008²

~ conversas e ação repentina ~

Enquanto ambos não notaram o sumiço da dupla Eunyu e Hye-na. Chan-yeong e o monstro Hyun-su se mantinham sentados próximos ao fogo que o militar tentava manter acesso.

Era um silêncio desconfortável, em principal quando lembravam da noite anterior, quando um quase matou o outro.

—— Está realmente com a enfermeira? Ela atirou em mim...

Chan-yeong observou o monstro sentindo uma estranheza dentro de si. Não gostando daquela pergunta.

—— Ela só estava me defendendo —— contou, mechendo no fogo —— e sim, estou com ela.

Hyun-su zombou da resposta. Decidido a irritar o Park.

—— Ela é fogo, eu ouço coisas.

O Park engoliu a raiva repentina. Se recusando a perguntar o que ele havia ouvido, aquilo não valia a pena.

—— Uma pena que estejam juntos —— disse novamente, sorrindo quando viu o humano quebrar um galho com apenas uma mão —— e outra que Hyun-su seja apaixonado por Eunyu, mas é um covarde e não conta para ela.

Chan-yeong pensou em como Hye-na sabia daquilo, e imaginou como ela faria uma piada sobre o próprio monstro ter química com a Lee.

—— Por isso a defende e protege tanto...

O militar apenas ouviu tudo com interesse, descobrindo mais sobre o próprio Hyun-su, e guardando informações que contaria a namorada depois. Decidindo que seria sua vez de contar algo ao estranho a sua frente.

—— Hye-na decidiu que me queria assim que botou os olhos em mim.

—— Isso é claro —— zombou o monstro.

—— E eu também a queria —— revelou —— mas era covarde de mais, tinha medo de acabar me apaixonando sozinho, ou me esquecer do meu dever... sabe? Eu ainda tenho medo...

—— Do que, exatamente?

Chan-yeong olhou para as árvores ao longe, sentindo o vento bater contra seu corpo, tomando coragem para contar o que sentia.

—— Tenho medo de deixar qualquer um para trás para salvar ela —— o monstro acenou, sabendo que o Hyun-su dentro de si sentia o mesmo pela Lee —— na verdade, eu sei que a colocaria a frente de qualquer pessoa.

—— Vocês são patéticos...

Os dois foram interrompidos por Hani, que apareceu na frente deles, e sem companhia. Os alertando enfim, que os alvos daquela conversa não estavam por ali.

—— Onde está Eunyu?

—— Cadê a minha namorada?

Park Chan-yeong entrou na floresta correndo, uma pistola em mãos, enquanto Hyun-su agitou a asa, subindo pelos ares. Os dois deixando Hani para trás, a procura de duas humanas desaparecidas.

—— Sente falta de ir ao cinema?

Eunyu negou com a cabeça. Ajudando a Kim a arrancar algumas folhas, a mais velha dizendo que eram bons alucinógenos.

—— E de ir ao Shopping? Eu comprava roupas pela Internet, mas gostava de comer no BK.

A Lee quase riu da pergunta, se perguntando se parecia realmente fútil. Mas Hye-na não a observava, atenta a planta a sua frente, o que significava que era uma pergunta honesta, sem segundas intenções.

—— Não tinha tantos amigos ou dinheiro.

A Kim olhou para a mais nova daquela vez, desistindo de perguntas tão bobas.

—— Então o que fazia?

—— Dançava —— quase sorriu com a lembrança, notando como a outra parecia curiosa —— e eu era boa.

—— Não se vê dançando mais?

—— Não tenho ensaios ou plateias —— deu de ombros, seguindo a enfermeira, que procurava mais alguma planta por perto.

Hye-na ficou indignada. Suas sobrancelhas franzidas e olhos estreitos em direção a mais nova.

—— Temos todo o tempo do mundo agora —— disse óbvia —— Tenho um fone e algumas músicas sobrando no meu consultório —— pensou alto —— assim poderá ensaiar...

—— Não preciso de pena —— negou rápida —— e nem vou ficar no estádio.

—— Cala a boca —— se irritou —— não precisa ficar, é um presente, porque eu quero te ver dançar, serei sua plateia.

Eunyu parou. Observando Hye-na se agachar novamente, arrancando mais uma folha com cuidado.

A Kim era gentil quando queria.

—— Olha, eu realmente-

O chão ao pé delas tremeu, as fazendo se assustar. A Kim procurou a fonte de agitação no meio de todo aquele mato, observando vários monstros surgir ao redor delas, de repente se sentindo pior em não ter avisado ao Park onde ia ou com quem.

As duas saíram correndo, evitando serem pegas. Olhando uma para a outra com um pequeno plano em mente, acenaram antes de começar a escalar uma torre próxima a elas, seus braços e pernas se forçando para ficarem quietas e seguras.

Hye-na arregalou os olhos quando um monstro gigante apareceu, os olhos dele parando nas duas mulheres, com um sorriso sinistro e dentes enormes.

—— PROTEÍNA!

Hye-na quase caiu, nunca amando tanto a versão monstro de Hyun-su quanto naquele momento, quando ele apareceu se jogando contra a criatura assassina, as livrando de serem feitas de espacinho cru.

—— Quase fui conhecer Jesus —— reclamou para a mais nova.

—— Não sei se iria para o céu —— brincou a outra, a fazendo sorrir, ainda nervosa.

Até 👋🏻

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