007

~ Sinal verde ~

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Hye-na acenou quando seu irmão passou orientações táticas, pela quinta vez, sabendo que ele estava preocupado com a participação da mulher na busca. Young Hoo tinha a mania de proteger sua caçula até de coisas desnecessárias, como seus relacionamentos amorosos.

Conseguia se lembrar da reação exagerada dele quando assumiu o relacionamento com Kang Seok-Chan, suas perguntas ao rapaz, ameaças de morte, e todos os olhares atentos. Até mesmo quando começou a gostar do antigo cunhado, ele se mantinha cuidadoso.

A questão ali era que Hye-na era enfermeira do local, e mesmo com todo o treinamento que tinha, já que se formou dentro do exército, ele permanecia a mantendo longe de qualquer confusão que fosse possível.

Sua irmã, sua responsabilidade.

Quando os carros param no complexo de apartamentos abandonados, Hye-na salta do carro, respirando fundo, a arma pesada em mãos, em busca de qualquer ameaça.

—— Busca iniciada —— seu irmão afirma.

Logo todos se dividem, atrás de equipamentos para o abrigo, comida, bateria, remédio, qualquer coisa útil para o acampamento. A Kim segue sozinha, para um dos carros ali parados, forçando o porta-malas do veículo.

Um suspiro resignado surge quando nota o compartimento vazio. Mas não se abala, seguindo para uma moto próxima, forçando a fechadura com uma de suas facas, a mulher abre o guarda objetos, dessa vez com um pouco de sorte. Encontrando um boné de beisebol, sorrindo ao notar de quem era, e alguns doces tailandeses, antes de voltar a seguir seu irmão, jogando tudo dentro de sua mochila pessoal.

—— Atenção —— ordenou o homem, quando alguns sons das árvores chamaram a atenção do grupo.

Um monstro, do gênero feminino. Usando um vestido de noiva, que deveria ser lindo um ano antes.

—— Não atirem!

—— Qual a classificação? —— perguntou a mulher.

Não demorou muito a receber uma resposta. Sinal verde. Monstro sem perigo.

Hye-na suspirou antes de sair do local, seguindo o irmão de perto. Aquele tipo de monstro tocava seu coração, ela sentia tanta empatia que era chamada de mole pelos rapazes da equipe. Nenhum deles sabia que ela havia sido salva por um deles, um ano antes.

—— Você é nojento —— ela disse séria, quando um dos homens zombou da mulher transformada, dizendo para “dar folga”. —— continua o mesmo idiota da quinta série...

—— Você é muito mimizenta —— ele continuou a zombar passando pela mulher.

—— Ignora esse babaca —— Seok-Chan disse a mulher, passando um dos braços ao redor dos ombros dela. Hye acenou.

Seus olhos pousaram na fita vermelha, amarrada a sua cintura, como um pequena laço. Ninguém perguntou nada quando começou a usar, nem mesmo reparando que Lee Eunyu usava uma semelhante no braço.



O tempo fechou com rapidez, o que já era esperado, devido ao clima da época. A Kim fechava algumas caixas de suprimentos que havia achado, alguns remédios que seriam úteis para sua enfermaria.

—— Parece que você se deu bem —— Seok-Chan aplaudiu, se aproximando da mulher, a ajudando a levar as caixas para os carros militares.

Hye sorriu, sentindo as primeiras gotas de chuva bater contra seu corpo suado.

—— E vocês?

—— Nada que possa ser usado —— ele negou com a cabeça, parecendo decepcionado. —— Talvez possamos ir a outro lugar daqui.

—— Duvido que Young Hoo gostaria —— foi sua vez de negar, deixando a caixa com outro amigo, que a ajudou a subir para os carros.

Seus olhos agora vendo algumas comidas encontradas, muito pouco para sobreviverem por mais meses presos. A escassez era muito grande, alguns deles haviam perdido quase metade do peso anterior, e muitos outros já estavam desnutridos.

Hye-na estava certa sobre seu irmão, e já se preparava para voltar ao refúgio, quando avisaram a equipe que o Yong-Seok estava sumido. Sem responder ao rádio, e tendo sido visto pela última vez em um mercado.

—— Vamos nos dividir e procurar?

—— Essa área é muito grande?

—— Então está sugerindo para abandonar ele?

Hye-na estava pronta para se candidatar para procurar o colega, quando uma grande explosão chamou a atenção de todos.

—— Foi do acampamento?

—— É aquele buraco que chamamos de lar? —— ambos os irmãos perguntaram ao mesmo momento.

—— Seok-Chan  —— chamou o Kim, ignorando a frase da irmã —— viu sinal de sangue ou luta no mercado?

—— Não senhor.

—— Então vamos voltar. —— ordenou. —— Temos que ir. Agora.

■■■

—— A uns 15 minutos senhor.

—— Então da a volta, queremos distância do estádio.

—— A gente vai fugir?

—— Podemos? —— brincou a Kim mais nova, arrancando sorrisos dos dois homens.

Ela sabia que o irmão tinha um plano. Bem como também sabia que ele estava muito irritado, com o que quer que tivesse acontecido no estádio. A mulher também sentia, que aquilo tinha haver com Chan-yeong, e seu maldito heroísmo.

A ideia consistia em chamar a atenção dos monstros para longe do estádio. E matar o maior número deles possível, em uma explosão. Eles usariam o restante de suas dinamites naquilo, o que não agradava nenhum dos militares na missão, mas todos estavam de acordo, que deveriam voltar a casa garantindo a segurança de todos.

Hye-na estava atirando com a sua submetralhadora, em qualquer um que se aproximasse de mais. Seus tiros sempre certeiros e fatais. Ela gostava daquela adrenalina, daquele instante onde seu nariz inala a pólvora, seu dedo aperta o gatilho, e um solavanco bate em seu corpo.

Voltar ao estádio. Depois de toda aquela busca, e uma explosão arriscada, naquela missão que quase os mata, Hye-na se sentiu cansada de repente. Sabendo que estaria voltando a se sentir presa e claustrofobia por dias, tendo como diversão apenas suas Paixões novas.

Sua atenção só foi retirada quando Seok-Chan para o carro, avistando um dos moradores vagando por ali. Sabendo que não dormiria tão cedo.

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