007²

~ que droga? ~

As vezes queria ser uma princesa de filmes, a espera de seu lindo príncipe com cavalo branco, usando lindos vestidos e coroas, a tomar chá durante a tarde e ter ajuda para qualquer coisa na vida. Outras, preferia se imaginar como uma amiga de Dominic Toretto, sendo uma corredora fora das leis, dizendo que faz de tudo pela família, sendo foda pra caralho.

Também já se imaginou sendo uma cirurgiã de Greys Anatomy. Mas nessa fase já se imaginava pegando o Karev em salas vazias e o arrastando para seu quarto, mordia os lábios quando ouvia o personagem gritar com outros e se derretia por ele sendo bom com crianças. Seu amor por ele acabou quando tragicamente morreu, um acidente de carro, quando foi ajudar sua amiga Meredith.

Em todos esses universos ela nunca se via sozinha. O príncipe do seu reino, que a protegia e defendia sua honra era seu irmão, estava sempre com Seok-Chan nas corridas, e conseguia visualizar ambos a consolando após ficar viúva, R.i.p. Karev.

Para sua infelicidade, problema de se crescer tendo apenas uma mulher em sua vida. Sua mãe, que não era necessariamente uma amiga, a mulher era uma ótima figura materna para o primogênito, mas a Kim havia descoberto o que era menstruação com sua professora de ciências, em meio a seu desespero de achar estar morrendo. Acontece, que elas nunca tiveram um papo mãe e filha, e Hye-na acabou se acostumando a ser a única mulher na história.

Foi apenas instinto dormir com Hani, a mais nova deitada sobre seu corpo, as duas agarradas devido ao frio, e o abraço que compartilharam antes, já que a mais velha não queria a deixar sozinha. Se lembrando de quando viu o acidente de carro que deixou ela sem seu pai, e como aquilo lhe causou pesadelos por diversas noites.

Park Chan-yeong sorriu para as duas, jogando uma coberta quente sobre seus corpos, achando a visão adorável.

Hye-na poderia agir como uma possessiva a maior parte do tempo, fazer piadas e estar pronta para lutar. Mas todos descobriam, em pouco tempo ao lado dela, que era a dona de um bom coração.

—— Bom dia amor —— saudou o Park, ao sentir dois braços rodeando sua cintura por trás, a cabeça da Kim apoiada em seu ombro —— dormiu bem?

—— Seria melhor se dormisse comigo —— não se segurou, o rodeando, o rosto agora frente a frente ao dele, com um pequeno sorriso preguiçoso —— mas é melhor ficar longe de outra mulher.

—— Sim —— concordou obediente, abraçando ela —— mulher só a minha...

—— Que menino bonzinho —— brincou, mordendo a ponta do nariz dele, gostando da risada que veio a seguir. —— Vamos para a casa?

Chan-yeong observou o rosto dela. Os olhos esperançosos e brilhantes, de quem realmente sentia saudades da família.

—— Vamos sim —— acenou, a beijando quando ela saltou feliz —— tô pronto para levar um tiro do seu irmão.

Hye-na gargalhou, o puxando para onde Eunyu estava.

—— Talvez uma facada —— sugeriu audaciosa.

Hye-na tinha vários remédios em sua bolsa nova, que faria o Park carregar. Este que conversava com Lee Eunyu, que por surpresa decidiu ir ao estádio com eles.

A Kim procurou Hani com os olhos, a vendo perto do carro onde o corpo de seu amigo estava. Decidindo a deixar sozinha por um instante, sabendo como o luto funcionava.

Ela estava a um passo de agarrar a mão do namorado, que não era bem namorado, quando uma porta foi lançada até eles, a fazendo ser empurrada para o chão novamente, o corpo dele tentando cobrir o seu.

—— Esse filho da puta tá de perseguição —— bufou se levantando.

Eunyu se aproximou de Hyun-su, que olhava para eles com curiosidade. Falando com o monstro como uma daquelas cenas de dorama que você torce por um beijo logo, mas ganha um belo nada, decepcionante pensava a Kim.

—— Casal bonito —— sorriu observando Hyun-su acabar cedendo a Lee.

Eles já haviam andado durante aquela manhã inteira, surpreendentemente tendo Hani ao lado de Hye-na o tempo inteiro, a enfermeira que nunca soltava a mão do Park, que carregava a bolsa da Kim.

Eles haviam decidido dar uma pequena pausa para comer, para a alegria da mulher, que pode observar Chan-yeong fazer fogo e quebrar alguns galhos. Ela engolia em seco, mordendo os lábios para controlar os pensamentos, sabendo que não poderia os atrasar mais naquela viagem longa que ainda fariam.

—— Cadê o Hyun-su? —— indagou a Lee, se aproximando do casal.

Hye-na e o Park deram de ombros, os dois estavam lado a lado, tendo a mulher o abraçando, como já era comum para todos ali, quando Hyun-su apareceu, cabelo cortado e roupas novas.

A enfermeira observou a reação de EunYu, vendo como a garota parecia meio perdida, e obviamente apaixonada. Era o mesmo olhar que ela se pegava tendo ao observar Chan-yeong, menos maliciosos era claro. Ela ia até mesmo fazer uma piadinha com aquilo, quando ouviu Hani passar mal, se levantando rápido para segurar os cabelos da mesma.

—— Precisa daquelas folhas? —— perguntou baixinho, ganhando um aceno lento, a Kim respirou fundo —— já volto...

—— Vai buscar droga? Que droga?

Estava cometendo o erro de não avisar a Chan-yeon onde ia, mas sentia que Lee Eunyu a seguia, ambas sumindo da frente de seus protetores, fazendo algo que nunca se imaginavam fazer.

Próximo capítulo teremos Hyun-su e Chan-yeong conversando sobre as donas. 😘 .

Até 👋🏻

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