﹙⠀XX.⠀﹚ Love or hate?
ᰍ ׂ 𝓦𝘦𝘭𝘤𝘰𝘮𝘦 !! ۟ ࣭ ⊹
★ ۫ ݂﹙ASTRELLA VAUGHN ﹚ㅤׅ ۫ㅤ݂ ५
𝐂αpítulo: "amor ou ódio?"
AFASTEI-ME DOS DOIS idiotas que um dia chamei de ex-marido forçado e ex-amigo em potencial. Pareciam duas crianças brigando por um boneco do Max Steel.
Um olhar insistente me queimava a pele, e eu tinha certeza de que vinha dos dois - Madden e Dag, infantis como sempre. Mas então, senti braços me envolverem, puxando-me para trás.
Soltei um grito abafado, e tudo que consegui ver foi uma máscara.
Não era uma máscara comum. Ela parecia saída de um pesadelo, coberta por tinta vermelha escura, como se tivesse sido mergulhada em sangue fresco. A superfície estava manchada e escorria em filetes, formando padrões caóticos, como se alguém tivesse marcado a máscara com violência e desespero. Toques de prata rasgavam a superfície, escavando fendas profundas, imitando cicatrizes esculpidas com crueldade, enquanto um brilho metálico frio destacava-se em cada rachadura, criando uma sensação de algo corroído, desgastado por uma energia macabra.
Os olhos eram dois buracos vazios, contornados por linhas prateadas que se estendiam como raízes sinistras, sugando minha alma. Não havia vida ali, apenas uma escuridão infinita, uma presença que parecia observar algo além da minha compreensão. A boca, distorcida em um sorriso grotesco, estava aberta como se zombasse de mim. Os lábios eram irregulares, franzidos, como se tivessem sido costurados às pressas, e o vermelho acumulado ali fazia parecer que estava permanentemente manchada de sangue. Pequenos detalhes prateados formavam dentes pontiagudos e irregulares, prontos para devorar qualquer um que se aproximasse.
A máscara não era apenas aterrorizante. Ela pulsava com uma presença viva, maligna. O grito que tentei soltar morreu na garganta. Eu estava diante de algo muito pior do que Madden ou Dag jamais poderiam ser.
Octavia Torrance, a minha monstrinha.
Octavia tirou a máscara devagar, o sorriso travesso tomando conta do rosto dela enquanto jogava o acessório grotesco sobre a mesa ao nosso lado. Não pude evitar uma risada baixa, aliviada pela familiaridade de tudo aquilo.
- Três meses te preparando para isso, Astrella, e você ainda parece assustada - disse Octavia, cruzando os braços enquanto me observava.
Balancei a cabeça, soltando o ar que eu nem tinha percebido que estava prendendo.
- Só não estava esperando você me agarrar assim - retruquei, ajeitando meu vestido. - Mas, sim, admito que a máscara continua me dando um pouco de arrepios.
Octavia riu, aquela risada inconfundível, que misturava sarcasmo e diversão. Ela sempre adorou brincar com o macabro, e a máscara era só mais uma das tantas formas que ela encontrava para apimentar nossas conversas.
- Relaxa, querida. Você já se acostumou com coisas bem piores do que isso. - Ela piscou, me puxando para um abraço, agora sem o ar de susto. - Além disso, achei que seria o toque final perfeito para nossa grande noite.
Eu sorri, mais tranquila. Octavia sempre teve essa presença marcante e imprevisível, mas jamais seria uma ameaça. Ela fazia dessas surpresas parte da diversão. Madden e Dag podiam ficar lá atrás com suas disputas infantis. O verdadeiro caos que me interessava estava sempre ao lado de Octavia.
- Grande noite? - ergui uma sobrancelha, curiosa. - E o que exatamente você está aprontando agora?
Octavia me soltou, pegando a máscara novamente e a segurando com um olhar predador.
- Só a melhor performance que Thunder Bay já viu. E você, minha cara Astrella, vai ser a estrela.
- Ah, claro. Porque não posso simplesmente passar uma noite tranquila, né? - resmunguei, mas o sorriso já se formando nos meus lábios.
- Tranquilidade é tão... monótona. - Ela revirou os olhos teatralmente antes de dar de ombros. - E além do mais, se eu não deixar tudo interessante, quem vai?
Eu sabia que com Octavia, as coisas jamais seriam normais. E, no fundo, eu não queria que fossem. Octavia balançou a máscara como se fosse um troféu, e eu sabia que ela estava prestes a me puxar para mais uma das suas aventuras.
- Vai me contar o plano ou vou ter que adivinhar? - perguntei, cruzando os braços, com um sorriso desafiador.
Ela se aproximou de novo, os olhos brilhando com aquela chama de adrenalina que eu conhecia tão bem.
- Digamos que esta noite vai ser inesquecível - começou ela, fazendo uma pausa dramática. - Uma festa exclusiva, cheia de gente importante. E nós vamos fazer a nossa própria entrada triunfal.
Eu arqueei uma sobrancelha, intrigada. Com Octavia, nada era simples. Ela tinha uma habilidade única de transformar qualquer evento em algo extraordinário - e, às vezes, caótico.
- Entrada triunfal? - perguntei com ceticismo, já imaginando o que ela estava tramando.
Ela riu, um som baixo e provocador.
- Claro, não seria divertido se não fosse. - Octavia sorriu e jogou a máscara para mim. - Você vai precisar disso.
Peguei a máscara no ar, observando-a de novo. Ainda me dava arrepios, mas eu confiava em Octavia o suficiente para saber que ela tinha algo maior em mente.
- E qual é o detalhe que você ainda não me contou? - indaguei, sabendo que ela sempre guardava a melhor parte para o final.
Octavia deu um passo para trás e se encostou na parede, seus lábios curvados em um sorriso travesso.
- Detalhe? Não são apenas os detalhes que importam, querida. - Ela piscou, os olhos faiscando de malícia. - Mas, se você precisa saber... vamos fazer uma pequena invasão ao salão principal. Não fomos convidadas oficialmente.
Revirei os olhos, mas não pude deixar de sorrir. Claro que não tinha convite. Octavia nunca se importou com essas formalidades. Se havia uma festa importante, ela simplesmente decidia que estaríamos nela, convidadas ou não.
- E o que você quer fazer exatamente? - perguntei, já sabendo que a resposta seria algo no mínimo ousado.
Ela se afastou da parede, andando em minha direção lentamente, como uma caçadora aproximando-se de sua presa.
- Vamos roubar a cena - disse ela em um sussurro cheio de mistério. - E talvez, apenas talvez, roubar algo mais.
Minha curiosidade despertou de vez. Conhecendo Octavia, aquilo não seria apenas uma noite de festa. Ela tinha um objetivo, e eu estava disposta a segui-la até o fim. Afinal, normalidade nunca foi algo que me atraísse. E com Octavia ao meu lado, a normalidade nem era uma opção.
- Então, o que estamos esperando? - perguntei, já colocando a máscara no rosto da Torrance, sentindo aquela adrenalina familiar percorrer minhas veias.
Octavia sorriu de orelha a orelha, pegando minha mão e me puxando com ela.
As luzes da Devil's Night brilhavam intensamente atrás de nós, criando um contraste vibrante com a escuridão da noite. Ouvíamos a música pulsando, mas nossos corações batiam em um ritmo diferente, um compasso de expectativa e adrenalina.
-E agora? - perguntei, puxando Octavia em direção à saída do Cove. O ar fresco da noite nos envolveu, e um sorriso conspiratório se formou nos lábios dela.
- Vamos dar uma olhada na festa dos Thorne. - Ela respondeu, seus olhos brilhando com aquela chama incontrolável que sempre a acompanhava. - Sem convite, é claro.
A mansão dos Thorne estava a poucos quarteirões de distância, iluminada como um farol no meio da escuridão, repleta de figuras elegantes e sussurros ocultos. As sombras dançavam nas paredes de pedra enquanto os risos e a música ecoavam do interior.
- E se alguém nos pegar? - perguntei, embora a emoção me empurrasse adiante.
- Quem se importa? - Octavia disse, decidida. - Este é o nosso momento, Astrella. E eu não estou indo até lá apenas para pegar alguns canapés. Os Thorne foram os maiores clientes da sua mãe quando ela prostituía você. É hora de lembrá-los do que eles fizeram.
A menção da minha mãe incendiou a raiva em mim. A vingança fervia nas minhas veias, e a festa dos Thorne era o local perfeito, repleta de pessoas que precisavam ser lembradas de que a noite tinha um outro lado.
Chegamos à entrada, onde um segurança de braços cruzados nos avaliava. Ele parecia prestes a nos barrar, mas Octavia, sempre astuta, lançou um sorriso encantador.
- Nós estamos aqui para entregar algo especial - ela disse, sua voz doce, mas com um brilho travesso nos olhos.
Ele hesitou, o olhar desconfiado, mas a presença confiante de Octavia parecia desarmá-lo. Com um gesto, ele nos deixou passar.
Assim que entramos, a festa estava em pleno andamento. A música eletrônica reverberava pelas paredes, e os convidados dançavam, alheios ao que estava prestes a acontecer. Os lustres brilhavam intensamente, refletindo a riqueza e a opulência daquela festa.
- Vamos, rápido! - sussurrou Octavia, puxando-me para dentro enquanto eu absorvia a cena ao nosso redor.
Caminhamos em direção à cozinha, onde uma mesa repleta de bebidas e iguarias estava disposta. Ao passar, eu vi rostos familiares - alguns dos piores infratores daquela cidade. O desejo de justiça cresceu em mim.
- Aqui, pegue isso - disse Octavia, passando-me a garrafa de gasolina. - É hora de darmos nossa mensagem.
Eu me movi rapidamente, espalhando o líquido inflamável pela cozinha, sentindo a tensão crescer a cada gota. Octavia se juntou a mim, derramando gasolina pelas paredes e ao redor da mesa.
- Pronta? - Ela me olhou, uma expressão de pura excitação no rosto.
- Pronta - respondi, segurando um fósforo, a chama na minha mão dançando enquanto o medo e a emoção se entrelaçavam.
- Um, dois, três... - Octavia contou, seus olhos fixos nas chamas.
No momento em que joguei o fósforo, uma onda de calor nos envolveu. As chamas estouraram, iluminando a cozinha em um laranja brilhante e ameaçador. Os gritos começaram a ecoar enquanto o fogo se espalhava rapidamente.
- Vamos! - gritou Octavia, puxando-me em direção à saída.
Corremos pelo corredor, passando por convidados confusos que começavam a perceber o que estava acontecendo. As chamas crepitavam atrás de nós, a luz refletindo em nossos rostos enquanto a euforia nos empurrava para frente.
Saímos da mansão dos Thorne, os gritos agora ecoando na noite. Uma vez do lado de fora, a visão do fogo iluminando o céu era pura satisfação.
- Você viu isso? - Octavia riu, o som do caos atrás de nós. - Deveríamos ter feito isso muito antes!
- E agora? O que vamos fazer? - perguntei, ainda sentindo a adrenalina correr.
- De volta à Devil's Night! - disse ela, puxando-me de volta para a festa, a liberdade em seus olhos. - Esta noite está longe de acabar.
E, enquanto o calor das chamas ardia atrás de nós, a música da Devil's Night nos chamava, prometendo mais diversão, mais rebeldia. Com a certeza de que havíamos feito a coisa certa, nos dirigimos para a celebração, como se nada tivesse acontecido. A noite ainda nos pertencia.
Enquanto eu dançava, meus quadris seguiam o ritmo suave da música, movendo-se lentamente, acompanhando cada batida de "Rumors" de neffex que preenchia o ar. A sensação de um corpo quente encostando no meu percorreu minha pele, e logo senti mãos firmes deslizando pelo meu quadril, apertando minha cintura com possessividade.
De relance, vi uma máscara. Desta vez, reconheci instantaneamente. Aqueles olhos sombrios, eu os identificaria em qualquer lugar. E, para ser honesta, não me importava. Se Madden achava que tinha me conquistado, estava redondamente enganado.
Enquanto eu ainda estava imersa no toque de Dag, sentindo o calor de suas mãos na minha pele, uma presença surgiu à minha frente, interrompendo por completo qualquer pensamento. Levantei o olhar e ali estava Gunnar, parado, me observando com um sorriso malicioso. Seus olhos me percorreram lentamente, de cima a baixo, como se ele já soubesse o que viria a seguir.
Sem hesitar, Gunnar avançou, colocando uma das mãos na minha nuca, trazendo meu corpo ainda mais para perto do dele. O toque firme de Dag atrás de mim, somado ao de Gunnar à minha frente, criou uma tensão no ar. Meu corpo estava no meio de um conflito que eu não tinha certeza se queria resolver. As mãos de Gunnar deslizaram pelo meu rosto, descendo lentamente pelo meu pescoço, enquanto Dag apertava ainda mais minha cintura, seu corpo se pressionando contra o meu.
Minha respiração ficou pesada, meus sentidos em alerta. Estava cercada por eles, cada toque, cada movimento me puxava para um abismo de desejo e controle. A química entre nós três era palpável, uma chama que ameaçava incendiar qualquer resistência que eu tivesse.
Quando Gunnar se inclinou, seu hálito quente roçou minha orelha, e ele murmurou, com uma voz rouca e carregada de intenções:
- Acho que chegamos ao mesmo tempo, não é?
Eu sorri de canto, meus lábios entreabertos em um misto de desafio e excitação. Se eles pensavam que poderiam me dividir entre eles, teriam que se esforçar mais.
A tensão no ar era quase tangível. O calor das mãos de Dag na minha cintura aumentava, como se ele quisesse marcar seu território, enquanto Gunnar fazia o mesmo com sua mão ainda firme na minha nuca. O espaço ao meu redor parecia pequeno demais para conter toda a eletricidade que corria entre nós três. Meus músculos estavam tensos, minha mente dividida entre a tentação e a necessidade de manter o controle.
Dag puxou meu corpo ainda mais para ele, fazendo com que minha coluna se arqueasse contra seu peito. Eu sentia cada músculo dele firme contra mim, e seus dedos afundavam em minha pele, uma lembrança constante de sua presença.
- Ela estava comigo primeiro, Gunnar. - A voz de Dag soou baixa e possessiva, um aviso disfarçado de palavras calmas.
Gunnar não recuou. Seu sorriso cresceu, claramente se divertindo com a tensão que surgia. Ele deslizou a mão para meu queixo, levantando-o para que eu olhasse diretamente nos olhos dele.
- Não acho que ela se importe - respondeu Gunnar com uma tranquilidade provocativa. - Na verdade, ela parece gostar dessa... atenção.
Eu ri baixinho, incapaz de conter o som que saiu dos meus lábios. Era uma risada carregada de sarcasmo, misturada com a adrenalina que corria por minhas veias.
- Vocês dois realmente acham que podem decidir por mim? - Minha voz saiu afiada, um lembrete de que, no final, quem estava no controle era eu. Soltei-me das mãos de Gunnar, e, com um movimento rápido, girei para encarar Dag, o puxando ainda mais perto, quase colando nossos lábios. - Vamos deixar uma coisa bem clara... - sussurrei, meu olhar fixo no dele.
Meus olhos se estreitaram, enquanto Gunnar me observava de perto, claramente intrigado com o que eu faria a seguir.
- Se vão me disputar, pelo menos tornem isso interessante - acrescentei, minha voz um desafio direto.
Dag sorriu, aquele sorriso presunçoso que sempre fazia meu estômago revirar, mas não de nervosismo - de expectativa. Ele sabia que, apesar da pose, eu adorava o desafio. Seus dedos apertaram minha cintura com mais força, e seus olhos me encararam com a mesma intensidade de quem está prestes a dominar o tabuleiro. Gunnar, ao meu lado, não ficou para trás. Seu olhar alternava entre nós, claramente se divertindo com a tensão crescente.
- Interessante, hein? - Dag murmurou, sua voz rouca. - Acho que posso lidar com isso.
Ele deslizou os lábios pelo meu pescoço, um toque suave, mas carregado de intenções, fazendo minha pele se arrepiar. Gunnar, por outro lado, apenas observava, seus olhos fixos em cada movimento de Dag, esperando a sua vez. Mas não era passivo. Sua mão voltou a envolver minha nuca, puxando meu rosto em sua direção, forçando nossos olhos a se encontrarem novamente.
- Vamos ver se você aguenta o que está pedindo - Gunnar disse em um tom desafiador, seu polegar roçando levemente meus lábios, enquanto um sorriso malicioso surgia em seu rosto.
Dag soltou uma risada baixa e rouca contra minha pele, claramente animado com a provocação. Ele não era do tipo que gostava de dividir, mas Gunnar estava testando os limites - e parecia que Dag estava disposto a jogar. A energia entre os três era quase sufocante, e por mais que eu gostasse do controle, havia algo tentador em deixar as coisas fugirem um pouco das minhas mãos.
De repente, Dag me puxou de volta com um movimento brusco, nossos corpos se colando, e ele sussurrou em meu ouvido:
- Espero que não se arrependa de ter começado isso.
Antes que eu pudesse responder, ele virou meu rosto e tomou minha boca em um beijo intenso, enquanto Gunnar observava, seus olhos brilhando com uma mistura de diversão e desejo. Por um momento, esqueci onde estava, perdida entre os dois, o calor de seus toques me cercando.
Quando Dag finalmente soltou meus lábios, Gunnar deu um passo à frente, seus dedos deslizando pelo meu braço, puxando-me levemente para ele. Sua boca se aproximou do meu ouvido e ele sussurrou:
- Você ainda não viu nada, pequena.
Meus lábios se curvaram em um sorriso audacioso. Eles estavam jogando duro, mas eu não era uma peça. Eu era a rainha.
Dag ainda me segurava firme, e a tensão entre nós era palpável, quase insuportável. Senti o olhar de Gunnar queimando em nós, como se ele soubesse que estava prestes a dominar a situação.
Com uma mistura de desejo e desafio, me virei devagar, meus olhos se fixando nos de Gunnar. Um sorriso malicioso se formou em seus lábios, como se ele já soubesse o que eu estava prestes a fazer, e isso apenas alimentava minha determinação.
Ajoelhei-me lentamente, mantendo meus olhos fixos nos dele, sentindo a tensão entre nós crescer a cada segundo. Com dedos hábeis, deslizei minhas mãos até a cintura de Gunnar, desabotoando e puxando sua calça para baixo, meu olhar nunca desviando dos dele. Ele observava atentamente, suas mãos suaves acariciando meu rosto, enquanto meus movimentos eram lentos e provocantes, aumentando ainda mais a eletricidade no ar.
Quando finalmente o envolvi com a boca, a respiração de Gunnar ficou pesada, e o gemido rouco que escapou de seus lábios ecoou pelo espaço. Suas mãos enlaçaram meus cabelos, guiando meus movimentos com firmeza, enquanto Dag, atrás de mim, assistia, o calor de seu corpo se mesclando ao meu.
Os sons abafados de prazer de Gunnar preenchiam a sala, enquanto eu me entregava ao momento, completamente envolvida na tensão crescente entre nós três.
A pista vibrava ao som da música, mas, para mim, o mundo exterior havia desaparecido. O calor de Dag nas minhas costas e a intensidade de Gunnar à minha frente criaram um turbilhão de sensações. Cada toque, cada gemido, cada respiração parecia amplificado, tornando o ambiente opressivo de desejo.
Gunnar se deixou levar, o corpo dele se movendo em resposta à minha boca, e eu pude sentir a intensidade do momento aumentando. Suas mãos puxaram meus cabelos com firmeza, um sinal claro de que ele estava tão perdido quanto eu. O calor e a eletricidade no ar entre nós três tornaram-se quase insuportáveis, um convite para se aprofundar no caos que nos cercava.
- Isso é apenas o começo, não é? - A voz de Dag cortou o ar, trazendo uma onda de adrenalina. Ele se movia atrás de mim, pressionando-se contra minhas costas, a forma como ele me envolvia era possessiva, mas não totalmente controladora. - Você está apenas aquecendo.
Senti um sorriso se formando em meus lábios, uma mistura de desafio e excitação. A dança entre controle e entrega era fascinante, e a ideia de estar no meio daquela tensão apenas me fazia querer mais.
Com um movimento rápido, mudei de posição, afastando-me de Gunnar por um momento. Queria fazer com que eles sentissem a intensidade do meu desejo. Voltei a me virar para Dag, e a expressão dele era uma mistura de desejo e adoração, um reflexo da conexão que estávamos formando.
- Você pode querer um pedaço disso também, Dag - desafiei, pisando um pouco mais perto dele, provocando sua intensidade.
Ele sorriu, um sorriso que prometia mais do que apenas atração física. Havia uma cumplicidade que se formava entre nós, como se estivéssemos criando nosso próprio universo em meio ao frenesi da Devil's Night.
Gunnar, não disposto a ficar para trás, se aproximou novamente, e com uma mão no meu queixo, girou meu rosto para ele. Seus olhos estavam cheios de intensidade, um misto de desafio e desejo.
- Você realmente acha que pode jogar com os dois? - A provocação na sua voz era clara, mas eu sabia que ele estava tão intrigado quanto eu.
- Não posso?
- Você é, de fato, um verdadeiro pequeno trovão. - Dag sussurrou em meu ouvido, provocando uma onda de arrepios que percorreu minha espinha.
Senti meu coração acelerar, como se cada batida ecoasse a tempestade que ele evocava com suas palavras. O calor da sua respiração se misturava ao ar fresco da noite, tornando o momento quase eletricamente palpável.
- O que você quer dizer com isso? - perguntei, tentando manter a voz firme, mas minha curiosidade traiu minha bravura.
Dag sorriu de maneira enigmática.
- Significa que você tem um poder inegável, algo que poucos conseguem perceber. Você pode ser pequena em estatura, mas sua presença é como um relâmpago em um céu claro.
Senti um olhar ardente sobre mim novamente, mas desta vez não pertencia a nenhum dos Torrance. Levantei os olhos para uma das plataformas e vacilei. O calor do momento se desfez em um instante.
Garrett Ares Bianchi.
Eu achava que ele estava morto.
Merda, merda.
A visão dele me atingiu como um golpe, e tudo ao meu redor começou a girar. Em um piscar de olhos, a escuridão tomou conta.
[. . . . .]
Não sei o que ocorreu em seguida, apenas que me vi deitada sobre a mesa onde Jett dançava momentos antes. Todos os olhares estavam fixos em mim. No meio da multidão, consegui ver Indie Grayson com a mão em minha testa, um gesto de preocupação em meio à euforia.
- Ela acordou. - Ouvi a voz de Finn ecoar, anunciando minha volta à consciência. A reação foi instantânea; todos pareciam comemorar, como se eu fosse a chave para que a festa recomeçasse.
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