♱:。+゚003.𝖣𝖾𝗌𝖺𝖿𝗂𝗈𝗌 𝖾 𝖼𝗈𝗆𝗉𝗅𝗂𝖼𝖺𝖼̧𝗈̃𝖾𝗌


capítulo Três. ⠀𝖣𝖾𝗌𝖺𝖿𝗂𝗈𝗌 𝖾 𝖼𝗈𝗆𝗉𝗅𝗂𝖼𝖺𝖼̧𝗈̃𝖾𝗌

❛ /  But I've always wanted a man
For the summer, age is a number
My dear I know you'll understand / ❜









                                                 

▬▬▬▬Se preparar para missões sempre foi uma coisa séria para mim, principalmente quando se trata de escolher as armas e o estrago que elas podem causar no inimigo.

Como não posso levar meu arco e flecha pra não parecer que estamos indo para a guerra em vez de renovar a paz, nada mais justo que levar minha flintlock na cintura.

O poder de fogo e a letalidade são os mesmos, só que uma é mais discreta. Assim que terminei, desci para a sala de estar onde encontrei meus irmãos arrumando suas armas.

― Blayde, sem exageros. Os lobisomens podem achar que estamos indo exterminar eles ― disse, observando ele com duas semi automáticas penduradas no pescoço e duas glocks na cintura, acompanhadas de duas adagas.

― Eles nunca nos dariam tal alegria, Astoria ― falou Margot, enquanto colocava balas em suas duas Colt’s.

― Astoria, sempre querendo estragar a diversão. Vou pelo menos levar minhas glocks, já que não posso levar minhas preciosas ― Blayde disse e eu revirei os olhos.

―  Mestre Astoria, uma ligação de seu pai ― falou Claude, me entregando o telefone.

“Astoria, minha filha, eu desejo sucesso na missão. Apesar de não ser a mais velha, você é a que tem mais juízo de seus irmãos, por isso tome conta deles. E como provavelmente estão me escutando, tomem conta uns dos outros. Pode parecer algo simples, mas até o simples pode ficar complicado.”

Concordamos em uníssono e, após uma breve conversa, desliguei. Sentei em uma das poltronas enquanto esperava Blayde e Margot terminarem.

Encostei a cabeça e fechei os olhos, só esperava que esse acordo fosse breve. Simples não seria, já que era algo relacionado a magia com sangue, um pré-requisito do contrato antigo.

Assim que Margot e Blayde terminaram, nos dirigimos até o carro. Guardei mais algumas armas no porta-malas. Precaução nunca é demais.

― Eu espero os mestres para o chá da tarde? ― perguntou Claude.

― São lobisomens, Claude. Nos espere para o jantar ― disse Blayde antes de entrar no carro.

Fui dirigindo até a localização que o líder deles nos passou, o que levou quase trinta minutos. A localização era uma entrada meio isolada. Estacionei o carro na entrada indicada e descemos. Não havia ninguém.

― Bom, o que nos resta é a boa vontade deles aparecerem ― falei, me encostando no carro.

― Não sabia que o horário combinado era a hora que eles queriam ― disse Margot, revirando os olhos.

― Bom, se eles não vierem, podemos simplesmente exterminar eles e dizer para os nossos pais e o conselho que eles não quiseram renovar o acordo ― sugeriu Blayde, dando de ombros.

― Você está louco por isso, não é? ― questionei.

― E como ― ele respondeu.

Não era para menos, essa era a nossa primeira missão em mais de quatro meses.

Resolvemos aguardar em silêncio e, pouco tempo depois, um homem e um grande lobisomem marrom ao seu lado apareceram. Para ele estar transformado, eles não devem confiar em nós, e com razão.

― Desculpa pela demora, tivemos alguns problemas no caminho até aqui. Por favor, nos sigam ― disse o homem.

Concordamos e os seguimos numa não muito longa caminhada, que foi totalmente em silêncio, até que vi um lugar com algumas casas.

― Aqui é a reserva, onde fica a nossa tribo e alcateia. Eu sou Jared, sou o Beta do Alfa Sam, e esse é Jacob ― disse, apontando para o lobisomem ao seu lado, que soltou um leve rosnado.

Levantei uma das minhas sobrancelhas. Criatura ousada, essa.

― Eu sou Margot, e esses são meus irmãos Blayde e Astoria ― Margot falou, se apresentando na ordem de nosso nascimento, uma tradição que eu julgo um tanto inútil.

Acenei com a cabeça para eles. Poucos minutos depois, vimos mais dois homens e uma mulher, que pelo visto já estava nos odiando.

― São os Van Helsing, suponho ― questionou um cara mais alto, que imagino que seja o alfa só pelo tom de voz.

― Em toda sua glória ― respondeu Blayde com um sorriso. Eu o repreendi com o olhar e Margot, com um olhar impassivo, concordou logo após Blayde.

― Eu sou Sam, o líder desta alcateia.

― Vamos logo ao que interessa, trouxeram o contrato? ― perguntou a mulher, e parece que o alfa a repreendeu logo após, pois observei o seu olhar abaixar.

― -Sim, e quando começamos o ritual, não nos leve a mal, mas não pretendemos ficar por um tempo a mais aqui ― respondeu Margot, com a voz firme.

― O sentimento é mútuo ― rebateu Jacob saindo atrás da árvore já humano.

― Só estamos esperando Billy. Ele é o responsável pelos espíritos, ele que conduzirá o ritual ― explicou Sam.

Após a fala de Sam, esperamos longos e longos minutos até vermos um garoto de não mais que quinze anos correndo em nossa direção.

E, como se comunicassem entre si, os vi começarem a ficar agitados e nervosos.

― O quão grave foi? ― perguntou Sam, exasperado.

― Muito grave ― respondeu o garoto à nossa frente.

― Maldita vampira ― resmungou Jacob, com a voz mais grave.

― Rápido, Jacob, vá chamar o doutor Cullen e somente ele ― Sam mal terminou e Jacob já se transformava no ar.

― Por favor, senhores, podem nos explicar o que diabos está acontecendo aqui? ― pergunta Blayde.

― Uma vampira inimiga que vem nos atormentando há meses, Victoria, ela atacou Billy e mais alguns outros, só que Billy é o que saiu mais ferido, e ainda não temos toda a gravidade da situação. Por enquanto, terão que permanecer aqui até entendermos tudo.

― Merda ― eu e meus irmãos dizemos em uníssono.

— Aparentemente, minhas esperanças de que tudo seria simples foram despedaçadas ― , me virando para Margot e Blayde.

― Nada é tão simples quanto parece, irmã. O verdadeiro desafio será comunicar isso ao nosso pai e ao conselho ― Margot respondeu.

― E, pelo que conheço dos anciãos do conselho, eles não nos deixarão partir daqui até que o contrato de paz com os lobisomens seja renovado ― Blayde comentou, com um semblante sério. 

— A solução para esse problema depende inteiramente da rápida recuperação de Billy — suspirei, pensando sobre a situação. 

— Assim que terminarmos aqui, ligaremos para o nosso pai. Provavelmente, ele nos dirá o que fazer — Margot sugeriu.

— Se terminaram de conversar, Sam pediu que vocês me acompanhassem. Aliás, eu sou Leah — ela disse com um tom de voz nada amigável. 

E só agora percebemos que só restou a Leah, parece que a preocupação nos deixou inertes ao ambiente.

Prontamente a acompanhamos até uma casa onde estavam os lobisomens anteriores, e mais alguns que ainda não tínhamos visto, e provavelmente era onde o tal Billy estava. 

O ar, que não era para menos, estava tenso. Para minha surpresa, vi Jacob chegando com um sanguessuga, vulgo vampiro, o que é algo extremamente raro, um vampiro médico e vegetariano pela cor de seus olhos.

Não era todo dia que eu via raças inimigas por natureza se ajudando, já que vampiros e lobisomens são, de fato, inimigos naturais. Forks acaba de me surpreender completamente. 

Vi que meu irmão Blayde queria avançar, provavelmente por instinto, dei a ele um olhar negativo e ele recuou. Não podemos causar problemas no território dos lobisomens, onde nosso objetivo original era a renovação do contrato de paz. 

Parece que o que sabíamos deste território estava completamente errado. Provavelmente terei que fazer um relatório para o conselho, avisando o que se passa aqui.

Horas se passaram desde que o vampiro médico entrou e, quando o sol já não era mais visto no céu, ele apareceu, se dirigindo a Sam e Jacob.

Eu me aproximei um pouco mais para escutar melhor o que ele tem a dizer.

— A condição dele está estável agora, consegui estancar o sangramento, e colocar alguns ossos no lugar. Os genes adormecidos de lobisomem que ele tem o ajudarão na recuperação. — Após a fala do vampiro, o ar que antes era mais tenso ficou um pouco mais leve

—Mas tem um porém, por mais que a recuperação de Billy seja mais rápida do que a de um humano comum, dado ao seu estado físico original e seu histórico de saúde, a recuperação ainda é mais lenta para quem tem os genes ativos. A recuperação total dele não será em menos de quatro meses.

Após a sua fala, eu e meus irmãos nos olhamos. Como já percebemos, não sairemos deste lugar em menos de quatro meses. Soltamos um suspiro longo, pois já sabíamos o que nos esperava. 

— Voltarei outras vezes para checar a sua condição. — O vampiro, antes de sair, pareceu perceber a nossa presença. Seu olhar para nós indicou surpresa. Claro, vampiros mais velhos e experientes reconheceriam um Van Helsing a quilômetros de distância.

Ele se recompôs e foi embora.
Os lobisomens pareceram lembrar de nossa presença aqui. O alfa veio em direção a nós com um semblante preocupado.

— Como puderam ver, a renovação de paz terá que ser adiada — Sam falou e logo Margot tomou a frente. 

— Entendemos que o contrato não foi possível por uma força maior. Mande um de vocês amanhã na residência Van Helsing à tarde e diremos como vamos prosseguir. — Após a fala de Margot, vi os ombros do alfa relaxar.

— Eu vou chamar alguém para acompanhar vocês até a saída — disse Sam e, momentos depois, vimos Leah e um outro lobisomem, o qual não tenho conhecimento.

Assim como a chegada, a volta foi silenciosa até a saída. Meus irmãos e eu fomos em direção ao carro. Durante o caminho, fiquei pensativa sobre os acontecimentos de hoje. 

São raros os casos onde presenciei essa relação não muito natural entre as raças. Na maioria das vezes, eles sempre tinham um acordo para não ultrapassarem o território uns dos outros, e sempre acabava em matança.

Assim que chegamos, o cheiro de comida invadiu as minhas narinas. Resolvi tomar um banho antes de jantar.
Após me vestir, desci rapidamente para a sala de jantar, onde encontrei Margot com um livro antigo de informações de vampiros. Franzi o cenho, mas não disse nada.

— A mãe ligou. Ela disse que mais tarde o conselho e o pai vão querer falar conosco — informou Blayde ao que se sentou ao meu lado. 

Como eu imaginava. Passamos o jantar todo falando algumas poucas palavras. Capaz de até mesmo Claude perceber o nosso desânimo.

— Deixe-me servir a sobremesa, mestres — ofereceu Claude. 

— Eu dispenso, Claude. Eu não estou com ânimo para sobremesa. — Me retirei da mesa de jantar e segui até a sala, onde me sentei em frente à lareira. Mais tarde, Claude veio com o telefone. 

— Já está no viva voz, mestres. 

— Meus filhos, eu estou na sala agora, junto com os anciões do conselho. Peço que, por favor, relatem o que vivenciaram hoje. — Após a fala do meu pai, relatamos o acontecido.

— Deixe-me ver se compreendi. Havia um vampiro vegetariano em terras dos metamorfos — falou uma voz arrastada, que supus ser de um dos anciões. 

— Sim, ancião — respondi. Após alguns minutos, a linha ficou muda, provavelmente discutindo o que seria feito. Não muito tempo depois, escutei a voz do meu pai na linha.

— Decidimos, meus filhos, que vocês ficarão em Forks até o contrato ser feito. E relatem a mim tudo o que acontecer. E, como os vampiros vegetarianos não apresentam um potencial risco para vocês e a comunidade humana, suponho, fiquem de olho neles. E não interfiram em nenhuma situação deles sem o meu consentimento.
— A última parte  imagino que tenha sido por conta de Victoria, a vampira que atacou um deles. Não duvido que, se a situação ficar pior, eles venham atrás de ajuda por conta do contrato.

— E, por fim, lhes desejo sucesso na estadia. E cuidem uns dos outros.

A ligação foi encerrada.

— Se os lobisomens pedirem que intervenhamos na situação deles, terei o prazer de dar um tiro no meio da testa e explodir o corpo dessa Victoria. E terei o prazer de ver os pedaços do corpo dela queimarem em chamas, por me fazer ficar preso aqui por quatro meses — falou Blayde e vi o copo que estava segurando se quebrar com a força de seu aperto. 

— Torturaremos ela primeiro, Blayde — compartilhei a sua raiva. 

— E muito dolorosamente — prometeu Margot, soltando a fumaça pela boca de seu cigarro. 

Mais tarde naquela noite, acordei suada com pesadelos. Olhei para o lado e vi que a minha jarra com água acabou, decidindo ir encher.

Enquanto passava pelo corredor, vi um dos escritórios com a luz acesa. Decidi entrar e percebi que era a Margot com o livro de antes. 

— Ainda nisso, Margot? — questionei.

— Quando eu vi aquele vampiro de antes, eu achei que já o tinha visto em algum lugar e eu estava certa. Me lembro da mamãe falando sobre a história dos Volturi. E agora, procurando, vejo que não estava errada — disse, virando o livro e vi a imagem de um vampiro ao lado dos Volturi.
Suas roupas pareciam ser do século dezessete ou dezoito. Era realmente intrigante.

— Seu nome é Carlisle — revelou Margot.

— O que um vampiro, que já fez parte da corte de Aro, está fazendo aqui? — questionei. 

— E ainda mais intrigante, por quê está sendo amigável com lobisomens?

— Foi isso que me deixou curiosa — concordou Margot.
Sentei-me na cadeira à frente, pensativa.

Pelo visto, os próximos quatro meses não serão tão entediantes como eu imaginava. Muito pelo contrário, serão cheios de curiosidades…


















♰  ׅ ۫ . Esse foi mais um capítulo,eu espero que tenham gostado!

♰  ׅ ۫ . Blayde estava um pouco nervosinho pois ele sempre tem sono.

♰  ׅ ۫ . Juro é uma das histórias que mais estou ansiosa para da um desfecho bem interessante!














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