Tema: enemies to lovers + declaração

pedido de lia_rfs espero que goste, flor!

Jonathan point of view

― Cala boca ― ela diz e eu suspiro.

― Usted é muito implicante ― reviro os olhos ― Yo estou tentando te ajudar.

― Eu não te pedi ajuda, Jonathan ― ela suspira ― Não entendendo o motivo do Dorival me escolher para dar os seus treinos.

― É o teu trabalho ― engulo seco pelo olhar mortal que eu recebo.

― Meu trabalho é aplicar os treinos e não te ouvir ― desvio o olhar ― Eu vou pedir para o Dorival me tirar dessa função.

― Vai ser ótimo ― falo e ela assente.

― Ficar longe de você será ótimo ― ela sorri ― Imagina não ter mais que lidar com esse teu ego.

― O meu ego? Usted vive reclamando de mim, parece que me ama.

― Eu te amo? Essa é boa ― ela ri ― Desce do teu pedestal, princesa. Eu não te suporto, você torna esse trabalho impossível.

― Yo?

― Não, a minha avó ― ela cruza os braços ― E o treino acabou.

― Ainda tem 30min ― encaro ela.

― Certo, então fica ai treinando e eu vou garantir de passar o resto dia longe de você.

― E usted acha que yo gosto de ficar com você? ― solto uma risada ― Não gosto, no sinto nada.

― Pois eu sinto ― fico estático ― Sinto raiva.

Ela sai e eu suspiro. A nossa relação era baseada em ódio, ela nunca foi com a minha cara e eu não iria tratá-la bem se ela me trata mal.

Então vivíamos discutindo, as vezes passávamos o dia implicando e brigando um com o outro. Tinha dia que o Dorival nos mantinha separados para não haver discussões.

Mas era inevitável, essa garota era muito implicante. Entro no vestiário e dou de cara com o Dorival, a cara dele estava péssima.

― Até quando vocês vão ficar nessa discussão, Calleri? ― ele pergunta sério.

― A culpa não é minha, ela que provoca.

― Não dá para entender, vocês se odeiam tanto que parecem que se amam ― Dorival estreita os olhos.

― Amá-la? Nunca ― digo diretamente ― Eu não a suporto, não adianta, nunca daria certo mantê-la aqui.

― Calma ai, Calleri ― Diego se intromete.

― É a verdade, essa garota só irrita. Yo no faço questão dela aqui, então por mim ― dei de ombros.

― Eu também não faço questão ― meu corpo paralisa com a voz dela ― Quero ir para Cotia.

― Cotia? ― pergunto e meu coração acelera.

― Eu pedi para ser transferida pra lá, então ficaremos longe ― ela diz e eu engulo seco ― Fique despreocupado não precisa me manter aqui ― ela sai.

Todos me olham e eu tentava absorver a notícia que ela iria embora.

― Feliz? ― Luciano perguntou irônico.

― Yo no mandei ela embora ― desvio o olhar.

― Você é apaixonado nela e fica fazendo essas graças ― Diego diz e eu arregalo os olhos ― Todo mundo notou isso, mas ao invés de você falar pra ela, fica ai fingindo que não sente nada.

― Ela me odeia.

― Óbvio, no primeiro dia dela você fez questão de falar mal do trabalho dela ― olho sem entender.

― Yo nunca fiz eso.

― Ela contou ― Pablo diz e eu nego com a cabeça.

― Yo falei mal do trabalho do fisioterapeuta e não dela ― suspiro ― Por eso ela acha que eu não gosto dela e me trata assim.

― O Luan quem fez a fofoca errada ― Diego aponta ― Corre lá para impedir.

Assinto e vou rapidamente para saída atrás dela. A verdade é que eu sou apaixonado por ela, mas nunca tive coragem de assumir por causa da relação de ódio que temos.

Não fazia ideia que ela tinha essa ideia, eu nunca falaria mal do trabalho dela, até porque não conheci alguém que fizesse algo tão bem.

Encontro ela no portão do clube, então seguro seu braço e pude ver algumas lágrimas caindo que ela enxuga rapidamente.

― Veio dar mais um piti? ― ela pergunta brava.

― Vamos conversar ― falo e ela ri.

― Vai falar o que? Que o meu trabalho é péssimo? Que seu preparador é melhor? ― nego com a cabeça.

― Yo nunca disse nada disso ― digo sério ― No estava falando de usted, mas sim do fisioterapeuta.

― Só pode ser brincadeira.

― No é ― ela me olha ― Eu me apaixonei por você desde o primeiro dia. Só que por conta de uma história mal contada, você teve uma ideia errada e todas essas discussões impediram algo legal entre a gente.

― Calleri, se for alguma brincadeira...

― Cariño ― faço um carinho no seu rosto ― Yo nunca brincaria com eso, te juro.

Meu coração batia forte, me aproximo e roço nossos lábios, vejo ela fechando os olhos lentamente. Então iniciamos um beijo cheio de sentimentos, aperto sua cintura e ela ofega durante o beijo. Quando a falta de ar se faz presente, finalizamos com selinhos.

― Jonathan ― ela sussurra ― Diz que você não está brincando comigo.

― Yo no estou brincando com você ― encosto a minha testa na dela ― Sem ódio?

― Sem ódio, gringo ― ela sorri ― Fico feliz que isso tenha se resolvido, eu ia passar a vida te odiando por algo que não fez.

― Se não fossemos cabeça dura, teríamos resolvido isso muito antes.

― A culpa é sua ― ela cruza os braços.

― Minha? No, é sua que não tirou satisfação.

― Voltaram ao normal ― escutamos Diego tirar sarro.

notas da autora:

ai o argentino favorito de vocês. tenho o Dorival como uma figura paterna, amo este senhor! espero que tenham gostado, amorinhas, até daqui a pouco.