45. A ardência do sol.
O vermelho rubi dos olhos de Aro adquiriram uma opacidade crua, não refletindo nenhum tipo de brilho além da resignação com as últimas palavras de Aurora. O ódio genuíno, e o desgosto pelo tratamento mais do que desrespeitoso que ele recebeu da vampira recém-nascida, foram empurrados o mais fundo possível quando, em um ápice de sanidade, Aro sorriu com satisfação simulada.
— Isso é tudo que você deseja? — Seu tom naturalmente alegre e despreocupado parecia mais mecânico do que ele pretendia, e é claro que Aurora percebeu.
Ela correu os olhos pela face de Aro, tortuosamente lento, enquanto ele aguardava uma resposta. Não havia absolutamente nada no rosto estóico de porcelana, como se casa traço de Aurora fosse perfeitamente desenhado com um pincel de frieza, para ressaltar sua superioridade perante ele, perante todos eles.
Ainda assim, um sorriso de escárnio iluminou seu rosto anormalmente belo, não ficando ali por mais de dois segundos antes de se transformar em algo doce, inocente, e fatal.
— É tudo que eu desejo. — Ela declarou finalmente, piscando lentamente para o lustre negro acima de seus olhos. — Fico feliz que tenha entendido, Aro. — O tom de Aurora parecia satisfeito, se alguém perguntasse, embora não tenha sido difícil notar a maneira sádica como ela pronunciou as palavras seguintes: — Seria cansativo explicar de maneira mais clara.
Houve um momento em que, qualquer um que ousasse falar, ou até mesmo pensar dessa forma, teria encontrado seu fim antes mesmo de perceber o erro cometido. Exceto que, a mulher na frente de Aro não era qualquer um, e ela estava perigosamente consciente de suas próprias capacidades.
Enquanto o desejo primordial era extinguir qualquer ameaça, a realidade o atingiu no rosto, seca e fria. Ele não não conseguia se mover. Foi uma descoberta fascinante, embora aterrorizante, quando ele tentou, mas cada centímetro de seu ser foi incapaz de reagir e se voltar violentamente para Aurora.
Até mesmo os sentimentos ruins dentro dele pareciam embaçados por uma camada fina que o deixou atordoado. Dentro de si, ele sentia aquilo fervendo, e sabia que deveria relutar. Mas, quando pareceu mais óbvio que Aurora era uma inimiga, foi quando Aro quebrou em si mesmo.
Ele estava cego, confuso e incapacitado. E foi só então que Aro percebeu, aquele tempo todo, Aurora esteve apenas tomando tempo, até que os tivesse envolvidos em seu encanto sobrenatural, arrancando deles sua vontade de lutar. Ele se sentiu um tolo por não ter visto antes.
Aquela mulher não estava cordialmente negociando os termos de uma trégua. Ela estava impondo uma nova lei e tendo uma garantia de que seria respeitada em seu ínterim.
Se Aro não estivesse sentado, teria caído sobre seus joelhos pateticamente, com a percepção dura de que havia perdido mais do que uma batalha hoje.
O brilho no olhar de Aurora era sua certeza de que aquilo estava longe de terminar.
Aurora e Jasper não deram um um segundo olhar para trás quando se viraram para deixar Volterra. A ruiva não se preocupou em ficar para descobrir como Aro explicaria sua decisão aos seus aliados e sua guarda. Ela sabia que ele o faria, gostando disso ou não.
No momento em que ela pisou na floresta, tão longe que apenas a silhueta do castelo podia ser vista no horizonte, foi abraçada pela penumbra. O sol nascia atrás de Volterra, pintando o céu em tons bonitos de laranja, rosa e roxo e um sorriso puramente aliviado adornou seu rosto, que relaxou na expressão mais suave que Jasper teria visto em dias. Ele sorriu de volta, entrelaçando seus dedos enquanto se inclinava para beijar o dorso da mão de sua esposa.
Estava acabado, sem perdas ou sofrimento, e isso os encheu de esperança e alívio.
Aurora se lançou sobre Jasper, circulando seu pescoço com os braços enquanto buscava seus lábios em um beijo regado de ternura e paixão. Ele deslizou as mãos por suas costas, puxando-a para mais perto enquanto correspondia seus beijos com ferocidade. Foi ardente, e ainda o mais carinhoso possível.
Por um momento, eles se esqueceram da terceira pessoa presente ali. Mas Irina teve o bom senso de olhar em outra direção, fingindo nem estar ali. Ela ainda estava cheia de remorso pelo transtorno que causou, e também grata por não ter sido deixada para trás, embora soubesse que merecia.
— Não me agradeça. Estou te levando de volta porque suas irmãs não merecem a dor de te perder. — Foram as palavras duras de Aurora no momento em que exigiu o perdão dos Volturi para Irina.
Irina sabia que cometera um erro, um que quase custou a vida de pessoas inocentes, de sua família, e estava disposta a passar o resto da eternidade para se redimir.
Jasper abraçou Aurora quando seus beijos cessaram, descansando o queixo no topo de sua cabeça, e ela respirou em seu peito, enrolando os dedos no tecido de sua jaqueta. Por longos segundos, eles apenas continuaram daquela forma, serpenteando os olhos pela extensão de seus corpos, querendo ter certeza de que estavam realmente ali, e de que não estavam feridos.
— Vamos para casa, amor. — Aurora sussurrou passivamente, um sorriso adorável crescendo em seu rosto iluminado pelos primeiros raios solares.
Jasper beijou sua testa calidamente, meneando com a cabeça suavemente, como se essas fossem as únicas palavras que ele estava ansioso para ouvir.
Voltar para casa seria muito mais rápido do que sair dela, e isso se devia ao fato de que eles estavam mais desesperados para ver sua família, do que tinham ficado para deixá-los. Irina fez seu caminho em frente, deixando-os saber que iria direto para Forks sem parar, para se desculpar antes de qualquer outra coisa.
O sorriso de Aurora parecia mais deslumbrante a cada minuto, e seria capaz iluminar uma cidade inteira com ele.
Jasper precisava admitir, presenciar um lado mais sombrio de sua esposa havia mexido com ele. As emoções sádicas e selvagens que ela exalou na presença dos Volturi, o medo que ela provocou continuamente a cada segundo, queimou dentro dele em uma chama ardente de desejo por aquela mulher. Foi um sentimento intenso o bastante para que Jasper se sentisse vulnerável na presença dela.
Ele deveria ser o único ali que não se ajoelharia para Aurora por simples medo. Na verdade, ele seria feliz se ela o permitisse fazer isso. E foi por isso que ele não teve tanta pressa em voltar imediatamente. Apenas um momento com sua esposa, até que acalmar a queimação em suas entranhas.
No entanto, foi quando eles saíram de Volterra; quando a camada áspera e cruel rasgou ao redor de Aurora e foi substituída por sua aura tranquila e amável; quando ela irradiou luz e calor como um sol; que Jasper percebeu que a desejava ainda mais ardentemente. E, céus, ele realmente amava furiosamente cada parte de Aurora, não importando o quão complexa ela podia ser.
Aurora não é nem um pouco sutil enquanto puxa o marido para si mesma, empurrando sua jaqueta pelos ombros, a confirmação de que Jasper precisava para saber que ela nutriu o mesmo pensamento que ele. Não há nada que precise ser dito agora que mal possa esperar. Suas vidas passadas estão rolando em sua mente, sua vitória fresca, e eles apenas querem um ao outro.
No segundo em que a jaqueta vai ruidosamente no chão, ele a puxa para cima e para os braços para um beijo profundo e urgente, um que não parece suficiente, e ela tenta pressionar mais perto, quer provar seu veneno na parte de trás da língua.
Ela serpenteia os dedos pela camisa de Jasper, habilmente se livrando da peça também, antes de se inclinar e suavemente cobrir as cicatrizes no peito dele com sua língua. Jasper grunhiu, agarrando a cintura de Aurora e puxando suas roupas em único movimento brusco, triturando sua camisa e sutiã em segundos, querendo sentir sua pele, pura e unicamente.
É tanto, os sentimentos se contorcendo dentro dela, e a melhor coisa para desembaraçá-los é ele. O companheiro dela, o marido, a outra metade. Ele quebra o beijo, apenas o tempo suficiente para beijar e mordiscar a garganta dela, fazendo-a tremer.
A boca dele está ao lado da orelha dela.
— Quando você se divertir, eu vou ter o meu. Vou ver quantas vezes posso fazer você gritar antes de me implorar para parar.
Ela geme baixo com isso, a visão nublada apenas pela camada grossa de luxúria. Seria tão fácil deixá-lo assumir o controle, usar seu dom e sua boca e dedos nela e liberá-la, mas há algo dentro dela que quer mais do que isso; que quer enrolar os dois, que quer dentes afundando na carne, que quer que Jasper atenda à sua ameaça.
Ele a coloca no chão surpreendentemente gentil, considerando como ambos se sentem, e ela o observa se despir com luxúria mal contida no rosto; Deus, ela ama o corpo dele. Músculos, carne pálida e cicatrizes mal escondidas. Ela desabotoa o jeans e desliza a mão dentro da calcinha, gemendo suavemente ao contato. Sua própria mão é uma alternativa de segunda categoria, mas qualquer toque é bom agora, especialmente quando Jasper a espiona e o pequeno estrondo satisfeito se transforma em um rosnado completo.
Suas botas, jeans e roupas íntimas são removidos sem cuidado em uma fração de segundo, enquanto ele se abaixa sobre ela, beijando sua clavícula e separando suas pernas com os joelhos. Aurora ofega quando Jasper desliza para baixo em seu corpo, deixando uma trilha úmida de beijos por toda e extensão de sua pele.
— Lembra da primeira noite em Fernie? — As palavras de Aurora soaram cortadas por sua respiração mal controlada.
Ele agarrou seu pulso, e deslizou os dedos dela para a própria boca, envolvendo sua língua ao redor deles com um grunhido satisfeito. Aurora se contorceu, sentindo seu sangue borbulhar como se seu corpo estivesse em chamas.
— Uma boa noite. — Ele murmura, libertando sua mão e beijando o interior da coxa dela.
— Eu não me lembro de uma ruim. — Ela suspira, correndo os dedos através do cabelo dele. Ela abre os olhos então e encontra o olhar dele; observando-a enquanto a língua dele desliza pela coxa dela. — Por favor, Jas.
Ele sorri para ela antes de deslizar dois dedos para dentro dela e pressionar a boca até o clitóris dela. Isso a faz gemer e os dedos apertarem no cabelo dele, puxando o rosto dele para mais perto dela. O sabor, o cheiro e a sensação dela são demais e ele instintivamente começa a ronronar; as vibrações são suficientes para fazê-la gritar. Jasper se recusa a desacelerar e ela já pode sentir seu ventre apertar em uma sensação tão incrível que chegou a doer.
Todos os animais a dois quilômetros de distância naquela floresta puderam ouvi-la, mas ela não consegue encontrar nada dentro dela para se importar.
Ela se contorce, arqueando as costas do chão, e se empurrando contra o rosto de Jasper, em busca de mais contato. Ele lhe responde com um rosnado, e o movimento brusco de sua língua levando-a ao limite.
— Jas. — Aurora grita de novo, gemendo e tremendo enquanto sente seu corpo se desfazer contra o toque dele.
Jasper se afastou cuidadosamente, embora sentisse alguma vontade esmagadora de continuar ali por um tempo longo, beijando o interior das coxas de sua mulher, um sorriso presunçoso adornando seu rosto. Ele cobre o corpo dela com o seu novamente, parecendo algum tipo de deus esquecido, com os olhos pretos e focados nela.
O beijo que ele lhe dá é quase o suficiente para fazê-la se submeter, o gosto de si mesma na língua dele a faz gemer, mas em vez disso ela o empurra para trás, seus braços deslizando sobre os ombros dele enquanto ela se move em cima dele. Ela se afasta apenas o tempo suficiente para pressionar os lábios e dentes contra a garganta dele, o suficiente para fazê-lo gemer, seus braços são gentis em torno dela e ela está impressionada que ele ainda tenha alguma aparência de controle.
Ele concorda com as demandas dela e se deita de volta na chão enquanto ela desliza em seu colo, suas mãos massageando suas coxas enquanto seu olhar varre com aprovação seu corpo. Ela mergulha os dedos entre as pernas novamente com um gemido macio e ele rosna, não disposto a jogar aquele jogo em particular hoje.
Ela está se esfregando contra ele da maneira mais enlouquecedora, mas uma que ele sabe que é tão boa para ela. Ela parece desumana, agora, toda pele pálida e olhos escuros e há algo predatório no ar. Ela se inclina para a frente para beijá-lo, duro e afiado, e seu veneno se mistura na língua dele e ele a puxa para mais perto. Há um estrondo no peito dela e em um movimento rápido, ela empurra seus quadris contra ele e ele grita com o choque repentino da sensação, suas mãos caindo nas coxas dela. Aurora tem a cabeça inclinada para trás e os olhos fechados e ela adora o quão cheio ele a faz se sentir. Como se ele tivesse se forçando entre cada átomo que a compõe.
Ela suspira e gira os quadris novamente, tirando assobios de ambos; seus olhos se travando quando ela começa a se mover, moendo sobre ele, estabelecendo um ritmo irregular que parece se encaixar em como ambos se sentem - um pouco selvagem e imprevisível, intenso e descontrolado. Seu aperto nas coxas dela aperta; se ela fosse humana, as contusões seriam escuras e precisas, e ela gosta daquela imagem na cabeça, de suas mãos impressas na pele dela tão intimamente, sem erros de como chegaram lá.
Ela tem inúmeras marcas de mordida sobrepostas no interior de ambas as coxas; ambos gostam quando ela está tão perto da borda que não consegue formar uma frase ou mesmo um pensamento, seus quadris arqueando para mantê-lo perto enquanto sua língua cai nela, e então ele se vira e afunda os dentes na pele dela, e isso nunca deixa de fazê-la gritar. É claro, isso aconteceu apenas depois que Aurora deu permissão para que ele se alimentasse do sangue dela.
Ela pega velocidade, Jasper geme abaixo dela e quer que ela o use como achar melhor; suas emoções são quentes e selvagens, e ele fica surpreso quando chega a acariciá-la e ela rosna um aviso; não isso, não hoje. Seu clímax bate nele de repente, mas ela não desiste, continuando seu ritmo enlouquecedor, e ele sabe que prometeu que ela poderia se divertir, mas o desejo de assumir o controle, prendê-la no chão de terra, é esmagador.
Ela murmura o nome dele enquanto rola os quadris contra ele, e ela está tão perto; suas emoções estão empurrando-o para a beira de novo, e quando ele cai sobre a borda, ele imediatamente rola e a arrasta com ele, para que ele possa afundar os dentes em sua garganta. Aurora grita pelo orgasmo devastador que a rasgou, finalmente desistindo de seu controle quando cede a dominação para Jasper, que gemeu com o gosto do sangue dela em sua língua.
Ele não a deixa descansar, mas se afasta para pressiona-lá de volta no chão e mergulha de volta dentro dela grosseiramente, o suficiente para arrancar um suspiro dela, sua mão contra a pele macia da cintura, para mantê-la no lugar. Eles já passaram muito do ponto de contenção; seus gemidos são altos e lascivos enquanto ele empurra para dentro dela, cobrindo sua garganta com a mão, para conter o fio inofensivo de sangue saia da marca de sua mordida.
Aurora esquece tudo sobre isso quando Jasper aperta seu quadril e pescoço, e empurra seu poder através ela, exalando prazer, excitação e satisfação ao seu redor com tanta ferocidade que a fez gemer alto, até gritar o nome dele, atingida pelo orgasmo tão forte que fez seu corpo tremer violentamente sob a contenção dele.
E enquanto ela se contorcia, ele demorou para definir um ritmo que a deixa choramingando e murmurando sob ele. Ele respira o nome dela enquanto se move e, naquele momento, são apenas eles - sem guerra com os Volturi, sem vidas passadas girando em seu cérebro, sem medo do futuro. Só ele e sua linda esposa.
Ele acaba se espalhando dentro dela, ambos ofegantes enquanto ele pressiona beijos seu pescoço e ombros enquanto ela ri.
Suas emoções são doces e felizes, como nuvens. Ele se ajoelha entre as coxas dela, apenas admirando-a. Seus dedos emaranham em seu cabelo, e ele pega a mão dela e pressiona um beijo em sua palma. Não precisa haver palavras ditas agora; o amor está girando entre eles e enquanto ele se move para deixar cair um beijo no estômago dela, ela suspira. Ele adora, agora, que o cheiro dela esteja se misturando com o dele - que qualquer um que os encontrasse agora saberia que ela era de bom grado dele, mente, corpo e alma.
Ela sorri, e ele ficou sem palavras para descrever o quanto ele ama essa mulher, sempre a amará.
A luz do amanhecer filtra pelas copas das árvores, e eles sabem que terão que se levantar e enfrentar o mundo. Ambos precisam caçar, e voltar para casa para acalmar sua família. E a vida vai seguir seu fluxo natural, por sabe-se Deus quanto tempo.
Mas, por enquanto, eles apenas se seguram firmes e aproveitam o silêncio. Juntos.
Tudo o que Jasper entendia, e apenas o que importava, era que suas almas estavam conectadas por uma razão simples. Ambos eram aprova de que luz e trevas podiam coexistir pacificamente dentro de uma única pessoa.
Sim, eu disse que não escrevia cenas sexo explícito. Sim, eu mudei de ideia. Me processem.
A verdade é que eu acredito realmente que o hot se encaixou bem nessa situação, e principalmente nas emoções conflitantes, selvagens e aliviadas de Aurora e Jasper. Se havia um momento pra ter um hot nessa história, esse seria o perfeito, porque conseguiu ser tudo o que eles precisavam ao mesmo tempo.
Porém, entretanto, todavia... ainda é a primeira vez que eu escrevo algo tão explícito, e eu não sei como reuni coragem suficiente pra publicar isso.
Apesar do constrangimento, eu realmente gostei da experiência, e espero que o resultado tenha sido satisfatório para todos que pediram — vulgo exigiram, vulgo ameaçaram minha vida — pra ler algo explícito de Aurora e Jasper.
Todos felizes o suficiente, agora eu vou me enfiar debaixo da terra e rezar pra ninguém da minha família ver isso.
Até logo, estrelinhas.
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