25. Denali.
— Estamos quase chegando. — Jasper avisou, fitando brevemente sua noiva, que encarava a paisagem montanhosa e branca pela janela do carro. Já faziam dois dias desde a batalha, e desde então parecia que Aurora estava imersa em uma nuvem de isolamento.
O único que conseguia se aproximar era Jasper, sempre cauteloso, sempre lembrando que ela não seria capaz de machucá-lo. Aurora repelia todos os outros, porque a onda de calma vinha apenas com Jasper, e la tinha medo de perder o controle com todos os outros se ficasse nervosa. Até mesmo de James ela se mantinha longe, com medo de que pudesse machucar um serzinho tão frágil.
Então, os Cullen entraram em um consenso de que o melhor era levá-la até Denali, onde poderia receber a ajuda de Eleazar. Jasper, obviamente, Alice e Jackson foram com ela. Os outros continuaram em Forks, cuidando de James.
Jasper parou o carro, e Aurora pôde ver, na entrada da casa, um clã menor do que o que ela fazia parte. Um homem alto de cabelos castanhos, que abraçava uma mulher bonita de cabelos escuros e cacheados, e outras três mulheres, todas loiras. Uma delas tinha cabelos muito lisos, a outra os tinha ondulados, e essa parecia especialmente infeliz e irritada, e a última tinha os cabelos muito cacheados. Todas pareciam saídas de uma revista. Aurora desceu do carro, e no instante seguinte, Jasper estava ao seu lado segurando sua mão. Alice e Jackson, que estavam no carro de trás, foram os primeiros a se aproximarem da família.
— Alice, que bom vê-la. — A mulher morena a abraçou sorridente.
— Carmen, Eleazar, obrigada por nos receberem. — A mais baixa disse simpática. — Esse é Jackson, meu namorado. — Ela o apresentou. Aurora não pôde deixar de sorrir com isso. Ele simpaticamente cumprimentou todos, sempre cativante. — E Jasper... — Alice apontou o irmão, que agora já estava mais próximo.
— Jasper, como vai rapaz? — Eleazar o cumprimentou.
— Muito bem, obrigado. — Ele disse com um meio sorriso. Em seguida cumprimentando todas as mulheres do clã, cavalheiro como sempre. — Essa é minha noiva...
— Aurora. — Ela disse sorrindo um pouco. — Sinto muito por lhes trazer esse problema agora. — As mulheres lhe sorriram, fosse com ternura, ou simpatia.
— Não é problema algum. — Eleazar respondeu, encarando-a analiticamente. — Tem um poder fascinante, minha jovem. — Ela o olhou, meio curiosa.
— Reconhece? — Perguntou. Ela agora nutria grande esperança por respostas.
— Claro, claro. — Ele disse, tomando a frente e estendendo as mãos para Aurora. — Pode me mostrar as mãos? — Aurora olhou para Jasper, que assentiu enquanto deslizava a mão por suas costas. Ela receosamente estendeu as mãos para Eleazar, com as palmas viras para cima. Nada aconteceu, mas ele parecia estar vendo algo, pois olhava com certa admiração. — Você é Auracinética. — Ele disse. Aurora o olhou com uma dúvida clara no rosto. Todos, com exceção de Eleazar e Jasper, pareciam não estar entendendo nada.
— Melhor entrarmos. — A loira de cabelos lisos falou, olhando gentilmente para Aurora. — Acho que essa conversa vai ser longa.
— Pode esclarecer, por favor? — Jackson pediu, quando todos já estavam confortavelmente instalados na sala de estar dos Denali.
— Claro. — Eleazar disse. — Auracinese é a capacidade de ver, sentir, controlar e absorver a aura astral de alguém. — Aurora franziu o rosto. — É uma habilidade muito rara, e extremamente fatal. O portador desta habilidade consegue ver as auras das pessoas e as cores que variam nela de acordo com o humor da vítima, além de poder aumentar ou diminuir o poder de uma vítima a partir do toque, apagar memórias dela ou consumir sua alma para fortalecer seu poder. Consegue enfraquecer uma pessoa a ponto de fazê-la entrar em coma apenas fazendo contato visual. — Agora, Aurora parecia cada vez menos esperançosa, e mais preocupada.
— E matar, certo? — Jackson perguntou, já sabendo a resposta. — Também pode matar. — Eleazar assentiu. Aurora pareceu se afundar no sofá onde estava, sendo abraçada por Jasper.
— Eu sei que está preocupada. — Eleazar falou, agora diretamente para Aurora. — Mas acredite, eu vejo muito auto-controle em seu poder. É como se vocês estivessem entrelaçados até o último fio de sua aura. Você não vai perder o controle. — Ele falou firmemente.
— Pode garantir isso? — Aurora perguntou.
— Dessa vez eu posso, porque nunca vi nada como você antes. — Ele respondeu. — Vai aprender rápido sobre seu poder. Quando isso acontecer, não vai precisar temer nada, nem você mesma. — Aurora assentiu fraco. Ela confiava nas palavras de Eleazar.
— Mas todos os outros vão precisar temer serem seus inimigos. — A loira, que ela descobriu chamar Kate, brincou. Aurora riu um pouco.
— Então, podemos praticar? — A ruiva perguntou.
— Quando quer começar? — Todos a fitaram, esperando sua resposta.
— Agora.
— Assim que se fala. — Jackson comemorou, arrancando algumas risadas pela sala. Jasper sorriu reconfortante para Aurora, seu olhar dizia com clareza "vou estar bem ao seu lado".
Três semanas depois.
Aurora encarou o tabuleiro, analisando suas possibilidades de ataque. Ela fez seu movimento, e então encarou seu oponente. Ela viu Jackson hesitar, mudar de ideia, e então movimentar seu rei para a armadilha de Aurora sorriu.
— Xeque-mate. — Ela disse com um olhar vitorioso. Jackson olhou estupefato para as peças, e então para a ruiva.
— Aurora! — Ele a repreendeu. — Disse que ia jogar sem trapacear.
Ouviram risadas pela sala.
— Não sei do que está falando. — Ela disse indiferente.
— Você fez de novo. — Ele acusou, apontando para ela. — Não pode usar seu controle para tudo na vida. — Aurora riu.
— Quem disse? — Perguntou divertida.
— Se eu fosse ela, faria o mesmo. — Kate disse, rindo divertida ao lado das irmãs, Tânia sorriu.
— Jogue xadrez com Edward, eu vou adorar ver ele perdendo alguma vez. — Jackson reclamou. Aurora riu e se levantou, caminhando até Jasper e sentando em uma de suas pernas.
— Se não for pra usar, não tem porque ela praticar tanto. — Jasper disse, se divertindo com a frustração de seu irmão.
— Devia saber que ela mentiu eu dizer que não trapacearia. — Alice disse, rindo e abraçando Jackson.
— Achei que minha doce namorada teria a bondade de me avisar. — Ele disse, recebendo um balançar de cabeça em resposta. — Estou cercado de traidores. — Ele disse se fingindo de ofendido.
— E eu de amadores. — Aurora rebateu no mesmo tom. Jackson lhe mostrou a língua.
— Então, logo vocês vão voltar à Forks. — Kate disse. — Vamos sentir saudades. Não desapareçam completamente. — Aurora lhe sorriu.
— Não iremos. E vocês estão mais que convidados a nos visitarem, quando quiserem. — Ela disse, sua família concordou.
— Ah, que isso. — Alice disse. — Ainda não acabamos por aqui. Se eu não me engano, tem um cerimônia sendo adiada há tempos. — Todos lhe olharam, Aurora meio confusa.
— O que...? — Ela pareceu entender. — Quer dizer... fazer o casamento aqui? — Alice assentiu.
— Sim! — Kate concordou, quase saltando no lugar de tão animada. — Façam a cerimônia aqui, podemos organizar tudo, vai ser divertido.
— Podemos usar o jardim dos fundos, é lindo, a vista é incrível. Vai ser uma bela cerimônia. — Tânia concordou.
— Não queremos dar mais trabalho do que já estamos... — Aurora disse sem graça.
— Trabalho? Querida, vai ser um prazer organizar sua cerimônia de casamento. — Carmen disse, sorrindo com ternura. Aurora olhou para Jasper, que lhe sorriu em resposta.
— Bom... — A ruiva olhou para todos os olhares de expectativa sobre si. E então para Jasper, que assentiu, sorrindo de lado. — vai ser incrível. — Ela disse, vendo-os comemorar.
Ela focou sua atenção em Jasper, que pegou sua mão e beijou os dedos. Ela ia se casar com ele ali em Denali. Em pouco tempo, Aurora seria a Sra. Hale. Isso a fez sorrir. Aí estava seu momento de paz com sua família.
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