𝐱𝐢𝐢𝐢. 𝘵𝘩𝘦𝘺 𝘴𝘩𝘢𝘳𝘦𝘥 𝘵𝘩𝘦 𝘴𝘢𝘮𝘦 𝘱𝘢𝘪𝘯

CAPÍTULO TREZE
ELES COMPARTILHAVAM
A MESMA DOR

━━━━ the bonesmith.











GENTILEZA ERA UM TRAÇO RARO EM TEMPOS DE GUERRA. Tempos em que os pilares da sociedade eram a violência e o medo. Tempos em que a morte dominava a vida e a esperança, lentamente, era arrastada para seu túmulo.

Mas, Aleksander, a criança Grisha que temia sua própria escuridão, era gentil. Era humano demais, como sua mãe costumava dizer ─ não como um elogio. Era quieto, tímido, preso em seus próprios pensamentos, já que esses eram sua única companhia.

E, no momento em que conheceu Amara, ele foi gentil. No momento que seus olhos escuros se encontraram com os daquela menina perdida, ele se encontrou. Ela era a luz que ele sempre procurou.

Amara não era gentil. Amara não tinha medo. Amara sempre foi quebrada. E, talvez, isso que tenha chamado a atenção de Aleksander. Eles compartilhavam a mesma dor. Entretanto, a dor da Conjuradora a consumia e Aleksander acreditava ser capaz de juntar os pedaços dela.

Porque Amara foi a primeira a não temer as sombras de Aleksander. Ela foi a primeira a mergulhar na escuridão do Grisha e amá-lo mesmo assim. Agora, olhando para os quadros que possuía dela no cômodo escondido de seu quarto, ele se perguntava se Anastasia o amaria se soubesse a verdade. Se soubesse quem ele era.

Uma pergunta que assombrava seus pensamentos. Uma pergunta que ele não sabia o porquê de se importar tanto com a resposta. Uma pergunta que fez Aleksander sentir algo que ele não sentia há muito tempo. Medo.

Devia tomar mais cuidado. ─ Ele ouviu a voz forte de Baghra soar em seus ouvidos. ─ Alguém poderia encontrar o seu... ─ Ela disse, olhando para as imagens de Amara. ─ segredo. ─ Ela finalizou, fechando a porta atrás de si.

─ Não deveria estar aqui. ─ Ele respondeu, a encarando. ─ Já disse que não a quero no Pequeno Palácio.

─ Eu venho observando a sua Conjuradora. ─ Baghra afirmou, ignorando os avisos do Darkling. ─ A Princesa. ─ Ela continuou, analisando as pinturas de Amara. ─ Ela é diferente do que eu esperava.

─ Não por muito tempo. ─ O General disse. ─ Ela está tendo sonhos. Memórias. Seu poder está fazendo ela se lembrar. ─ Ele confessou, lembrando das inúmeras cartas que a princesa escreveu para seu irmão.

─ Ela me lembra você, Aleksander. ─ Baghra contou, sua voz mais séria que antes. ─ Quando você era só um jovem assustado. Humano. ─ Ela afirmou, tentando tocar o rosto do General com sua mão. ─ Gentil.

O Darkling recusou o toque, encarando sua mãe como resposta. ─ Você tem uma chance agora. ─ A Grisha continuou. ─ Tem a chance de ser feliz pela primeira vez, Aleksander. Não destrua isso.

─ Eu fui feliz uma vez. ─ Ele disse, com raiva em seu olhar e em seu tom. ─ Você tirou isso de mim.

Baghra negou com a cabeça. ─ Eu demorei muito tempo para entender que você era só um peão nas mãos de Amara. ─ Ela confessou, soltando um suspiro. ─ E até hoje ela tem você exatamente onde ela queria. ─ Baghra afirmou. ─ Ela te amava, eu sei disso. Mas Amara amava mais ela, quando você vai perceber isso? ─ Ela questionou, tocando no braço do General.

Kirigan afastou a mão de sua mãe, ficando alguns segundos em silêncio. ─ Anastasia será sua aluna. Espero que seja uma boa professora. ─ Ele disse, um tom de ameaça em sua voz.

O General deu às costas para Baghra, começando a andar para fora do cômodo. ─ Anastasia não irá perdoá-lo quando descobrir a verdade. ─ A Grisha afirmou, fazendo com que o Darkling parasse.

─ E você acha que Amara te perdoou?! ─ Ele respondeu com raiva, caminhando em direção a Baghra. ─ Acha que ela perdoou que a pessoa que a criou colocou uma faca em seu coração?

A Grisha desviou o olhar, tentando esconder as lágrimas que se formaram em seus olhos. ─ Amara não era a pessoa que eu pensava, mas você não foi o único que perdeu ela naquele dia. ─ Ela respondeu, olhando para a imagem da Conjuradora do Sol. ─ Eu fiz o que precisava ser feito.

O Darkling soltou uma leve risada irônica. ─ Continue a dizer isso para si mesma. ─ Ele deu às costas para sua mãe mais uma vez.

─ É isso que você quer? Quer que a garota desapareça? ─ Ela questionou. ─ Quer perder Anastasia?

O General continuo andando, ignorando as falas de Baghra, mas ele sabia que não podia escapar daquelas perguntas, não importa o quanto fugisse delas.

Porque, no fundo, ele sabia a resposta. Ele sabia que não queria perdê-la. Ele sabia que não conseguiria perder a pessoa que o fez se sentir vivo de novo.

A pessoa que o fez se sentir humano mais uma vez.

A BIBLIOTECA DO PEQUENO PALÁCIO era uma das estruturas mais bonitas que Anastasia já havia visto ─ sendo comparada, até mesmo, com as grandes construções que via em seus livros. O espaço havia se tornado seu refúgio desde a descoberta de seus poderes.

Ela passava seus dedos delicadamente pelas capas dos livros ─ guardados pelas grandiosas estantes de cores neutras. Ela podia sentir o cheiro das páginas, o calor das velas indo de encontro à sua pele. Aquele lugar a lembrava do pequeno vilarejo em que ela cresceu, quando ela passava horas lendo em seu quarto. Aquele lugar a lembrava de seu primeiro lar de verdade.

Ela procurava por mais livros sobre Grishas, buscando por algo que a ajudasse a desvendar seus sonhos, assim como havia feito nas últimas semanas, mas, infelizmente, sempre acabava em um beco sem saída.

─ Você sempre gostou de livros, Princesa Anastasia. ─ A voz soou em suas costas ao mesmo tempo que um arrepio percorreu seu corpo. Ela se virou rapidamente, se deparando com o homem que costumava a assustar quando era pequena.

Suas vestes longas de coloração marrom, o símbolo dourado de Ravka destacado no meio, seu sorriso de dentes amarelos a deixava desconfortável, seus olhos escuros a analisavam detalhadamente. O Apparat.

─ Me perdoe por te assustar, Princesa. ─ Ele afirmou, fazendo uma reverência.

─ Está tudo bem. ─ Anastasia respondeu, tentando esconder seu desconforto. ─ E, sim, eu não podia ser uma criança forte, então fortaleci meu conhecimento. ─ Ele sorriu, mais uma vez, com a resposta da princesa.

─ Sempre tão inteligente. ─ Ele disse. ─ Não sei se você se lembra de mim, sou o conselheiro espiritual do Rei. ─ Ele continuo. ─ Você era tão nova quando foi embora.

─ Eu me lembro. ─ Ela confessou. O Apparat era uma figura difícil de ser esquecida.

─ Queria ser seu amigo. ─ Ele começou, se aproximando de Anastasia. ─ É importante sermos amigos. ─ Ele afirmou com seriedade em seu tom. A Grisha ia lentamente se afastando.

─ Eu só estava pesquisando. ─ Ela respondeu, tentando fugir daquela conversa.

─ Está curiosa sobre a história dos Grishas, certo? ─ Ele questionou, notando os livros que Anastasia antes encarava. ─ Vou indicar uma leitura para você.

Anastasia prestou atenção enquanto o homem retirava um pequeno livro da estante e o colocava em cima da mesa. ─ Aqui, tudo começou com este homem. ─ Ele contou e a princesa olhou para a figura no centro do livro.

─ Um dos primeiros Grishas da história. ─ Ele continuou. ─ O Artesão de Ossos. Ele sabia que os Grishas sempre seriam perseguidos, então pensou em um plano para ampliar seus poderes.

O Apparat retirou outro livro, dessa vez de maior tamanho, da estante. ─ Artesão de Ossos? ─ Anastasia perguntou.

─ Ele fazia criaturas a partir dos próprios ossos dos dedos. ─ O homem respondeu, mostrando suas mãos, naturalidade em sua voz. ─ Animais místicos repletos de poder, em sintonia apenas com os Grishas ─ Ele contou, abrindo uma página no novo livro.

A imagem era do mesmo homem do outro livro e, em torno dele, três animais místicos. Anastasia já havia ouvido aquelas histórias. O cervo. Rusalye, o dragão de gelo. O pássaro de fogo. Lendas passadas de geração em geração. Na próxima página, outros inúmeros animais utilizados como amplificadores.

─ Eles aprenderam que matar uma dessas feras e utilizar seus ossos no próprio corpo amplificaria suas habilidades. ─ O Apparat contou. ─ Às vezes, a melhoria era mínima, mas, com o vínculo certo, o aumento de poder era impressionante.

─ Eles matam os animais para tomar seu poder. ─ Anastasia concluiu e o homem assentiu.

─ Só o Grisha que toma essa vida pode tomar o poder da criatura. ─ Ele complementou, enquanto a princesa passava os dedos sobre a imagem do dragão de gelo.

Ela olhou para sua mão. Um amplificador, ela pensou. Talvez com um amplificador eu conseguiria destruir a Dobra das Sombras.

Um presente. ─ O Apparat disse, entregando um livro em suas mãos. ─ Símbolo da nossa amizade. ─ "A vida dos Santos" estava estampado na capa.

Anastasia agradeceu, se retirando rapidamente do cômodo. "É importante sermos amigos." A frase do líder religioso se repetiu em seus pensamentos. O Apparat parecia inofensivo, mas ela sabia que um homem que tinha a maior parte da população presa em suas palavras não era alguém a se subestimar.

Ela precisava tomar cuidado com homens poderosos. 

NÃO É POSSÍVEL ESCAPAR DO DESTINO. Não importa o quanto você fuja, o quanto você corra. O destino, seja ele uma pessoa ou um acontecimento, sempre acha uma maneira de te alcançar.

Anastasia era acompanhada por Genya até o local que iniciaria seu treinamento, enquanto contava sobre seu encontro estranho com o Apparat. A Artesã a tranquilizou, contando como o homem conseguia deixar qualquer pessoa desconfortável.

─ O que sabe sobre Luka Nazyalensky? ─ Anastasia perguntou, se lembrando de sua primeira interação com seu treinador e de como as outras Grishas a alertaram para ficar longe dele.

─ Ele não passa muito tempo aqui. ─ Genya começou. ─ Mas fica o suficiente para manter uma certa... ─ A Artesã parou por poucos segundos, buscando a melhor palavra para sua fala. ─ fama.

─ Fama? ─ A Princesa perguntou, arrancando uma risada da ruiva.

─ Sim. ─ Genya respondeu. ─ Além de ser o braço direito do General, ele é conhecido por deixar algumas Grishas de coração partido. ─ Ela contou. ─ Mas é a única coisa que sei dele, só o vejo conversando de verdade com sua irmã.

─ Zoya. ─ Anastasia disse, lembrando-se da Aereo que havia visto no dia anterior.

─ Não é a pessoa mais agradável do mundo. ─ A ruiva confessou. Conforme se aproximavam de seu destino, ela sentia a ansiedade de sua amiga. ─ Vai dar tudo certo, Ana.

Naquele momento, Anastasia precisava acreditar que tudo daria certo. Que ela conseguiria dominar seus poderes, entender seus sonhos e, ainda, aprender a se defender. Tudo dependia dela. Mas e se ela não conseguisse?

Genya a deixou próximo a entrada da floresta que rodeava o Pequeno Palácio, onde havia sido informada que Luka a esperava. Aos poucos, a figura do Grisha foi entrando em seu campo de visão.

Ele estava parado em frente a um lago, prestando atenção nas águas que se moviam. Seu kefta azul com bordados azul claro, seu cabelo ondulado um pouco bagunçado e, quando ele se virou para encontrá-la, ela viu, mais uma vez, seus olhos azuis que a lembravam da imensidão do oceano.

─ Vai treinar assim? ─ Ele perguntou, apontando para as vestes da Conjuradora.

Em razão de ainda ser considerada uma Princesa, Anastasia era obrigada a ainda se vestir como uma. Em baixo de seu kefta, sempre tinha um vestido. Já que, como os servos do Rei a avisaram, ela era a representante da família real no Pequeno Palácio.

─ Não. ─ Ela disse, envergonhada. ─ Claro que não. ─ Ela reafirmou. ─ Pode se virar, por favor?

O Hidro sorriu, atendendo ao pedido da morena. ─ Claro, princesa.

Anastasia retirou seu kefta e, em seguida, seu vestido, deixando a mostra a calça e a camisa que usava por baixo. ─ Já disse que não precisa me chamar assim. ─ Ela afirmou.

─ Vai aprender que eu não tenho o costume de fazer o que me mandam. ─ O Hidro respondeu, se virando.

─ Eu não disse que estava pronta. ─ Anastasia disse, vestindo seu kefta novamente. O Grisha caminhou em sua direção, parando na frente da Princesa.

O Hidro deu de ombros. ─ Seu tempo acabou. Agora, me dá um soco. ─ Ele afirmou, um olhar de confusão se formou na face da Conjuradora.

─ Um soco? ─ Ela questionou.

─ Sim, eu preciso saber o que você sabe. ─ Ele explicou. Anastasia nunca havia, realmente, lutado. Mas ela já havia lido sobre técnicas de luta, não poderia ser tão difícil, certo?

Ela fechou seus punhos com força, colocando um pé na frente do outro, reunindo toda força que tinha em seu corpo, atingindo o peitoral do Grisha. Um gemido de dor escapou de seus lábios ao sentir a dor que percorria seus dedos.

Anastasia estava se preparando para se desculpar por ter usado tanta força, mas foi interrompida pela risada de Luka. Ele gargalhava, ela podia ver até algumas lágrimas escaparem de seus olhos azuis.

─ Isso foi a coisa mais triste que eu já vi. ─ Ele afirmou, ainda rindo.

Anastasia suspirou. ─ Não foi tão ruim. ─ Ela respondeu, tentando fingir que sua mão não latejava de dor.

─ Tem razão. ─ Luka disse com uma expressão séria. ─ Foi horrível. ─ Ele continuou, mais uma risada escapando de sua boca. ─ Eu vou ter muito trabalho com você, princesa. ─ O Hidro afirmou, aproximando seu rosto da face de Anastasia. ─ E não do tipo que eu gosto.

A Princesa permaneceu travada, sentindo que não conseguia mover seus pés ao notar a proximidade dos dois. O Hidro agarrou sua mão, a assustando. ─ Primeiro, você não pode deixar seus dedos desse jeito, vai quebrar a mão antes de machucar alguém.

Luka se posicionou atrás dela, colocando a mão em sua cintura. ─ Sua postura 'tá toda errada. ─ Ele confessou, emburrando uma de suas pernas para frente e ajeitando sua coluna.

Pelo resto da tarde, Luka assistiu enquanto Anastasia tentava repetidamente aprender os ensinamentos do Hidro. Suas mãos estavam vermelhas, a dor já não a incomodava mais e ela podia sentir suas pernas lutando para não adormecerem.

─ Podemos parar um pouco? ─ Anastasia pediu, limpando o suor que escorria pela sua testa.

─ Não. ─ O Grisha respondeu, se ajeitando na árvore que estava encostado.

─ Preciso descansar. ─ A morena contestou. ─ Você está sentado há horas. ─ Ela rebateu.

─ É cansativo te ver falhar, princesa. ─ Ele afirmou, se levantando. ─ Cinco minutos.

Anastasia se sentou na beira do lago, esticando suas pernas e sentindo a luz do Sol tocar gentilmente sua pele. Luka estava sentado ao seu lado, mantendo seus olhos na água.

De longe, a Princesa conseguia enxergar as crianças Grishas saindo de suas aulas e indo para o campo de treinamento. Eles não poderiam ter mais de dez anos. ─ Eu odeio isso. ─ Anastasia confessou, chamando a atenção do Hidro. ─ Odeio que elas tenham que aprender a lutar tão novas.

Luka seguiu a visão da Conjuradora. ─ Nem todo mundo tem a sorte de crescer no Grande Palácio. ─ O Hidro disse, mantendo seu olhar nas crianças.

Anastasia soltou uma leve risada. ─ Não é tão bom como você imagina. ─ Ela contou. ─ E eu não cresci aqui. Passei a maior parte da minha vida em um vilarejo ao Sul. ─ A morena fez uma expressão de dor, passando os dedos pelas feridas de sua mão esquerda. ─ Eu lembro das crianças sendo levadas, o medo nos olhos delas, o desespero de suas famílias. ─ A princesa suspirou.

─ Por isso preciso ficar forte. ─ Ela confessou. ─ Se eu ficar forte o suficiente, isso vai mudar. ─ Anastasia afirmou. ─ Precisa mudar.

Luka não disse nada, apenas ficou preso na figura da princesa. Analisando detalhadamente cada uma de suas palavras, sentindo o sofrimento em seu tom e a esperança em seus olhos.

Anastasia, definitivamente, não era o que ele imaginou.

O PEQUENO PALÁCIO NUNCA FOI seu ambiente preferido. Ele preferia estar no campo de batalha treinando seus companheiros, viajando pelo mundo em busca de aliados, lutando pelo Grishas. Ele preferia qualquer lugar do que o lugar onde ele cresceu. Onde ele aprendeu tudo que sabia hoje.

O edifício o lembrava de tempos que ele desejava esquecer. Quando era apenas uma criança, ou ele dedicava sua vida à Ravka ou tentava sobreviver em terras que buscavam exterminar seu povo. Era a Guerra ou a morte. Não existia outra alternativa quando se nasce um Grisha.

O único lugar que ele se sentia bem era perto do lago. Perto da água. Todas às noites, ele caminhava até a floresta e passava horas movimentado as águas, sentindo poder percorrer o seu corpo. Era na água que ele se sentia em casa. Afinal, um soldado como ele não se dava o luxo de ter um lar.

A Lua cheia iluminava seu caminho e, quando chegou ao seu destino, se deparou com outra pessoa já usufruindo do espaço. Anastasia socava o tronco da árvore repetidamente, não parando nem por um minuto.

Seu cabelo preto já se encontrava parcialmente molhado, seu rosto era dominado pelo suor e Luka viu o sangue. O sangue que escorria de seus dedos. Ela não havia ido embora depois do treinamento. "Se eu ficar forte o suficiente, isso vai mudar." Ele lembrou da fala da princesa.

Luka não acreditava em destino. Ele acreditava que ele era o único dono de sua história, que apenas ele poderia definir sua trajetória. Mas, olhando para Anastasia enquanto a luz da noite a iluminava, ele teve uma sensação.

Anastasia parecia com o destino.

gifset por sweetbirdyy

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