016
~ Continuamos ~
Eles haviam movido a mulher para uma mesa maior, tentando dar conforto a ela, em suas últimas horas.
Hye-na dormiu sentada ao lado de Chan-yeong, suas cabeças encostadas uma sobre a outra, as mãos unidas, dedos entrelaçados.
Sua mente voltando irritantemente ao primeiro monstro que teve que matar, quando seu país começou a cair, e o pelotão dela mal tinha retornado a suas casas. De como Kim Young Hoo estava preocupado com sua segurança, e chegou a pedir para que ela retornasse a casa, e ficasse segura.
Eles sempre foram a força um do outro. E ela honestamente não se via sem ele, seus conselhos, as horas que passava ouvindo a falar besteiras, treinos de combate, piadas calorosas, os empurrões diários, e o calor que ele emanava, sempre a protegendo de qualquer situação ruim.
Ela se sentia mal, sabendo que o deixava preocupado, louca para retornar ao estádio, e pedir por desculpas, abraçá-lo com força, e receber um sermão longo. Já se imaginava tendo que impedir uma confusão entre ele e o homem que dormia ao seu lado.
•
Chan-yeong e ela acordaram com mais calma daquela vez, andando pelo shopping devagar.
—— O que acha desse moletom? —— perguntou brincando.
A peça em sua mão era rosa, e tinha uma frase de duplo sentindo escrita em inglês. "I'am babygirl".
O Park riu da brincadeira, avaliando a roupa com atenção.
—— Rosa não —— disse por fim —— Você combina com vermelho.
Um sorriso malicioso surgiu no rosto dela, enquanto brincava com as sobrancelhas.
—— Vou trocar de roupa —— avisou atentada, tirando o macacão rapidamente.
O homem virou de costas no mesmo instante, como se nunca tivesse a visto, a fazendo rir daquilo, achando adorável.
Ela vestiu uma calça moletom cinza, e uma blusa qualquer preta que encontrou, colocando por cima seu casaco fiel. O Park sorriu para a escolha, antes de colocar o boné que ela havia derrubado na noite anterior, em sua cabeça.
—— Um boné meu? —— sorriu prestando atenção ao nome e número gravados ali —— não sabia que era minha fã.
—— A número um —— bateu os cílios lentamente, abraçando o pescoço dele, que agarrou sua cintura, a beijando levemente.
Talvez fosse um dos últimos resquícios de paz dos próximos dias.
—— Vou conversar com a Eun Yu —— o Park avisou, quando voltou da conversa que tinha com Cha Hyun-su, como se descobriu ser o nome do herói das mulheres ali.
—— Tudo bem —— a Kim deu de ombros, empenhada em achar coisas úteis para o estádio.
—— Não tem ciúmes da Lee Eun Yu? —— Ele brincou, sabendo o quanto poderia surtar e tentar agredir mulheres próximas de mais, para seu gosto.
—— Não —— guardou algumas pilhas na mochila, uma verdade na ponta da língua, se lembrando da noite anterior. —— ela é das minhas, tá apaixonada pelo sonso, só que é meio monstro... O primeiro amor... uma gracinha.
O homem riu, a deixando ali, enquanto tentava conversar com a Lee, obtendo novas informações sobre um ano antes, o que surpreendeu a mais nova, que parecia achar que a Kim já teria contato a ele a verdade, que o marido da Chefe Ji, estava infectado, e havia tentado atacar elas.
Afinal, a enfermeira era alguém de palavra.
•
Hye-na se contentou em encontrar algumas camisinhas, e remédios pequenos, para dor e febre. Alheia até mesmo a Hyun-su retornando com uma nova pessoa, (que ela não sabia ter atacado a Lee ), e a transformação, estranha, de Yi-Kiung, a moça queimada e a beira da morte.
Estava preocupada com seu irmão. Não conseguindo parar de pensar nele, ao ponto de quase largar tudo ali e correr até o estádio. Sentia que havia algo de errado acontecendo, não gostando da sensação de desespero crescente em seu peito.
Quando ouviu um tiro, e depois uma janela quebrando que correu, tentando entender o que acontecia de tão caótico.
Chan-yeong agarrou sua mão, a levando consigo para o lado de fora, seus olhos confusos em notar Cha Hyun-su transformado, como a moça de antes também.
—— Mas o que?
As palavras morreram em sua garganta ao ver o garoto desmaiar, e ela correu até ele, ignorando como Chan-yeong parecia não aceitar que ela fosse.
—— Hyun-su —— chamou, em coro com Eun Yu —— Ei cara!
Nenhum ferimento aparente, peito subindo e descendo, ele parecia bem ao checar brevemente.
•
—— Você vai ficar bem?
Eun Yu acenou.
Ela havia ajudado a Kim a deitar o Cha, mas havia chegado a hora de Hye-na ir embora. A Enfermeira militar estava com saudades da família, e o próprio Chan-yeong gostaria de retornar ao estádio.
Mas aquele abrigo, não era um lugar bom para a Lee. A Chefe Ji nunca a deixaria em paz, e todos continuariam a olhando como se fosse uma assassina cruel.
—— Porque eu sinto que ainda vou te ver? —— brincou a mais velha, ganhando um zombar da mulher sentada ao chão. —— se cuida, sei que não somos amigas, mas passamos por muita coisa juntas, e me preocupo com você.
—— Valeu —— a Lee tentou sorrir —— por guardar meu segredo e por me ajudar, não era o meu irmão, mas só descobri com a sua ajuda.
—— Não foi nada —— a Kim sorriu sincera —— aposto que faria o mesmo por mim...
—— Quem sabe em outra vida —— brincou, se lembrando da menina Hani.
Hye-na fez uma careta engraçada. Causando risos na Lee.
—— Agradeça a ele por salvar a minha vida —— pediu, colocando a mochila nas costas —— até algum dia, Lee Eun Yu.
—— Até algum dia, Kim Hye-na.
O casal saiu do Shopping juntos, calculando as horas que passariam andando até o estádio. Dúvidas, sentimentos conflituosos, medos e ansiedade, controlando suas mentes.
Suas mãos estavam unidas. E havia um pequeno sorriso no rosto de ambos.
Eles carregavam dentro de si, uma esperança de que daria tudo certo.
Mas esperança, por mais que seja a última, também morre.
FIIIIIIM!
dessa temporada 💋 até
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