CHAPTER ONE - Snakes speak?





CAPÍTULO UM -
Cobras falam?




"Papai, o senhor sabe que sou responsável..."







Inglaterra
Grã-Bretanha
1991.

CLARISSA ERA A irmã mais nova de Hermione Granger, ela nasceu no dia 01 de julho de 1980, é incrível como essas duas são parecidas, fisicamente quanto por personalidade. Porém elas também têm suas diferenças. Clarissa consegue ser mais mandona do que Hermione — O que é uma tarefa realmente difícil de se alcançar, já que Hermione não é uma pessoa fácil de se lidar — e seu temperamento não é um dos mais fáceis.

Era uma bela manhã na casa dos Granger, e o quarto de Hermione e Clarissa estava inundado com a suave luz do sol que entrava pela janela. Clarissa, a irmã mais nova, era a típica dorminhoca, mergulhada em um sono profundo. De repente, ela foi acordada por algo saltando e sacudindo-a. Primeiro, seus olhos se abriram ligeiramente, mas a intensa claridade a fez fechá-los novamente.

"Que criatura ridícula está me acordando?" pensou Clarissa, mas, ao abrir os olhos pela segunda vez, viu sua irmã Hermione ali, sorrindo. Imediatamente, um sorriso se abriu em seu rosto, e ela agarrou Hermione, abraçando-a com força.

— Bom dia, bela adormecida! É hora de levantar. — Disse Hermione, pulando animadamente, enquanto Clary permanecia imóvel, como uma estátua, não querendo se afastar do abraço e muito menos levantar.

O quarto era dividido em duas metades, cada uma refletindo a personalidade das irmãs. O lado de Clarissa era cheio de vida e criatividade. Uma penteadeira repleta de desenhos feitos por ela mesma e uma parede que parecia um céu estrelado com uma lua gigante no topo. Já o lado de Hermione era mais sereno, com uma parede pintada por Clarissa, mostrando uma paisagem de um campo de flores, embora a jovem não soubesse de onde veio a inspiração para tal pintura, ela apenas... achava familiar.

O quarto das duas tinha uma penteadeira — no lado de Clary — e uma escrivaninha. — no lado de Hermione — A escrivaninha era repleta de livros escolares e alguns rascunhos de desenhos que Clarissa ainda não havia terminado e nem pretendia continuá-los.

A penteadeira estava bem arrumada, elas não tinham muita maquiagem, estavam apenas alguns acessórios para cabelo nas gavetas, escovas e a bolsinha de cada uma — com as coisas que elas usavam no cotidiano —, a de Clarissa era uma bolsa com inúmeros tons de amarelo já a de Hermione era uma bolsa azul com algumas bolinhas brancas. Na penteadeira também tinha uma desenhos de Clarissa, eles estavam jogados.

Clary era a maior dorminhoca da família, mal podia encostar em um lugar que já estava dormindo. A família Granger sempre tinha problemas quando o assunto era acordá-la e geralmente, eles tiram ímpar ou par para ver quem será o azarado da vez para fazer tal tarefa, quase comparada a acordar um leão — Eram raros os dias que Clarissa acordava de bom humor — e hoje, a azarada havia sido a Hermione, mas por um raro milagre, nesse dia ela havia acordado bem, de alguma forma, ela estava sentindo que esse dia seria especial, que ele seria diferente dos outros.

Apesar de terem quartos separados disponíveis na casa, as irmãs preferiam compartilhar o mesmo quarto. Era uma demonstração de carinho e cumplicidade entre elas.

— Eu não quero levantar. — Resmungou Clary, cobrindo sua cabeça com o edredom vermelho, repleto de ursinhos e corações.

— Mas hoje temos planos! Você esqueceu? — questionou Hermione ao puxar a coberta da cabeça da irmã, usando seu tom mais persuasivo, colocando até mesmo uma pitada de julgamento, daquela forma que apenas Hermione sabia fazer.

Hermione estava radiante de empolgação, despertando a irmã para o grande dia que haviam planejado há semanas. O destino era o zoológico, mais precisamente a casa dos répteis, uma visita tão esperada que era quase impossível conseguir ingressos, dada a grande quantidade de estudantes que costumavam lotar o local com suas visitas escolares.

Clarissa riu nervosamente, incapaz de esconder que, na verdade, tinha esquecido mesmo.

— Claro que não! — respondeu com um sorriso sem graça, sabendo que sua irmã não estava muito convencida

É lógico que ela havia esquecido.

Mas Hermione resolveu deixar a questão de lado, satisfeita por ter conseguido chamar a atenção e finalmente acordar Clary. A ansiedade de Hermione para o passeio era contagiante, embora Clarissa não compartilhasse o mesmo entusiasmo pelos estudos dos animais. No entanto, a alegria de Hermione era motivo suficiente para que Clary fizesse um esforcinho e se animasse pela irmã.

Com um movimento desajeitado, Clarissa jogou sua manta de ursinhos e corações para o lado e calçou suas pantufas de unicórnio antes de se levantar. Ela ainda estava meio sonolenta, os olhos semicerrados, mas logo se dirigiu ao banheiro.

A janela do quarto era ampla, coberta por um blecaute e uma cortina. No entanto, naquela manhã, Hermione teve uma ideia inusitada para acordar a irmã mais rapidamente: deixar o blecaute e a cortina abertos, permitindo que a luz do sol inundasse o ambiente. Parece que a tática funcionou perfeitamente.

Se fosse por Clarissa, ela ia para o banheiro até mesmo enrolada na coberta, mas sabia que levaria um sermão de sua irmã.

— Hermione, acabei de ler aquele livro de mitologia grega ontem. Será que você poderia me emprestar a segunda edição? — Gritou Clary do banheiro enquanto escovava os dentes. — Achei o livro muito interessante! — Ela usou sua voz pidona, e se estivesse na frente de Hermione, com certeza faria o beicinho de cachorro abandonado.

A paixão por leitura era outra característica compartilhada pelas irmãs Granger, e elas muitas vezes se perdiam em mundos fictícios, o que às vezes preocupava seus pais.

Elas acabam até lendo demais, e seus pais costumavam dizer que não era para elas passarem tanto tempo no mundo fictício.

— Claro, pode pegar mais tarde. — Respondeu Hermione, divertindo-se com a empolgação da irmã. Clarissa comemorou com uma dancinha da vitória e desceu as escadas ainda de pijama.

Enquanto desciam as escadas, seus olhares foram atraídos para a parede, decorada com retratos da família Granger. Cada foto contava uma história, e aquele simples olhar despertou memórias de momentos felizes que compartilharam juntas ao longo dos anos.

— Lembra quando fomos à praia no verão passado? Aquele pôr do sol foi incrível! — Exclamou Hermione, apontando para uma das fotos.

— Sim, e aquela vez em que fizemos o piquenique no parque! Ah, como eu amei aquele dia! — Respondeu Clarissa, sorrindo com saudade.

As lembranças das aventuras compartilhadas inundaram suas mentes, tornando o momento repleto de nostalgia.

— Eu estou super ansiosa para ver as espécies dos répteis. — Falou Hermione, sorrindo enquanto se juntava a Clarissa no café da manhã.

— Você sabe que eu não tenho tanto interesse nas espécies, mas ouvi falar que uma cobra veio do Brasil. — Disse Clarissa. Ela saudou seus pais ao passar por eles, sentando-se em frente a sua mãe. Hermione sentou-se ao lado dela, com um sorriso brilhante estampado no rosto.

— Bom dia, papai, bom dia, mamãe. — Disse Clarissa, mandando beijinhos com a mão para ambos.

— Bom dia, queridas! Estão ansiosas para o passeio? — Perguntou Adam, o pai das meninas, referindo-se à ida ao zoológico.

— Muito! — Respondeu Hermione, transbordando entusiasmo.

Adam mastigava o famoso biscoito de mel preparado por sua esposa, Diana, enquanto saboreava uma xícara de chá.

— Papai, falando em animais... Já que eu tenho me comportado bem e... — começou Clarissa, mas logo foi interrompida pelo pai.

— Clary, sem animais até você crescer e ser mais responsável. — Disse Adam, tomando um gole de sua xícara.

— Papai, o senhor sabe que sou responsável... E eu teria a Mione para me ajudar. — Respondeu Clarissa, apontando para Hermione, que estava atenta à conversa.

— Me dê uma situação em que eu não fui responsável. — Desafiou Clarissa, arqueando as sobrancelhas.

— Sabe aquela vez em que você quebrou o nariz daquele garoto na escola? — Ressaltou Adam, e Clarissa apenas assentiu, confusa. — Você não deveria ter sido tão agressiva. — Acrescentou ele.

— Papai, o senhor está sendo injusto comigo, ele mereceu sim! Por acaso o senhor sabe o que ele fez? — Perguntou Clarissa, com um olhar ameaçador ao pai. Mesmo com seus dez anos de idade, Clarissa tinha um jeito ameaçador quando a situação exigia.

Adam negou com a cabeça após a pergunta da filha.

— Aquele menino perturbado puxou o cabelo da Hermione e disse que ela era chata e esquisita. — Explicou Clarissa, reforçando sua ação.

Clarissa sempre foi muito protetora em relação a sua irmã mais velha, uma característica curiosa, considerando que ela é a mais nova, a mais ameaçadora também.

— Tudo bem, mas você não deveria ter partido para agressão. — Argumentou Adam, mas logo foi interrompido por sua esposa.

— Parabéns, filha, foi muito corajosa... E sim, foi bem merecido. — Elogiou Diana, enquanto seu marido a olhava resmungando coisas como "Nem para ficar do meu lado." Diana apenas deu de ombros, apreciando o instinto protetor de Clarissa em relação à irmã. Afinal, aquela conexão especial entre as duas era algo único e admirável.

[ . . . ]

Após aquela breve "discussão" no horário do café da manhã, a família Granger finalmente chegou ao zoológico, ansiosos por um dia repleto de diversão e aventuras.

Essas idas aos lugares eram sempre barulhentas, já que os Granger costumam conversar bastante sobre os mais diversos assuntos.

— Papai, aquele garoto mereceu sim o soco no nariz. — Defendeu Clarissa, engajada naquela conversa que parecia interminável.

— Ok então! — Respondeu Adam, lançando um olhar pelo retrovisor que denunciava sua resignação. Ele sabia que a filha era uma excelente argumentadora e que provavelmente a batalha estava perdida.

— Então isso quer dizer que você vai me dar um gato? — Clarissa abriu um sorriso travesso em questão de segundos, tentando tirar vantagem da situação.

— Não. — Respondeu Adam simplesmente, frustrando a esperança da garota.

— Essas pessoas de hoje em dia... — Exclamou Hermione, batendo na testa, arrancando risos dos demais ocupantes do carro.

Hermione aplaudiu entusiasticamente ao ver o letreiro escrito "Casa dos répteis", enquanto a família saía do carro, e a excitação no ar era palpável quando as irmãs Granger saíram correndo em direção à entrada da casa dos répteis.

— Aonde nós iremos primeiro? — Perguntou Hermione.

Embora a fila do lugar estivesse grande, eles não precisaram se preocupar, pois haviam comprado os ingressos antecipadamente, o que lhes permitiu entrar rapidamente.

— Que tal irmos andando e descobrindo aleatoriamente? — Sugeriu Adam, e todos concordaram com a ideia, animados para a jornada que os esperava.

Logo que adentraram a casa dos répteis, avistaram diversos lagartos e ouviram o especialista local falar sobre as características de cada espécie. Para Clarissa, no entanto, a palestra estava entediante. Mesmo sem ser uma especialista, ela percebeu que algumas informações estavam longe da realidade.

— Mamãe, posso ir ao banheiro? — Perguntou Clarissa, fingindo inocência enquanto olhava para Diana, que assentiu, mas não sem lançar um olhar firme para a filha, como um aviso silencioso para não aprontar.

— Sempre funciona! — Completou Clarissa, afastando-se da mãe para explorar o local de sua maneira.

Na verdade, Clarissa tinha outras intenções. Lembrou-se de que havia uma cobra vinda do Brasil no zoológico, e sua curiosidade a levou a procurá-la. Ela nem mesmo sabia o motivo de estar tão curiosa assim.

Enquanto passeava, Clarissa informava-se com os funcionários sobre a localização da cobra. Ao chegar ao local, viu um garoto batendo no vidro do recinto, tentando provocar o réptil. Curiosa, aproximou-se lentamente e percebeu que era uma família.

— Mexa-se! — Ordenou o garoto, tentando atrair a atenção da cobra, mas ela não demonstrou interesse.

Observando a situação, Clarissa decidiu se aproximar do menino, afinal, ela não gostava de ver os animais sendo provocados. A Granger viu que o garoto com a expressão de arrogante tinha se afastado, portanto foi para o lado do menino magricelo que ficou sozinho após o resto da família sair.

— Não liga não... Ele não entende o que é ficar aí dentro, dia após dia, vendo as pessoas colocando suas caras feias para ver você. — Comentou o garoto, que usava óculos redondos e tinha uma cicatriz na testa.

— Aquele garoto é seu irmão? Na boa, ele parece ser muito chato. — Falou Clarissa, surpreendendo-o ao surgir ao seu lado repentinamente. — Ah, me desculpe! — Completou, envergonhada por ter aparecido tão repentinamente, sem aviso.

Alguns a acham chata e um pouco egocêntrica, pois a Granger tem o costume de dizer e fazer coisas que ninguém teria coragem, outros chamam isso de ser metida, já ela, prefere chamar de coragem.

Harry, o garoto de óculos, soltou um riso tímido enquanto olhava pela primeira vez a garota de cabelos ondulados ao seu lado. — Na verdade não, ele é meu primo. E tem razão, ele é muito chato. Não sabe como é conviver com ele todo dia.

— Sabe... Eu nunca falei com cobras antes, mas você parece que já falou várias vezes. — Observou Clarissa, olhando-o intrigada.

— Sim... eu falo com cobras todos os dias. — Harry disse, soltando uma risadinha fofa.

Clarissa, ainda surpresa com a revelação — e não percebendo a forma de duplo sentido que o menino da cicatriz disse se referindo aos seus tios — estendeu a mão para o garoto apertar.

Por um momento, Harry pareceu hesitar, olhando para a mão estendida como se estivesse confuso. Mas logo, ele entendeu o gesto e apertou a mão de Clary, rindo envergonhado ao se apresentar.

— Me chamo Harry.

A cobra parecia se divertir com o constrangimento de Harry, e Clarissa achou aquilo curioso e encantador ao mesmo tempo.

— E qual é o seu nome, senhorita que apareceu do nada? — Questionou Harry, provocando um rubor nas bochechas de Clarissa.

— Me chamo Clarissa Granger. — Disse ela, sorrindo.

Harry reparou que os olhos da menina brilhavam, ele não sabia dizer se era a luz que batia ou se o brilho vinha de fato deles, mas de alguma forma, aqueles eram os olhos mais bonitos que já havia visto em toda a sua vida. Ele reparou que estava parado a muito tempo a encarando, por isso desviou o olhar e voltou a encarar a cobra.

— Você... Bem, sempre fala com as pessoas? — Harry continuou a conversa com a cobra, e ela negou com a cabeça.

Os olhos de Clarissa se arregalaram, piscando várias vezes para ter certeza de que não estava sonhando. Ela nunca imaginou que veria uma cobra responder perguntas. Curiosa, Clarissa olhou para o lado e percebeu que aquela era a cobra que ela estava procurando, vinda do Brasil.

— Eu estava te procurando. Soube que veio do Brasil. — Comentou Clary, e a cobra assentiu lentamente com a cabeça.

— Era legal lá? — Perguntou Harry, com um olhar um pouco triste. — Sente falta da família? — Completou ele, olhando para a cobra.

A cobra virou o olhar, e Clarissa e Harry leram a resposta "Nascida em cativeiro".

— Ah, já entendi... Você é igualzinho a mim. — Falou Harry.

Clarissa olhou para Harry com uma expressão intrigada, mas resolveu não questionar sobre o que ele quis dizer. Não era algo que ele parecesse confortável em falar.

— Sinto muito. — Disse Clary para Harry, tentando imaginar a dor que ele devia sentir.

Harry deu um sorriso triste, agradecendo o gesto de compreensão. Harry não estava acostumado com olhares de pena, a maioria das pessoas nem mesmo o notava.

Enquanto conversavam com a cobra, Clarissa ficou impressionada com a naturalidade com que Harry se comunicava com o animal. Era como se os dois tivessem um entendimento mútuo.

— Não conheci meus pais também. — Falou Harry apoiando seus dois braços em cima do longo corrimão marrom, logo em seguida botando a cabeça em cima das mãos.

O primo de Harry interrompe a conversa, chamando a atenção para a cobra. A curiosidade do garoto era tamanha que acabou empurrando Harry acidentalmente, fazendo-o cair contra o vidro do recinto.

— Mãe, pai... Venham cá! — Berrou o primo de Harry. — Venham ver oque a cobra está fazendo. — Completou ele.

Clary ia ajudar Harry a se levantar, porém na mesma hora que ela foi na intenção de ajudá-lo, Harry olhou para o vidro e ele imediatamente se quebrou.

— Nossa! — Exclamou Clarissa, surpresa.

Clarissa arregalou os olhos e ficou sem reação. Não podia ser coincidência o vidro ter se quebrado no mesmo momento que o garoto de cicatriz o encarava com um olhar esquisito. Harry estava com a mesma reação de Clary, enquanto seu primo que estava berrando, caiu na água. Clarissa se segurou muito para não falar um "bem feito". Harry soltou uma risadinha fofa, mesmo com o estrago. Clarissa permaneceu imóvel, sem saber como agir.

A cobra se aproximou de Harry, e ele piscou algumas vezes seus olhos, ainda perplexo com o que aconteceu.

— Agradeço. — Disse a cobra, e Harry assentiu rapidamente, um pouco intimidado pela situação.

— Disponha. — Respondeu Harry, soltando um sorriso nervoso.

A cobra, em seguida, voltou sua atenção para Clarissa e falou:

— Esse é apenas o começo.

— O que quer dizer com isso? — Perguntou Clarissa de boca aberta, chocada, ela não sabia se ficava surpresa por tê-la ouvido falar, ou se pela cobra ter falado diretamente com ela, enquanto isso a cobra rastejava entre as pessoas, causando um leve pânico entre os visitantes que gritavam coisas como "Cobras!", "Fujam, cobras!".

— O senhor senhora cobra! Me responda! — Gritou Clarissa, mas a cobra apenas a ignorou.

Clarissa ficou paralisada até ser puxada pela mãe, que a conduziu para longe da confusão.

— Te procurei por toda parte, dona Clarissa. — Disse Diana, aliviada por encontrar a filha.

— Mamãe, a senhora não sabe que deixar a pessoa falando sozinha é falta de educação? A senhora que me ensinou. — Disse Clarissa, com um sorriso sarcástico. — Tchau, novo amigo! — Gritou Clarissa para Harry, enquanto acenava freneticamente.

Diana riu e passou a mão na cabeça da filha.

— Tudo bem, meu amor. Só que é perigoso você sumir assim. — Disse Diana, tentando acalmar a filha. Clarissa estava confusa e tentava processar tudo o que havia acontecido.

Pelo vidro do carro, dava para ver que Hermione comentava empolgada sobre algo, enquanto Adam sorria pela animação de sua filha.

— Sabe o que também é falta de educação? Mentir para sua mãe. — Ela afirmou dando um sorriso sarcástico.

— É, agora você me pegou. — Clary deu um sorriso sem graça. — Porém, em minha defesa, eu realmente passei por um banheiro, porém queria ver a cobra que as pessoas tanto comentavam. Mamãe, sabia que ela veio do Brasil?

— Não mude de assunto, sua espertinha. — A mulher de cabelos curtos e pretos falou.

— Tudo bem. Me desculpe, mamãe. — Ela falou realmente arrependida de ter mentido para sua mãe.

Diana sorriu e passou a mão na cabeça da filha e falou:

— Tudo bem, meu amor. Só que é perigoso você sumir assim, já pensou se essa cobra que fugiu tivesse feito algo com você?

— Mamãe, essa cobra é boazinha, ela até falou comigo! — Afirmou Clarissa contando a sua mãe e torcendo que ela acredite nisso.

— Minha filha, cobras não falam. — Disse ela entrando no banco da frente do carro.

— Falam sim. Ela também falou com meu novo amigo. — Clary rebateu de volta, enquanto entrava no carro. Recebendo um olhar confuso de sua irmã, que não entendeu o motivo da cara que Clarissa estava fazendo.

Clarissa achava que nunca mais veria seu novo amigo, mas estava completamente errada, sua vida mudaria, e muito.





• Trechos tirados de Harry Potter e a pedra filosofal, créditos a autora (JK Rowling).

• Primeiro capítulo espero que tenham gostado. O que acharam do capítulo?

• Alguma teoria sobre a Clarissa ser ofidioglota?

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• Espero que gostem.



Ela tem algo de especial que um dia todos irão descobrir...



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