9.Tentação Subversiva
Temptation
The beast still shouts for what it's yearning
He stokes the fire, desire burning
The never-ending quenchless craving
The unforgiven misbehaving
"Um demônio que te manipula, jamais estará aos seus pés" - Queen the Vampire
Seu despertar foi intenso, acordara após mais um pesadelo com o corpo todo dolorido por não ter repousado corretamente, Douma estava ao seu lado velando seu sono e tentando acalmá-la da melhor maneira possível chegou a ser visitado durante a madrugada por Gyutaro, Daki e Kaigaku que lhe olhavam revirar na cama.
"É intrigante como Sn não consegue descansar" -- O loiro afirmou durante uma das muitas conversas que tiveram enquanto você dormia.
"Talvez por que um certo superior quebrou parte do psicológico dela." -- Daki afirmou fazendo apoiar o leque no queixo.
"Eu até tentei deixá-la confortável." -- Afirmou despreocupadamente.
"Ah claro né! Tentou comê-la na biblioteca né? Isso após ter aterrorizado a mente da coitada." -- Gyutaro ironizou.
"Olha subordinados, fazem um péssimo juízo de mim." -- O bom humor de Douma significava que havia conseguido bem mais do que esperava de você.
"Era melhor ter deixado o Kai cuidar disso, ele está mais preparado e ainda não perdeu completamente a pouco humanidade que sempre teve." -- A prateada comentou.
"Bobagem, Sn vai se ligar a mim no momento certo. Ela só precisa parar de temer e aceitar o que eu tanto tenho a oferecer."
Aqui Daki gargalhou.
"Uma vida de escravidão não me parece aplacar a alma dessa garota, você testou os limites do medo dela e se alimentou o suficiente, por que não experimenta apagar essa lacuna que criou e recomeçar?" -- Daki se aproximou da porta.
"E perder o que há de mais belo nas emoções humanas? Nem morto Daki-chan!" Todos os superiores reviraram os olhos, para Douma você não passava de um bom jogo, um belo experimento e acima de tudo uma diversão possivelmente infinita.
Todos caminharam para a porta de saída e antes que pudessem sair a voz do loiro ecoou:
-- Você não Kai, você fica. -- A ausência de um sufixo deixava claro o quão irritado estava. Gyutaro e Daki saíram do ambiente com a superior desejando boa sorte, o demônio no posto de segundo no comando se aproximou rapidamente.
-- Sabe Kai... Eu tive que punir a Sn por mais cedo e não é justo que ela pague sozinha -- e assim abriu o leque desprezando uma rajada de gelo em direção ao moreno que teve parte de seus ombros e coxas perfurados, mesmo que sarasse não o impedia de sentir dor. O leque passou a centímetros do pescoço alheio, forçando Kai a erguer a cabeça e sentir o sangue escorrer pela abertura recém feita.
-- D-Douma! -- O moreno pressionou o ferimento do pescoço.
-- Vá embora recém-criado, pelo visto ficará alguns dias sem ver a minha dama, já que seus ferimentos demoram a fechar e aproveite que eu só não te matei, pois, ainda temos um trabalho pra você. O moreno saiu sentindo-se completamente cansado e desejando que a sua rejeição afetasse cada centímetro do corpo do superior dois.
E agora nesse exato momento seus olhos estavam despertos, sua face levemente suada e seu corpo molhado, o demônio continuava a fitar seu semblante completamente cansado.
-- Bom dia, minha dama! -- Saudou com um falso sorriso, enquanto você passava a destra pelos cabelos cansada. -- Pelo visto não dormiu bem.
Afirmou tocando sua face suada e em desespero.
-- Eu... -- Você desviou o olhar antes de se levantar e correr para o banheiro se trancando lá dentro, em muitos de seus pesadelos viu a todos que ama morrendo apontando o indicador para você e te culpando. Viu sua mãe lhe renegar como filha e solicitar que fosse entregue em alguma espécie de sacrifício e por fim se viu rendida ao demônio que transformou sua vida em um inferno. Momentos completamente distintos e que, no entanto, pareciam tão lúcidos como a água fria que agora jogava no rosto após regurgitar apenas o líquido que havia em seu estômago.
Sn não pensou mais em nada, após aliviar-se e cuidar da higiene bucal, afundou na banheira fria, a água cada vez mais gelada, sentindo os cabelos grudados, a pele nua e as lágrimas que vertiam pela face cansada.
Não aguentava mais chorar,
as lágrimas não adiantavam de nada,
mas a mente demorava a absorver tal verdade.
Não sabe quanto tempo passou lá dentro, mas quando saiu com os fios enrolados em uma toalha e vestindo a camisola sem nada por baixo, seu semblante parecia completamente morto, uma expressão sem vida que a muito desagradava o demônio superior. Douma se levantou da cama indo em direção a porta devido às batidas, sentindo seu olhar fixo em um ponto qualquer do quarto.
-- Senhor Fubuki com sua licença vim pôr a mesa do café. -- Uma mulher jovem com lindos cabelos castanhos presos em um coque com detalhes em trança adentrou o local.
-- Ah sim Suzuki-chan, deixe na mesa e mande preparar meu cavalo. -- A castanha o olhou confusa, eram raras às vezes que o lorde saia para cavalgar, mas obviamente não deu um pio.
-- Como quiser Lorde Fubuki, devo preparar um semelhante para a Lady?
-- Não será preciso. Sn cavalgará em meu colo. -- Palavras desprovidas de um bom senso que sempre deixavam suas subordinadas envergonhadas e muitas delas desejando estar em seu lugar.
Pobres iludidas.
Douma voltou a você segurando em sua mão e a arrastando até a cadeira ao qual lhe pôs sentada sem qualquer tipo de resistência, como se você fosse uma linda e triste boneca.
-- Se sentirá melhor após comer minha dama. -- Ironizou e você balançou a cabeça diversas vezes.
-- Ficarei melhor no dia em que eu sair daqui. -- Respondeu em um muxoxo voltando a si, seu estômago roncou e não resistiu e degustar um pouco da deliciosa refeição.
-- Se é essa a questão levar-lhe-ei a um passeio, então se apresse.
Piscou diversas vezes comendo após remover a toalhas dos longos cabelos.
-- Mandarei que Mad-chan prepare um traje adequado para você. -- Seus olhos piscaram e ele sabia que devia estar cheia de dúvida a respeito de Mad.
-- Não precisa sentir ciúmes, minha dama, você é única. -- O revirar de olhos foi automático, ele riu e se aproximou.
-- Vamos terminar o café e dar nossa voltinha. -- Piscou, assim comeram em silêncio antes de você se levantar e ir em direção ao banheiro onde fez as costumeiras higienes e se aliviou, tomou mais um banho devido a um calor que subia ao seu corpo exageradamente e agora enrolada em uma toalha espreitava pela porta torcendo para que Douma não estivesse no ambiente e ele não estava, você saiu dando de cara com a mesma moça que serviu o café.
-- Lorde Douma ordenou que lhe ajudasse com as roupas. -- Você arqueou a sobrancelha.
-- E que roupas o demônio sugeriu? -- Seu linguajar a assustou, porém, permaneceu muda.
-- Seu vestido de hoje será um com menos volume para montaria na cor dourado.
-- Muito gritante ao meu ver. -- Suas palavras a alcançaram. -- Não tem um azul anil, lazúli ou até mesmo branco?
-- Não senhora, mas irei providenciar. Precisa de ajuda para se vestir? -- Você negou. -- Então se me permitir tirarei a mesa do café.
Suas mãos balançaram lentamente enquanto a jovem seguia o caminho, você não tinha problema algum e ficar nua na frente de outras mulheres, visto que em sua vida como herdeira de um clã possuía diversas serviçais para cuidar de cada aspecto seu, na verdade, já acordava com seis mulheres em seu quarto, cada uma responsável por um pedaço seu.
Assim tirou a toalha deixando-a sobre o recamier, vestiu os tecidos íntimos o espartilho e por cima a anágua de cordão e o bumpad, o tecido dourado não era algo tão chamativo como pensou e o fecho de cordas na parte detrás das costas realçariam o busto, realmente ter pessoas para ajudar com aquelas roupas deixava tudo mais fácil e para a sua tristeza estava só, preferiu adiantar o cabelo desfazendo os nós e transformando em uma longa trança, pelo clima ameno não usou meia calça e sim meias curtas além de botinhas e suspirou satisfeita, balançando a cabeça negativamente se recriminando. Não deveria sentir-se feliz por tal feito, não quando estava a mercê de um demônio.
As portas foram abertas de maneira singela e você nem se deu conta, só sentiu as mãos em seus ombros a assustando.
-- Fique calma bela dama, essa roupa ficou perfeita em você, mas falta alguma coisa. -- O loiro bateu o indicador nos lábios de maneira divertida enquanto você colocava a trança para a lateral e organizava as cordas para fechar o vestido.
-- Deixe me ajudá-la. -- A destra deslizou por seu busto enquanto encostava o corpo no seu. Logo o sentiu mergulhar em seu pescoço, respirando profundamente sobre sua pele. -- Está tão cheirosa.
Seu coração acelerou, enquanto a boca percorreu pelo local em selares nada casto e algumas mordidas que lhe fizeram gemer involuntariamente sem entender o que estava acontecendo com tais reações tão adversas.
-- Se não precisássemos sair, eu mesmo arrancaria esse vestido e te levaria ao paraíso. -- Riu de leve, constatando o quanto lhe deixava sem ação. Douma se afastou puxando as cordas com vontade fechando o vestido e deixando levemente apertado para que seus seios saltassem pelo tecido, quando rodeou seu corpo mordeu o lábio inferior.
-- Não me olhe desse jeito. -- Você pediu e ele riu.
-- De que jeito? -- Se aproximou fazendo com que desse um passo para trás te prendendo entre os braços e a penteadeira.
-- Dessa forma suja e petulante. -- Ele riu novamente avançado sobre ti tomando seus lábios, a destra apertando seu pescoço e a esquerda segurou firme em sua cintura, a língua que logo invadiu sua boca exigindo passagem, suas mãos que arranhavam os braços nus e para completar aquela sensação que aquecia seu corpo.
De uma forma ruim e subjugante, o demônio mexia contigo e sabia/ se valeria disso.
O beijo estava intenso e enquanto não parou de lutar ele não te largou, até que sua mão cedeu, entrando nos fios dele, os cordões do tecido foram desalinhados enquanto a boca do demônio foi parar em seu pescoço seu torso foi meramente exposto pelo tecido grosso do espartilho, sua boca secou ao notar o quão quente estava e piorou ao sentir a língua em seus montes mordendo de leve e chupando nada muito abrasivo para não marcar e nessa altura você já mordia a bochecha internamente antes de sentir a língua serpentear novamente por seu pescoço e desaguar na sua em um ósculo completamente lânguido sendo encerrado com uma breve mordida em seu lábio inferior, Douma te puxou para ele, lhe pôs de costas e arrumou sua roupa.
-- Quando estiver pronta, saia, estarei lhe aguardando na sala. -- O demônio sumiu e você respirou pesado tocando em sua boca, deslizando os dedos por cada local por onde ele passou a língua e se surpreendendo com seu estado físico.
Aqui jazia sua primorosa excitação e talvez precisasse de mais, o loiro lhe corromperia até os ossos e sem perceber você entraria naturalmente em seu ritmo.
[...]
Seu corpo repousava sobre a montaria tendo a cintura segurada por ele, quando você olhava para os lados, o chapéu em sua cabeça não o incomodava até porque o demônio tem praticamente dois metros, enquanto o cavalo passava pela estrada de terra adentrando a floresta você desviou momentaneamente para uma parte entrecoberta por copas jurando ter visto algo.
-- Algum problema minha dama? -- Ele questionou e você negou.
-- Apenas é desconfortável, por que não pediu para selarem uma montaria extra? -- Você mentiu e ele riu.
-- Além de perigoso, não perderia a oportunidade de tê-la tão perto. Não esqueça que és a noiva de um demônio gracinha. -- Um arrepio correu por sua espinha, o filho da mãe sentia um claro prazer em lhe preocupar e resolveu mudar de assunto:
-- Seja claro comigo, por que me trouxe a um passeio, não tem medo que eu fuja? -- Se manteve calma, recordando de quando desceu as escadas e encontrou algumas servas ao lado dele recebendo demasiada atenção ao qual não gostou, mesmo achando tal sentimento a respeito dele incompreensível e para piorar ao te ver se afastaram acuadas. Seu queixo erguido quando passou por elas dando bom dia sem olhar em seus olhos e principalmente ao ir em direção à porta deixando para trás um demônio que a muito gosto da sua atitude e o que veio depois foi extremamente impensado. Douma te guiou até a pista onde o cavalo estava um lindo corcel negro de olhos intensamente pretos como se a alma do animal não estivesse mais ali e em um movimento nada terno puxou seu braço fazendo com que batesse o corpo contra o dele te olhando de cima.
-- Não precisa sentir ciúmes Sn, eu sou todo seu. -- A mão foi em sua cintura enquanto se abaixava para lhe beijar.
-- Ciúmes de você? Não seja ridículo. -- Seu coração batia forte conforme o empurrou olhando para os lados esperando por outra montaria e não tardou a perceber que não haveria, a destra voltou a prensar sua cintura, dessa vez te pegando por trás. -- Cadê o outro cavalo?
-- Não há, quero você bem próxima. -- O olhar dele por cima de seus cabelos ia de encontro ao seu decote descaradamente e quando inclinou a cabeça e entendeu para onde ele estava olhando ficou extremamente envergonhada. -- Não fique assim querida, planejo fazer bem mais do que só olhar.
-- Querer não é poder. -- Se afastou ouvindo o costumeiro riso que te deixava irritada, o loiro subiu no cavalo com tanta destreza após o animal se curvar para ele que chegava a ser belo de assistir.
"Não seja idiota Sn, nada nesse homem é belo" Sua mente ecoou observando-lhe estender a mão, como você queria recusar, mas não havia degrau para ajudar a subir, porém, o descanso de bota estava ali então bateu na mão do loiro, colocou o pé no local e impulsionando as mãos sentou sobre a cela de lado tendo o corpo puxado pelo demônio.
-- Bem perto esqueceu? -- Sussurrou passando a mão pela sua cintura e segurando nas rédeas: -- Vamos Itegumori -- deu o comando e o cavalo prontamente obedeceu.
E agora ele ria de sua pergunta.
-- Por que teria medo de sua fuga? -- A voz de superioridade disfarçada lhe deixava descrente.
-- Uma hora irei escapar de suas mãos, não adianta tentar me controlar, pois, não durará para sempre.
Ele gargalhou, se pudesse, pegaria os leques para pôr a frente dos lábios e rir com classe.
-- Oh por-favor faça isso minha dama, será excitante te caçar! -- Mordeu o lábio inferior enquanto suas mãos apertaram o tecido da roupa.
-- Eu desprezo tudo que vem de você!
-- Não, você me quer. Só não sabe lidar com isso e não precisa admitir que essa minha perversidade te intriga querida, agora respondendo a sua pergunta, nós vamos visitar minha ex esposa, creio que se darão muito bem!
Seus olhos piscaram diversas vezes, como pode um demônio que claramente adora brincar com seus contratos ter um passado vivo?
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Pré revisado
Sobrenome do Douma - Fubuki = Nevasca
Músicas: If Darkness Hard a Son - Metallica
https://youtu.be/x_t53a5Ons0
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