009²
~ começo do fim ~
Aquilo era briga de longo tempo, não valia a pena se estressar, ou as rugas que ganharia ao pensar de mais naquilo. Foi como se convenceu a não pensar muito na imagem de Hyun-su, ou melhor sua versão monstro, atacar, arrancar as mãos e arrastar um total estranho para longe delas, deixando um rastro visível e nojento no chão.
A mulher apenas queria chegar até Chan-yeong, dar as plantas a Hani e então partir para o estádio. Nunca tendo sentido tanta falta daquele buraco quanto naqueles dias.
Suas pernas quase cediam ao tentar passar por entre aqueles galhos, queria chegar até seu destino rapidamente, mas não conseguia deixar Eunyu para trás, a mais nova parecia abalada com o que via, diferente dela não conseguia fingir ser nada.
Ela estava a um passo de carregar a Lee em suas costas, quase disposta a levantar aos mãos aos céus e pedir para que a puxasse, quando uma voz conhecida chamou não tão longe.
—— Hye!
A Kim se virou, os olhos em busca de entrar o namorado. Chegando a apressar seus passos em direção a voz, que continuava a chamando, cada vez mais próxima.
Hye-na sorriu ao vê-lo, ele que andava com uma arma apontada, e os olhos atentos, quase deixando tudo para trás ao encontrá-la.
—— Hye!
A mulher correu até o mais alto, os braços rodeando seu pescoço, enquanto ele segurava sua cintura com força, afastando o rosto dela para estudar sua expressão.
Os olhos do Park se fixaram no corpo dela em seguida, verificando os braços, as pernas, a girando para ver as costas, e levantando o cabelo para ver o pescoço. Segura. Sem nenhum ferimento, finalmente pode ficar aliviado, acenando para Eunyu que estava logo atrás, deixando um beijo na testa da amada.
—— Me desculpe —— pediu a Kim, passando uma de suas mãos pelo rosto dele.
—— Está tudo bem, meu amor —— assegurou, colocando sua palma sobre a dela, a deixando senti-lo —— se você está segurando, então estamos bem...
Hye-na sorriu. Se esquecendo momentaneamente de como havia visto, cara a cara um monstro enorme, e também de Hyun-su levando um desconhecido ao estádio. O beijando levemente.
—— Já voltaram?
Hani surgiu atrás deles, fracamente, os olhos se iluminando ao ver as folhas que a Kim trouxe consigo. Era bom vê-la bem, já que eles teriam que andar muito e rápido, se quisessem manter pessoas a salvo.
—— Amor, ele olhou diretamente para mim.
Chan-yeong tinha sua mão direita ocupada, entrelaçada a de Hye-na, que contava sua experiência de quase morte com um pouco de drama. Ele realmente estava assustado com a ideia dela correndo perigo, e grato pela ajuda que Hyun-su havia dado a ela.
Ao lado da mulher, que dizia algo sobre proteína, Hani estava silenciosa, embora os olhos atentos mudassem do Park para sua namorada vez ou outra. A mais nova segurava o cotovelo de Hye-na, que não demonstrou nenhuma aversão aquilo.
—— Deve ter ficado com medo —— sugeriu, tendo agora os olhos da Kim em seu rosto, essa que acenou rapidamente, sem vergonha alguma.
—— Achei que fosse encontrar Jesus.
—— Não acho que iria encontrá-lo —— disseram Chan-yeong e Hani ao mesmo tempo.
Os dois ganhando olhar assustador da Kim. Os fazendo engolir em seco.
Ela até cogitou continuar sua versão da história, e ignorar a frase dos dois, quando Hani a soltou, correndo um pouco a frente deles, e colocando a orelha contra o asfalto.
—— Vamos garota —— ela chamou, apontando para o rastro que deveriam seguir.
—— Tem um carro vindo —— disse ainda no chão —— por ali...
Hye-na esperou pelo veículo, não era comum vê-los naquele tempo, os raros carros que via em funcionamento eram os do estádio. Então estava curiosa, confiando na audição e sentido de uma drogada, que ela tinha ameaçado de morte dias antes.
A Kim sentiu o coração falhar uma batida ao ver o carro militar. Reconhecendo a placa familiar no mesmo segundo, sua mão parando no braço do namorado em busca de estabilidade.
Seus olhos se cruzaram com os do irmão mais velho, ambos surpresos com a visão um do outro. Hye-na olhou para o carona, com esperança de encontrar Seok-Chan também surpreso.
Sua testa franziu ao não reconhecer quem era. Um sentimento ruim se apossando do seu coração.
—— Ele tá vivo...
—— Isso não é bom...
Hani e Chan-yeong correram atrás da dupla alarmados, sem entender o porquê de ambas estarem desesperadas da mesma maneira. Seus pés batiam contra o asfalto com força, mas elas não se importavam.
—— O que foi Hye? —— O Park gritou tentando segurar a namorada.
—— Ele tá sozinho —— disse no mesmo tom, embora os olhos estivessem quase marejados —— Tem alguma coisa errada...
Ela sabia. Internamente não precisava ouvir o irmão atirar em um desconhecido com ódio e dizer que era por ele.
Kang Seok-Chan nunca deixaria o Sargento sozinho. Não por escolha própria. Ele era leal, amável e corajoso.
Hye-na nunca poderia superar aquilo.
Desculpe. Dói em mim também.
Nunca vou superar.
Para vocês não se iludir:
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