tema: friends to love

alguém me pediu imagine do Fefo, mas não tinha tema

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Fefo point of view

Estava organizando a minha mudança para a Espanha, confesso que estava empolgado com a nova fase. Eu iria disputar a F4 da Espanha, era um passo enorme rumo as categorias principais do automobilismo.

Queria seguir os passos do meu pai na F1, enquanto meu irmão mais velho seguia com ele os passos na Stock Car. Todos demonstraram apoio nessa nova fase, eu queria encher todos ao meu redor de orgulho, era a forma de agradecer por tudo que tem feito por mim.

Obviamente que o destaque é muito mais fácil quando se é filho de Rubens Barrichello, meu pai tinha patrocínio e influência dentro do automobilismo. Eu queria construir a minha carreira sem toda essa sombra.

A mudança para a Espanha tinha exatamente esse objetivo, mesmo que ficar longe da família fosse um preço alto. Afinal, todos são apegados uns aos outros, já imagino o meu pai me ligando a cada segundo.

Abro um sorriso ao ver as fotos espalhadas, sentiria falta dos cachorros e até mesmo da casa que passei grande parte da minha vida. Mas eu entendia que era necessário para que a minha carreira evoluísse.

Ao mesmo tempo a saudade da F4 do Brasil batia com força, os amigos que eu fiz naquele meio e em especial a estagiária de engenharia que começou a trabalhar na temporada passada com a minha antiga equipe.

S/n conseguiu esse emprego logo que começou a estudar na Federal, é uma garota muito inteligente e bonita também. Várias vezes ela me explicava algumas coisas do carro, era engraçado seu jeito tímido e ao mesmo tempo tão fofo.

Então ao decorrer da temporada acabamos desenvolvendo uma amizade, era incrível que em tão pouco tempo já sabíamos os gostos um do outro. Dudu vivia zoando que isso terminaria em namoro, mas nunca levei isso a sério.

Apesar de sentir algo por ela, eu não sabia como ela se sentia sobre mim. Também não queria perder uma amizade tão bonita, então preferi deixar isso para lá. Ainda mais agora mudando de país se tornaria inviável ter algo.

Solto uma risada ao ouvir as conversas animadas no andar de baixo, meu pai e alguns dos meus amigos haviam organizado uma pequena festa de despedida. Eu havia convidado a S/n, mas ela disse que talvez não conseguiria vir.

Eu queria muito me despedir dela, mas pelo que ela disse tinha um compromisso muito importante. Por mais que aquilo tenha me deixado chateado, eu tentei marcar amanhã cedo antes da viagem, mas ela não me respondeu.

Ouço baterem na porta, então Dudu entra com um sorriso estampado no rosto.

― Viu, cê não vai descer?

― Vou, eu estava terminando de arrumar as ultimas malas ― Falo e ele revira os olhos ― Nem todo mundo joga as roupas dentro da mala, Dudu.

― Sabe, Fefo, eu não vou sentir falta dos seus puxões de orelha ― Dudu sorri ― As vezes parece que você é o mais velho.

― É porque você parece uma criança ― Tiro sarro.

― Pois saiba que eu sim tenho namorada e cadê a sua?

Meu sorriso morro e eu estreito os olhos.

― Existe louca para tudo nesse mundo, só isso explica você ter uma namorada ― Dou de ombros.

― É que eu sou bonito e legal, você deveria ao menos tentar ser legal já que beleza... ― Ele ri.

― Até no dia da despedida vocês estão brigando, kids ― Meu pai entra rindo no quarto ― O churrasco está pronto, filhos.

― Estão todos ai? ― Pergunto.

― Sim, até aquele gringo está ai, o Novalak ― Meu pai dá de ombros e eu suspiro.

― É que quem ele quer que esteja não está ― Dudu me olha ― Ela avisou que não vinha, mano.

― Eu sei, mas eu tinha esperança que ela fosse vir se despedir.

― Estão falando da engenheira do Fefo? ― Dudu assente ― Filho, as vezes ela teve algum compromisso.

― Foi isso que ela me disse, mas me disse que talvez desse uma passada aqui.

― Então, Fefo, as vezes ela passa para se despedir ― Dudu aperta o meu ombro ― Você realmente gosta dela, não é?

Suspiro e desvio o olhar, posso ver meu pai e Dudu abrindo um sorriso.

― Não comecem ― Cruzo meus braços.

― O Fefo tá apaixonado, o Fefo tá apaixonado ― Dudu cantarola.

― Cala boca ― Jogo uma almofada dele.

― Calma, crianças ― Meu pai ri ― Fefo, se você gosta dela, então por que nunca falou para ela?

― Porque ele é tonto ― Dudu nega com a cabeça ― É apaixonado nela desde que ela começou a trabalhar com ele.

― Eu só fiquei com medo dela não sentir o mesmo e eu não queria estragar a nossa amizade, nem prejudicar os nossos trabalhos.

― E agora que você vai para a Espanha?

― Não sei se deveria falar, eu vou viajar amanhã e bom... ― Suspiro.

― Ela pode ir te visitar e você também virá sempre pra cá, bobão ― Dudu sorri ― Você tem que falar que gosta dela antes que chegue outro.

― Concordo com o seu irmão, filho.

― É, se ela vier, eu vou falar com ela.

Eles assentem, então saímos do quarto conversando animadamente. Assim que chego na varanda vejo meus amigos reunidos; Gianluca tentava ensinar português pro Novalak enquanto Caio filmava.

Bortoleto estava implicando de brincadeira com o modo que meu pai faz o churrasco, enquanto Felipe contava sua experiência com um carro de F1 nos treinos livres. O dia passou rapidamente enquanto todos conversavam.

A campainha toca, então Dudu corre para atender. Estava perdido na conversa, até que sinto uma mão tocando levemente o meu ombro e então viro dando de cara com a S/n que tinha um sorriso tímido no rosto.

― Oi, Fefo.

― Oi, você conseguiu vir ― Falo animado.

― Eu não deixaria que você fosse para a Espanha sem me despedir ― Ela sorri ― Eu trouxe um presente para você se lembrar de mim lá.

― Como se eu fosse conseguir te esquecer ― As palavras saem da minha boca.

Pelo canto de olho vejo meus amigos se retirarem discretamente, meu pai e Dudu fazem um joinha com as mãos e sorriem enquanto saem da varanda.

― Abre e veja se você gosta ― Ela me entrega o presente.

Abro um sorriso, então cuidadosamente abro o presente e vejo que é um porta retrato com uma foto nossa na minha primeira vitória na F4, me levanto e abraço ela com força. Podia sentir meu coração acelerado.

― Obrigado, eu amei o presente ― Me afasto minimamente ― Vai ser a primeira coisa que vou colocar na minha sala.

― Fico feliz que tenha gostado, você já arrumou tudo para a viagem?

― Já, vou amanhã cedo ― Falo e ela assente.

― Eu estou tão feliz por você estar progredindo tanto, você merece muito, Fefo. Eu estarei na torcida por você.

― Isso significa que se eu te convidar para ir me ver correndo lá você iria?

― Lógico que sim ― Ela sorri ― E ainda quebraria o carro dos seus adversários.

Soltamos uma risada, então nossos olhares se cruzam. Não conseguíamos desviar o olhar, o sorriso permanecia estampado no rosto dos dois.

― Posso te dizer uma coisa? ― S/n assente ― Eu gosto de você e não somente como amigo, eu queria muito ter dito antes, mas fiquei com medo que você não sentisse o mesmo. Não queria ir para a Espanha sem te falar.

― Fefo, eu estou surpresa ― Ela sorri ― Eu também gosto de você e não só como amigo, não achei que pudesse ser recíproco.

― EU DISSE ― Dudu grita nos fazendo rir.

― E o que fazemos agora? ― Ela pergunta.

― Bom, eu vou te mandar meu endereço e você pode ir sempre me visitar. Eu também irei vir para o Brasil sempre que puder e assim podemos ir construindo algo para além da amizade.

― Me parece bom.

Abro um sorriso, minhas mãos vão para a cintura dela e então iniciamos um beijo lento. Sentia meu coração acelerado com aquele contato, nossas línguas dançavam em sincronia até que a falta de ar se faz presente e finalizamos com selinhos.

― ATÉ QUE ENFIM ― Dudu puxa aplausos.

Soltamos uma risada, então deixo um selinho longo nos lábios dela. Amor é sorte.

notas da autora:

eu já não tenho mais idade para esse tipo de romance adolescente KKKKKK, o Fefo tem 19 anos, então é um imagine para as adolescentes e aquelas que ainda amam um clichê adolescdente

continuo sem nada a declarar sobre o imagine anterior, beijinhos