003²
~ doente ~
Capítulo é uma volta ao passado.
Havia uma lista de coisas que faziam homens parecer apetitosos, gostosos como preferia dizer. Uma delas era saber dirigir, especialmente quando manobra o veículo com uma mão.
Hye-na se obrigou a ficar quieta, ignorando o falatório que Ha-ni fazia na parte de trás.
Por mais que ainda houvesse uma parte de si, com um desejo forte de arrancar aquela garota do carro e espancar até deixar inconsciente. A Kim estava realmente intertida com sua nova observação.
Como as veias do braço do Park se destacavam, enquanto ele dirigia pela estrada, os olhos atentos a pista, sua camisa dobrada até a altura dos cotovelos.
Ela mordeu os lábios. Se forçando a pensar em outra coisa.
Então lembrou de uma situação parecida, dois meses antes, quando ficou de guarda ao lado dele, ajudando a inspecionar os sobreviventes que ajudavam a Chefe Ji a arrumar o estádio. Ele estava fardado, e só aquilo já a fazia suspirar de amores, mas a coisa saiu do controle quando ele começou a ajudar a carregar o carrinho de objetos pesados.
Hye-na sentiu o estômago revirar, sentindo uma necessidade gigantesca de tocá-lo. Mesmo que soubesse o quão tímido ele era, também sabia que ele gostava dela.
“Ele só não admitiu ainda”. Dizia a si mesma.
Ela sabia que Ye-seul, a filha da Chefe, iria fingir passar mal aquela tarde. Havia ouvido o plano infantil enquanto almoçava ao lado do irmão, já que a garota contava a uma amiga animada. Na hora, a Kim quis rir de deboche, mas pensando naquela situação, ela sabia que deveria agir primeiro.
Park Chan-yeong cuidava do serviço mais pesado aquela tarde. Se recusando a aceitar a ajuda que Hye-na ofereceu, a deixando apenas andar entre os sobreviventes, oferecendo água a eles, e respondendo suas dúvidas médicas. Vez ou outra, ela o observava de longe, verificando que a mulher não estava brigando com alguma outra garota que dava em cima dele, ou rodeada pelo ex-namorado, que sempre aparecia quando o Park tentava conversar com ela a sós.
Talvez por toda aquela atenção, ele havia notado ela se sentando no chão sujo, por mais que odiasse aquilo, e como suas bochechas estavam vermelhas. Sua testa franziu quando descarregou outro carrinho, com medo de que ela estivesse passando mal.
Hye-na estremeceu ao sentar no chão, odiando tanta sujeira nela. Mas estava satisfeita interiormente, havia passado a última hora toda andando no sol, sem boné, sua pele geralmente pálida estava vermelha e ela se sentia quente. Havia uma bolsa de soro em sua maca, que ela usava para dormir quando queria estar longe dos garotos dos Corvos, que ela usaria naquela noite.
A Kim também sabia, que ele a encarava, e tendo aquele poder em mãos, a mulher deixou a cabeça tombar na grama recém úmida, devido a chuva da noite anterior.
Sem se surpreender quando alguém tocou suas bochechas após cinco segundos. Ele havia corrido até ela.
—— Senhorita, Kim.
Ela reconhecia a voz, mas continuou de olhos fechados. Saboreando o momento em que ele a puxou para seu colo, e correu para dentro do estádio, ignorando como Ye-seul também parecia de repente mal.
Em meio ao susto, o soldado acabou passando direto pelo Sargento Kim e o restante dos militares. Todos se assustando ao ver sua enfermeira no colo do Cabo.
Hye-na foi deitada na maca gelada de sua própria enfermaria, e se xingou internamente, já que não havia mais como apenas se levantar e lançar uma cantada no homem que queria. Rodeada do Doutor Im, que tentava entender o desespero do Park, e também dos militares que invadiam o espaço, todos assustados.
—— O que minha irmã tem?
—— Hye-na?
—— Ela ta grávida?
A Kim teve vontade de bater em Seo-jin, que reconheceu ter feito aquela piadinha. Mas se manteve na atuação, forçando os olhos a se manter fechados, mas se mechendo, as mãos em frente ao rosto, como se odiasse a claridade.
Ye-seul foi levada até a sala também, carregada pelo restante dos sobreviventes. Mas nem de longe tinha toda aquela comoção ao seu redor.
—— Desliguem essa luz —— resmungou falsamente.
Kim Young Hoo correu para o interruptor, ouvindo as suspeitas do Doutor Im, que apenas disse o óbvio, que a Kim deveria estar com insolação e desidratação.
Ele não queria consultar a mulher, sabendo que o irmão dela o odiava, e que a própria não gostava dele. Apenas dizendo o que suspeitou ser, sem se importar muito, para o alívio da Kim.
Hye-na nem se importou em tomar soro na veia, ou engolir remédios para uma dor inexistente, ela apenas manteve a farsa do cansaço.
Young Hoo roubou doces para a caçula, Seok-Chan a obrigou a comer, dando sopa na boca dela, para sua futura risada, e o restante dos meninos contaram várias piadas.
Mas sem dúvidas, sua parte favorita, foi como Chan-yeong invadiu a enfermaria tarde da noite, a encontrando acordada, lendo um livro.
—— Fico feliz que esteja bem —— ele sorriu, aquecendo o coração da moça —— me assustou.
Hye-na sorriu, sem se conter. O convidando a se sentar ao lado dela, seus olhos vendo as mãos dele tremer em antecipação.
—— Então se importa comigo? —— soltou sua piadinha.
—— Claro —— respondeu de imediato, os olhos arregalados em seguida, desviando para a porta metálica da sala.—— digo, me importo com todos os sobreviventes.
Era mentira. Ao menos a parte em que tentava se convencer de que era o mesmo, mas deixou a Kim feliz.
Com um pouco de drama, Hye-na o convenceu de que não queria dormir sozinha, e ele suspirou, mas se deitou ao seu lado, deixando que a mulher deitasse em seu peito.
Naquela noite, ele acariciou seus cabelos, observando seu rosto sereno, o coração acelerado. A trazendo para perto de si, antes de também dormir.
Seok-Chan os encontrou na manhã seguinte, não poupando piadas a mulher, que apenas se sentia feliz, com seu plano infantil, que lhe rendeu muitos sonhos felizes e até quentes.
Hye-na voltou a si quando uma mão pousou em sua coxa, apertando a região com cuidado. Seus olhos encararam o homem, encontrando o ainda atento ao caminho, mas com um sorriso no rosto.
—— Pensando no que?
—— Coisas bobas —— sorriu levemente, de repente sentindo falta daqueles momentos no estádio.
Chan-yeong acenou, e Hye-na uniu sua mão a dele, entrelaçando seus dedos, e dando três apertos seguidos. Eles trocaram um olhar carinhoso, pequenos sorrisos tímidos em seus rostos.
Logo a frente deles, Hani foi a primeira a ver Eunyu, gritando para a Lee de sua janela. Descrição deveria ser o sobrenome dela.
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