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Quase incapaz de ouvir o que o ruivo falava devido a guerra de olhares que trocavam o moreno e o falso loiro ao seu lado, a garota ao lado do moreno parecia nem se importar, tanto que ela mal os olhava, estava mais focada no celular do que no próprio namorado.
Se sentiu pouco mais aliviada devido ao falso loiro que suspirou e virou seu olhar para você, assim como você para ele.
⎯ Cansou de encará-lo? -perguntei, com a feição séria. ⎯ Ou percebeu que estava sendo infantil?
⎯ Ele é feio demais para ficar olhando. -respondeu com um sorriso de canto que fez você revirar os olhos com a falta de maturidade, mas não negará que foi engraçado.
⎯ Pelomenos parou de encarar ele. É constrangedor para mim também, e se algum dos meus amigos aqui percebesse? -perguntou num tom de preocupação, fazendo o falso loiro acariciar pouco o seu ombro o qual ele ainda mantinha a mão em volta.
⎯ Não é da conta deles, então não se preocupe. Podemos sair daqui e irmos para casa, imagino que estar na presença de Kuroo seja desagradável pra você. -pensou um pouco antes de se virar para a morena.
⎯ Kyoko, lembrei que tenho algumas coisas para resolver em casa. Então eu vou indo, tudo bem? -sorriu sem graça, enquanto se levantava, recebendo um triste olhar da garota.
⎯ Mas já? Vocês mal chegaram... -respondeu num tom de voz entristecido, mas logo se recompôs com um sorriso pequeno. ⎯ Você ainda tem meu número, certo? -você sorriu pouco, assentindo. ⎯ Não esqueça de mandar mensagem de vez em quando, estarei sempre aqui para você.
⎯ E eu para você.
Não deixou de perceber a feição raivosa do moreno, enquanto caminhavam até a saída, e assim que se distanciaram um pouco, após fechar a porta de vidro do bar, aquele cujo você teve um bom relacionamento no começo, gritou pelo seu nome, o que a fez paralisar no mesmo lugar no qual estava. Ao virar para trás, ele estava com os punhos fechados enquanto mordia os lábios, quase deixando uma lágrima escorrer pela sua bochecha.
⎯ Kenma, por quê não vai na frente? -propôs, sem olhar para o meio loiro atrás de você, que com certeza te olhou surpreso após você dizer tais palavras, logo suspirou e respondeu.
⎯ Vou fazer algo para você comer assim que chegar. Não demore.
Você apenas concordou e o falso loiro seguiu caminho, enquanto você seguia até o moreno e a única coisa que estava se mantendo em você, era o sentimento de estar fazendo o certo e o errado ao mesmo tempo, a cada passo que dava.
Após alguns minutos apenas trocando olhares entristecidos vez ou outra, decidiram seguir até um parque próximo ao bar, o qual se sentaram em algum banco de madeira que tinha no lugar.
⎯ Não deveria ter me chamado com um tom de voz tão alto, o que sua namorada vai pensar? -ele engoliu seco, enquanto embolava as mãos umas nas outras sem tirar os olhos das mesmas.
Não demorou muito para aquele ao seu lado começar a falar.
⎯ Eu achei que estava apaixonado por outra mulher, apenas pelo modo no qual ela me tratou e ela estava sendo tão gentil. -o garoto gaguejava na maioria das palavras, seu nervosismo estava sendo impressionante. ⎯ Achei que eu havia superado você, mas não. Assim que você entrou pela porta do bar e ainda ao lado daquele filho da puta, eu senti ciúmes e nem eu sei explicar esse sentimento.
Sentiu a mão dele ficar acima da sua no banco de madeira e o rosto dele virar em sua direção, mantendo seus olhos contra os seus enquanto você o olhava pouco surpresa, totalmente incapaz de mover sua mão para longe, devido ao garoto que aproximava mais e mais do seu rosto, até que ele parou a poucos centímetros dos seus lábios.
⎯ Eu não vou me arrepender do que vai acontecer daqui pra frente, espero que esteja ciente disso. -ele sussurrou, colando ambos os lábios em seguida.
Um beijo que não parecia demonstrar nada além de necessidade, ele estava precisando urgentemente dos seus lábios contra os dele. As mãos do moreno subiram até os seus ombros os quais ele apertou levemente, até subir uma das mãos até a sua bochecha. Não conseguiu recusar e se sentia péssima por isso e pior ainda quando ele parou, o momento no qual teve que encará-lo novamente.
⎯ Eu espero que um dia você me perdoe... -o mesmo foi interrompido pelo forte tapa que foi depositado no rosto dele.
⎯ Se quiser perdão, vá em uma igreja seu filho da puta doente. -e se levantou, seguindo em passos apressados o caminho até o condomínio.
Não segurou as lágrimas que insistiram em cair. Não teria coragem de se olhar nem no próprio espelho agora depois do que fez, a única coisa que pensava agora era em chegar na casa do falso loiro e fingir que nada aconteceu, comer a boa comida na qual ele disse que iria preparar para você e depois passar a noite ao lado dele vendo algum filme ou lendo algum livro.
Enquanto percorria pelas escadas do prédio até chegar na moradia dele, limpava as lágrimas que ainda não paravam de cair. O beijo se repetia na sua mente a cada minuto, quem deveria procurar perdão era você. Foi tanto nojo de si mesma, que era quase incontrolável.
Ficou parada por quatro ou cinco minutos, encarando a porta do apartamento dele, ouvindo de fundo DJ Snake - You are my High que tocava em um volume não tão alto, vindo de dentro do suposto apartamento, as frases repetidas da música a deixavam melhor ainda por algum motivo. Bateu na porta, uma, duas até que na terceira vez ele abriu e imediatamente a feição neutra dele foi para uma feição entristecida e surpresa.
⎯ O quê houve com você?
Não respondeu, apenas se aproximou rapidamente do meio loiro colando ambos os lábios. Queria esquecer o que o moreno causou a você, queria esquecer o beijo dele enquanto beijava outra pessoa, e por isso, estava usando o falso loiro nesse momento e sabia que ele não iria se importar - ou pelomenos era o que você achava. Um beijo e não passará disso, foi o que você pensou.
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