CHAPTER NINETEEN - The Sacrifice
CAPÍTULO DEZENOVE -
O sacrifício
"O poder, humana insolente!"
POV. NARRADORA
Clarissa estava flutuando. Ou pelo menos, era assim que parecia. A sensação de leveza, de estar sendo carregada por uma brisa suave e acolhedora, a envolvia completamente. Ela piscou lentamente, os olhos se abrindo para um cenário que parecia irreal, um lugar encantado, perdido no tempo.
Ela se encontrava em um jardim vasto e colorido. Flores de todas as cores e formas desabrochavam ao seu redor, exalando fragrâncias doces e reconfortantes. O perfume das rosas, margaridas e lírios preenchia o ar, quase como um lembrete constante de que aquele lugar não era comum. Era especial, mas ela não sabia o motivo. Clarissa andava pelo caminho de pedras brancas que cortava o jardim, seus pés descalços mal tocando o chão, como se estivesse flutuando entre a realidade e o sonho.
Ela observou uma fileira de girassóis que pareciam erguer suas cabeças para segui-la, os caules inclinando-se levemente em sua direção. O sol estava brilhando, mas não de forma agressiva. O calor era suave, como um abraço reconfortante. Tudo ali parecia perfeito.
"Onde estou?" Ela se perguntou em voz baixa, mas a brisa pareceu levar suas palavras para longe antes mesmo que pudessem ecoar. Era um lugar bonito demais, mas a beleza trazia consigo uma sensação de perda.
Foi aí que ela lembrou... Era o jardim de seus sonhos.
Ela sentia que já havia estado ali antes. Tudo era familiar e ao mesmo tempo estranho, como uma fotografia antiga desbotada nas bordas, uma imagem de algo querido que você não consegue identificar completamente. O jardim tinha uma essência quase nostálgica, como se sussurrasse para ela algo importante que sua mente não podia alcançar.
Foi então que ela a viu.
No meio das flores, ao longe, uma figura feminina estava parada. A mulher tinha uma presença angelical, e os cabelos castanhos dourados dela brilhavam com a luz suave do sol, como se fossem feitos de fios de ouro e bronze. Ela estava de costas, aparentemente absorta na contemplação das flores ao seu redor. Havia algo naquela mulher que fez o coração de Clarissa acelerar.
"Quem é ela?" Clarissa se perguntou, tentando focar no rosto da mulher, mas a cada passo que dava, mais nebulosa a imagem se tornava. O rosto da mulher estava desfocado, como se estivesse coberto por um véu de névoa que Clarissa não conseguia atravessar.
– Olá? – Clarissa chamou hesitante, mas sua própria voz soou distante, como se estivesse falando através da água. A mulher não respondeu de imediato, mas parecia que sua postura se suavizava, como se soubesse que Clarissa estava ali. O silêncio no jardim era espesso, mas estranhamente, não era assustador. Havia algo no ar que a acalmava.
Depois de alguns segundos, a mulher virou lentamente a cabeça em direção a ela, os longos cabelos se movendo com elegância. Os traços dela ainda estavam obscurecidos, como se o mundo ao redor se recusasse a revelar sua identidade.
– Clarissa...– a voz da mulher veio suave, quase um sussurro, carregada pela brisa do jardim.
Clarissa parou, o coração batendo forte. Como ela sabia seu nome?
– Quem é você? – Clarissa perguntou, dando mais um passo à frente. Algo dentro dela estava em alerta, mas não de medo, e sim de uma espécie de urgência desconhecida.
A mulher não respondeu imediatamente. Em vez disso, ela estendeu uma mão para as flores ao seu redor, os dedos passando suavemente pelas pétalas de uma rosa.
– Eu estou aqui para te ajudar. – A mulher disse, com um tom gentil.
Clarissa franziu a testa. Ela sabia que deveria reconhecer essa mulher. Alguma coisa em seu coração dizia que aquela mulher era importante.
– Ajuda com o quê? – Clarissa perguntou, sua voz mais firme agora, mas ainda cheia de confusão. Ela sentiu uma dor leve atrás dos olhos, como se algo em sua mente estivesse lutando para emergir, uma memória escondida lutando para ser lembrada.
A mulher hesitou por um momento, e então deu um passo em direção a Clarissa. Seu corpo parecia brilhar levemente com a luz do sol, quase como uma figura angelical. Clarissa prendeu a respiração, esperando ansiosa por uma resposta.
– Você não pode ficar aqui. – Disse a mulher, a voz mais urgente agora, mas ainda suave. – Ele precisa de você.
– Ele? – Clarissa repetiu. Algo estava pulsando em sua mente, mas as respostas continuavam fora de alcance.
A mulher fez uma pausa e então disse:
– Harry. – Apenas uma palavra, mas ela atingiu Clarissa como uma onda de realidade. Ela olhou ao redor, e por um breve momento, o jardim, com todas as suas cores e fragrâncias, começou a desvanecer. O nome de Harry trouxe de volta a sensação de perigo, de urgência. Harry estava em perigo.
O som de chamas crepitando e o calor do fogo começaram a se misturar em suas lembranças. As queimaduras. O jardim começou a oscilar, e a dor em seu corpo voltou a latejar de forma insistente.
– Você precisa acordar. – A voz da mulher era quase um sussurro agora, mas carregava uma força impossível de ignorar.
Clarissa olhou novamente para a mulher, a visão embaçada do rosto ainda frustrando seus esforços de vê-la claramente.
– Quem é você? – Clarissa sussurrou, quase sem voz.
A mulher deu um leve sorriso, triste e afetuoso ao mesmo tempo. Ela levantou a mão como se quisesse tocar o rosto de Clarissa, mas parou no meio do caminho.
– Acorde, Clarissa. Harry precisa de você. – A mulher repetiu, e com isso, o jardim começou a desaparecer por completo. As flores, a brisa, o sol, tudo se desvanecia, deixando Clarissa sozinha na escuridão.
E então, com um sobressalto, Clarissa acordou.
As chamas vermelhas ao redor de sua pele ainda ardiam, mas agora ela estava de volta à realidade, e a dor era inconfundível. O peso da responsabilidade caiu sobre seus ombros novamente. Harry estava em perigo, e ela precisava ajudar.
Mesmo com o corpo queimado e a dor a devorando por dentro, ela não podia parar agora.
O gosto amargo do desespero ainda estava em sua boca, e por um instante, seu corpo inteiro pulsava de dor. Ela piscou várias vezes, tentando focar sua visão em meio à escuridão ao seu redor. As sombras dançavam em formas indistintas, criando um ambiente que aumentava ainda mais o medo crescente em seu peito.
Ela respirou fundo, sentindo o ar pesado e abafado da câmara preencher seus pulmões. Uma ardência excruciante percorria seus braços e pernas, como se milhares de agulhas estivessem cravando em sua pele. Ela engoliu um soluço, tentando manter o controle.
Ela olhou para baixo e, mesmo no escuro, pôde ver as marcas vermelhas, as queimaduras espalhadas por seus braços, mãos e pernas. A dor era insuportável, mas ela não podia permitir que o medo a dominasse. Seu coração batia forte, mas a mente repetia uma única verdade: tudo aquilo era por Harry.
"Eu fiz isso para ajudá-lo", pensou, apertando os punhos. Seu corpo tremia não só pela dor, mas pelo peso do momento. Clarissa sabia que as queimaduras provavelmente se transformariam em cicatrizes, marcas que ela carregaria para sempre. Ela tentou afastar esses pensamentos. Não havia tempo para pensar em cicatrizes ou arrependimentos.
Com uma determinação renovada, Clarissa começou a se mover, cada passo uma luta contra a dor que corria por seu corpo. Ela não conseguia esconder as pequenas arfadas de dor que escapavam de seus lábios, mas continuou, ignorando o desconforto. Sabia que Harry estava em perigo, e precisava encontrá-lo.
A câmara estava quase silenciosa, exceto por um leve murmúrio de vozes que ela mal conseguia distinguir. Isso a fez parar de repente, os ouvidos atentos ao som. Lentamente, ela se escondeu nas sombras de uma grande coluna de pedra, respirando com dificuldade. As vozes estavam mais claras agora. Ela se inclinou para o lado, espiando na direção de onde vinham as palavras e, para sua surpresa, viu Harry. Ele estava mais à frente, de costas para ela, e do outro lado... estava Quirrell.
"Quirrell?!", pensou Clarissa, o choque quase a fazendo esquecer da dor. O professor desajeitado e nervoso de Defesa Contra as Artes das Trevas? Era ele, afinal? Ela sentiu uma mistura de triunfo e frustração. Havia sempre suspeitado de Quirrell, mas ter essa confirmação a deixava ao mesmo tempo satisfeita e aterrorizada. Seu primeiro instinto foi gritar para Harry, mas ela se conteve, percebendo que não podia se expor.
"Vou esfregar isso na cara de Harry depois", pensou ela, sentindo um sorriso irônico surgir em seu rosto, mesmo em meio à tensão do momento.
– Snape estava tentando me salvar? – A voz de Harry cortou o ar. Ele soava confuso, quase incrédulo, e Clarissa podia facilmente imaginar seu amigo franzindo a testa, tentando processar aquilo. Ele sempre achara que Snape queria vê-lo derrotado.
Clarissa ficou ainda mais atenta, apertando os dentes enquanto a dor latejava em seus membros queimados.
– É claro – Quirrell respondeu com uma calma perturbadora, uma risada estranha escapando de seus lábios. A risada de Quirrell sempre tinha algo de inquietante, mas agora, sabendo da verdade, soava ainda mais sinistra. – Por que você acha que ele queria apitar o próximo jogo? Ele estava tentando garantir que eu não repetisse aquilo. O que, na realidade, é engraçado... Ele nem precisava ter se dado ao trabalho. Eu não poderia fazer nada com Dumbledore assistindo. Todos os outros professores acharam que Snape estava tentando impedir Grifinória de ganhar, ele realmente conseguiu se tornar impopular... E que perda de tempo, se depois disso vou matá-lo esta noite.
Clarissa prendeu a respiração ao ouvir a última parte. Matá-lo? Seu coração disparou ainda mais rápido. Não podia permitir que isso acontecesse. Mas o que poderia fazer? Estava machucada, fraca... no entanto, não podia ficar apenas assistindo. Harry estava em uma posição vulnerável, ouvindo as palavras de Quirrell como se estivesse hipnotizado. Ele não podia entender o perigo completo que corria.
Quirrell, com seu sorriso sinistro e voz gélida, pairava sobre Harry, que agora estava imobilizado por cordas conjuradas de sua varinha. O ar estava carregado com a ameaça de algo muito mais sombrio. Clarissa observou de seu esconderijo nas sombras, o coração martelando no peito. Ela queria agir, queria correr até Harry, mas sabia que precisava ser cuidadosa. Qualquer movimento em falso poderia ser desastroso.
– Você é muito metido para continuar vivo, Potter – Quirrell disse com desprezo, caminhando lentamente ao redor de Harry, como um predador cercando sua presa. – Correr pela escola no Dia das Bruxas... Imprudente. E, pelo que percebi, você viu o suficiente para descobrir o que eu estava tentando alcançar. A Pedra Filosofal.
Clarissa soltou um suspiro baixo e involuntário, a mente correndo freneticamente em busca de uma solução. Ela precisava fazer algo, mas Quirrell estava atento demais, perigoso demais. E aquela dor de cabeça... uma pontada aguda de desconforto estava se espalhando por sua mente. Ela cerrou os dentes, forçando-se a focar.
– Sua turminha também se acha muito espertinha, continuou Quirrell, o rosto dele torcendo-se em um sorriso cruel. – Especialmente aquela Granger mais nova... sempre suspeitando, sempre metida onde não devia.
Clarissa prendeu a respiração. Ele sabia. Sabia que ela estava envolvida, que havia desafiado suas armadilhas, que tinha colocado em risco todo o seu plano. O medo se entrelaçava com a culpa, mas ela se recusava a ceder àquele sentimento. Agora não.
Harry, amarrado e imóvel, forçava-se a manter a calma, mas Clarissa podia ver o desespero em seus olhos, os músculos tensos enquanto ele tentava, em vão, se libertar das cordas. Seus olhos, no entanto, procuraram por algo, ou melhor, por alguém.
Clarissa. Ele esperava que ela tivesse escapado, que tivesse ido para a saída, como ele havia dito. A ideia de que ela ainda pudesse estar lá o aterrorizava.
– Você... – Harry começou, a voz tensa, encarando Quirrell com desafio. – Você deixou o trasgo entrar, não foi?
Quirrell se endireitou, parecendo satisfeito consigo mesmo.
– Claro que sim. – Ele deu uma risada baixa, sombria. – Eu tenho um talento especial para lidar com trasgos. Você deve ter visto o que eu fiz com o outro na câmara anterior, não?
Clarissa fechou os olhos por um momento, tentando afastar a imagem grotesca do trasgo caído.
– Enquanto todo mundo estava preocupado com o trasgo, continuou Quirrell, caminhando em círculos como se contasse uma história para se vangloriar, – Snape, que já desconfiava de mim, foi direto ao terceiro andar. Ele queria me impedir de chegar à Pedra.
Quirrell parou por um instante, erguendo a cabeça com um sorriso sarcástico no rosto.
– O pobre Snape... sempre tentando proteger vocês. Ele até me desafiou na Floresta Proibida, mas, por mais que tentasse, não conseguiria impedir o inevitável. Ele sabia que eu estava trabalhando para... alguém maior.
Clarissa se forçou a manter a calma, enquanto o nome pairava sobre a sala como um veneno não dito. Voldemort. Ela sentiu uma onda de náusea, mas também de raiva. O monstro responsável por tantas mortes e pelo medo que assombrava o mundo bruxo... o monstro de seus sonhos.
– Agora... fique quieto – Quirrell ordenou, sua voz se tornando fria e cortante novamente. – Eu preciso examinar este espelho.
Clarissa seguiu o olhar de Quirrell até o espelho gigantesco que se erguia no centro da câmara. O Espelho de Ojesed. Ela se lembrava de Harry mencioná-lo . Ele havia falado sobre como o espelho mostrava o que você mais desejava... Mas agora ele estava sendo usado para algo muito mais sinistro.
– Este espelho... – Quirrell murmurou, girando ao redor dele, os olhos fixos no vidro como se estivesse tentando decifrar um enigma. – Este espelho é a chave para encontrar a Pedra Filosofal. Mas como?
Enquanto Quirrell continuava a andar em círculos ao redor do espelho, Clarissa pôde ver Harry se mexendo novamente, tentando lutar contra as cordas que o mantinham preso. Ela sabia que precisava agir logo, mas seu corpo ainda estava fraco.
– Vi você e Snape na floresta – disse Harry de repente, interrompendo a concentração de Quirrell.
O professor virou-se ligeiramente, sem tirar os olhos do espelho, mas o tom de superioridade não havia desaparecido de sua voz.
– Ah, sim... Snape sempre soube das minhas intenções. Tentou me impedir, claro, mas não conseguiu. Ele pensava que podia me assustar, que poderia fazer algo contra mim... Mas o que ele não sabia é que...
Quirrell parou de falar e ergueu a cabeça, seus olhos brilhando com algo que beirava a loucura.
– ... Eu tenho Lorde Voldemort do meu lado.
Clarissa quase sentiu o chão desaparecer sob seus pés. O nome, o peso desse nome, caiu sobre a sala como uma lâmina.
Voldemort.
Ela sabia que aquele nome carregava o mal puro, mas a certeza de que ele estava ali, que sua influência estava tão próxima, quase a paralisava de medo. Como ela poderia lutar contra algo assim? Como eles poderiam vencer?
Mas então, como um eco distante em sua mente, a voz da mulher no jardim voltou a ela, suave e reconfortante: "Você precisa acordar... Harry precisa de você."
Era por isso que ela estava ali. Por isso havia atravessado o fogo, por isso suportava a dor. Ela precisava salvar Harry.
– Eu vou acabar com você – murmurou Clarissa para si mesma, seus olhos brilhando com determinação.
Quirrell inclinou-se levemente para frente, como se compartilhando um segredo obscuro. A luz fraca da câmara dançava em seu rosto, lançando sombras que acentuavam suas feições angustiadas.
– Meu senhor está comigo aonde quer que eu vá. – A voz de Quirrell era quase um sussurro, mas carregava uma carga de reverência que fez o coração de Harry acelerar. – Conheci-o quando estava viajando pelo mundo. Eu era um rapaz tolo naquela época, cheio de ideias ridículas sobre o bem e o mal. – Ele soltou uma risada nervosa, um som que não chegava a ser alegre, mais parecido com um lamento. – Lorde Voldemort me mostrou como eu estava errado. Não existe bem nem mal, só existe o poder, e aqueles que são demasiado fracos para o desejarem.
Quirrell continuou, os olhos brilhando com uma obsessão que fazia o estômago de Clarissa revirar.
– Desde então, eu o tenho servido com fidelidade, embora o desaponte muitas vezes. – Ele lançou um olhar sombrio para Harry. – Por isso ele tem sido muito severo comigo. Não perdoa erros com muita facilidade. Quando não consegui roubar a pedra de Gringotes, ele ficou muito aborrecido. Me castigou... resolveu me vigiar mais de perto...
– O que devo fazer, mestre? – Quirrell perguntou, a submissão em sua voz era quase nauseante.
Harry fechou os olhos, como se esperasse que a resposta nunca viesse. Mas para sua surpresa, uma voz baixa e fraca sussurrou, rompendo o silêncio.
– Use o menino, use o menino.
O arrepio que percorreu a espinha de Clarissa não era bom. Ela reconhecia aquela voz, a mesma que a assombrava em pesadelos, a voz que parecia sair das sombras de sua mente e arrastá-la para o abismo do medo.
– É... Potter, vem cá. – Quirrell fez um aceno de mão, e, para o horror de Clarissa, as cordas que imobilizavam Harry se desvaneceram, como se tivessem sido dissolvidas por um feitiço maligno.
Harry hesitou, claramente relutante em se aproximar de Quirrell. Mas a força de um impulso o fez avançar, embora seus passos fossem lentos e hesitantes.
– Olhe no espelho e me diga o que vê.
Harry parou diante do espelho, o reflexo distorcido e ameaçador da câmara parecia refletir não apenas sua imagem, mas também seus medos mais profundos.
– Me vejo apertando a mão de Dumbledore, ganhei a taça das casas para a Grifinória. – A voz de Harry era firme, mas Clarissa sabia que ele estava mentindo. O desvio de olhar e a hesitação em sua fala eram indícios claros.
– Ele está mentindo... – a voz murmurou novamente, reverberando pela câmara como um sussurro do próprio Voldemort. Clarissa franziu a testa, tentando reunir coragem.
– Potter! – Quirrell gritou, mas Harry, tomando coragem, se virou e começou a correr em direção às escadas. No entanto, uma força invisível o puxou de volta, como se tentasse arrastá-lo para dentro de um pesadelo.
– Deixe-me falar com ele... cara a cara... – a voz baixa se pronunciou novamente, e Clarissa sentiu uma onda de pânico.
A tensão no ar era densa, e quando Quirrell começou a desenrolar o turbante de sua cabeça, Clarissa prendeu a respiração. O turbante caiu ao chão, revelando uma parte de trás da cabeça de Quirrell que parecia estranhamente pequena, como se estivesse oculta de propósito.
– Não... não pode ser... – Clarissa sussurrou para si mesma, a mente rodando com a percepção do que estava prestes a acontecer.
Quirrell virou-se lentamente, a expressão em seu rosto transformando-se em uma máscara de terror e submissão. Onde deveria estar a parte de trás de sua cabeça, havia um rosto, e não um qualquer. Era o rosto mais horrível que Clarissa já tinha visto, uma distorção grotesca de raiva e malícia, os olhos brilhando com uma luz malévola.
– Harry Potter e Clarissa Granger – A voz rouca de Voldemort cortou o silêncio, ressoando na câmara como um eco maligno.
Clarissa sentiu uma pontada de dor de cabeça, uma pressão insuportável, mas mesmo assim, não hesitou. Com determinação, ela saiu de onde estava, endireitando-se e fazendo a pose mais ameaçadora que conseguiu. O coração batia acelerado, mas ela não podia mostrar fraqueza diante daquela criatura.
Harry virou-se rapidamente, seus olhos se fixando nos braços de Clarissa. Ele franziu a testa, um misto de confusão e preocupação. – Ela fez isso por mim?
– O amor... considerado um poder por alguns, mas é apenas uma fraqueza. – Voldemort murmurou, seus olhos escaneando as queimaduras que ainda marcavam a pele de Clarissa, sinais de sua luta anterior.
– Você não sabe nada sobre o amor. – A voz de Clarissa era firme, ressoando com uma coragem que ela mal sentia, mas que sabia que precisava exibir.
– Cale-se! – O rosto de Voldemort, uma máscara de ira, se contorceu. – Estão vendo no que me transformei? – Ele gesticulou dramaticamente. – Apenas uma sombra vaporosa... – A voz dele tremulou com desprezo. – Só tenho forma quando posso compartilhar o corpo de alguém... mas sempre houve pessoas dispostas a me deixar entrar em seu coração e em sua mente...
O ar estava denso, como se o próprio ambiente estivesse absorvendo a malevolência que emanava dele. Clarissa sentiu um arrepio na espinha ao perceber o que estava por trás das palavras de Voldemort.
– O sangue do unicórnio me fortaleceu. – Ele prosseguiu, um sorriso malicioso se formando em seus lábios. – Vocês viram o fiel Quirrell bebendo-o por mim na floresta... e uma vez que eu tenha o elixir da vida, poderei criar um corpo só meu... – A voz dele se tornou mais persuasiva. – Agora... por que você não me dá essa pedra que está no seu bolso?
Ele falou diretamente a Harry, e a mente dele começou a correr, analisando rapidamente a situação.
– Ele não vai lhe dar nada. – Clarissa respondeu, sua voz corajosa ecoando na câmara.
Voldemort inclinou-se levemente para frente, seus olhos vermelhos brilhando com malícia.
– Faça sua escolha, Clarissa. Se junte a mim, faça parte dos Comensais da Morte. – A frieza em sua voz revelava a manipulação que ele utilizava. – Venho lhe observando há muito tempo, você tem coragem, preciso de gente assim do meu lado. Vamos lá, criança, seja inteligente, pois Amélia Bennett já esteve no mesmo lugar que você e fez a escolha errada. Como pode ver, ela está morta. – A figura ofídica falou, um sorriso macabro se formando em seus lábios.
Clarissa sentiu um frio na espinha. O nome Amélia Bennett reverberou em sua mente, como um eco de algo que estava prestes a ser revelado. Quem era essa mulher?
– Quem é Amélia Bennett? – A pergunta saiu de seus lábios com mais urgência do que pretendia.
Voldemort riu, um som seco e sombrio.
– Criança tola! Achei que já soubesse. – Seus olhos brilharam de diversão perversa.
– Eu não tenho bola de cristal para adivinhar nada! – Clarissa retrucou, colocando as mãos na cintura e tentando manter a compostura. A bravura era a única coisa que a mantinha de pé naquele momento.
– Pobre Amélia, preferiu se unir à Ordem da Fênix e morrer junto de seus aliados. – Voldemort disse em um tom quase melancólico, mas a alegria do veneno em sua voz era inconfundível. – Que pena, ela tinha um excelente potencial. Pena que escolheu errado.
– Quem. É. Amélia. Bennett? – Clarissa insistiu, cada palavra carregada de uma intensidade que quase poderia cortar o ar.
Voldemort olhou para ela, a expressão distorcida em seu rosto exibia um prazer maligno, como se estivesse desfrutando da dor da curiosidade dela.
– Uma bruxa promissora, com um futuro brilhante, que preferiu o caminho da luz. – Ele se inclinou ainda mais, como um predador se aproximando de sua presa. – Mas essa luz não a salvou. Ela fez suas escolhas e agora não está mais enre nós. E você... você poderia ser tão mais.*
Clarissa sentiu o chão se mover sob seus pés, o nome Amélia Bennett ressoava em sua mente como um sino tocando para um funeral. O que Voldemort sabia que ela não sabia? Uma parte dela desejava desvendar aquele mistério, enquanto outra parte gritava para que ela se afastasse de tudo aquilo.
– Você não sabe o que eu sou! – Clarissa declarou, sua voz firme e cheia de determinação. – Você não pode me controlar.
Voldemort lançou uma risada fria, suas fendas se ampliando em um sorriso cruel.
– Ah, mas eu sei mais do que você imagina, minha cara. Eu vejo você, e eu sinto sua força. – Ele avançou, os olhos ardendo com uma intensidade ameaçadora. – Basta que você tome a decisão certa.
O clima na câmara era de tensão, e Clarissa, mesmo com toda a coragem que tentava projetar, sentia-se sendo puxada para a escuridão, como se estivesse em um abismo sem fim. Mas, naquele momento, ela decidiu que não seria uma marionete nas mãos dele. Amélia Bennett...
Em meio ao seu desespero, a lembrança de algo —uma voz, um riso, um olhar gentil — começou a emergir em sua mente, algo que fazia seu coração se apertar. "Se ela teve a força de lutar contra a escuridão, então eu também posso!"
– Você não pode me quebrar, Voldemort. – Clarissa falou, sua voz mais forte agora, cheia de convicção. – Eu não sou como Amélia.
Os olhos de Voldemort brilharam com uma mistura de raiva e surpresa. Ele hesitou por um momento, a máscara de confiança começando a rachar. Clarissa sabia que estava na linha tênue entre a luz e a escuridão, mas não estava disposta a ceder. Ela lutaria por Harry, pela verdade e por todas as coisas que ainda não entendia.
– Você é tola que nem ela... Amélia foi uma bruxa tola. Na verdade, eu precisava do poder dela, e não dela. Então a matei. – A risada estranha que se seguiu fez com que um arrepio percorresse a espinha de Harry.
– Só que, infelizmente, mesmo morta, ela conseguiu um jeito de afastá-lo de mim. – A voz de Voldemort era um sussurro traiçoeiro, como veneno sendo destilado em gotas.
– Afastar o que de você? – Clarissa perguntou, sua mente lutando para entender a situação.
– O poder, humana insolente! – Voldemort gritou, e Clarissa deu um passo para trás, sentindo um frio percorrer seu corpo. Ele parecia ter se esquecido dela por um momento, mas logo voltou a atenção para Harry, que estava preso em uma mistura de raiva e confusão.
– Que comovente... Sempre dei valor à coragem... e, Potter, seus pais foram corajosos. – A voz de Voldemort se suavizou momentaneamente, quase como se estivesse revivendo a lembrança. – Matei seu pai primeiro, e ele me enfrentou com coragem... mas sua mãe não precisava ter morrido... estava tentando protegê-lo...
A expressão de Harry se contorceu em dor e raiva. Ele sentiu a pressão crescer em seu peito.
– Agora me dê a pedra, a não ser que queira que a morte deles tenha sido em vão. – A ameaça estava implícita, e Harry sentiu um nó na garganta.
– NUNCA! – A resposta de Harry foi um grito de determinação, ecoando na câmara.
Clarissa, sentindo a intensidade do momento, deu um passo à frente, decidida.
– Se afaste dele, agora! – Sua voz era firme, quase desafiadora, e o olhar nos olhos dela refletia uma força que ela mal compreendia.
Mas, no instante seguinte, Harry sentiu a mão de Quirrell apertando seu pulso, a pressão fazendo sua pele arder. Clarissa não sabia o que estava acontecendo, mas uma onda de fúria a envolveu, e, em um movimento instintivo, uma barreira de fogo surgiu ao seu redor, iluminando a câmara com chamas dançantes que pareciam ter vida própria.
– EU FALEI PARA FICAR LONGE DELE! – A voz de Clarissa explodiu com a força de um trovão, ressoando nas paredes de pedra. Ela não sabia de onde vinha aquela força, mas não tinha tempo para pensar.
Harry virou-se para olhar, e o que viu o deixou paralisado: Clarissa estava cercada por chamas, suas mãos em chamas, e seus olhos brilhavam com um tom dourado intenso. Era como se ela fosse uma entidade de luz, um farol em meio à escuridão.
– Como isso é possível? Não pode ser... não pode ser... – Voldemort murmurou, levantando-se do chão com queimaduras evidentes em seu corpo. A fúria e a confusão em seu olhar eram notáveis. Clarissa desceu lentamente as escadas, cada passo preenchido com uma nova determinação. Ela não estava com medo.
– Eu a matei! – Voldemort gritou, a incredulidade em sua voz era clara. Ele olhava para Clarissa, tentando entender como aquela criança poderia ter se tornado uma ameaça.
Clarissa começou a andar de um lado para o outro, seu coração pulsando com a revelação que se formava em sua mente.
– Eu finalmente entendi! Eu fui a primeira criança que sobreviveu à maldição da morte. Você passou na casa de Harry depois da minha! – As palavras saíram de sua boca como se uma porta tivesse sido aberta, revelando verdades ocultas que estavam adormecidas dentro dela.
Voldemort, pela primeira vez, estava sem palavras, a incredulidade se espalhando em seu rosto. "Como aquilo era possível?" A dúvida, um sentimento raro para ele, começava a se insinuar.
– Você me matou! – Clarissa continuou, sua voz agora repleta de poder e clareza. – Mas eu não morri! Eu renasci. – Ela sentiu a energia pulsar em suas veias, como se as chamas que a cercavam fossem uma extensão dela mesma.
Voldemort deu um passo hesitante para trás, seu olhar fixo em Clarissa, como se tentasse descobrir o segredo por trás daquela criança que desafiava sua autoridade.
– Você... você não é nada! Apenas uma criança que não sabe com o que está mexendo! – Sua voz tremia de raiva, mas havia uma pitada de medo escondido.
– Eu sou muito mais do que você pode imaginar! – Clarissa respondeu, seu olhar firme e desafiador.
As chamas ao redor dela cresceram, iluminando a câmara com um brilho dourado, e a determinação em seu coração se tornou uma arma. Clarissa não estava mais sozinha; ela sentia a presença de algo maior dentro dela, algo que pulsava com a força de todas as suas memórias e instintos.
Harry observava, atordoado, enquanto Clarissa se erguia como uma guerreira diante de Voldemort, pronta para confrontar a escuridão que ameaçava não apenas suas vidas, mas o próprio mundo bruxo.
– Você não consegue nem matar um bebê, Voldemort? – ela provocou, sua voz carregada de sarcasmo. – Como você se sente após eu e Harry nos encontrarmos? Você não havia dito que eu nunca conheceria ele?
Os olhos de Voldemort se estreitaram, cheios de ódio. Ele se lembrava bem do momento em que acreditou ter acabado com a vida dela, a luz se apagando em seus olhos infantis. A lembrança o consumia, e a frustração queimava em suas veias como ácido.
– Mate-o! – ele ordenou a Quirrell, a voz cortante como lâminas. O tom de sua voz ecoou na câmara, reverberando com a ameaça de morte.
Quirrell, apavorado e atrapalhado, hesitou por um segundo, quase deixando a varinha escorregar de seus dedos trêmulos. Ele finalmente agarrou a varinha, o medo tornando-se a única coisa que o impulsionava.
– AVADA KEDAVRA! – gritou, com uma voz que tremia de adrenalina e terror.
Harry observou, o tempo parecendo desacelerar enquanto a maldição verde disparava em direção a ele, mas, em um ato de desespero e amor, Clarissa se lançou à frente dele. O feitiço a atingiu com toda a força, e Harry viu os olhos dela se fecharem.
– CLARY! – ele berrou, a dor cortando seu coração. A sala estava preenchida com o som de seu grito, e o espaço parecia tremer em resposta.
Antes que as pálpebras de Clarissa se fechassem completamente, Harry percebeu a cor vibrante em seus olhos desaparecer, como uma vela se apagando ao vento. Uma lágrima escorreu por sua bochecha, deslizando silenciosamente por sua pele, um símbolo do desespero que o consumia.
– Um grande desperdício de poder... – Voldemort murmurou, sua voz fria e cínica. Ele não via Clarissa como uma pessoa; ela era apenas uma peça em seu jogo mortal, e seu desprezo transparecia em suas palavras.
Tomado pela raiva, Harry sentiu uma onda de fúria invadir seu ser. A primeira coisa que lhe veio à mente foi atacar. Ele se lançou sobre Quirrell, os punhos cerrados, e o golpeou com toda a força que tinha.
O rosto de Quirrell rapidamente se encheu de bolhas quando ele mesmo encostou em seu próprio rosto. Harry percebeu, em um relance, que Quirrell não podia tocar sua pele sem sofrer dor. O desespero na expressão de Quirrell se intensificou enquanto ele tentava se desvencilhar.
Harry ficou em pé, sua determinação crescendo. Agarrou o braço de Quirrell com toda a força que pôde, mas a dor em sua cabeça aumentou exponencialmente, como se mil pregos estivessem sendo cravados em seu crânio. Ele mal conseguia enxergar; as sombras começaram a dançar em sua visão, e os gritos de Quirrell ecoavam ao seu redor.
– Solte-me! – Quirrell berrou, a voz distorcida pela agonia. O desespero preenchia cada palavra, enquanto ele lutava contra a dor que irradiava do contato com Harry.
Mas Harry não estava disposto a soltar. Sentiu o braço de Quirrell se desprender de sua mão, e um frio terrível invadiu seu coração. A escuridão começava a cercá-lo, como uma maré avassaladora, puxando-o para um abismo sem fim.
Antes que ele pudesse se entregar completamente, seu olhar buscou Clarissa. Ele precisava saber que ela estava segura, que não tinha ido embora para sempre. Mergulhou na escuridão, mas não antes de se certificar de que estaria ao lado dela.
Enquanto a luz ao seu redor diminuía, uma ideia lhe ocorreu. Clarissa era a luz que sempre havia iluminado seu caminho, e mesmo agora, em meio à escuridão, ele se concentrava nela. Ele se permitiu ser tomado pela escuridão, mas não antes de sussurrar perto de seu coração.
– Clary, eu estou aqui.
E então, entregou-se à escuridão, na esperança de que, onde quer que estivesse, Clarissa pudesse ouvi-lo. Ela era a conexão que o mantinha firme, e mesmo que a morte estivesse ao seu redor, seu espírito ainda lutava para sobreviver.
( . . . )
Na ala hospitalar de Hogwarts, o ar era pesado com o silêncio que se instalara após a tempestade. O fraco brilho da luz mágica lançava sombras nas paredes, refletindo a inquietude nas almas que habitavam o espaço. Clarissa Granger estava estendida em uma cama, seu rosto pálido contrastando com os cobertores que a envolviam. As batidas de seu coração eram inaudíveis.
Minerva McGonagall estava à beira da cama, sua expressão normalmente severa suavizada pela preocupação. Ela lançava olhares ansiosos para o rosto da jovem bruxa, o olhar quase materno refletindo um medo profundo.
– Acha que ela irá acordar? – questionou Minerva, a voz quase um sussurro, trêmula com a incerteza que a envolvia.
Alvo Dumbledore, de pé do outro lado, observava a menina com um semblante enigmático, seus olhos azuis penetrando no vazio. Ele hesitou por um momento, como se pesasse suas palavras com o mesmo cuidado que um alquimista examina uma poção rara. Finalmente, falou em um tom baixo, quase reverente.
– Ela foi uma das escolhidas, Minerva. Acredito que ela não irá sobreviver. – A frase pesou no ar, como uma maldição. – Logo, o poder que antes ela carregava também irá embora.
Minerva virou-se rapidamente para ele, os olhos brilhando com indignação.
– Por que você está apenas preocupado com o poder dela? – exclamou, a voz carregada de emoção. – Ela é uma criança, Alvo!
Dumbledore a encarou.
– Uma criança que é a nossa única chance.
O tom da voz dele era sombrio, e Minerva sentiu uma pontada no coração. Ela se aproximou de Clarissa, as mãos trêmulas ao lado da cama, e baixou a cabeça para falar com a garota.
– Você vai ficar bem, querida. – Sua voz estava cheia de ternura, um contraste com a severidade que normalmente exibia. Curvou-se para dar um beijo suave na testa da jovem, sentindo a frieza da pele contra seus lábios. Uma lágrima se formou nos olhos de Minerva, mas ela a reprimiu, decidida a não deixar que a fraqueza a dominasse.
Depois de um último olhar cheio de carinho para Clarissa, Minerva se afastou, deixando Dumbledore sozinho com seus pensamentos tempestuosos. Ele estava absorto em sua mente, contemplando o destino da jovem bruxa e o peso do mundo que descansava sobre seus ombros.
– Espero que sobreviva, Clarissa Granger, ou estaremos perdidos.– Ele murmurou para a escuridão, como se as sombras ao redor pudessem ouvir sua súplica silenciosa. Dumbledore sabia que a luta contra Voldemort dependia não apenas de Harry, mas também da força de Clarissa. O tempo estava se esgotando, e cada segundo contava.
Ele caminhou em direção à porta, os pensamentos girando como folhas secas ao vento. As memórias de Amélia Bennett, uma bruxa que fez escolhas dolorosas por amor e sacrifício, ainda pesavam em sua mente. Ele se lembrava da coragem daquela mulher e da esperança que Clarissa representava para o futuro. O destino da menina era interligado ao destino de muitos, e sua sobrevivência poderia significar a salvação ou a ruína de todos.
Na escuridão da ala hospitalar, Clarissa estava longe, perdida em um mundo entre sonhos e pesadelos, onde os ecos da batalha que travara ainda ressoavam em sua mente. No fundo, uma voz conhecida sussurrava, cheia de amor e proteção, lembrando-a de que ela não estava sozinha.
Dumbledore parou na porta, lançando um último olhar para a menina que estava em sua cama, a esperança e a responsabilidade pesando sobre seus ombros.
• Trechos tirados de Harry Potter e a pedra filosofal, créditos a autora (JK Rowling).
• O que acharam?
• Postei um edit no Tiktok dessa cena final aí, vão lá dar uma olhadinha caso seja do interesse de vocês.
• Capítulo não revisado, por isso, me perdoem se tiver algum erro ortográfico, vou revisar assim que possível.
• É isso, gente. Espero que tenham gostado da Fanfic e até mais... KKKKKKKKKK, brincadeira, já tem mais capítulos prontos.
• Espero que tenham gostado.
Eles tem algo de especial que um dia todos irão descobrir...
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