𝟓𝟖. 🇧🇷𝐑𝐀𝐏𝐇𝐀𝐄𝐋 𝐕𝐄𝐈𝐆𝐀
tema: ciúmes
pedido de mafezaolin espero que goste, flor!
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Raphael point of view
Olhava para o relógio e nada da minha noiva, já estava ficando preocupado com o sumiço dela. Já tinha passado do horário dela sair do trabalho. Ando de um lado para o outro, até que um barulho de carro chama a minha atenção.
Corro para fora e vejo a minha noiva saindo do carro de um colega de trabalho. Solto um suspiro e vou até ela.
― Oi, meu amor ― ela sorri.
― Oi ― olho para o cara.
― Tudo bem, Rapha? ― ela se aproxima.
― Sim, vamos entrar? ― ela assente e se despede do cara.
Ela entra na frente e eu tento controlar o meu ciúme. Não queria parecer um paranoico, mas queria saber o motivo dela ter vindo com ele.
― Eu estou morta de fome, o que acha de pedirmos uma pizza? ― ela pergunta.
― Por que ele te trouxe? ― pergunto na lata e ela me olha.
― Como assim? ― ela me olha estranho.
― Eu só estou perguntando o motivo dele ter te trazido, você podia ter me ligado e eu teria ido te buscar ― falo e ela suspira.
― Rapha, eu vim com ele porque estava tarde ― ela me olha ― E eu te liguei, mas o seu celular estava desligado.
Pego meu celular e suspiro vendo que tinha acabado a bateria. Olho para a minha noiva e ela está com os braços cruzados me encarando fixamente.
― Vai me questionar mais o que? ― ela ironiza ― Vai perguntar o porquê dele trabalhar na empresa também?
― Foi só uma pergunta, não conheço ele e só queria saber mais.
― Entendi ― ela pega a bolsa ― Foi só isso mesmo? Pelo seu tom parece que tem mais coisa.
― Não é nada ― desvio o olhar.
― Fala ― ela manda.
Independente da minha resposta já sabia que iria me ferrar, mas resolvo falar o que estava atormentando a minha mente.
― Eu fiquei te esperando até tarde, então te vejo chegando com um cara que eu nunca vi, é normal que eu sinta ciúme e fique desconfiado ― engulo seco.
― Ciúme tudo bem, mas desconfiado? Você achou que eu estava com outro, é isso? ― ela ri amargamente ― Pensou que eu estava com ele e resolvi vir com ele embora? Você é inacreditável, Rapha.
― Se fosse o contrário, o que você pensaria?
― Se eu confio em você, eu não pensaria isso ― ela diz e eu desvio o olhar ― Se você não confia em mim, é só acabar com isso aqui. Eu não vou tentar te convencer de nada, você deveria saber que eu nunca faria algo assim.
― Eu sei, foi só...
― A falta de confiança ― ela nega com a cabeça ― Sabe, Raphael, eu te amo, mas eu não vou ficar em uma relação sem confiança. Você sentiu ciúmes e desconfiança por um colega me trazer, você preferia que eu viesse a pé?
― Não, amor ― me aproximo ― Eu sei que errei, só fiquei inseguro.
― Eu vou ter que te lembrar quantas vezes que eu não sou sua ex? ― ela suspira ― Rapha, eu não vou te trair. Eu nunca faria algo do gênero, eu te amo e isso nunca deveria ser questionado.
― Desculpa ― peço e ela nega com a cabeça.
― Não ― meu coração acelera ― Já contou quantas vezes você desconfiou de mim achando que eu faria a mesma coisa que ela?
― Amor, vamos conversar.
― O que estamos fazendo? ― ela ri amargamente ― Rapha, não é só o ciúmes. Vale lembrar que qualquer atraso é motivo para ciúme, a sua desconfiança deixa claro que você não superou o que aconteceu.
― Eu não tenho culpa ― algumas lágrimas se formam ― Eu acabo relembrando do trauma, de tudo que aconteceu.
― E se esquece que eu não sou ela ― engulo seco ― Você não superou o que aconteceu, então por que ainda estamos aqui?
― O que quer dizer? Vai terminar comigo? ― sinto minhas mãos tremerem.
― Quero um tempo ― ela suspira ― Quero que você use esse tempo para lidar com o seu ciúme e com a desconfiança. Lide com o seu trauma, porque não é justo que você pense nela te traindo quando eu me atraso.
― Não é assim.
― Lógico que é, é sempre assim ― ela me olha ― Você simplesmente sente ciúme dos seus amigos comigo, Rapha.
Sento no sofá e suspiro, não imaginei o caos que tinha causado no meu relacionamento.
― Vai ser bom esse tempo, você precisa lidar com isso sozinho ― olho para ela ― Eu estarei aqui se precisar de mim, mas é um processo seu.
― Me desculpa por não ter sido suficiente ― ela nega com a cabeça.
― Você é suficiente, Rapha ― ela faz um carinho no meu rosto ― Eu sou completamente apaixonada por você. Você é o cara que eu quero casar e ter filhos, mas para isso é necessário que você lide com esse trauma ― assinto ― Você não pode jogar sobre mim uma culpa que não é minha, entende?
― Entendo ― sorrio fraco ― Posso te falar uma coisa?
― Claro que sim.
As lágrimas molhavam os nossos rostos.
― Eu te amo ― ela sorri ― E me desculpa pelo ciúme e a desconfiança. Eu deixei que o trauma que outra pessoa causou atingisse a nossa relação e não é justo. Eu estaria mentindo se dissesse que estou feliz com esse tempo, mas eu entendo o seu lado.
― Não é um término ― ela respira fundo ― Eu vou passar um tempo na casa da minha mãe, quando eu voltar podemos resolver, tudo bem?
― Não ― ela solta uma risada ― Mas eu vou respeitar isso e aproveitar o tempo para lidar com o trauma.
Ela assente e deixa um selinho nos meus lábios.
― Eu te amo ― ela sussurra.
― Eu te amo muito.
Ela se despede então liga para a mãe dela vir buscá-la, assim que ela sai pela porta sinto as minhas lágrimas caírem com mais força. Mas prometo para mim que iria trazê-la de volta.
notas da autora:
I don't know about you, but I'm feeling 22
fim da maratona de aniversário da autora - até porque é hoje - aproveito para dizer que a fanfic do Piquerez (que vocês me pediram tanto) já está disponível no perfil, então espero que vocês vão lá e comentem o que acharam. assim como a fanfic do Lewis X Max também foi lançada.
outra coisa, pensei em começar na próxima semana uma maratona de Natal. até porque entro de férias no dia 16, então pensei em começar e tal. se quiserem fazer pedidos com temas natalinos fiquem à vontade que a introdução é toda de vocês.
é isso, gostaram do imagine, amoras? querem a part 2?
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