☠︎︎1.3

não esqueça do seu votinho

Sabia que não seria fácil. O homem em sua frente sendo colocado sentado à força não estava colaborando em nada. Pegou o copo de whiskey, bebericando melhor a bebida, enquanto observava Kwan negar frequentemente em querer ir para Dubai. Seu olhar desesperador o divertia. Era insano a forma como o homem queria sair ileso de tudo.

Tirou a arma de sua cintura, sentindo incômodo em tê-la cutucando sua pele. Colocou sobre a mesa, movendo seu copo, concebendo o líquido ficar mais gelado com algumas pedras de gelo. Mirou o moreno olhar para a arma e olhá-lo. Sua expressão preocupante deixava Jeon mais aconchegante na poltrona, podendo ouvir as turbinas do jatinho ser ligadas. E por um momento sentiu vontade de socá-lo tanto que iria fazê-lo perder o resto da coragem que tinha para lidar com toda a situação. Desejou quebrar o copo em sua face, forjando a comer cada pedaço dos cacos, querendo matá-lo de dentro para fora.

Mirou o segurança olhando a situação atentamente, apenas esperando algum movimento controverso para agir. Retornou a degustar sua bebida, com o silêncio reinado, contudo parecendo perturbante para o indivíduo em sua frente.

- Cadê minha família? - Questionou inquieto.

Podia se ver as pequenas moléculas de lágrimas transformar ao redor de seus olhos, deixando-os mais brilhantes. Sorriu ridicularizando a preocupação estampada na silhueta do homem.

- Eu não sei. Isso não me interessa!

- O que você fez com eles, Jeon? - Sua voz trêmula fez o dar de ombro.

- Sabe, Kwan, nunca permiti que minha equipe e muito menos eu rela-se a mão em uma mulher, então espero que seu filho não tenha sido agredido tanto. Se ele foi um bom garoto, posso garantir que ambos estão sem um arranhão.

Examinou seu rosto começar a dar outra tonalidade, sua tremedeira era escancarada por estar segurando a ferocidade. Era cômico o ver de tal modo. Sentia prazeroso em tortura-lo psicologicamente, acabando com sua sanidade interna. Queria mostrá-lo o preço da paz e o quão agonizante era ser agredido sem ao menos ser tocado. Só bastava olhar no olho para saber sua inquietude passar por cada veia, brigando com cada célula por espaço.

O jatinho começou a ganhar a trajetória da viagem. O céu pela minúscula janela parecia rasgar no escuro. As estrelas brilhavam na intensidade da luz lunar, sem dúvidas a noite parecia estar repleta de maravilha, mostrando e realçando sua beleza natural.

- Você prometeu, Jeon!

Bebeu passivamente, acabando com todo o líquido que continha. Park ainda estava aterrorizado, com um aspecto menosprezado. Jungkook poderia sentir pena, se seu ódio não exclama-se mais alto.

- Isso é um problema! - Se lamentou, colocando o copo sobre a mesa. - Eu não cuido de ninguém fora dos meus interesses, mas serei bom com você. Irei te dar duas alternativas...- Encheu seu copo em uma medida pequena. - se você estiver falando a mentira...ah, Kwan! Você vai ser um homem muito desgraçado, e eu não estou falando pela forma como você vai sair ileso, mas pela forma como vamos acabar com você. Agora se você estiver falando a verdade, se sinta aliviado, pois seus dias para viver livre de tudo isso está chegando rapidamente, ou pelo o contrário a pá para você cavar sua cova já está planejada.

Alguns segundos reinou o silêncio. Kwan parecia conturbado com toda a situação, certamente Jeon não estava ameaçando, aquilo não era nem tampouco uma ameaça. Via-se que o homem não tinha nada a perder, mas o moreno tinha sua família, em que se importava, mesmo sabendo que não era o bastante. Sua angústia era desesperadora, como o seu medo.

- Podemos resolver isso sem colocá-los no meio. - Park proferiu desejando que o homem deixasse sua família em paz.

O tatuado tombou sua cabeça suavemente para o lado, examinando a fala sensibilizante de seu ex segurança. Era hilariante a forma como pedia para deixar as pessoas que o ama fora da situação. Sem pudor algum, o homem conseguia ter o maior impedimento em seu olhar, em forma de fazê-lo ceder ao seu pedido. E por um milésimo de segundo sentiu uma absurda vontade de rir com tudo, ele só poderia estar zombando de sua face, pensou.

- E o que me garante isso? - Perscrutou com o olhar semicerrado - Deixarei sua família quieta, você me conta uma mentira e eu te mato...só isso? Você não acha que soou tão simples para uma carga que foi roubada? - Inclinou para frente, desejando ver melhor o rosto do homem. - Você não acha que estou sendo paciente demais, Kwan? - Ficou alguns segundos calado, não tendo resposta. - Gostaria de levar isso do modo como eu gostaria, mas sei que isso não agradaria muita gente. - Umedeceu seus lábios. - Quando essa porra dessa arma começar a funcionar, vai ser a minha vez que irei te falar para não ter participado desse roubo. - Retornou em sua postura normal, tomando um pouco mais de sua bebida. - Mas relaxa, nosso acordo ainda está de pé, eu sempre cumpro meus acordos.

Os pingos de suor vacilou em sua testa, apesar do clima parecer razoável, podia sentir o calor corporal em chamas, umedeceu os lábios na tentativa de não transparecer tão perturbante. A contemplação da calmaria de Jeon sobre si não estava tão-pouco ajudando. Suas mãos parecendo delicadas ao pegar o objeto em sua frente levando-o aos seus lábios, demonstrando degustar vagarosamente o sabor do líquido. Podia ser notório sua pequena careta ao sentir a bebida passar.

O segurança claramente mostrava medo com todo o cenário, afinal, ninguém o estava ajudando, e estava ciente que agora seria por si próprio, nem um ser arriscaria a vida para salvar a sua. Temia ao ver o homem em sua frente imperturbável. Jeon sempre lidou com seus piores infortúnios na pura despreocupação. E isso o arreceava. Mesmo sabendo todos os planos, Jungkook ainda sim era esperto e mostrava dar um passo de cada vez, sem rodeio, sem pressa. O homem nitidamente mostrava elegância, mesmo com um ar de tempestade prestes a cair sobre sua cabeça.

- Não! - Decreta. - Mas podemos resolver sem colocá-los. - Insistiu sentindo sua garganta fraquejar e sua mente pedir repentinamente para se calar.

O maior sorriu, impressionado com a persistência de seu ex segurança.

- Eles estão mais envolvidos quanto você. Eu estou perdendo a paciência com você, Park!

Seu humor mudou da água para o vinho, desmanchando seu pequeno sorriso sarcástico em milésimos segundos, dando o ar severo, com um olhar duro para o homem. Sua mandíbula parecia se contrair com o maxilar, depositando toda sua fúria e desejos maldosos com o homem. Jeon prometeu para si mesmo que iria resolver essa situação sem colocar sequer a mão em nenhum dos envolvidos, mas percebia-se que aos poucos estava falhando e seu anseio descontrolado para querer descontar toda sua raiva no homem em sua frente crescia à medida que respirava.

Sua arma parecia gritar por atenção e usá-la sem pudor até a última bala. O copo aparentava querer se quebrar em mil pedaços, cravando na face do ser que mostrava temer com tudo em volta. Aquilo estava sendo desgastante em sua mente e temperamento. Controlar emoções, sem dúvidas, era uma tarefa longa e cheia de autocontrole, além de tudo em meio ao um golpe na qual foi vítima.

- Eu desejo tanto, até mais que você, que tudo isso acabe logo. Volto a dizer que é lamentável em te encontrar nessa situação tão vulnerável e com uma merda de uma família que nesse exato momento estão sofrendo agressões psicológicas por um erro seu. Eu não sei que ponto você chegou, Kwan!

- O que você pretende fazer, Jeon? - Sua voz falhou. Engoliu em seco.

- Não sei! Dizem que em Dubai tem ótimos campos para andar a cavalo...

- Eu não estou falando disso!

Arqueando sobrancelhas. Respondeu.

- Em questão a você? Tenho tantas coisas para fazer com você que nem sei por onde começo! Talvez te apresentar o quartinho do capeta, já ouviu falar? Tem ótimas ferramentas para uma bela de uma tortura. - Zombou, afim de esvaziar seu tédio. - Então para evitarmos isso, por que não começa a dizer tudo que você sabe?

- Eu já te contei!

Trincou a mandíbula, não desejando ouvir tais palavras. Aquilo estava-o tirando do sério rapidamente, jurando sentir um fogo ardente dentro de si, fazendo seu sangue correr para os seus olhos em segundos. Sua paciência estava se esgotando a cada minuto, a cada fala, e seu desejo de matá-lo estava cada vez mais próximo.

- Quem falou que iria te dar o dinheiro em troca de me trapacear? - Indagou, vendo o homem em seguida engolir delicadamente a saliva, desejando passar despercebido do olhar analisador de Jungkook.

Segundos calado.

- Eu não lembro!

- Está com problema de memória? - Disse logo em seguida, mal dando tempo para esperar terminar a fala de seu ex segurança.- Liguem para eles e diga  para um pequeno show começar. Pegue o champanhe! - Comunicou os capangas em volta.

Sem pressa, Jeon pegou o notebook atrás de si, colocando na página das câmeras que estavam gravando cada passo da família do homem em sua frente. Virou-o, fazendo-o olhar para Park, que direcionou o olhar para o objeto. Imediato fitou seus olhos se arregalaram, suas mãos algemadas se fecharam, podendo ser notório toda sua força, Jungkook poderia jurar que a qualquer momento poderia quebrar seus dedos.

Pegou o champanhe já sobre a mesa e abriu, colocando uma pequena quantidade em sua taça. Sem estar afim de querer ficar chapado, resolveu ir por doses mais curtas e duradouras. Observou melhor o homem em sua frente, se divertindo com sua reação raivosa.

- Está começando a se lembrar, hum? - O questionou, tomando de vez o líquido na taça.

- CHEGA, JEON! ELES NÃO TEM NADA A VER COM ISSO. DEIXA MEU FILHO EM PAZ. - Os dois seguranças o seguraram, quando este ameaçou se levantar e partir para cima sem pensar em nenhuma consequência.- SE ALGUÉM TEM QUE PAGAR POR ISSO, TEM QUE SER EU! - Tentou se debater nas mãos que o segurava, sem sucesso.

- Por que está gritando? Não está gostando do show? Fiz especialmente para você! - Colocou a taça de lado. - Vamos lá, Kwan, me diga...lembre-se que sua família está passando por isso porque você está permitindo que eles passem.

- Eu vou te matar, Jeon! - Rosnou, fazendo o moreno arquear a sobrancelha despreocupado.

- Vai ter que entrar na fila e não vale ficar cortando, espere chegar sua vez! - Zombou, com uma pitada de seriedade.

Sua respiração se acalmou. Seu corpo parou de se movimentar bruscamente. Respirou pesado, ainda com lágrimas severas em seu olhar. Jeon sabia que estava sendo difícil para o homem ter que dizer aquilo, certamente valendo sua vida e de qualquer forma não iria ter um bom final. Mas era isso que acontecia com indivíduos assim, não tinha perdão e tampouco pena, eles escolheram seus próprios destinos e sabiam desde o começo que seria em tais formas. Como se podia confiar em pessoas que te trata com deslealdade e te trapaceia?

- Kamal...Kamal Cohen. - Disse em apenas um suspiro, com sua voz baixa. - Agora solta ele! - Sua voz se alterou minimamente.

Fazendo um pequeno gesto para o segurança com o aparelho em mão, seu olhar ainda fitava com a sobrancelha franzida para o homem algemado.

- Quem é ele? - Podia se ouvir a voz do segurança ordenando para soltar o garoto.

- O que entrou em contato comigo...mas acredito que não seja ele e não me pergunte quem seja porque eu também não sei! Pode ser algum braço direito do responsável por tudo isso ou não...eu não sei!

- Origem? - Ignorou seu pequeno desespero de segundos atrás.

- Dubai. - Disse com a cabeça baixa, sendo incapaz de crer que estava a dizer aquelas palavras, contudo suas escolhas desceram para extremidade ficando sem opção.

- É isso que vamos ver, Kwan...vamos fazer uma visita para ele e espero que esteja ansioso para vê-lo novamente. - Vigiou o homem engolir seco, sem nada a dizer, apenas olhando para suas mãos.

Pegou o aparelho em sua frente, analisando melhor quem poderia ser Kamal Cohen. De fato, cogitou em nunca ter ouvido falar, portanto poderia ser alguém próximo, porém não tinha ideia o quão próximo era.

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