10.Garota eloquente
Pré-revisado, boa leitura.
Garota eloquente
Eu mal parei no local que Enji pediu quando o mesmo me puxou até uma banca de jornal:
-- Você fica. -- Falou como se eu fosse a porra de uma cachorra.
-- Quer que eu abane o rabo também? -- Reclamei e ele revirou os olhos.
-- Yuka não é hora pra isso, você foi envenenada e ainda estar em recuperação, não faça eu me arrepender de ter utilizado a sua individualidade! Está sem traje e se quer mesmo ajudar, evacue os civis ao redor.
Bufei chateada, ele está com a razão... em partes, mas não serei um peso pra ninguém, comecei a caminhar pelo local parcialmente destruído até avistar um herói situando os moradores junto a polícia.
Esses vilões de merda. Respirei pesado e me aproximei.
-- Como posso ser útil? -- Perguntei ao herói trinta e seis, já que ele tem um botton com a numeração nas costas.
-- Civil não deve se apresentar na operação. -- Revirei os olhos e tirei meu cartão do bolso, é tipo uma identidade com o meu número e entreguei.
-- Ah, você pode controlar a situação do lado esquerdo junto a polícia. -- Concordei e alguns civis começaram a aparecer e se unir para ajudar a evacuação e apesar do herói reclamar, a polícia concordou comigo e continuamos a retirar os feridos e indefesos.
-- AH SEU DESGRAÇADO SHINEEEE! -- Ouvi um berro e me empertiguei, eu queria tanto estar nessa ação, continuei focando no que deveria fazer até que a poucos metros de nós um estrondo e barulho de vidros se quebrando deixaram tudo pior, pois, os civis se assustaram e só não correram por que não tem outro local seguro para ir.
-- Ei herói, eu vou lá ver o que é! -- Ele afirmou e respirei fundo, eu estou sem meu traje, meus poderes temporariamente afetados e vou me meter, provavelmente vou me ferrar, mas fazer o quê. Se precisam de ajuda, o resto não importa. Caminhei até o local apenas para notar o herói Addition tentando conter os roubos de uma loja de eletrônicos, utilizei meu poder e fui pra perto da polícia que estava muito ocupada, peguei um porrete e voltei.
-- EI! ISSO NÃO É CERTO! -- Um cara passou carregando uma tv e respirei fundo antes de puxar o porrete e acerta nas canelas dele, quando caiu no chão resmungando de dor olhei para o herói dezenove.
-- Precisa de ajuda?
-- Ele é um civil! -- O herói sussurrou e revirei os olhos.
-- E eu com isso? Ladrão por ladrão, ele também não presta. -- Me abaixei puxando o colarinho da camisa dele e apontando o porrete para cara dele, com tantos problemas com vilões temos que ficar atentos com esses merdinhas descabeçados? Hoje não. -- Você vai devolver esse tv agora entendeu? Ou não vai querer ver o que eu vou fazer com esse porrete.
O homem arregalou os olhos, ficou de pé assim que o soltei e ao invés de pegar a tv como eu mandei saiu correndo, respirei fundo e encarei Addition, peguei o porrete, mirei e acertei no meio das costas dele, que caiu desmaiado. Um a menos para se preocupar.
-- Heroína, você não pode agir desse jeito, podem nos acusar de excesso de violência. -- Ele sussurrou contendo os roubos, unindo um ladrão no outro como uma massa nojenta de gente como se fosse uma grande bola humana e sinceramente foda-se a acusação, estou fazendo o meu trabalho. Peguei meu porrete já que me apossei, depois devolvo e voltei a notar que ainda havia alguns ladrões, de um a um fui apagando eles na base da porrada e os prendendo com as algemas indo e voltando através da minha individualidade até que cansei e bambeei um pouco, merda.
-- Qual é o seu codinome?
-- Bunny senhor! -- Informei.
-- Bunny há outras pessoas para serem evacuadas do lado direito minutes ahead acabou de chegar para ajudar na evacuação -- É mais um com um nome bem óbvio, mesmo que eu não saiba o seu poder.
-- Sou o herói quarenta e oito. Minutes ahead e vou... -- Antes que ele pudesse terminar, uma rajada de fogo azul passou por nós, só não me pegou por que ele me puxou para trás.
-- Veja só o que temos aqui, achei que tivesse morrido garota. -- A voz daquele vilão cretino me alcançou, fazendo com que eu apertasse o porrete com força. Ele olhou pra mim sorrindo e envolto por fogo azul, respirei fundo e o encarei com ironia apontando o porrete pra ele:
-- Com um veneno fraco daquele? Não mata nem rato, agora se prepara que eu vou te dar uma surra, seu cretino desgraçado! -- Ok, eu não deveria agir dessa forma, mas eu estou me mordendo de raiva por culpa dele.
-- Uma heroína com a boca suja dessas é novidade! -- Ele ironizou e atirou essa chama azul em mim que apenas desviei enquanto os outros heróis tiravam o restante dos civis e ladrões do redor, diminuindo as baixas.
-- Hei Bunny pega. -- Minutes ahead tacou algo para mim e assim que peguei vi que se tratava de um ponto, coloquei no ouvido.
"Eu vou te guiar para que ele não te acerte."
Não entendi muito bem, só me aproximei o máximo que pude desse churrasco.
"Vai para a direita agora!" Fiz como Minutes ahead mandou e acabei desviando de um ataque que provavelmente pegaria no meu cabelo, me aproximei novamente e dessa vez comecei a sumir e aparecer cada vez mais perto até conseguir acertar um soco nele.
-- Até que você bate bem.
-- Você não viu nada, seu arrombado! -- Voltei as minhas movimentações junto as instruções de Minutes ahead conseguindo desviar e o acertar constantemente. Desculpa Enji, mas eu sei que a ficha desse vilão está na mesa há meses, justamente por ser escorregadio e ele é um cretino que só luta de longe.
-- Até que você é boa. -- Me esquivei mal e a chama passou de raspão pela minha coxa, queimando parte da minha roupa e marcando minha pele.
-- Sou boa demais pra você. -- Ironizei.
"Bunny recue, os heróis profissionais estão a caminho e conseguimos tirar todos daqui, já foi o suficiente." Minutes ahead afirmou e neguei.
Sumi mais uma vez e quando apareci de frente para o vilão frete-a-frente e ele sorriu de forma cretina, eu desapareci e o golpeei pela frente mesmo, talvez não dê pra finalizar, mas dá pra confundir e o segurar mais um pouco, pensando desse jeito eu ia bater novamente, mas uma névoa roxa pairou no caminho logo senti meu porrete ser desintegrado e me afastei largando a peça antes que me atingisse.
-- Já chega disso, consegui o que precisávamos, anda Dabi a missão acabou. -- A voz me causou mais raiva.
-- Shigaraki vá na frente, eu estou começando a me divertir. -- O corpo dele começou a sumir no portal e eu fui pra cima, entretanto algumas facas passaram de raspão pelo meu corpo e tive de me defender, mas não sem antes ouvir a voz dele mais uma vez:
-- Nós veremos em breve gatinha.
-- MAL POSSO ESPERAR PARA TERMINAR DE RETALHAR ESSA SUA CARA! -- Respondi e ele riu com gosto.
E assim que eles sumiram tudo ficou no mais profundo silêncio, apertei o ponto no meu ouvido e chamei por Minutes.
-- Você sabe o que eles levaram?
-- Isso não é da nossa conta, heroína. -- Respirei fundo tirando o ponto e o arremessando longe, respirei fundo e pesado sentindo todo o meu corpo doer muito, mas não vou cair, eu fiz essa escolha. Olhei ao redor apenas para notar o estrago feito pelos vilões. Deus eles são uma praga na sociedade, o governo levará semanas se não meses para reconstruir tudo o que foi destruído e todo o trauma que as pessoas passaram não pode ser compensado fora as perdas físicas, afinal de contas, vilões matam.
Eles sempre matam os nossos, estou começando a me perguntar até quando ficaremos quietos diante essa violência, pois, resolver na porrada e levando-os a justiça não tem dado certo.
Respirei fundo mais uma vez encarando algumas crianças abraçadas aos seus pais e afastei esse pensamento. Se formos por esse caminho não haverá mais diferença.
Os ânimos começaram a se acalmar conforme o número de ajudantes governamentais foi aumentando e eu tive de sorrir aliviada enquanto ajudava Addition e Minutes a deixar o perímetro seguro e estabilizado, quando tudo acabou eu segui para o mesmo ponto que Enji me deixou, é claro sempre ajudando os outros que estavam a frente, mas quando cheguei e o olhar do herói número um se abateu sobre mim senti meu corpo pesar, Endeavor estava sério e com uma cara de que me mataria no esporro, fora as chamas intensas em seu rosto.
Eu estou fodida, muito fodida.
Ai ai, se a fanfic não fosse do pai...
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