━ 009.
(⚽️)ꞌ.˙ BRAZILIAN GIRL ، 🇧🇷 ˚.
── CAPÍTULO NOVE ──
📱ᵎ doente de saudade.〞
⠀MARIA VITÓRIA ACORDOU MUITO cedo naquela manhã de domingo, a Espanha jogaria contra a Alemanha e seria um dia corrido para a família Xavier. Os dois empresário sairiam no período da manhã e da tarde, só voltariam assim que o jogo estivesse começando.
Ela não podia negar toda a animação que sentia, em geral, ela amava os jogos e qualquer um conseguia deixá-la encantada. Mas naquela manhã, não tinha acordado bem o suficiente para querer levantar da cama.
Na noite anterior, tinha visto todas as fotos que foram tiradas de quando ela e Pedri foram resgatar o Pablo na feirinha. Ela não estava mais preocupada caso alguém descobrisse. Acima de tudo, os três eram amigos, mas ela achava uma tortura todos os comentários que tinha recebido.
Passar a noite em claro enquanto lia os comentários foi uma das piores sensações que já tinha sentido. Ela sabia que a internet era uma terra sem lei, mas não sabia que as pessoas eram cruéis a ponto de desejarem morte de uma jovem por estar saindo com alguém. Para Pedri não foi diferente, os comentários não eram feitos para ele, mas era pra alguém que ele gostava. Passou metade da noite bloqueando as pessoas que se puseram a xingar e fazer comentários maldosos para Mavi.
Uma parte dele desejou nunca ter conhecido ela; porque ela era o motivo dele estar feliz e o apoio para ganhar a Copa, mas ele era o motivo para ela estar sofrendo. Já na outra parte, desejava que tudo acabasse logo, porque ele não aguentaria ver ela sendo atacada.
Quando o pronunciamento dos dois jogadores saíram, as coisas deram uma amenizada. No geral, algumas pessoas pareceram cair na real e colocaram em sua cabeça que eles eram adultos e sabiam o que faziam da vida.
Quando teve forças para levantar, a sua cabeça latejava e o seu corpo pedia para que voltasse para cama e infelizmente, não poderia. Se apressou para entrar no chuveiro e procurou tentar ao máximo tirar a cara de morta que estava. O banho sem dúvidas, foi o mais longo que tinha tido durante as férias. Assim que saiu, estava pronta para começar a se arrumar; a calça jeans e a blusa da Espanha seria o que usaria.
Em questão de minutos estava no andar de baixo, esperando os seus pais para poderem ir até o estádio. Ela estava nervosa, não sabia como seria a reação de seus pais depois de tudo que tinha acontecido, ela nem conseguia pensar direito. Mavi suspirou aliviada quando os dois só deixaram um beijo em sua cabeça, seguindo em direção ao carro.
── Tem certeza que está se sentindo bem? ── a mão gelada entra em contato com a testa da mais nova. ── Tudo bem se não quiser ir, eu acho até melhor se não for...
── Deve ir sim, Mavi ── o homem determinou, enquanto dirigia. ── Esse pessoal é maluco! Você não fez nada de errado.
── Eu estou bem ── anunciou, enquanto se deitava lentamente no colo de sua mãe que insistiu para ficar no banco traseiro.
── Tem certeza?
── Sim!
── Eu sabia que esse jogador não era uma boa ideia, eu sabia! ── Maria Clara bufa, passando a mão no cabelo da filha.
Mavi passou a tarde focando em sua carreira, adiantou mais trabalhos e lições, por sorte, não teve tempo de chorar e muito menos de se lamentar pelos comentários. As vezes era cansativo ter que lidar com a faculdade, mas agradecia por ter estado ocupada demais.
Ela sabia que na internet as coisas durariam no máximo uma semana, depois cairia no esquecimento e uma hora ou outra teriam que aceitar os fatos e os acontecimentos. O que a deixava mais aliviada, era que uma grande parte de seus seguidores entraram em defesa dela.
Quando o seu pai bateu duas vezes no vidro do carro, Mavi saiu do seu mundinho e viu que já tinha chegado. A entrada no estádio foi acompanhada pela sensação do frio na barriga, estava lotado de torcedores que gritavam - é claro que nenhuma torcida se comparava a do seu país -.
A equipe espanhola tinha sido bastante amigável quando ofereceram um espaço no camarote para toda a família. Lá era um pouco mais reservado do que estar na arquibancada - o que Mavi com toda certeza preferia -.
A torcida comemora assim que os jogadores entram em campo e todos se colocaram de pé quando os hinos começaram a tocar, anunciando que logo começaria o jogo. Mavi sorri instantaneamente quando o Pedri aparece no grande telão e deixa uma risada escapar ao ver Gavi, lembrando da confusão que ele tinha feito.
A partida começou e a garota não deixava nada escapar, procurava prestar atenção ao máximo de cada movimento feito pelos jogadores. Ficou aliviada quando o primeiro gol foi feito, comemorando com seus pais e com a equipe da sala onde estava. Quando a Alemanha fez o seu primeiro gol, a frustração apareceu, torcia para que a Espanha conseguissem dar um jeito de marcar mais um.
Quando o jogo foi finalizado, Mavi se sentiu pelo menos aliviada de ter empatado, ela se recusava a torcer para o time e ele perder para a Alemanha - não depois da humilhação do 7x1 -.
A sua mão tremia pelo nervosismo que tinha sentido durante o jogo. Alexander tinha percebido a reação da filha, oferecendo um copo de água que ela aceitou na hora, aproveitando e acariciando o cabelo da garota e acolhendo o seu corpo em um abraço confortável.
Mavi estende a sua mão até o bolso da calça ao perceber que o seu celular vibrava, seu semblante ficou confuso ao ver que era um número desconhecido, mas sorriu aliviada quando viu de quem era a mensagem.
Ela esperou exatos cinco minutos antes de sair pela porta da sua esquerda, o corredor era escuro e no fim, revelava uma escada gigantesca com uma outra porta no final. A descida foi rápida e em menos de segundos já estava empurrando a porta.
Assim que a porta abriu, revelou o jogador mais novo completamente eufórico, ele já estava com a aparência de limpo - revelando que ele já tinha tomado banho -. Ele sorriu orgulhoso e abraçou a garota.
── Oi Mavi ── cumprimentou e se afastou. ── Desculpa pelo prejuízo que eu te dei ao pedir pro Pedri ir me buscar.
── Relaxa, tá tudo bem ── ela retribui bagunçando o cabelo do garoto.
── Você tá' parecendo um baiacu ── anunciou, enquanto encarava o rosto inchado da garota. ── Com todo respeito, você tem certeza que está bem?
── Sim, estou bem ── ela parou e pensou um pouco mais. ── Isso não me deixou melhor.
── Ele tá dentro do vestiário ── ignorou completamente a fala dela e começou a caminhar pelos corredores. ── Vou te levar até lá.
── Tá bom ── seu semblante era confuso. ── Por que vai me levar lá?
── Ele tá triste ── anunciou, enquanto parou em frente a uma porta. ── Acho que ele precisa te ver.
Gavira não esperou que ela respondesse, se apressou para conferir se tinha algum segurança ali. A mão da garota vai direto para a maçaneta, abrindo a porta lentamente. Pedri estava sentado em um banco de costas para ela, nem parecia ter notado que alguém estava ali.
── Ocupado? ── a voz preenche o lugar e ele se vira para ela, dando um sorriso involuntário.
── Tá' fazendo o que aqui, maluca? ── perguntou, enquanto se apressava para fechar a porta atrás dela.
── Alguém me disse que você estava doente de saudade ── respondeu, ao mesmo tempo que abraçava o garoto o mais forte que conseguia. ── Não precisa ficar triste, eu já estou aqui.
── Eu acho que o Gavira tá' ficando muito rebelde ── brincou, enquanto a sua mão passeava pelo rosto da garota, tirando os fios rebeldes que tampava a sua visão do rosto todo dela.
── Eu acho que você não tá' sendo um bom irmão mais velho, Pedro González ── ela sorri e ele encaixa o rosto entre o pescoço da garota. ── Eu tô' bem, tá bom? Nem foram tantos comentários assim...
A diferença de altura era nítida, porque agora ela precisava ficar nas pontas dos pés para que ele conseguisse ficar abraçado certinho ao corpo dela. Pedri sente o perfume da garota cada vez mais forte, ao encaixar seu rosto em seu pescoço, deixa um beijo e como resposta ao ato, ela se arrepia.
── Me desculpa ── a voz sai como um sussurro e ela deixa um beijo na cabeça do garoto. ── Eu pedi para que parassem...
── Esse pessoal é maluco ── justificou, sentindo um arrepio no pescoço quando ele sorriu em contato com a pele. ── Já estou até me acostumando.
── Não deveria! É bizarro isso, Mavi ── ele encarava a garota, se aproximou e deixou uma sequência de selinhos. ── Eu sou grato por ter conhecido você, não queria que isso resultasse em coisas ruins.
── Eu sei que é ── diz convencida, abraçando o seu corpo por completo. ── Ou talvez, seja muita sorte minha você ter invadido meu táxi.
── Na verdade, mesmo que não tivesse sido ali, seria depois ── diz, enquanto analisava fixamente seu rosto. ── No dia da reunião, você também teria chamado a minha atenção.
── Já você não teria chamado tanta a minha ── retrucou brincando e com um sorriso no rosto. ── Eu ficaria entediada de ter que ficar no meio de vocês.
── Você é muito chata, Mavi ── comentou, encostando a cabeça em seu ombro.
── Você não deveria ter tomado banho já? ── perguntou ao notar que ele ainda estava vestindo o uniforme sujo. ── Não acredito que te abracei assim!
── Eu ia tomar, mas você chegou de surpresa ── ele se afastou dela enquanto retirava a camisa e em seguida, seguiu até a pia. ── Aposto que foi uma estratégia sua só para me ver sem roupa.
── É mais fácil você querer me ver sem roupa, Pedro! ── exclamou, observando ele lavar o rosto e depois enxugar com a toalha.
── Tem razão ── murmurou, bagunçando o cabelo. ── Então, se eu tirar a minha bermuda aqui você nem vai se importar, certo?
── Claro que não vou ── garantiu, mas entrou em pânico quando ele fingiu que a tiraria.
── É, parece que vai sim ── sorriu satisfeito.
Mavi não conseguia evitar olhar o abdômen do garoto em sua frente, chegando a imaginar coisas inapropriadas para o momento. Ele sorria satisfeito, porque conhecia ela o suficiente para saber que ele ter ficado sem camisa, a deixaria perdida.
── Tá' babando demais, Mavizinha ── o comentário fez com que ela voltasse ao mundo real.
Ela se aproximou do garoto deixando uma sequência de beijos em seu rosto, enquanto ele a encarava sorrindo. Maria Vitória não pensou duas vezes antes de unir suas bocas, o beijo era calmo e sedento, os dois estavam precisando daquele consolo.
As mãos de Mavi empurrava o garoto para a parede mais próxima, fazendo com que ele a encarasse quando ela se afastou do beijo e deu um sorrisinho travesso. A água gelada entra em contato com o corpo de Pedri, mas já era tarde demais para notar que ela havia aberto o chuveiro.
── Eu queria te ajudar no banho ── anunciou, enquanto se afastava lentamente. ── Você demorou demais!
── Essa água tá' muito fria ── respondeu, enquanto encolhia o corpo. ── Eu vou ficar doente.
── Droga! Esqueci que você precisa estar com a saúde em dia.
── Meu técnico vai surtar se descobrir que você me deixou doente.
── Que doente o que? Toma chá que passa.
A garota sentiu dó o suficiente para se aproximar do chuveiro, girando a torneira até achar a temperatura quente. Quando se distraiu por alguns segundos, já era tarde, Pedri tinha se agarrado no corpo dela, trazendo junto a ele para debaixo do chuveiro.
O seu braço envolvia a cintura da garota, enquanto a outra segurava sua nuca, juntando as suas bocas em mais um beijo. Dessa vez, Mavi utilizou uma de suas mãos para passear pelo abdômen do garoto, enquanto a outra acariciava seu cabelo.
Quando já se sentia satisfeita em ter atrapalhado o banho, ela se soltou de seu braço e seguiu para fora do chuveiro. A roupa ensopada deixava o chão por onde passava úmido.
── Tem uma camiseta minha dentro da bolsa ── anunciou, enquanto observava a garota apertar a camisa molhada. ── Pode ficar com ela.
── O que eu uso no lugar da calça? Nada seu vai servir em mim.
── Tem aquele shorts de tecido mole que eu uso pra jogar ── explicou, enquanto via o semblante perdido dela. ── Você queria ajudar no banho, a culpa claramente é sua.
── Eu queria te ajudar, não fazer parte dele! ── exclamou, enquanto ria mexendo na sua bolsa. ── Estou gostando de algumas camisetas aqui, talvez eu precise usar mais de uma.
── Pode pegar o que quiser.
── Péssima fala sua ── avisou. ── Não vai reclamar depois quando não tiver mais nada.
Mavi tira uma blusa vermelha e um shorts preto para que ela pudesse colocar. As suas mãos seguem em direção a barra da camisa, puxando a blusa completamente úmida, que assim que é colocada no banco, começa a pingar.
── Tô' pensando seriamente em te trazer aqui pra dentro de novo ── alertou, enquanto encarava o corpo exposto da garota.
── Vai ficar só pensando, preciso ir embora ── avisou sorrindo, sua visão segue até a tela do celular, vendo que sua mãe tinha ligado. ── Minha mamãe está me procurando.
── Que vida triste!
Pedri tinha desligado o chuveiro e se enrolava na toalha quando ela o encarou confusa, mas voltou a sua atenção para a mala em sua frente. Ele seguiu em sua direção e abraçou a garota que estava de costas para ele.
A sua mão segue até a barriga dela, deixando leves carícias ali e descendo a lentamente, enquanto a outra afastava o seu cabelo do pescoço deixando livre para que ele deixasse um beijo ali. Assim que sentiu a pele da garota se arrepiar, se afastou e se sentou no banco.
── Por que saiu? ── perguntou se direcionando ao chuveiro. ── Não deu nem tempo de tomar banho, seu porco.
── Eu estava gastando muita água ── anunciou, mas pareceu não adiantar muito. ── Vou terminar depois que você for embora, Mavi.
── Faz sentido.
── Claro que faz, ou você quer me ver pelado aqui?
── Até que não seria uma má ideia.
── Tô' começando a reconsiderar se eu vou deixar você sair daqui, Maria Vitória ── ele diz, focando o seu olhar no dela.
── Eu queria, mas não posso.
Ela se deu por vencida, pegou a camisa que era três vezes maior que a dela, chegando na metade de sua coxa. Para evitar que ela molhasse ao entrar em contato com a calça, segurou ela na altura dos seus peitos enquanto puxava a calça pesada para baixo.
Pedri não ficou olhando diretamente para a garota, seria um constrangimento para ela se ficasse sendo encarada enquanto ficava quase sem roupa na frente dele. Assim que ela terminou de colocar a roupa, ele voltou a sua atenção totalmente para ela.
── Te vejo depois de amanhã? ── perguntou, enquanto torcia suas roupas molhadas. ── O jogo acaba tarde, não sei se daria para te ver depois.
── Eu te vejo amanhã antes do jogo então, Mavi ── anunciou e recebeu um selinho em resposta. ── Deixa a roupa aí, eu levo quando estiverem secas, vai ser mais um motivo para ter que te ver.
── Obrigada, obrigada! ── repetiu e segurou o rosto do garoto, distribuindo vários beijos.
── Tá' me deixando sem ar ── brincou, sorrindo ao vê-la com o semblante de indignação.
Pedri sorria entre os beijos distribuídos, ainda permanecia sentado, enquanto ela estava entre suas pernas de pé. Maria inclinou o rosto e sentiu a barba dele entrar em contato com a sua pele, deixando leves rasuras.
── Ainda bem que eu nunca julguei a Mc Pipokinha ── ela diz, enquanto ele franzi o cenho.
── Mc Pipokinha? Quem é essa?
── Uma cantora muito conhecida no Brasil.
── E por que você disse que nunca julgou ela?
── Porque agora eu entendo as músicas que ela canta ── apoiou o rosto em seu ombro, deixando uma risada nasalada.
── Ah, que legal ── diz irônico. ── Eu não sabia que teria que aprender coisas brasileiras para conseguir te entender.
── Me agradeça! ── ela levantou, apoiando uma de suas mãos em sua cintura indignada.
── Você disse que eu nunca mais ia te ver, agora tá' aqui querendo me ver todos os dias ── ele diz, ao mesmo tempo que envolvia seus braços na cintura dela.
── Percebi que você tem muito dinheiro quando pagou aquela barraquinha toda ── brincou, enquanto ele se mantinha encostado no corpo dela.
── Sempre soube que você era interesseira.
── Interessada por outra coisa, não pelo o seu dinheiro ── sussurrou, mordendo a bochecha para evitar um sorriso involuntário.
── Tudo bem ── murmurou, passando a mão entre a coxa dela. ── Agora eu acho que você não sair mais, Maria Vitória.
── Eu estava falando de beijos, Pedro! Só de beijos! ── riu, sentindo ele apertar a pele exposta.
Ela se despediu com mais uma sequência de selinhos e finalmente, estava pronta para ir embora do vestiário. Deixando ele sozinho e confortável para terminar o seu banho e se trocar, já que daqui a pouco alguém procuraria ele para irem embora.
Quando os seus pais a viram com outras roupas e com o cabelo úmido, tiveram um semblante de confusos. Ela nem se deu o trabalho de explicar, porque eles a zoariam para o resto da vida.
── NOTAS ──
da autora
ᵎ ❬🇧🇷❭ tem muitos leitores novos aqui e eu to mto feliz <33 fiquem a vontade para comentarem sempre que quiserem!!
ᵎ ❬🇧🇷❭ vai ter o cap bônus de redes sociais, posto ainda hoje ou amanhã? se for hj que horas fica melhor para vcs? (não vou por horário pq vai que eu durmo dnv).
ᵎ ❬🇧🇷❭ pergunta de hoje: qual a idade de vocês?
ᵎ ❬🇧🇷❭ não se esqueçam de votar, bjs!!
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top