CHAPTER TWO - A magical visit




CAPÍTULO DOIS -
Uma visita mágica


"Tudo bem Hermione, eu logo voltarei..."





POV NARRADORA


MAMÃE, EU JURO pelos livros de mitologia grega da Hermione e pelos meus desenhos que eu realmente falei com uma cobra! — Clarissa exclamou, ansiosa para convencer sua mãe mais uma vez, utilizando todos os detalhes possíveis para tornar sua história inquestionável. — O menino que estava comigo também ouviu!  — Ela cruzou os braços, exibindo um rosto aborrecido diante da incredulidade de sua mãe.

— Não envolva meus bebês nisso. — Hermione franziu a testa, referindo-se aos preciosos livros que tanto amava.

Revirando os olhos, Clarissa decidiu se expressar de forma provocadora, dando língua para Hermione, o que resultou em um olhar repreensivo da irmã.

Diana, por sua vez, observava a cena um tanto quanto impaciente, convicta de que tudo não passava da imaginação fértil de Clary.

— Clarissa, você tem uma imaginação muito fértil, isso tudo deve ser parte dela. — Diana explicou com calma, mas a tensão em sua voz traía seu nervosismo. — Está vendo, Adam? Eu falei que devíamos levá-la a um psicólogo! A coitadinha está tendo alucinações. — Clarissa podia ouvir a voz de sua mãe conversando com seu pai na cozinha.

Diana tinha dificuldade em falar baixo quando estava nervosa, e isso era mais uma prova de sua preocupação. Clarissa já sentia arrependimento por ter contado a história, até mesmo Hermione parecia duvidar dela.

Diana, com sua postura cética, parecia destinada a não acreditar, mas Clarissa estava decidida a tentar convencê-la. No momento, todos pensavam que ela estava ficando louca ou que tinha criado tudo aquilo em sua própria mente.

— Eu vou provar que não estou louca. — Disse Clarissa com determinação, subindo para o quarto com um bufar de frustração.

Nem mesmo ela sabia como iria provar isso, mas estava determinada a não parecer uma completa louca. A jovem estava perplexa com o ocorrido recente, mas sabia que era real, não fruto de sua imaginação. A prova disso era Harry. Ele não apenas havia conversado com a cobra, mas de alguma forma misteriosa, quebrado o vidro que a aprisionava.

Enquanto Clarissa tentava juntar os pensamentos sobre como provar a verdade, Hermione adentrou o quarto, logo atrás dela, pronta para fazer uma série de perguntas.

— Clary, tem certeza que você ouviu uma cobra? — Hermione indagou, com seu interesse genuíno brilhando nos olhos.

— Sim, Hermione! Não é todo dia que a gente escuta cobras falando, então eu me lembraria se fosse apenas imaginação. — Clarissa sentou-se na cama vermelha, com um misto de raiva e frustração. Ela sentia sua cabeça latejar. — Um garoto que conheci também falou com ela. — A lembrança de Harry a invadiu, fazendo-a questionar mentalmente se ele estava bem

Embora Clarissa não tivesse tido muitas interações com Harry, ela sentia que o conhecia há muito tempo. Ele fora gentil e isso tinha um significado especial para alguém que não possuía muitos amigos.

Enquanto Hermione observava sua irmã, notou a sinceridade estampada em seu rosto. Embora Hermione acreditasse em Clarissa independentemente do que dissesse, achou um tanto estranho o fato de uma cobra falar. Era como se o lado racional e emocional de Hermione travassem uma batalha interna, disputando para ver quem teria a voz mais alta em sua consciência.

— E me conta como foi! — Exclamou Hermione, super empolgada, puxando Clarissa para se sentar mais perto dela na cama, decidindo seu lado emocional ganhar.

As duas se acomodaram de pernas cruzadas, prontas para conversar sobre o assunto. Clarissa não queria poupar detalhes, iria narrar tudo o que havia acontecido, sem deixar exceções escaparem.

Clarissa sorriu e começou a narrar os acontecimentos da Casa dos Répteis, desde o encontro com Harry até a conversa surpreendente com a cobra.

— Então, depois de sair do carro, na hora em que estávamos lá ouvindo aquela palestra chatíssima, lembra quando eu disse que iria ao banheiro? — Começou Clarissa, com um olhar travesso nos olhos.

Hermione riu, lembrando-se do momento em que sua irmã usou o pedido de ir ao banheiro como estratégia para escapar da palestra entediante.

— Ah, Clary, eu deveria saber que você não iria ao banheiro... — Comentou Hermione, admirando a esperteza da irmã.

— Foi tão fascinante, Hermione! Harry disse que fala com cobras todos os dias e parece ter um entendimento especial com elas. — Explicou Clarissa, impressionada com o que testemunhou.

— Isso é incrível! — Disse Hermione, fascinada pelas habilidades de Harry.

Clarissa, no entanto, notou algo peculiar na forma como Harry se referiu à cobra como se elas fossem parte de sua família... ela não havia entendido isso ainda.

— "Esse é apenas o começo." — Repetiu Clarissa, franzindo o cenho em reflexão.

Hermione pensou por um momento e então sugeriu: — Talvez seja um aviso ou um presságio de algo que está por vir. Será que a cobra estava se referindo a mais interações entre você e os animais?

— É uma possibilidade. — Concordou Clarissa, considerando a ideia de sua irmã.

Enquanto conversavam, Clarissa sentiu que aquela experiência no zoológico havia desencadeado algo especial em sua vida. O relato fluía, Hermione escutava tudo atentamente, fazendo perguntas para esclarecer cada ponto da história. A empolgação da curiosidade superava qualquer dúvida em sua mente, permitindo que ela mergulhasse no intrigante episódio vivido por sua irmã. Afinal, aventuras mágicas e encontros com cobras falantes eram coisas que não aconteciam todo dia, que ocorriam apenas no mundo da magia, e Hermione estava mais do que disposta a abraçar essa possibilidade.

[ . . . ]

No acolhedor quarto das meninas, onde a luz do sol filtrava através das cortinas, Hermione exibiu um olhar melancólico e desanimado ao lançar um olhar em direção a Clarissa, sua irmã, e lamentou:

— Nossa, deve ter sido incrível... É uma pena que você não tenha me convidado.

Clarissa sentiu um aperto no peito ao notar a tristeza na expressão de Hermione e murmurou, seus dedos brincando nervosamente com um cacho de cabelo:

— Eu sinto muito, Mione. Você parecia tão absorta nas curiosidades dos lagartos... E não tinha como eu saber que isso iria acontecer.

Um tênue sorriso tranquilizador se formou nos lábios de Hermione, enquanto ela balançava a cabeça levemente e afirmava:

— Não se preocupe, eu entendo.

A tensão momentânea se dissipou, e Clarissa deixou escapar um suspiro de alívio

— E a propósito, aquele moço que estava falando dos lagartos, era um tremendo charlatão! Ele mal sabia o que estava falando, se até mesmo eu que não sei quase nada de lagartos descobri que ele é um mentiroso, como você não descobriu, Mione? — Questionou confusa, soltando uma risadinha.

— Então... Enquanto você estava fora, papai perguntou se eu queria tomar um sorvete, então eu deixei a mamãe ouvindo aquele homem, e era óbvio que ele não sabia do que estava falando! Só faltava ele falar que os lagartos batiam parabéns. — Falou rapidamente revirando os olhos fortemente.

A conversa entre as duas irmãs fluía como um riacho suave, e foi somente quando Diana, a mãe delas, elevou a voz com impaciência, que elas perceberam que estavam alheias às suas palavras.

— MENINAS, DESÇAM LOGO! — A ordem foi transmitida com um tom de autoridade que impossibilitava a ignorância.

Com um olhar compartilhado de cumplicidade, Hermione e Clarissa reconheceram o iminente sermão que se aproximava. Diana e Adam, os pais, eram conhecidos por sua tolerância, reservando repreensões para casos excepcionais. No entanto, a necessidade de tal abordagem era rara, uma vez que as garotas geralmente se comportavam de maneira exemplar. Exceto, é claro, nos raros momentos em que a determinação de Clarissa a levava a defender sua irmã, respondendo àqueles que a provocavam.

Clarissa acreditava plenamente que sua natureza era pacífica, sua devoção inabalável a Hermione a transformava em uma leoa feroz diante de qualquer ameaça percebida. A imagem de "autocontrole" que ela gostava de projetar estava sujeita a rachaduras, revelando seu temperamento ardente a quem a conhecesse além da superfície.

— Mamãe, se estiver falando sobre a confusão desta manhã... — Começou Clarissa, mas sua voz se extinguiu quando seus olhos pousaram sobre uma figura inesperada que se encontrava na sala.

Uma mulher desconhecida, de presença imponente e olhar atento, estava parada ali, ela era alta e possuía uma expressão severa. Usava roupas verde-esmeralda. A inesperada aparição da mulher silenciou Clarissa, provocando uma pausa tensa e repleta de perguntas no ar.

— Boa tarde, senhoritas — Disse ela, sua voz tingida de autoridade, mas também de calor humano. — Me chamo Minerva McGonagall.

Clarissa sentiu uma pontada de apreensão, quase como se tivessem vindo buscá-la para algo desagradável. A inquietação a dominou, e ela quase deu um salto para se esconder atrás do sofá, embora o gesto tenha sido inútil. Diana, sua mãe, a puxou de volta, envolvendo-a com o braço em um gesto carinhoso. Clarissa logo achou que haviam ido buscá-la para a levar ao hospício e foi ficando cada vez mais nervosa.

— Boa tarde, senhora. Se você estiver aqui por conta do hospício, seria melhor reconsiderar, pois não vou permitir que leve minha irmã — Retorquiu Hermione, seu tom firme ecoando em harmonia com o pensamento de Clarissa.

Com uma confiança inabalável, Hermione se colocou diante de Clarissa, sua expressão assumindo uma postura intimidadora que parecia quase cômica em sua tentativa. No entanto, por trás da fachada, a verdadeira emoção era um misto de medo e apreensão.

Por mais que tentasse parecer assustadora, ela estava muito fofa fingindo estar com raiva, quando na verdade estava com medo.

— Tudo bem Hermione, eu logo voltarei... Podem me botar em uma camisa de força... Estou pronta para ir para o hospício. — Disse Clarissa com um tom de resignação, começando a se aproximar da mulher

Os adultos, discretamente, lutavam para conter o riso, testemunhando o dramático espetáculo das irmãs. Adam foi o primeiro a sucumbir, caindo no sofá em uma risada que o fez cambalear. Sua esposa, também rindo, não poupou esforços em dar um tapa brincalhão em sua nuca.

Minerva, apesar do leve constrangimento, não pôde evitar esboçar um sorriso.

— Não, senhorita, não sou funcionária de um hospício — Disse ela com um toque de diversão em sua voz. — Trabalho em uma escola para pessoas especiais e distintas — Enfatizou as palavras "especiais" e "distintas". — Peço desculpas por assustá-las.

Um sorriso luminoso se espalhou pelo rosto de Clarissa, e ela estendeu a mão para Minerva, apertando-a calorosamente.

— Prazer, senhora. Me chamo Clarissa. — Disse ela com gentileza.

O aperto de mão foi retribuído com a mesma cordialidade.

— E essa é minha irmã, Hermione — Acrescentou Clarissa, aliviada, enquanto apontava para Hermione, que agora observava Minerva com curiosidade.

— É um prazer conhecer as duas. — Respondeu Minerva, sua expressão severa se desfazendo um pouco em uma expressão mais suave.

As duas irmãs trocaram um olhar intrigado, sem saber exatamente por que Minerva McGonagall havia entrado em sua casa.

Diana, que havia estado observando o desenrolar da situação, tomou a iniciativa de sugerir:

— Que tal nos sentarmos para um chá?

A sugestão foi recebida com entusiasmo por Adam, que exclamou:

— Oba, biscoitos de mel! — Ele ganhou um olhar afetuoso da esposa.

Hermione e Clarissa se entreolharam e soltaram risadas, completamente acostumadas desse costume proveniente de seu pai. A atmosfera na sala tornou-se mais relaxada, com todos se dirigindo ao enorme sofá, onde uma conversa mais amigável e descobertas intrigantes estavam prestes a se desdobrar.

Minerva, Adam, Clarissa e Hermione se sentaram, enquanto aguardavam, Diana se dirigiu à cozinha, seus passos leves ecoando no ambiente, para buscar o chá e os biscoitos tão queridos pela família – os irresistíveis biscoitos de mel.

Minerva mantinha um silêncio carregado, consciente de que suas próximas palavras desencadeariam uma transformação irreversível nas vidas das irmãs. Consciente das sutilezas que envolviam os trouxas, ela desejava evitar repetições desnecessárias.

Após o retorno de Diana e a distribuição dos biscoitos, o ambiente pareceu relaxar, mas a gravidade da situação pairava no ar. A expressão séria de Minerva delineava uma narrativa prestes a ser revelada.

— Antes de mergulharmos no que vim aqui compartilhar, peço-lhes que dediquem toda a atenção ao que estou prestes a revelar. — A voz dela se ergueu, com um tom firme e significativo. — Hermione e Clarissa são bruxas. — A declaração ecoou, preenchendo o espaço

Os olhos de Clarissa se arregalaram, e sua testa se franziu, surpresa mesclada com a busca pela compreensão imediata.

Os lábios de Hermione formaram um "o" perfeito, como se capturados em um estado de surpresa total. Afinal, Clarissa havia conversado com uma cobra no dia anterior, então, ser uma bruxa parecia uma preocupação menor em comparação... ou talvez não.

Hermione permaneceu imobilizada, como se à espera de um sinal de que aquilo fosse uma farsa ou uma elaborada pegadinha, do tipo que ela adorava assistir na tv. Seus olhos se fixaram, arregalados, e sua boca permaneceu ligeiramente aberta.

Embora parte dela acreditasse na incrível narrativa de sua irmã, uma pequena porcentagem de dúvida se agarrava a seu lado racional, como uma lembrança insistente de ceticismo.

— Viu, mamãe? Eu disse que conversei com uma cobra! — A voz de Clarissa ressoou, carregada de triunfo e satisfação. Sua capacidade de admitir erro era admirável, ainda que difícil.

Diana olhou para ela, no seu olhar já dizia tudo, era um pedido de desculpas por não ter acreditado em sua filha, Clarissa perdoou imediatamente, ela não culparia a mãe, se a algumas semanas atrás, alguém falasse que ouviu uma cobra falar e que até mesmo falou com uma cobra, a própria Clarissa riria da cara da pessoa e falaria que ela estava doida da cabeça.

— Devo avisar a senhorita que nem todos bruxos falam com cobras, a senhorita tem uma habilidade fascinante. — Comenta Minerva com um leve sorriso.

A Granger tentava assimilar tudo em sua mente consfusa, em um gesto rápido, Clarissa foi abraçar seus pais que corresponderam na mesma hora, Hermione ainda estava imóvel repetindo coisas como "EU - BRUXA - ESCOLA".

— Mione, você ouviu isso? Somos bruxas! — Falou Clarissa indo abraçar a irmã que até então estava imóvel, mas logo retribuiu o abraço.

— Mas... espera. Nós somos aquelas bruxas dos livros? Aquelas malvadas que não gostam das princesas? — Questionou com certa dúvida. Ela não queria ser uma dessas bruxas.

— Na verdade não. Nós bruxos, conseguimos executar feitiços e até mesmo fazer poções, mas não é que nem nos contos de fadas, mas posso afirmar que é tão empolgante como um verdadeiro conto de fada.

— Viu, mamãe? Eu sou uma bruxa! — Ela ainda estava agarrada a sua mãe.

— Mas... Calma ai, a senhora não nos provou que é bruxa! — Disse se soltando do abraço. — Como eu posso ter certeza de que você não é alguma pessoa malvada que quer usar pequenas crianças indefesas com poderes para dominar o mundo? — Falou Clarissa com um olhar de mistério, Hermione rapidamente ficou ereta.

— Clary tem razão! A senhora poderia ser uma impostora. — A primogênita Granger afirmou.

Minerva soltou um riso debochado, em toda sua vida ela nunca tinha visto duas garotas tão desconfiadas como essas.

Wingardium Leviosa! — Disse Minerva apontando para o vaso que estava na mesa central da sala, logo ele levitou, ficando no ar por alguns segundos.

— Que demais! — Falou Adam que logo recebeu um olhar intimidador da esposa mandando-o a ficar calado.

[ . . . ]

Hermione não conseguia conter sua curiosidade e fez uma enxurrada de perguntas após Minerva dar uma explicação breve sobre o mundo bruxo.

— Tudo bem, mas como podemos ser bruxas se nossos pais são trouxas? — Hermione questionou, seu rosto demonstrando perplexidade enquanto ela buscava compreender.

— Trouxas? Mocinha, um pouco de respeito, por favor! — Adam interveio, tomando um gole de chá.

Minerva riu e logo em seguida falou:

— Acho que o senhor não entendeu, senhor Granger. Trouxas são aqueles que não são bruxos, no caso, humanos normais que não possuem magia. No mundo bruxo nos referimos assim a aqueles que não tem magia.

— Ah, claro... eu estava só testando para ver se minhas filhas estavam prestando atenção. — Adam disse, visivelmente sem jeito.

— Como nós duas somos bruxas se nossos pais não são? Quer dizer, isso não seria algo que passa de pai para filho? — Clarissa continuou a pergunta que a irmã havia feito anteriormente.

— Não é tão complicado assim. Deixe eu lhes explicar. Existe o gene bruxo, após esse gene sumir de uma geração, ele pode reaparecer futuramente em algum determinado momento quanto algum membro da família herdar o gene bruxo de algum membro antigo da família, entendem? — Ela tentou simplificar a explicação.

Os Granger assentiram, dando chance a Minerva continuar a falar.

— No caso das suas filhas, embora tenham sido geradas e criadas por vocês, que não são bruxos, a magia deve ter sido herdado de alguma geração distante. — Minerva explicou. — Alguma outra pergunta? Sei que devem estar cheios de curiosidades. — Ela dirigiu-se aos adultos que ainda exibiam expressões surpresas.

— Na verdade, sim... Nós temos a opção de recusar essa... como era mesmo? Hogwarts? — Diana perguntou, deixando as irmãs apreensivas com a possibilidade de a mãe negar-lhes a chance de estudar magia.

— Claro, têm o direito de recusar. No entanto, quero salientar uma coisa: existe um grande poder dentro desta casa. — Minerva focou seu olhar em Clarissa, que se encolheu um pouco. — Suprimir esse poder não seria benéfico para nenhuma delas, poderia até resultar em acidentes. 

— Bem, então a decisão está nas mãos delas... — Adam comentou, enquanto Diana concordava.

Adam estava com o nariz vermelho, espirrando repetidamente.

— Puxa, parece que tem até pelo de animal aqui... Clarissa, você pegou aquele gato que eu disse para não pegar? — Adam começou a falar, mas foi interrompido por outro espirro.

— Receio que os pelos venham de mim. Alguns fios de pelos costumam ficar na minha roupa após me transformar. — Minerva esclareceu.

— Espere... Você era o... o gato? — Diana perguntou, visivelmente confusa.

— A gata. — Minerva corrigiu.

— Eu coloquei comida para você todos os dias! — Clarissa exclamou, sorrindo.

— Eu sei, querida. — Minerva agradeceu, sorrindo. — Então, meninas... qual é a resposta de vocês? — Minerva perguntou.

As irmãs mal precisaram trocar olhares para saberem a resposta.

Nunca recusariam a oportunidade de estudar em uma escola de magia e bruxaria.

— SIM! — Disseram as duas ao mesmo tempo, correndo para abraçar seus pais.

Clarissa pulava animada, enquanto Hermione, ainda meio atônita por descobrir que era uma bruxa, também estava radiante.

Hermione abraçou os pais por um tempo mais longo, enquanto Clarissa pegou a bandeja de biscoitos e as xícaras usadas para o chá da tarde e levou tudo para a cozinha.

Enquanto caminhava, ela realizava uma dancinha de comemoração um tanto esquisita. As pessoas na sala não puderam deixar de rir, inclusive Minerva, diante do entusiasmo contagiante. Hermione logo se juntou à irmã, ajudando-a a carregar a bandeja e impedindo que ela tropeçasse, já que Clarissa tinha a tendência de ser um tanto desajeitada.

O clima na sala estava cheio de emoção e dúvidas a respeito do futuro, enquanto os pais das meninas pediam informações a mais sobre a escola.

— Estou muito feliz por elas terem decidido aceitar. Hogwarts é um lugar incrível, e estou certa de que irão adorar cada momento lá. — Minerva comentou, ainda sorrindo enquanto observava as irmãs Granger.

Diana e Adam trocaram um olhar cheio de orgulho, percebendo que suas filhas estavam prestes a iniciar uma aventura única e mágica.

— Bem, acho que temos muito o que preparar e discutir antes do início do próximo ano letivo. Vou deixar algumas informações e documentos para vocês, além de uma forma de entrar em contato comigo, caso tenham alguma dúvida ou precisem de assistência. — Minerva explicou, retirando alguns pergaminhos e um envelope do interior de sua bolsa, logo lhes explicando que as corujas ajudariam.

Enquanto Minerva explicava os detalhes práticos e fornecia informações sobre o mundo bruxo, Diana e Adam ouviam com atenção, querendo saber mais sobre a escola.

Enquanto isso, na cozinha, Clarissa e Hermione compartilhavam risos e abraços, com a bandeja de biscoitos de mel como um símbolo de celebração. As irmãs, agora conscientes de sua identidade como bruxas, estavam ansiosas para descobrir o mundo da magia. O futuro estava cheio de mistérios e aventuras, e as irmãs Granger estavam mais do que prontas para enfrentá-los.

Minerva McGonagall, que inicialmente apareceu de forma misteriosa, agora se revelava como uma amiga e guia. A perspectiva de frequentar Hogwarts, a escola de magia, era uma perspectiva emocionante que as irmãs não podiam esperar para explorar.

— E agora, se me permitem, preciso me despedir e voltar para Hogwarts. Tenho algumas tarefas a cumprir lá. — Minerva disse, se levantando com graciosidade.

As irmãs Granger, que já haviam voltado para a sala de estar, junto de seus pais, acompanharam Minerva até a porta. Antes de sair, Minerva deu um último olhar caloroso para as duas garotas.

— Até breve, Hermione e Clarissa. Mal posso esperar para tê-las em Hogwarts. Tenham um ótimo tempo se preparando para essa nova jornada. — Ela sorriu.

— Obrigada, professora McGonagall. Estamos ansiosas! — Hermione respondeu com um sorriso radiante.

Com um aceno final, Minerva depositou seu olhar novamente em Clarissa, e deu um sorriso. Logo se dirigiu para o lado de fora da casa, desaparatando para voltar à escola.

As irmãs Granger fecharam a porta e se viraram para seus pais, cheias de emoção e entusiasmo.

— Isso é tão incrível! Mal posso esperar para aprender magia, fazer amigos e viver todas essas aventuras! — Clarissa disse com animação.

— Eu sei, Clary. Vai ser uma experiência incrível, tenho certeza. — Hermione concordou, seu olhar brilhando com determinação.

Diana e Adam observavam suas filhas com carinho e orgulho, sabendo que estavam prestes a embarcar em uma jornada mágica e transformadora.

— Vai ser uma nova fase maravilhosa para vocês. Aproveitem cada momento e lembrem-se de que sempre estaremos aqui para apoiá-las, não importa o que aconteça. — Diana disse com ternura.

E assim, com um novo capítulo começando em suas vidas, as irmãs estavam prestes a mergulhar profundamente no mundo da magia e descobrir um reino de possibilidades que nunca imaginaram. O que aguardava as irmãs Granger em Hogwarts e no mundo bruxo? Isso, elas logo descobririam.

( . . . )

Minerva, já em Hogwarts, caminhava pelos corredores da escola pensativa. Embora seu corpo estivesse se movendo, sua mente estava em outro lugar, pensando em uma Granger específica, e na forma como ela se encaixava no complexo tecido do mundo mágico.

Enquanto suas lembranças vagavam, ela se lembrou de um certo padrão de expressões e maneirismos em Clarissa, que a faziam lembrar de alguém. Sua mente vagou pelas páginas do passado, lembrando-se de outra garota, muitos anos atrás, que também tinha olhos cheios de curiosidade e uma determinação ardente. Uma jovem bruxa que havia se destacado desde o início, provando ser excepcional em todas as disciplinas, especialmente em Transfiguração.

Minerva se lembrou de si mesma também, quando era mais jovem, e uma faísca de reconhecimento brilhou em seus olhos. Ela se perguntou se Clarissa Granger seguiria um caminho semelhante ao dela, se tornando uma bruxa notável.

Mas essas eram especulações para o futuro. Por enquanto, Minerva sabia que a jornada de Clarissa estava apenas começando, cheia de descobertas e desafios. Ela sorriu para si mesma, sabendo que estava testemunhando algo especial e significativo.

A magia do mundo bruxo estava prestes a envolver as irmãs Granger, e Minerva estava emocionada para ver como elas iriam florescer nesse ambiente de possibilidades infinitas. E assim, com a esperança de um futuro brilhante, ela seguiu adiante, sabendo que a história de Clarissa Granger estava apenas começando. Minerva podia sentir a promessa de um futuro brilhante pairando no ar, e essa perspectiva a enchia de entusiasmo. Porque, no final das contas, o futuro era uma página em branco, esperando ser preenchida pelas ações e escolhas de jovens bruxas como Clary. E Minerva estava ansiosa para ver como essa história se desdobraria.




• Wingardium Leviosa = É um Feitiço de Levitação que é usado para fazer objetos voarem ou levitarem.

• O que acharam do segundo capítulo?

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Ela tem algo de especial que um dia todos irão descobrir...


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