𝐈𝐈𝐈. 𝐃𝐄 𝐕𝐎𝐋𝐓𝐀 𝐀𝐎 𝐃𝐈𝐒𝐓𝐑𝐈𝐓𝐎
𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐈𝐈𝐈; de volta ao distrito.
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— Kamado -Rengoku chama a atenção de Tanjiro que caminhava ao seu lado — Aquela oni disse algo do por que ela nos protegeu?
— Não senhor -Tanjiro fica pensativo. Ele olhou para o dedo vendo o anel que você deixou para trás — Mas eu senti um cheiro diferente vindo dela, parece que ela é como a Nezuko, não se alimenta de humanos
— Impossível -Rengoku o encara — Ela teve força para afastar Akaza que é o lua superior 3, não tem como ela ter tanta força sem se alimentar de humanos
Tanjiro abaixou a cabeça e eles voltaram a caminhar normalmente. Ele tinha certeza do que sentiu. Oyakata havia mandado eles voltarem e pediu para que os outros hashiras fossem para lá novamente. Ele queria falar sobre essa oni, já que seu nome não era desconhecido para os líderes da Demon Corp.
Eles passaram o dia caminhando até chegar lá. Quando se aproximaram, todos os pilares já estavam lá impacientes esperando por eles. Eles se ajoelharam diante Oyakata assim como os hashiras já estavam.
— Já que vocês chegaram, podemos começar -disse Oyakata — Kyojuro, pode nos dizer o que aconteceu?
— Sim mestre -Rengoku o olhou fixamente e começou a explicar exatamente tudo o que aconteceu na missão.
A atenção de todos os pilares foi chamada quando Rengoku mencionou a oni que os ajudou. Todos os hashiras se mostraram surpresos, apenas Oyakata permaneceu com a mesma expressão calma de sempre. Ele não sabia muito sobre você, mas sabia o suficiente para passar aos hashiras aquilo que estava nas escrituras.
— Mestre o senhor parece ter conhecimento sobre essa oni -disse Sanemi inquieto — Nos diga o que o senhor sabe
— Kyojuro -chama Oyakata — Ela tinha a marcação de lua superior?
— Não senhor. Mas pelo pouco que vi dela, ela era forte, tão forte quanto uma lua superior, mestre
— Certo. Prestem atenção aqui -Oyakata decidiu que era hora de falar — Eu pensava que essa oni já estava morta, ela nunca obedeceu Muzan...
— O senhor sabe quem é ela, mestre? -interrompe Uzui
— De acordo com algumas escrituras, havia uma caçadora que foi transformada em oni, assim como a Nezuko Kamado, ela não se alimentava de humanos, ela se alimentava de outros onis, porém Muzan teve posse dela, desde então nunca mais soubemos de nada dela, até foi pensado que ela estava morta
— Mas é claro que agora ela ingere sangue humano -disse Sanemi — Eu odeio onis, e odeio ainda mais caçadores que se transformam em oni
— Sanemi -Oyakata o chama — Ela não queria se transformar, foi dito que ela pediu para ser morta inúmeras vezes
— Senhor Oyakata -Tanjiro se pronuncia pela primeira vez e o mestre deixa ele dizer — Eu senti um cheiro diferente vindo dela, ela exalava uma pressão no ar mostrando ser forte, mas não assassina, e ela me deu um anel, que ajudou com minha ferida
Todos os pilares olharam para Tanjiro que segurava o anel em mãos. O garoto estava realmente tentando entender tudo isso, era difícil para todos acreditar que uma oni que estava ao lado de Muzan, não estar totalmente sob o controle dele, acreditar que ela não se alimentava de humanos.
O líder dos caçadores de demônios suspirou pensando no que faria e no que devia dizer para eles. Ele não podia confiar totalmente em você sem nem ao menos te ver. Você passou muitos anos ao lado de Muzan e ainda permanece. Não é tão fácil para ele decidir algo, era como se ele soubesse que você não havia mudado, porém precisava de uma confirmação disso.
— Eu peço para que se encontrarem ela, tragam ela viva até mim -essa foi a decisão final.
— Mas como vamos saber quem é ela? -pergunta Obanai — Apenas Rengoku e os outros viram ela
— A oni em questão, tem a presença de uma lua superior mas não é uma -Oyakata suspira — E receio que ela deve vir atrás do anel que está com o jovem Kamado
Os pilares não entendiam bem o porquê disso, afinal era apenas uma oni. Mas Kagaya sentia algo, era como se ele soubesse que você precisava se livrar de tudo isso. Ele também queria entender tudo o que aconteceu no passado, e principalmente, saber se ainda podia contar você.
Akaza passou o dia brigando com você por ter atrapalhado sua missão. Ele sabia que Muzan iria ficar furioso com todo isso, e com o cair da noite, Akaza foi até Muzan enquanto você foi para a fortaleza infinita. A primeira pessoa que você viu foi Nakime.
Você andou por alguns lugares procurando pela lua superior 6, mas sem sucesso, então resolveu perguntar Nakime.
— Nakime, sabe se a Daki está por aqui? -pergunta — Não encontro ela -suspira tediosa
— Ela está trabalhando e disse que não queria ser incomodada
— Entendo... Obrigada!
Você andou saindo dali. Havia decidido ir atrás de Daki como costumava fazer. Ela pedia para não ser incomodada mas nunca se importou de você ir atrás dela. Você estava entretida pensando em todo isso e ao passar por uma porta esbarrou com Kokushibo. Ele apenas te olhou sem esboçar nenhuma reação e você o encarou de forma séria.
A primeira coisa que Kokushibo fez foi reparar em sua mão. Nem ele soube explicar porquê fez isso, mas ele reparou que você não estava usando o anel, claro que ele iria perceber, ao olhar nos olhos dele, você até tentou esconder a mão mas foi inútil.
— Vejo que tirou o anel -ele diz te olhando
— É... Eu perdi durante a luta -você mentiu — Eu preciso sair, com licença, Kokushibo -você passou por ele mas parou de costas ao ouvir a voz do maior
— Se você tivesse perdido, ele voltaria para você -ele pausa — Não é assim que funciona? -você suspira — Não precisa mentir para mim, [Nome]. Você tirou o anel -sua voz ecooa firme
Você se vira o olhando, a expressão sempre fechada de Kokushibo não te causava medo, porém ele estava mais sério que o normal, provavelmente porque mentiu para ele. Nao era sua intenção mentir, você só não queria contar que havia entregado ele para um caçador. Isso traria muitos problemas para você, mais do que já está previsto.
— Mas eu perdi -você insiste na mentira
— Eu fico feliz que você finalmente tenha se livrado dele -ele te olha de cima a baixo — Passar bem, [Nome] -ele se vira saindo dali
Por um mísero segundo você se sentiu uma idiota por ter guardado aquele anel por tantos anos e ainda o considerava especial. Um suspiro de frustração escapou de seus lábios mas você seguiu indo até seu quarto onde arrumou algumas coisas e se deitou sobre o futon esperando um pouco até ir para o distrito da luz vermelha atrás de Daki.
— Então ela te atrapalhou e você não matou ninguém? -Muzan estava irritado com o relatório de Akaza — Pode ir, Akaza
— E a [Nome] -pergunta Akaza. Mesmo dizendo que te odiava, ele se preocupou com você. Nada absurdo, mas tinha um pouco de curiosidade também.
Muzan sempre ignorou o fato de você não ajudar, isso sempre soou estranho para as outras luas superiores que demoraram aceitar isso. Mas dessa vez você passou um pouco dos limites, afinal, um dos caçadores que estava no trem era descendente da respiração do sol, e a outra, era a oni que havia saído do controle dele. Isso podia ser vista como um ato de traição.
— Ela vai pagar por isso ainda -as pupilas vermelhas de Muzan mostrava o quanto ele estava irritado com essa situação — Agora pode ir
Akaza saiu dali voltando até a fortaleza infinita. Ele caminhou se esbarrando com você que já estava de saída.
—- [Nome] -ele chama sua atenção — Toma cuidado com o mestre
Antes de você dizer algo, Akaza saiu dali. Você apenas seguiu a diante para o distrito da luz vermelha onde Daki veio ao seu encontro quando percebeu sua presença.
— Vamos comer muitos humanos -ela diz com a voz contente — No seu caso, você vai só assistir -ela diz com a voz de desdenho — Isso não importa, o melhor é que você está aqui
— Realmente, só irei assistir -você se aproxima — Podemos treinar também, o que acha?
— Seria ótimo, preciso fazer alguma coisa além de legal por aqui, fora devorar esses humanos bonitos
— Ótimo! Vamos começar a treinar assim que você estiver desocupada
— Vamos para o meu quarto -ela puxa sua mão te levando para dentro de uma das casas enquanto todos te olhavam
Outras cortesãs te olhavam receosas. Para elas, era muito estranho ver Warabihime tratando alguém tão bem. E quando você estava por perto, ela até tratava as crianças um pouco melhor. Bem pouco.
Kokushibo se sentou olhando para a lua, era estranho ele estar se sentindo assim. Sem dúvidas ele estava mais vazio que antes e no fundo ele sabia exatamente o motivo. Você ter tirado o anel do dedo. Para ele, se você fez isso, significava que agora você não sentia nada mais por ele, era como se ele não tivesse significado nada você.
Os pensamentos do lua superior 1, o levou diretamente para mais de 400 anos atrás, quando vocês ainda eram dois humanos adolescentes imaturos e apaixonados.
— BUUUH -ele grita saindo de trás das árvores te assustando.
Esses eram um dos raros momentos em que se permitia sorrir, ser feliz. Que ele não estava tentando ser o melhor ou algo do tipo. Quando estava com você, ele era diferente.
— Não faça isso, Michikatsu -você sorriu para o mesmo — Você sabe que eu me assusto fácil
— É porquê eu sei, que eu gosto de te assustar -ele desliza o dedo indicador pela ponta de seu nariz — Vem, vamos para outro lugar -o maior segurou sua mão os tirando dali
Michikatsu levou você até perto de um lago. Ele costumava treinar ali sozinho quando estava entristecido, você era a primeira pessoa que ele levava ali. O maior tirou o próprio kimono e entrou na água fria do lago, em seguida olhou para você fazer o mesmo.
— Não, eu não posso fazer isso -você diz envergonhada. Não queria tirar o kimono na frente dele
— Venha logo [Nome], ninguém vai ver -ele estende a mão para você — Anda, a água está perfeita
— Ainda acho que isso não é uma boa idéia
Mas do que exatamente você tinha medo? Absolutamente tudo. Essa época era ainda mais rigorosa com as mulheres, não que agora seja tão diferente, mas com certeza era ainda pior. Se alguém visse você em um lago com o Tsugikuni, você não seria mais bem vista. E isso te traria inúmeros problemas familiares e sociais.
Michikatsu saiu da água levando a mão até o kimono que você usava descendo a peça devagar deixando ela cair até o chão.
— Não precisa ter medo -ele segura seu rosto — Vamos nos casar, [Nome]
— Sim, mas ainda vai demorar e se alguém ver...
— O importante é que independente do que aconteça, vamos nos casar -ele segura seu rosto com uma mão — Eu não vou deixar ninguém nos separar
Um beijo foi iniciado, e Michikatsu foi entrando na água de volta com você. Ele te pegou no colo e você entrelaçou as pernas em volta de sua cintura. Era um momento mágico para ambos, porém que não duraria muito, mas queriam aproveitar cada segundo. Ao sair da água, Michikatsu pegou algo que estava escondido atrás de uma rocha.
— O que é isso? -você pergunta e o maior coloca um anel em seu dedo — Eu não posso aceitar
— [Nome] me escuta -ele olha em seus olhos — Eu te amo! E enquanto você usar esse anel, significa que ainda poderemos ficar juntos, não importa quanto tempo demore, ficaremos juntos.
— Você promete, Michikatsu?
— Eu prometo! Só continue usando o anel.
Vocês eternizaram aquele momento com um beijo demorado. Uma felicidade passava por vocês dois, o lindo amor adolescente. Michikatsu sabia como despertar seus melhores sentimentos e você os dele. Sem dúvidas vocês se viam como a alma gêmea um do outro. E talvez vocês realmente fossem, nessa vida.
— E como termina essa história mesmo? -pergunta Muzan que estava lendo os pensamentos de Kokushibo — Eu gosto do final dela, a garota deixada em uma floresta para ser comida de oni e você se casando com outra
— Mestre Muzan
— Kokushibo, eu tive o prazer de ver as duas versões dessa linda história de amor -ele olha para a lua superior a sua frente. Sua expressão que estava tranquila antes agora mostrava sua irritação — Mas é melhor você esquecer, ela pertence a mim.
— Claro -Kokushibo apenas diz. Porém mesmo sabendo que Muzan leria seus pensamentos, ele pensava coisas do tipo, Claro que não é.
— E você acha que é quem? O homem que abandonou ela no momento que ela mais precisou? -Muzan o encara — Não me irrite, Kokushibo
— Mestre me desculpe -Kokushibo o olha — Eu não quero ficar falando dela aqui
Muzan apenas o olha. Kokushibo sabia que quando se tratava de você, Muzan agia com impulsividade, se ele não tivesse tentado te matar, ele até cogitaria que Muzan sente algo diferente por você. Porém Kokushibo percebeu que o progenitor dos demônios não consegue sentir nada por ninguém. Ele apenas te vê como uma propriedade e faz de tudo para ninguém ter, já que é apenas dele.
— Amanhã eu vou me encontrar com ela -Muzan se senta em uma rocha perto da lua superior 1 — Ela está com Daki nesse momento, eu preciso que ela mate alguém para mim
— Ela vai recusar -Kokushibo o olha
— Não se esqueça que [Nome] não mata humanos, e eu quero que ela mate um oni
— Qual oni?
— Uma que saiu do meu controle assim como Tamayo. Acho difícil ela recusar isso já que não estamos falando de vida humana
— Entendo.
— Kokushibo, [Nome] vai se tornar uma lua superior muito em breve, espero que você não se incomode
— Por que eu me incomodaria?
— Porque ela vai dividir o posto de lua superior 1 com você
— Não seria melhor colocar ela para lutar com as outras luas, e rebaixar a mais fraca que perder?
— Não -Muzan o encara — É muita perda de tempo, aliás eu já dissolvi as luas inferiores, seria muito trabalhoso formar tudo de novo por causa dela, não acha?
— Você tem razão, mestre
— Ainda bem que sabe -ele o encara — Matar esse oni será a última missão dela como uma oni normal
Kokushibo se levantou no mesmo instante. Ele não queria aceitar isso assim, porém Muzan nem o deixaria te desafiar para uma batalha. O oni superior também sabia que essa era uma decisão de Muzan e que ele não voltaria atrás, não tinha o que fazer, a palavra dele era absoluta.
— Compreendo -foi a única coisa que o lua superior disse — Vou me alimentar, com licença mestre -ele saiu deixando Muzan sozinho
"Nakime" -Muzan a chamou em pensamentos para que ela fizesse exatamente o que ele queria.
Você se sentou sobre um telhado observando a lua. A brisa batia em seu rosto mas você nem se quer conseguia sentir o frio. Seus pensamentos ainda estavam perdidos em Kokushibo. Talvez estivesse se odiando por no fundo ainda sentir algo pelo Kokushibo. Se passaram tantos anos e vocês dois era uma das poucas lembranças que você ainda guardava da vida humana. Mas uma pressão no ar, a tirou de seus pensamentos. Você comprimiu os lábios entendendo o que iria acontecer.
No céu, Daki segurava uma mulher, era evidente a morte dessa humana e você não podia fazer nada, nem queria se intrometer nos assuntos pessoais da superior 6. Porém o que lhe chamou atenção foi outra coisa. A pressão de antes era causada por ninguém menos que...
Muzan Kibutsuji...
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