009

~ O que? ~
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Kim Hye-na adentrou a sala escura, o ar úmido e cheirando a mofo. Seus passos ecoavam nas paredes de concreto enquanto ela procurava por seu irmão mais velho, Kim Young Hoo.
Finalmente, ela o encontrou sentado em um canto, com uma lanterna fraca iluminando seu rosto cansado. Seus olhos se encontraram, e um sorriso trêmulo surgiu nos lábios de Hye-na.

—— Ei, Young Hoo —— ela sussurrou, aliviada, não querendo continuar a buscá-lo.

—— Hye-na, você está bem?——  perguntou ele, preocupado, estudando as expressões da caçula.

Ela assentiu, com um sorriso fraco no rosto, deixando o prato com comida na mesa a frente dele. Odiando a textura daquilo, se recusando a comer.

—— Estou. Mas estou cansada, e principalmente faminta —— brincou e se sentou ao lado dele, as pernas tremendo. —— Lembra quando costumávamos comer polvo vivo juntos? Era nossa comida favorita.

Young Hoo riu baixinho.

—— Sim, e você sempre fazia careta quando o polvo grudava na sua língua. —— Ele pegou uma lata de comida enlatada e a ofereceu a ela, sabendo que não comeria do prato —— coma, não deve se sentir fraca.

Enquanto comiam, a conversa fluiu naturalmente. Eles falaram sobre os tempos antes do apocalipse, sobre seus pais e suas esperanças perdidas. Tempo dos quais eles sentiam falta, dias em que achavam estar sendo ruins, mas que se revelavam tranquilos.

Mas então Hye-na ficou séria. Engolindo o restante daquela sopa de feijão.

—— Young Hoo, eu vi o Sargento Choi hoje, antes da missão —— revelou sincera —— Ele estava namorando, uma das sobreviventes daqui —— tomou um gole de sua água, tendo toda atenção do irmão —— Eu tentei ajudar, mas aposto que estava indo atrás de remédios para sua namorada doente ainda, talvez em algum hospital.

Young Hoo franziu o cenho. Acenando para a irmã. Ele se sentia mal em não poder ir atrás do companheiro, sua maior vontade era ir sem permissão.

—— E o seu namoradinho? —— desviou o assunto, ganhando um revirar de olhos —— Sei que gosta dele.

—— Sim, eu gosto. —— foi sincera novamente, se lembrando de mais cedo. —— bateu nele de propósito?

O mais velha já havia feito aquilo antes. Nem mesmo Kang Seok-Chan escapou dos ciúmes do mais velho.

——Talvez você devesse ir descansar e conversar com Chan-yeong —— sorriu irônico, embora realmente achasse engraçado —— ele também parece ter um interesse especial em você.

A mulher voltou a revirar os olhos. Mas riu.

—— Você acha que eu deveria?

—— Por que não?——  Young Hoo piscou para ela. —— Mas avise que vou quebrá-lo se não se comportar.

Os dois riram. Sentindo que Chan-yeong nunca iria mudar, ele parecia um imã de problemas.

A mulher deixou a sala do irmão quando Seok-Chan entrou, os deixando dialogar a sós. Seus passos a levando para a ala dos sobreviventes, sua mochila nas costas, já que queria entregar doces a algumas crianças. Especialmente o menininho de Eun Yu, Young-su, que parecia estar sempre sofrendo nas mãos de outros meninos, que agiam como superiores em cima do menor.

Ela odiava pessoas covardes.

No entanto, acabou mudando sua rota, ao avistar a própria Lee passar a sua frente. Andando de forma rápida.

A Kim não era amiga da mais nova. Mas havia algo que as unia, ambas tinham um pequeno segredo em comum, e foi pensando nisso que acabou por seguir Eun Yu, por todos aqueles túneis desconhecidos por ela.

—— Porque está me seguindo?

A garota parou na metade do caminho. Fazendo a enfermeira parar também.

—— Estou curiosa...

A Lee suspirou. Voltando a andar, embora estivesse visivelmente irritada e curiosa com a companhia nova.

Elas chegaram a uma saída diferente, e a Kim guardou aquilo na mente. Sabendo de uma entrada diferente naquele momento. Não para os Corvos e sim para ela, quando estivesse surtando por oxigênio.

Era um cano de esgoto, mas não importava. Uma saída para fora.

—— Como?

—— Tem muitas coisas que vocês não sabem —— rebateu a mais nova, revirando os olhos. Se jogando no canto esquerdo do espaço e indicando para a Kim se sentar a sua frente —— É assim que consigo as coisas.

—— Incrível —— Hye sorriu, se sentando a frente da mais nova —— Me desculpe por te colocar em perigo.

—— Bobagem —— negou a Lee, pegando um pouco de comida nas mãos —— Você não me pediu nada de mais, seu único pedido me rendeu o melhor dos pagamentos —— ela riu de verdade, e pela primeira vez, fazendo a mulher rir também —— Achei que nunca mais fosse comer doces.

—— Sempre consigo um pouco —— revelou, sussurando como se fosse um segredo.

Um pequeno gatinho apareceu entre a grama úmida, e Lee Eun Yu estendeu a comida para ele, conversando com o felino como um bebê.

Havia esperança então, de pessoas agindo na maior empatia. Pensou a Kim.

Um pequeno riso soou atrás delas. Fazendo a Kim levantar a cabeça assustada, franzindo o cenho a ver Chan-yeong ali, olhando as duas com desconfiança.

—— Está me Stalkeando?

—— Vai trazer aquela mocréia? —— provocou, ganhando um revirar de olhos do homem. Que escolheu a ignorar.

—— Gosta do perigo?

Os dois começaram a se atacar, com palavras, fazendo a Kim revirar os olhos. Se cansando da situação, seus olhos se estreitando quando o rapaz de aproximou delas, seus olhos fixos nas fitas, que a Lee usava no pé, e a Kim usava no pulso naquele momento.

—— O lenço vermelho, eu já o vi antes.

—— Não me diga —— ironizou a mulher, enquanto a mais nova o mandava parar de fazer perguntas. —— exato gatinho, a curiosidade mata...

O Park suspirou. Sabendo que teria que lidar com a Kim mais tarde, cansado de ficar naquela posição com ela.

—— Por isso matou Do Sang-jin e An Dong-gi?

—— Quem são esses? —— a Kim perguntou confusa, os nomes não fazendo sentido em sua cabeça.

—— É aquela pessoa de novo não é?.... O monstro atacou uma pessoa, mas não vocês duas... tô certo?

A conversa continuava entre os dois. Mas a Kim olhava para fora, uma menina aparecendo a sua frente, cabelos curtos e carinha de doida.

Oferecendo a mão para Lee Eun Yu.

Hye-na seguiu para fora, logo atrás da garota, sua pistola em mãos, e uma dúvida crescente em sua mente. O que acontecia ali?

Seus olhos viram uma movimentação da Mata, e seu corpo foi puxado para trás, por Chan-yeong, enquanto ela segurava a Lee contra si. Uma mulher surgiu, cabelos curtos e arma em mãos.

—— Não vou atirar. Só vou levar a criança...

O que estava acontecendo?


Sentiram a minha falta?

Hmmm?

Até logo. Quero escrever e postar antes da terceira temporada.

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