez, porém, a sorte nem sempre estaria ao seu lado.

⎯ Finalmente você apareceu.

O falso loiro disse aliviado, ao ver você saindo do apartamento dos amigos. Não deixou de sentir uma pontada de culpa ao vê-lo ali, sorrindo para você mesmo após ignorá-lo por tanto tempo.

⎯ Como esteve? Você já comeu? -ele perguntou ainda sorrindo pouco, você não deixou de reparar nos poucos arranhões em seu rosto. meu deus, se sentia a pior pessoa do mundo, e talvez fosse. ⎯ Eu estava esperando por você. Já faz um tempo, sabe.

⎯ Sinto muito por deixar você esperando. -se desculpou, forçando um sorriso ao passar por ele. ⎯ Vai querer entrar, né? -ele apenas assentiu em resposta e ambos seguiram para dentro da moradia.

Mesmo sendo desconfortável no momento, não deixará de convidá-lo por simples educação.
Ok, não era apenas por isso. Queria passar tempo com ele para compensar o imenso tempo perdido, queria conversar sobre inúmeras coisas.

Ao entrarem, você ascendeu as luzes e seguiu até o sofá, onde se sentou ao lado do garoto. Ficaram em silêncio por um tempo, até que ele resolveu falar para quebrar a barreira silenciosa.

⎯ Você fez uma tatuagem? -perguntou, surpreso por um momento, mas não deixou de reparar e achar maravilhosa. ⎯ Ficou bem em você. -ele sorriu ao elogiar, para completar seu pequeno elogio.

⎯ Como esteve? -perguntou, iniciando um assunto diferente, mas do interesse de ambos.

⎯ Não vou dizer que estive bem, mas também não estive mal. E você?

⎯ Digo o mesmo.

Queria se desculpar por ter sido tão babaca com ele, por tê-lo ignorado por tanto tempo, mas estava sendo difícil para você devido ao seu orgulho incontrolável. Enquanto os pensamentos sobre isso perambulavam na sua cabeça, sentiu uma das mãos geladas dele sobre a sua, o que fez-te voltar a realidade e encará-lo.

⎯ Você não precisa se sentir sobrecarregada quando estiver comigo. Sou eu quem tentou fazê-la me amar e talvez isso tenha sido demais para você, estou certo? -ele perguntou, acariciando sua mão, enquanto olhava para a mesma, não demorando para te olhar diretamente nos olhos que não escaparam dos dele.

⎯ Não Kenma. Eu ignorei você, eu fui babaca ao ponto de ignorar os seus sentimentos, então não fale como se fosse você, o errado. -não deixará de se sentir mais leve agora, mesmo sendo algo repentino para se falar, era necessário e qualquer um sabia disso. ⎯Você é simplismente a pessoa mais incrível que eu conheço. Como eu pude te tratar tão mal? Pelo amor de deus, você bom demais pra mim. -suspirou antes de continuar qualquer frase. ⎯ Para ter o seu perdão, eu vou trabalhar duro apartir de agora.

⎯ Você não precisa de algo que sempre vai ter.

Não deixei de me sentir mal mais uma vez. Mal por quê ele sempre estava sendo tão gentil e eu sempre estou sendo tão rude. Não me sinto no direto de amá-lo ou ser amada por ele.
Mas é algo que quero tanto, que chega a doer de verdade.

Mas era bom saber que mesmo sendo assim, e tendo uma personalidade tão desagradável, ele ainda estava ao meu lado, me ajudando à sua maneira.
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No dia seguinte, você se sentia tão feliz que o platinado diria que seu sorriso brilhava mais que o próprio sol acima de vocês, que caminhavam enquanto você não tirava os olhos do celular.

O garoto já tentou de tudo para você voltar sua atenção para ele, mas todas suas tentativas eram totalmente falhas, até que ele teve a brilhante ideia de ver o motivo de tanta alegria.

⎯ Então o nome de todo essa felicidade é Kenma. -ele presumia cruzando os braços e fazendo biquinho, até que você guardou o celular para falar com o mesmo ao soltar um riso baixo.

⎯ E pensar que era você que dizia para eu dar uma chance à ele. -soltou um riso negando vagarosamente, onde enfiou as mãos no bolso devido ao frio naquela tarde. ⎯ Voltamos a ser amigos, nada me deixaria tão feliz.

⎯ Pelomenos você está feliz, fazer o quê? -deu de ombros, mesmo estando feliz por você que mal parava de sorrir. o platinado se sentia um tanto orgulhoso

Você o provocou com algumas piadas sobre ele e Akaashi, enquanto passava seu braço por volta do ombro dele rindo pouco.
Enquanto caminhavam, acabaram esbarrando com alguém um tanto conhecido, de certa forma.

⎯ Foi mal... -interrompeu a própria frase, assim que reconheceu quem era. ⎯ Suna! -disse em voz pouco alta o nome do mesmo, fazendo ele sorrir para você assim que notou que era a cliente de antes.

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