ㅤㅤ ❛ ˖ ݁ ˓ III. stacy harlow? ◞ ❜
⋆ ࣪ ִֶָ03 ❤️🔥 - STACY HARLOW? ◴ ׁ03 ۪
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( capitulo três ) 𖠿 ׂ ぃ ᮫
This is my fight song
Take back my life song
Prove I'm alright song
My power's turned on
Starting right now I'll be strong
I'll play my fight song
And I don't really care if nobody else believes
'Cause I've still got a lot of fight left in me
RACHEL PLATTEN!
OS DIAS SE PASSARAM COMO folhas caindo no outono, rápidos e vazios, de tudo, exceto de cartas. Tio Válter continuava rasgando todos os papéis que apareciam na casa, mas não tinha efeito algum. Para cada carta rasgada, cinco corujas apareciam entregando mais.
Julie ainda assimilava tudo isso. Na verdade era como estar num quarto escuro e tentar achar o interruptor, o problema era não saber ao menos onde ele estava. Isso definia o que sentia. Perdida.
Tinha que admitir ser divertido ver seus tios surtando cada vez mais com os volumosos números de cartas que não paravam de chegar. Até mesmo havia tampado a lareira, porém as corujas ou alguma coisa deu um jeito e conseguiu com que uma tempestade de cartas inundasse a casa.
E o resultado disso foi o surto completo deles. Haviam decidido se afastar do mundo, basicamente, ir para uma ilha no meio do nada a fim de se livrar das benditas cartas. Julie não pode se sentir mais revoltada. Agora por um tempo indeterminado teria que se afastar de tudo ali, incluindo do emprego, e por si só já aumentava as chances de ser demitida em noventa por cento.
Avisou Stacy disso, para que tentasse enrolar o chefe até que voltasse. A morena apenas assentiu, embora tivesse uma expressão indescritível a Julie.
E o lugar escolhido não poderia ser pior. Estavam numa espécie de farol, sujo, sem espaço obviamente para cinco pessoas. Fedia e Julie se sentia sufocada. Já havia reclamado com Harry mais de dez vezes sobre cada detalhe lá e sobre a paranoia dos seus tios.
— Desejar que eles morram poderia ser considerado errado? — perguntou o garoto.
— Se for, eu sou errada pra cacete. — riu ao ouvir Válter e Petúnia anunciar que iriam dormir na cama do andar de cima, Duda no sofá e os gêmeos no chão sujo. — Lixos imundos.
Para seu azar, os Dursleys ouviram essa última parte.
— Deveria agradecer por sequer dormir nessa casa, garota ingrata! — ralhou tio Válter.
— Grata pelo o quê, afinal de contas? — ela não iria ficar quieta. — Por tratar eu e meu irmão como pedaços de merda desde sempre? Qual o motivo disso? Nunca nos contaram.
— Quer saber mesmo? — Petúnia empinou o nariz. — Talvez pela sua mãe, aquela vagabunda tinha tudo o que era para ser meu. Uma vida ótima e perfeita, e quanto a mim, ficava com as migalhas de atenção dos nossos pais, sendo tratada sempre como a secundária e sombra de Lily!
— Se for para ser sincera, não acho maldoso ter inveja de alguém, é algo natural do ser humano, que sempre almeja por mais, e quando é esnobado dessa forma, deseja ser o maior. — falou sabiamente a tia, que a olhou interrogativa e surpresa. — É errado a forma como trata pessoas que não tem nada a ver com esses assuntos pessoais seus.
— Olha sua... — Válter falou por Petúnia — Não te odiamos apenas por isso, é óbvio que também pela responsabilidade jogada em cima de nós, fadados a cuidar de... aberrações da natureza!
— Ah, cala a boca seu velho pançudo! — a ruiva se estressou. — Se não queria, que colocássemos num orfanato, com certeza seria melhor que na porra da sua casa de merda!
— Se pudessemos, com toda a certeza seria feito. — afirmou com convicção.
Harry apenas observava a intriga gerada. Óbvio que odiava os Dursleys, mas Julie acabava se sobressaltando demais, e o que ocorria é que ele pagava o pato, pois ela saia de casa quando a tentavam punir. Ele, por outro lado, não tinha essa opção. Apesar da irmã sempre tentar o tirar dessa vida o máximo que podia, rendia que no fim não era tão fácil assim.
Julie simplesmente estava cansada demais dessa vida, e isso gerava raiva, raiva que tinha de ser contida ou ela explodia aquele farol inteiro.
— E por que não fez?! — retornou a pergunta. — Isso teria a ver com as cartas, ou melhor, com quem está nela, Alvo Dumbledore ou Minerva McGonagall te lembram alguma coisa?
Era inteligente para saber que citar os nomes nas cartas poderia gerar algo, e gerou surpresa, o que afirmou a teoria de Julie.
— Chega desse papo furado! — decretou Válter irritado.
— Tudo bem, não ligo mesmo. — a ruiva lhe lançou um olhar frio. — Eu sempre descubro tudo, mesmo que demore. Jamais subestime minha inteligência.
A pior parte de estar ali era saber que amanhã seria o aniversário dos gêmeos. Não poderia ser um dia mais horroso e triste.
Em umas duas horas depois, todos já estavam dormindo, ou melhor, os Dursleys estavam, pois Julie e Harry conversavam baixinho ao pé do ouvido um do outro.
— Se pudesse escolher um presente, qual você escolheria? — perguntou Harry à irmã.
Ela pensou por um tempo.
— Ter uma segunda opção, sabe, um lugar melhor, com pessoas legais, onde a gente pudesse ser quem é sem ser julgado ou ser explorado, como somos em todos os lugares. — refletiu. — É uma grande merda estar presa, não só nesse farol, mas no geral. Tenho a sensação de quem nem se explorasse todo esse mundo eu estaria livre mesmo.
— É, eu também, mas no meu caso, ter mais pessoas para contar em um lugar bacana é o que basta. — afirmou Harry. — E agora falta cinco minutos...
Seria uma contagem regressiva se alguém estivesse animado, o que não era o caso naquela circunstância.
Julie se pegou viciada em olhar um ponto do teto. Estava tão fixa ali que o mundo exterior parecia não existir. Uma luz vermelha rodeou justamente o que ela olhava, porém Harry não parecia enxergar isso, algo que a outra estranhou.
Julie seguiu a luz fraca com o olhar. Ela começava a se movimentar para algum lugar, e a Potter continuava a encará-la, até quando desceu do teto e a garota se levantou, assustando de leve seu gêmeo. A luz estava agora na porta, e quando Julie iria a abrir, para saber o que era aquela coisa estranha, alguém o fez pelo lado de fora.
Não foi uma situação boa para Julie, pois estava próxima da porta e ela se abriu com tudo e com força. A garota caiu para trás, gemendo de dor no lugar que fora prejudicado, seu nariz.
Um homem gigantesco estava parado na porta. Ele adentrou a casa, e Julie e Harry se afastaram, sentindo um medo repentino, afinal, não é todos os dia que se vê alguém tão grande. Ele tinha cabelos e barbas enormes e se vestia de uma forma um tanto retrogada. Parecia um homem das cavernas que havia se alimentado de um Mamute inteiro.
Duda se levantou assustado do sofá. Olhou o homem e pareceu mais amedrontado ainda, se escondendo atrás do sofá. Seus pais logo surgiram no fim da escada, com Válter empunhando uma escopeta.
— Ô, Julie querida, me desculpe por isso... — o homem parecia extremamente arrependido ao ver o tanto que o nariz da garota sangrava, algo bem estranho comparando a feição com o tamanho dele.
Foi então que Julie se surpreendeu genuinamente quando de atrás do Hagrid, uma figura que ela conhecia muito bem se aproximou rindo.
— Nossa, você tá uma merda, pirralha. — a ruiva somente conseguiu encarar com incredualidade máxima a amiga. — Por essa tu não esperava né?
— O que você tá fazendo aqui? — perguntou Harry. — E quem é ele?
Apontou ao homem alto.
— Ah, eu sou Rúbeo Hagrid, o guarda-caça de Hogwarts! — Ele sorriu de forma meiga, e por um momento Julie esqueceu da dor em seu nariz quebrado. — Com certeza já ouviram falar de Hogwarts...
— Somente na carta. — responderam os gêmeos.
— O quê?! — Hagrid pareceu indignado.
— Eu te disse, cara. — Stacy suspirou olhando os Dursleys, que apontavam uma arma para eles. — Abaixem isso, por gentileza.
A morena tirou de suas vestes um pedaço de graveto e após mover para o lado a arma foi jogada para o canto da sala. Em seguida apontou o mesmo objeto a eles e disse em bom tom:
— Segurei minha paciência com vocês por quatro anos, não seriam difícil incrimina-los para justificar suas possíveis mortes, seus pedaços de bosta!
Julie se assustou um pouco com a atitude de Stacy, mas gostou, até mesmo sorriu.
— Sua bruxa, preta desgraçada! — Válter a insultou, usando não só a palavra "bruxa" como também uma ofensa racista direcionada a cor de pele da mulher, algo que revoltou todos na sala.
Ela lançou um feixe de luz no peito do homem.
— Tô cansada de enfrentar racistas em todos os lugares que convivo. — falou com ódio enquanto o homem agonizava e apertava o peito. — Isso é uma simulação de um infarto. Não vai te matar, mas vai ser agonizante enquanto durar, seu racista de merda!
Para finalizar, deu um soco em seu rosto.
— Mais algum racista para se manifestar? — ela olhou a Petúnia e Duda, que se encolheram de medo. — Ótimo!
— Mandou bem. — elogiou Julie. Harry concordou, apesar de ficar meio assustado com tio Válter agonizando, porém merecia, isso e muito mais.
— Eu sei. — Stacy chegou a Julie e a Harry novamente.
— Quem é você, de verdade? — indagaram os gêmeos a Stacy.
— Você ocultou sua identidade? — Hagrid parecia surpreso com isso.
— Sim. — contou. — Falar meu sobrenome e idade verdadeira poderia levantar suspeitas do ministério e de Dumbledore.
— Como assim? — Julie estava confusa.
— Meu nome é Stacy Harlow, e não Greymore. Eu sou uma bruxa e irmã da sua madrinha, ela que me pediu para cuidar de vocês a uns quatro anos, e também não tenho dezenove anos e sim vinte e cinco.
— Nós temos madrinha?! — em uníssono os Potter questionaram.
— Caramba, vocês não sabem de nada... — lamentou Hagrid. — Sabem pelo menos quem foram seus pais?
— Eles nos disseram que eles morreram num acidente de carro, porém desconfio. — contou Julie, o que gerou olhares decepcionados de Stacy e furiosos de Hagrid.
— Acidente de carro?! — dirigiu o olhar a Petúnia, que se encolheu mais ainda. — Acidente de carro matou James e Lily Potter?!
— O que importa é que morreram. — a mulher levantou um olhar amargurado. — Desde sempre a bruxa da família, a prodígio, a melhor. Arrogante e prepotente, assim como aquele Potter e sua família ridícula. Para piorar nos deram duas praguinhas para criar!
— Como são tão ridículos? — questionou Harry, incrédulo com aquelas palavras.
— Quando acho que não podem, piorar, vocês pioram, olha só. — Julie estava muito irritada com a audácia de sua tia. Um objeto em cima da prateleira caiu do nada por um vento misterioso. — Tão podres...
— Ei, se acalma! — Stacy se abaixou a altura de Julie e percebeu os muitos sentimentos negativos que emanavam dela, e isso não era um bom sinal quando seu poder era uma bomba relógio. — O que acham de saímos dessa droga de lugar e no caminho longínquo a percorrer explicamos, não é, Hagrid?
O homem assentiu, balançando a cabeça e em seguida pareceu se lembrar de algo.
— É aniversário de vocês, não é? Quase me esqueci. — ele mexeu em um utensílio usaso para armazenar algo, uma espécie de mochila ou bolsa, os gêmeos não conseguiram decifrar. — Fiz este bolo, mas amassou no caminho, peço perdão...
Julie e Harry ficaram encantados ao ver o bolo com cobertura rosa escrito "feliz aniversário".
— Nunca tinhamos recebido um bolo no aniversário, ou em qualquer data... — os olhos deles brilharam, o que alegrou o guarda-caça.
Julie viu quando Duda tentou pegar o bolo. Não era mesquinha, e dividiria com quem pedisse, porém odiava seu primo por todo o inferno que fez em sua vida então o imobilizou com telecinesia.
— Acho que podemos ir, para esse lugar aí. — Julie olhou ao seu irmão e se sentiu genuinamente feliz por estarem compartilhando desse momento e saindo dessa vida, e mesmo que tivesse temerosa, saberia que não seria tão pior quando na casa dos Dursleys.
Isso é claro, reconsiderando a quantidade de traumas que receberia neste processo.
demorei bastante pra postar esse, mas em minha defesa, atropelaram minha vó, meu tio foi preso e os caraljo mas tamo aqui né. lembrem de votar e comentar o que estão achando, lembrando que também não tá revisado então relevem erros de digitação e tals.
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