(⚽️)ꞌ.˙ BRAZILIAN GIRL  ، 🇧🇷 ˚.
── CAPÍTULO VINTE E OITO ──
📱ᵎ vamos compartilhar um banho.〞

MARATONA 2/4

⠀ OS PRIMEIROS DIAS NO Rio de Janeiro foram dedicados a matar a saudade da sua família, mas posteriormente, todos os seus esforços físicos foram para a tentativa de convencer a sua melhor amiga, Izabelle, para que as duas fossem juntas para a Espanha. E foi exatamente o que aconteceu, já que as duas tinham finalizado a faculdade e teriam tempo para as viagens agora.

Maria Vitória não precisou muito além de dizer que, finalmente, era a chance em que a amiga poderia passar a morar com o namorado - exato, namorado. Izabelle tinha visitado muito a Espanha para conhecer e passar a namorar com o Fernando. Durante esse tempo, foi acompanhada somente por três vezes pela outra, já que manteve uma rotina ainda mais trabalhosa do que quando saiu do Brasil.

Agora, as duas estavam há algumas horas de pisar no solo espanhol para começar uma nova vida e rotina. De fato, era muito tempo de viagem, mas devido a ansiedade para acabar logo com todo suspense e surpresa, as garotas estavam se esforçando para que tudo ocorresse bem durante todo o trajeto de avião.

── Alugamos uma casa em um condomínio fechado para você ── Alexander explicava a situação em que ela viveria na Espanha. ── É o lugar mais próximo de onde a empresa vai se situar. Basicamente você será responsável pela administração e a sua faculdade de marketing entra como foco principal, já que vai ser a sua empresa com o seu modo de divulgação.

── Ah, todos os funcionários foram selecionados de acordo com a relação com os bens da natureza, seria totalmente sem nexo colocar pessoas quaisquer para uma empresa totalmente natural que visa o bem estar do ambiente ── Maria Clara completou, entregando uma pasta com todas as fotos dos funcionários.

── Essa papo de trabalho me deixa com fome ── a loira balançou a cabeça, caminhando lentamente pelo aeroporto.

── Você sempre está com fome, Belle ── a morena determinou e a amiga mostrou a língua como resposta. ── Qual a primeira reunião?

── Você vai chegar amanhã por volta das dez da manhã, os dois primeiros dias serão totalmente livres ── o homem diz, fitando a filha. ── Será no CT do Barcelona na quarta às cinco da tarde.

── Estou anotando tudo.

Os pais da garota estavam orgulhosos demais para se conterem, passaram semanas planejando toda a hospedagem que ela teria assim que pousasse no outro país.

── Nem dá pra acreditar que o meu bebê vai fazer vinte anos e nem vai estar aqui para comemorar ── Alexander lamentou, arrastando a mala prateada por todos os lados. ── Primeiro ano sem comemorar com você, estou ficando velho demais!

── Para de drama, amor ── Maria Clara forçou um sorriso, limpando as lágrimas. ── Vocês vão cuidar uma da outra, não vão?

Isabelle segurou a risada, lembrando que cada uma teria a sua vida separadamente e que viver e morar juntas nunca foi um plano delas.

── Tia, a Vivi vai ter o Pedri pra cuidar dela ── diz, dando de ombros. ── Você acha que ela vai lembrar da minha existência?

── E você não pretende fazer o mesmo com o irmão dele, não é? ── pirraçou, abraçando a mãe. ── Eu volto pra visitar vocês.

── Eu pretendo! E deixo isso na cara mesmo.

── A nossa sorte é que você vai estar representando a nossa empresa internacionalmente, ou seja, vai precisar entrar em contato pelo menos quatro vezes durante a semana ── o homem sorriu, entregando uma planilha com todas as informações.

── Sempre pensando nos negócios, né?

── Você vai se sair muito bem e quem sabe futuramente não seja totalmente sua empresa ── a mulher sorriu, segurando as mãos da filha, unidas a dela. ── Esse é um passo importante e não podíamos estar mais felizes do que ter você para assumir uma próxima etapa.

── Obrigada, mamãe!

── Que momento fofo, agora podemos pular a parte em que todo mundo chora e se despede? ── Izabelle indagou, com os braços cruzados. ── Não sou muito fã de adeus.

── Nós te amamos também, Belle! ── Alexander envolveu as três mulheres em um abraço apertado. ── Vou torcer infinitamente pela realização dos sonhos de vocês duas, minhas meninas!

Maria desviou o olhar para a amiga, que já estava aos prantos com as falas de cada um deles.

── Izabelle parece uma maria mole, eita menina que só chora ── a morena riu, bagunçando o cabelo da loira.

── Ainda estou chateado que você, senhorita Izabelle, tenha negado todas as nossas ajudas! ── o empresário levantou uma das sobrancelhas, fingindo o sentimento.

── Pretendo passar uns dias com o meu namorado, Alezinho, mas eu já tenho um apartamento em processo ── tranquilizou, sorrindo. ── Obrigada por me acompanharem até o aeroporto também.

── Você é a nossa outra menininha, Belle ── agora, a empresária sorria enquanto abraçava a garota. ── Hora de se despedir, não é?

── Eu agora concordo com a Belle.

Foram longos cinco minutos abraçados, enquanto murmuravam palavras bonitas que deixariam lembranças na cabeça de cada um. Quem via a situação por fora, imaginava que as duas se mudariam para o outro universo e que não visitariam tão cedo.

── Amo vocês ── foi a última coisa que Maria disse antes que os pais deixassem as duas de vez.

── Ah, momento fofo e tals! Mas essa é a parte que comemoramos? ── a loira indagou, com um sorriso nos lábios. ── Não vejo a hora de ver o Fernando.

── Isso tudo é saudade?

── Saudade de muitas coisas, Vivi ── a garota deu um sorriso malicioso, desviando a atenção para os lados. ── Tô' me achando chique por viajar de madrugada e de primeira classe!

── Eu tô' nervosa ── a morena franziu o cenho, estalando os próprios dedos. ── O Pedro ainda não está jogando, e definitivamente não sei quando volta.

── Amanhã tem jogo, não tem?

── Tem?

── O Fernando disse que tinha recebido os ingressos para o um jogo do Barcelona ── Izabelle pegou o celular, abrindo a conversa com o namorado.

Maria Vitória tampou os olhos, dando uma risada nasalada após ler algumas coisas que definitivamente, preferia não ter lido.

── Sinceramente, eu sabia que vocês dois eram esquisitos, mas nem tanto!

── Calada, Maria! Pelo menos eu namoro ── ela virou o celular, mostrando a conversa que dizia sobre os ingressos.

No entanto, a outra não parecia ter se importado tanto - já que estava presa na frase dita pela amiga. Era verdade, mas agora ela estava com frio na barriga em finalmente achar que poderia ter uma chance mínima de que ela e Pedri tivesse algo sério.

Durante o tempo que ela viajava até a Espanha, aproveitava o tempo para dar apoio emocional para o jogador, que ainda estava abalado devido a sua lesão e que provavelmente, ficaria um bom tempo fora dos jogos.

Sempre que os dois paravam para conversar sobre eles, nada era definido. Maria Vitória nunca quis que as coisas fossem decididas a distância, ainda tinha esperança que talvez, em um futuro eles poderiam conversar sobre isso.

── Eu falei alguma coisa ruim?

── Não, claro que não ── ela a encarou, dando um sorriso leve. ── Podemos passar no banheiro antes de embarcar?

── Sim, com certeza! Estou muito apertada e me recuso a entrar no avião dessa forma ── apontou para o próprio cabelo, tirando uma risada da amiga.

── Eu pretendo dormir a viagem inteira, então trate de ficar quieta ── Maria diz, encarando a garota.

── Vivi, eu nem te perguntei isso, mas você promete que vai responder?

── Depende.

── É de família os González serem bons na cama?

A garota arregalou os olhos, abrindo a boca para dizer algo, porém nada saia. Izabelle cruzou os braços, como se não tivesse entendido o motivo do choque.

── Ué, foi só uma pergunta! ── exclamou, abrindo a porta do banheiro. ── Sabe, o Fernando é muito bom. Só queria tirar a dúvida! ── gritou dentro da cabine.

── O banheiro não é só seu, Belle! ── exclamou, encarando as mulheres que aguardavam na fila.

Foi o suficiente para que as duas ficassem quietas e enquanto a loira se arrumava calmamente, a morena ficava respondendo as mensagens que tinha recebido no Instagram. Foram longos minutos parada até que Maria finalizasse quase toda a sua caixinha de perguntas, sem deixar nenhuma evidência que estaria viajando durante aquela madrugada.

── Izabelle, se eu soubesse que você ia demorar, eu não teria te chamado! ── Maria bufava, jogada por cima da sua mala. ── Faltam cinco minutos para que o portão se feche.

── Estou pronta! ── a loira anunciou, saindo com a mão na cintura. ── O que você achou?

── Você pretende ficar toda arrumada dentro do avião? ── apontou para a roupa de brilho que ela usava.

── Você é uma figura pública, Vivi! Nunca se sabe quando vai ter gente para fotografar nós duas ── Izabelle sorriu, puxando a mala atrás de si. ── Temos quatro minutos para correr até o portão.

E foi nessa hora que começou a luta contra o tempo, as duas garotas corriam apressadamente pelo aeroporto, acompanhadas pelas malas que mais giravam do que as seguiam. Por grande sorte, as duas conseguiram chegar antes que o avião decolasse, realizando o check-in o mais rápido possível.

Para a tristeza das duas garotas, o voo que seria de quase dez horas passou a ser de onze horas e meia, ou seja, chegariam por volta das meio-dia no país. Era cansativo ficar dentro de um espaço pequeno, mas as duas estavam viajando confortavelmente.

── Você não disse que o Pedro não ia jogar hoje? ── a loira indagou, mostrando a tela do celular com a escalação do dia.

── O que? Ele me disse que não sabia se jogaria ainda ── a morena ligou o aparelho celular, analisando as últimas mensagens do jogador.

Na verdade, nem ele esperava que realmente fosse jogar, mas assim que ficou sabendo que seria uma certeza, mandou mensagem avisando sobre a novidade que tinha.

── Ele vai voltar a jogar hoje, o seu namoradinho!

── Moça, pode me informar que horas vamos chegar? ── indagou para a aeromoça, que conferiu o relógio no pulso.

── Às dez e meia, querida! ── informou, dando um meio sorriso.

── Obrigada! ── agradeceu, se virando imediatamente para a amiga. ── Vou conseguir dois ingressos para o jogo.

── O que? Tá' falando sério?

── Sim, eu quero ver o meu namoradinho jogando.

── Primeiro dia na Espanha e já vou ver o Barcelona jogar? ── a loira sorriu, comemorando com as mãos.

Maria Vitória não precisou de muita coisa para conseguir os dois ingressos do jogo, a única coisa que teve que fazer era torcer para que o Pablo Gavi não abrisse a boca e estragasse todo o seu plano.

🇧🇷

── Você não pode me fazer correr de salto! ── Izabelle exclamou, tentando acompanhar a amiga que corria até o primeiro táxi disponível.

── Eu disse que você não precisava ficar toda arrumada agora, Belle!

── Ainda bem que eu fiquei, espera que o meu futuro marido me veja daquele jeito? ── indagou, com a mão na cintura.

── O seu futuro marido já te viu de pijama de unicórnio, não tem nada que faça ele separar de você!

── O que? Você acha aquele pijama tão feio assim? ── Belle parou confusa, levantando uma das sobrancelhas.

── Bom dia, garotas! Estão com pressa? ── o moço indagou, e logo virou o corpo todo para encará-las.

Era o mesmo taxista de Doha.

De repente era como se fosse um déjà vu, como se Maria Vitória estivesse de volta para a época da Copa e para o tempo em que tinha conhecido o jogador espanhol. O homem pareceu ter a mesma lembrança, fitando a garota um pouco antes de sorrir.

── Bom dia! Acho que estamos ── Maria sorriu, desajeitada.

── Podem entrar!

As duas não demoraram para colocar a mala no porta-malas e em seguida, entraram no carro que tinha levemente o cheiro de um perfume doce. A garota passeou com o olhar por todo o carro, tendo leves lembranças.

── Aceitam? ── o homem esticou o pacote de biscoito com formato de animais, dando partida com o carro.

── Sim.

── Eu me lembro de você ── proferiu, meio desajeitado. ── Na verdade, me lembro de vocês dois.

── Tô' com medo, Vivi ── Izabelle sussurrou, fazendo a outra dar uma leve risada.

── Eu conheço ele, tá' tudo bem ── garantiu, pegando mais um dos biscoitos. ── Por que veio pra cá?

── O meu movimento de lá caiu após a Copa, a minha família está passando por uma situação nada boa agora ── diz, calmamente, mas com uma tristeza no olhar. ── A minha mulher fez faculdade de direito e estava desempregada, aliás, continua.

── Eu sinto muito, mas fico feliz de te rever.

── Não é que o meu táxi uniu vocês dois ── ele sorriu orgulhoso, mostrando os dentes. ── Estão juntos ainda, não estão?

── Sim, estamos ── ela sorriu, ajeitando o cinto no corpo. ── Eu conheci ele por causa de você.

── Eu fiquei tão feliz quando vi vocês dois em várias fotos, sabia? ── diz, empolgado. ── Mostrei pra minha esposa, mas ela não acreditou muito.

── Ela vai acreditar, relaxa!

Os três seguiram o caminho até o Camp Nou em puro entusiasmo, enquanto conversavam sobre o Hexa do Brasil e como foi o desfecho da emocionante Copa do Mundo 2022. Em menos de uma hora exata, o taxista parou o veículo e começou a ajudar a descer as malas e ainda assim, o jogo já tinha começado a cerca de meia hora.

── O que vamos fazer com esse tanto de bagagem? ── a loira indagou, mas a sua resposta foi respondida quando um outro homem chegou perto dos três.

── Boa tarde, senhorita Xavier! Ah, boa tarde, senhorita Izabelle Freitas.

── Boa tarde, senhor Elias! ── a morena sorriu, cumprimentando-o. ── Desculpa ter feito você ter vindo até aqui.

── Bom, eu não me importei nem um pouco ── ele sorriu, arrastando as malas para perto do outro carro.

── Estou me sentindo como uma madame ── Izabelle diz, comemorando lentamente.

Antes que as duas se despedissem do novo motorista e entrassem de vez no campo do Barcelona, Maria parou e esperou o motorista de Doha sair do carro para realizar o pagamento da viagem.

── Posso saber o nome do senhor?

── Thomás ── ele sorriu, entregando um saco de biscoito para ela. ── É o meu biscoito preferido.

── Obrigada, senhor Thomás ── ela segurou o pacote, entregando algumas notas para ele. ── Esse é o meu número pessoal, pede pra sua esposa me ligar e conversar comigo. Eu tenho uma empresa aqui agora e será um prazer ter ela como parte da minha equipe. Eu estava à procura de uma advogada.

── Eu nem sei como te agradecer, Maria ── o homem cobriu o rosto com as mãos, evitando que as lágrimas descessem.

── Esse é o meu agradecimento, não tem porque me agradecer de volta.

Na cabeça de Maria Vitória, o Thomás já tinha feito muito por ela e agora, era a sua vez de retribuir.

Dessa vez, o tempo passou lentamente até que as duas entrassem dentro do campo, procurassem os seus assentos, arrumassem as suas mínimas coisas e sentissem o frio invadir a suas barrigas. A morena estava ansiosa demais para ver o Pedri, ainda não sabia como faria isso, mas daria um jeito.

── Eu acho que eu gosto muito do Pedro.

── Você acha? Nós duas acabamos de sair de um voo de quase onze horas diretamente para o jogo em que ele vai voltar a jogar! ── exclamou, desacreditada. ── Eu corri usando salto pra você me dizer que acha que gosta dele? Vai se foder, Maria Vitória Xavier!

── Só falta me agredir!

── Fica quieta e presta atenção no jogo ── a loira bufou, irritada.

Quando o jogador espanhol, Pedri González, entrou no campo, Maria sentiu o coração dela acelerar ainda mais, o seu corpo estava quente e repleto de saudade dele. Os seus olhos passeavam pelo campo, buscando achar os três amigos que tinham passado parte da Copa com ela.

Como sempre, o Ferran Torres, Pablo Gavi e o Pedri estavam lado a lado durante a partida, trazendo inúmeras memórias deles. A cada passo que o camisa oito dava, o coração da brasileira acelerava com medo dele sentir dores - novamente.

O jogo poderia ter sido melhor, mas ainda assim, o Barcelona tinha ganhado de um a zero com o gol de Ferran Torres. Definitivamente, Sira deveria ter ficado muito orgulhosa do namorado e com certeza, todos do time também ficaram com o desempenho dele.

── Qual a chance de você ficar muito brava comigo se eu for encontrar o Pedro agora?

── Nenhuma! ── exclamou, sorridente. ── Fala que a cunhada dele mandou um beijinho.

── Te amo, Belle! ── deu um beijo estralado na amiga, descendo as arquibancadas.

Ela fez a mesma coisa que tinha feito em um dos jogos de Doha, só que dessa vez acompanhada de um dos seguranças para que fosse levada até onde o jogador estaria descansando. Ela caminhou lentamente pelo corredor, avistando o Pablo de longe - o tom quase pálido da cor da pele dele facilitava o encontro.

── Você tá' parecendo aqueles vampiros de filme, precisa tomar um sol! ── ela diz, fazendo o garoto sorrir para ela. ── Sentiu muita a minha falta?

── Quase nada! ── exclamou, deixando um beijo na bochecha dela. ── Eu pensei que você estava brincando, quase dei um ingresso falso.

── Você não é nem louco, Pablo Gavira.

── Você foi embora sem se despedir ── ele a olhou, com desgosto. ── Pensei que você me odiasse, mas nem tanto!

── Eu não te odeio!

── Você só me ataca no twitter, Maria.

── Você que faz isso comigo! ── cruzou os braços, repreendendo ele com o olhar.

── Já me viu e foi o suficiente, agora vai ver o seu namorado ── o jogador apontou para o vestiário, dando um sorriso.

── Pablo?

── Oi.

── Eu senti a sua falta.

── Eu também senti a sua, Mavi.

A brasileira sorriu e apenas assentiu com a cabeça antes de seguir até a porta que ele tinha apontado. Tudo parecia que estava se repetindo outra vez, cada momento e detalhe, ela sentia o coração bater ainda mais forte e a ansiedade tomar conta do seu corpo.

Maria abriu a porta do vestiário devagar, avistando o jogador enrolado apenas na toalha de costas para ela. O corpo dele ainda estava úmido e o cabelo principalmente, deixando evidente que ele já tinha tomado banho.

── Ocupado? ── a voz ecoou pelo ambiente, fazendo o jogador suspirar aliviado assim que reconheceu. ── Pensei que você me esperaria para compartilhar um banho.

Pedri virou o corpo rapidamente, sorrindo assim que avistou a morena em sua frente.

── Eu tô' afim de tomar outro ── diz, caminhando até ela. ── Puta que pariu, eu senti muita falta sua!

── Eu também, amor! ── murmurou contra a sua boca, unindo-as de uma vez só.

Os dois tinham chegado à conclusão que beijar alguém com saudade conseguia deixar o beijo ainda mais prazeroso - se é que isso era possível. Era fato que eles tinham sentido a falta um do outro em todos os aspectos e agora, precisavam aliviar a tensão.

Mavi deslizava os dedos pelas suas costas molhadas, deixando leves arranhadas e ao mesmo tempo, ele suspendia o corpo dela contra o seu, apoiando inteiramente na pia do vestiário. Os seus dedos passaram a brincar com a pele quente por debaixo da blusa curta.

O jogador interrompeu o beijo, segurando o seu rosto para analisá-la por completo.

── Nem te sentindo contra o meu corpo eu consigo acreditar que você esteja aqui, Mavizinha ── murmurou, fitando-a.

── Tem muito tempo para você acreditar.

── Por que você tá' aqui? Você disse que estava doente e que estava presa no trabalho ── indagou, curioso.

── Não tá' feliz, é? Eu posso ir embora! ── ela brincou, colando as suas testas uma na outra.

── Eu não consigo acreditar ainda que esteja aqui ── murmurou, pegando o celular da bancada para mostrar uma coisa pra ela. ── Você disse que não estava bem, então eu comprei uma passagem para o Rio de Janeiro pra hoje de noite.

── Nem brinca!

── Tô' te dizendo ── ela analisou a passagem comprada para viajar ainda naquele dia. ── Eu queria comprar pra mais cedo, mas eu descobri que ia participar do jogo.

── Eu descobri que você ia participar do jogo dentro do avião, aí fui atrás do Pablo para conseguir ingressos.

── Ele nem me disse nada! Só me olhava sorrindo todo felizinho como uma criança ── ele diz, balançando a cabeça.

── O importante é que eu vim.

── Você tá' ainda mais bonita do que a última vez que eu te vi e eu nem sabia que isso era possível.

── Fiquei orgulhosa de te ver jogando.

── Sabe que dia é hoje, Maria Vitória? ── ele indagou, com um sorriso quando ela sorriu ladino. ── Dia vinte e três, o dia que nos despedimos e que você me prometeu que voltaria para mim.

── Exatos quatro meses como eu prometi ── ela diz, orgulhosa da promessa.

── Mesmo que você não estivesse aqui agora, eu estaria lá da mesma forma que eu prometi ── o camisa oito deslizou os dedos pelo rosto dela. ── Ou você voltava ou eu ia buscar você.

── E felizmente eu estou aqui.

── Eu não te pedi isso antes porque senti que você não queria e que não era o momento certo, mas acho que já passou do tempo ── proferiu, olhando fixamente para os seus olhos. ── Eu quero que você fique comigo. Pode ficar aqui ou eu fico lá, eu só quero ficar com você. Eu quero acordar todos os dias de novo ao seu lado.

── Eu vou ficar ── ele piscou algumas vezes, parecendo não acreditar.

── Sério?

── Eu vim pra não voltar para o Brasil ── anunciou, distribuindo vários selinhos nele. ── Já tenho até uma casa.

── Agora eu tenho você de volta.

Não é nem preciso dizer que os dois comemoraram a volta da garota de várias formas possíveis, até que finalmente decidiram ir embora juntos.

Pedri parecia estar em um sonho, porque durante todo o trajeto até o endereço que ela falou que moraria, ele passou admirando cada centímetro dela. Maria ainda descansava na janela do carro, admirando cada lugar que eles passavam, enquanto o jogador só tinha olhos para ela.

── NOTAS ──
da autora

ᵎ ❬🇧🇷❭ belle é apocalíptica e a mavi mto dboa, omg as duas se completando!!

ᵎ ❬🇧🇷❭ o motorista do táxi voltando!! eu juro que quando pensei na possibilidade, o meu coração ficou quentinho pq foi o início deles <3

ᵎ ❬🇧🇷❭ mavi aceitando o biscoito depois de meses.

ᵎ ❬🇧🇷❭ encontro do pedri com a mavi 🤏🤏 ficou pequeno mas o próximo tem momentos deles juntinhos e casal feliz.

ᵎ ❬🇧🇷❭ como disse a bel: os dois amam um vestiário.

ᵎ ❬🇧🇷❭ meu instagram: (autoramai_) postei um spoiler ontem e quem me seguiu, viu! e tiktok (ravxnnaa)