━ 007.

(⚽️)ꞌ. ̇ BRAZILIAN GIRL ، 🇧🇷 °.
── CAPÍTULO SETE ──
📱ᵎ estou mais segura longe de você.〞

MARIA VITÓRIA COMEMOROU JUNTO com os torcedores ao seu lado, estavam todos pulando quando foi anunciado o encerramento do jogo. O Brasil estava pontuando e desse jeito, sem dúvidas, traria o hexa para o Brasil. Todos da arquibancada assistiram a comemoração do Richarlison com todo o time, estavam todos orgulhosos e feliz pelo jogador.

Estava de volta no hotel, agradecendo que poderia parar de andar finalmente. Deitou-se na cama e fechou os olhos por alguns minutos antes de resolver que ligaria para a sua melhor amiga que estava no Brasil, Belle. Afinal, fazia muito tempo que não tinham conversas longas com direito a novidade e muita fofoca.

── Alô?

"Nossa, Maria Vitória! Lembrou que tem melhor amiga? Melhor amiga não, só amiga. Porque se eu fosse a melhor, teria mais prioridade na sua vida!"

── Oi Izabelle, como você está?

"Com saudade."

── Eu também, loirinha ── murmurou, enquanto suspirava. ── Como tá' sendo a sua viagem?

"Ah normal, os meus pais estão me levando para os lugares que eles tiveram encontros. É perturbador."

── Sinto muito.

"Nem preciso perguntar de você, né? Como tá' as coisas com o jogador bonitão?"

── Normal, somos amigos.

"Amigos? Conta outra!"

── Ué, não tenho tempo para homens, não agora.

"Com um Pedri no seu pé? Pelo amor de Deus! Vai viver, Maria Vitória! Você tá' perdendo a oportunidade de dar pra aquele jogador gato? Toma vergonha na cara."

── Eu tô' vivendo, fomos pra praia juntos há alguns dias.

"Eu falei! Já deu uns beijos?"

── Não.

"Os brasileiros são mais rápidos que os espanhóis, então?"

── Talvez.

"Aqui você já teria até sentado nele."

── Izabelle! Toma vergonha na cara!

"O que você acha dele pelo menos?"

── Ele é legal, simpático e eu também não posso deixar de fora que ele é muito bonito, tem alguma coisa nele que me chama atenção ── respondeu, colocando a ligação em viva voz. ── Presta atenção em o que você vai dizer, eu coloquei no viva voz.

"Que saco, tenho que controlar minhas falas agora."

── Porque você só fala merda.

Era incrível a conexão das duas. Maria Vitória amava a Belle como se fosse sua irmã de sangue, e não apenas uma amiga comum. Ela sabia que sempre podia contar com a loira e esperava que ela soubesse o mesmo, porque estariam juntas até o final de suas vidas.

Quando a água caiu em seu corpo, o alívio foi instantâneo, a sensação de estar aquecida era um paraíso depois de ter passado o dia pulando e comemorando. Estava quase há vinte minutos dentro do chuveiro quando o seu celular vibrou com várias notificações.

Ela sorriu assim que leu as mensagens, pensou algumas vezes antes de aceitar sair assim do nada, mas eles já estavam conversando há alguns dias, não adiantava negar agora. O seu pijama do Bob Esponja e a sua cama quente seriam trocados por algum vestido curto e uma boa noite de festa.

Assim que respondeu as mensagens do jogador, os seus dedos percorreram pelos contatos do seu celular, buscando a conversa com a sua melhor amiga e iniciando uma ligação rapidamente - que não demorou para ser atendida -.

"Duas ligações no mesmo dia, o que aconteceu com você? Isso é por se sentir arrependida por ter me abandonado?"

── Eu tô' indo viver, Izabelle ── diz, segurando a toalha que estava enrolada em seu corpo. ── Me diz o que usar para uma noite em uma boate com vários jogadores da Espanha?

"PUTA QUE PARIU! VOCÊ VAI SAIR COM O PEDRI?"

── É, agora me ajuda!

"Calma, eu tô' nervosa! A minha melhor amiga vai namorar com um jogador, meu Deus! Você pode me apresentar para o Gavi? Aliás, você conhece ele já?"

── Sim, eu conheço, Belle. Podemos voltar para o foco principal e depois falamos sobre o Pablo?

"Ótimo, ótimo! Vai com alguma coisa fácil de tirar, sabe? Usa aquela sua lingerie vermelha que compramos juntas."

── Não é como se eu fosse precisar tirar a roupa lá.

"Você não, mas o Pedri sim."

── Nós vamos sair com os amigos dele, não vamos para um motel.

"De qualquer forma, veste ela. Você nunca sabe quando vai sair com um homem e ele simplesmente vê a sua calcinha de Ursinho Pooh segurando um pote de mel."

── Muito específico, tá' tudo bem?

"Acho que sim. Quais são as opções de roupa?"

Izabelle era a maior conselheira da Mavi, era a única pessoa que conseguia montar um look bonito e rápido pouco antes de sair de casa. E dessa vez, tinha acertado em cheio quando escolheu um vestido preto curto para que ela usasse naquela noite.

Maria terminou de passar o batom vermelho e em seguida, recebeu outra mensagem que confirmava que o jogador já tinha chegado em seu hotel, que estava aguardando até que ela estivesse pronta e não precisava ter pressa porque ele a esperaria o tempo necessário.

Ela deu uma ultima olhada no espelho antes de deixar o seu quarto, andava ansiosamente entre a recepçao do hotel. Maria saia constantemente quando morava no Brasil, mas nunca se sentiu tão nervosa como estava se sentindo em sair com o jogador espanhol.

Pedri era especialista em deixá-la tímida perto dele, era visível que ele conseguia atingi-la com um simples comentário ou com um pequeno toque - que lhe causava arrepios -. E para o jogador não era diferente, ele sentia desejo quando estava perto dela e principalmente, gostava de cada pequeno momento que tiveram juntos.

Mavi sorri assim que vê o Pedri do outro lado da rua, encostado no Cooper Verde que ele dirigia. Ele encara a garota de cima a baixo e parece piscar algumas vezes para ter certeza do que via.

── Caralho, Maria Vitória! ── exclamou, enquanto ela se aproximava em sua frente. ── Você tá fodidamente bonita. Como eu saio com você sem que metade das pessoas fiquem te olhando?

── Obrigada ── ela agradeceu e ele sorriu satisfeito quando a viu corar. ── Eu diria que eles estariam olhando para você. Não sou eu a pessoa famosa aqui.

── É impossível me olhar quando tem uma mulher que nem você ao meu lado ── murmurou, passando a sua mão entre a cintura dela para que ela se aproximasse ainda mais dele e por fim, deixou um beijo em sua bochecha. ── Eu posso dizer que é uma grande sorte minha que você esteja comigo essa noite.

Ela suspirou frustrada com os poucos centímetros que faltaram para que os seus lábios entrassem em contato definitivamente. No entanto, ele sorria ao ver que ela tinha processado o toque físico, demorando um pouco para recompor-se e voltado a sua atenção para ele.

── Podemos dizer que nós dois somos sortudos ── ele sorriu em resposta e se aproximou da porta do passageiro, abrindo a para que ela pudesse entrar. ── Eu fiz um belo esforço para liberar essa noite para você. Eu pensei que iríamos nos ver somente amanhã.

── Para de mentir, Mavi ── ele fechou a porta do carro e foi até o lado do motorista, fazendo a mesma ação assim que entrou. ── Eu sei muito bem que você estaria deitada assistindo um filme qualquer.

── Na verdade, eu passaria a noite vendo o meu marido no TikTok ── diz, recebendo total atenção do garoto. ── Você já viu o Martinelli? É o melhor camisa vinte e seis que eu já vi.

── Nós sabemos que existe um camisa vinte e seis melhor e não é esse Martinelli ── o nome do jogador é pronunciado com um sotaque bom de ouvir.

Durante o trajeto até o local, os dois não pararam de conversar e quando ficavam quietos por pequenos minutos, Pedri tentava concentrar-se ao máximo no caminho feito, mas acabava desviando o seu olhar para a garota ao seu lado.

Ele atentava-se a cada detalhe dela; o vestido preto que não passava do meio de suas coxas, o salto brilhante que estava em seu pé, a maquiagem feita com o batom vermelho, o cabelo curto solto alinhado e principalmente, o sorriso em que ela tinha em seu rosto.

── Vai ter muita gente? ── perguntou assim que o carro foi estacionado.

── Só algumas pessoas que eu conheço, mas nenhum pode beber e nem podíamos sair dessa forma. Vai ser uma noite calma, já que o local foi praticamente alugado para famosos.

── Entendo ── ela diz, sentindo o ar gelado entrar em contato com o seu corpo após sair do carro. ── Evitar holofotes e fofocas.

── No entanto, você pode ficar a vontade para tomar o que quiser ── prosseguiu, ficando lado a lado com ela. ── Eu te garanto que vai ser uma ótima noite.

── Eu não espero menos de vocês.

O jogador apoiou a sua mão na cintura dela, enquanto os dois caminhavam juntos até a boate que o restante de seus amigos estavam. O lado de dentro era quase todo escuro, sendo iluminado por pequenas luzes roxas que deixavam o lugar ainda mais discreto.

── Não precisa levar tudo que eles falam a sério ── murmurou, impulsionando-a para andar em sua frente. ── E não escuta nada que sair da boca do Ferran.

── Tudo anotado.

Não demorou para que encontrassem um grupo de oito pessoas.

── Finalmente o Pedro chegou! ── Ferran exclamou, mantendo o corpo de sua namorada em sua frente. ── Estávamos pensando que você tinha se perdido dentro do quarto de alguém.

── Boa noite ── o jogador se apressa em dizer, evitando que o amigo terminasse de falar. ── Essa aqui é a Mavi.

── Você tá' apresentando alguém que todo mundo já conhece? ── Nico ri, lembrando do dia em que ela tinha ido na reunião com os pais. ── Eu sou o Nico.

── É diferente ver ela sem que seja como filha do patrocinador ── Ansu completa, levantando-se para cumprimentar os dois. ── É um prazer conhecer você, Mavi. Eu sou o Ansu e aquelas são Layla e a Isabel, são as minhas amigas ── Apontou por ordem na loira e na ruiva.

── Isso é timidez de assumir a Layla como namorada? ── a mulher ri, saindo do abraço do namorado e abraçando a brasileira. ── Eu sou a Sira, e o bobão ali é o Ferran. É um prazer finalmente te conhecer.

Maria nem tinha tempo de responder, o espaço era preenchido por outra voz em seguida.

── Três anos ficando sério, acredita? ── a loira diz.

── Eu sou o tiozão do grupo. Eu sou o Jordi e essa é a minha esposa, Romarey.

── Oi Mavi ── Pablo acena de longe, concentrado no seu celular.

── Ouvimos muito sobre você ── o camisa onze retornou a falar, recebendo um tapa leve da namorada.

── Ótimo! Já conheceram ela ── Pedri volta a segurar em sua cintura, mantendo a próxima dele. ── Vou levá-la para beber alguma coisa.

── Foi um prazer conhecer vocês! ── Mavi finalmente consegue dizer algo.

O jogador caminhou calmamente entre a multidão de pessoas, acompanhado pela brasileira que prestava atenção em cada detalhe. Ele se inclinou no balcão e pediu uma bebida sem álcool.

── O que você gosta de tomar? ── perguntou em contato com o seu ouvido, devido ao volume alto da música.

── Eu deixo a sua escolha ── murmurou de volta. ── De preferência que tenha álcool.

Maria Vitória não era uma pessoa tão tímida, mas o álcool dava a coragem que ela precisava para fazer as coisas que não conseguia quando estava sóbria.

── Eu quero uma Sidra ── direcionou a sua atenção para o barman, que saiu logo em seguida.

── Quem diria que uma vitória do Brasil me resultaria em uma comemoração com um espanhol.

── O Brasil ter ganhado foi apenas uma desculpa ── anunciou, ajeitando a alça do vestido dela. ── Se ele tivesse perdido, você estaria aqui para afogar as mágoas comigo.

── Então, você seria o meu consolo?

── Tem alguma coisa melhor que isso? ── indagou, dividindo a sua atenção entre os olhos castanhos e os lábios dela. ── Esquece! Você é brasileira e corinthiana, realmente você consegue ser melhor.

Mavi suspira quando sente o arrepio que ele estava causando nela. Os dedos do jogador deslizava entre a pele por debaixo da alça do vestido, enquanto ele mantinha um sorriso satisfeito entre os lábios.

── Aqui está o que você pediu ── o barman finge uma tosse, deixando os copos no balcão.

── Valeu ── ele agradeceu, pegando a sua bebida e em seguida, ela fez o mesmo. ── Gostou?

── Uhum ── fez uma leve careta ao experimentar a bebida.

── Forte demais?

── Fraca demais.

── Eu costumo ficar bêbado só com um desse ── declarou, voltando para a sua bebida sem álcool.

── É uma tentativa de me embebedar? ── indagou na brincadeira, vendo ele franzir o cenho preocupado.

── Não! Claro que não, Mavi ── apressou-se em dizer, fitando ela. ── Não precisa beber. Eu pedi porque eu acho o sabor muito bom.

── Eu tô' brincando, relaxa!

── Ah, eu pensei que você realmente estava achando que eu queria te embebedar ── bagunçou o cabelo, voltando a sua atenção para ela.

── Eu não vou ficar bêbada só com isso.

── Podemos voltar para lá ou você prefere ficar aqui?

── Podemos voltar.

O grupo de amigos estavam no mesmo lugar, mas agora Sira não estava grudada com Ferran e se mantinha em pé com uma bebida na mão. Assim que ela vê a garota voltando, ela sorri e puxa a sua mão para levá-la para outro canto.

── Vem cá, qual o seu lance com o Pedro? ── ela perguntou, não fazendo esforço para esconder o sorriso em seus lábios.

── Eu diria amigos? ── indagou, enquanto bebia o líquido que estava em seu copo.

── Amigos amigos, ou amigos que nem o Ansu e a Layla?

── Amigos amigos.

── Ou você tá' querendo esconder as coisas, ou ele tá' na friendzone ── ela deixou bem claro a palavra.

── Ah, ele não tá' tão na friendzone assim.

── Eu sabia! ── ela sorriu, comemorando com as mãos.

Sira e Mavi passaram a compartilhar as bebidas que tomavam. Ela não fazia ideia do que a espanhola estava tomando, mas era com certeza alguma bebida sem álcool.

Em questão de segundos, as duas estavam no canto da boate enquanto dançavam juntas alguma música duvidosa que estava tocando. Era bem diferente das músicas que ela estava acostumada a ouvir no Brasil, e a dança também era.

Nem tão longe, os garotos se mantinham todos juntos enquanto bebiam as bebidas sem nem um pingo de álcool - já que era proibido para os jogadores beber em época de Copa -.

── Você tá' perdendo a chance de fazer um trisal, Ferran ── Nico apontou para as garotas que dançavam próxima uma da outra.

── Que trisal o que?! Se liga ── Pedri deu um tapa na cabeça do colega.

── Eu não preciso de mais uma pessoa no meu relacionamento, a Sira da conta sozinha.

── O lance de vocês é sério? ── o outro voltou a pergunta para Pedri.

── Nos conhecemos só há alguns dias ── declarou, mantendo o seu olhar fixo na brasileira.

── Não teve nem selinho e ele já tá' apaixonado! ── Gavi comenta, tirando a risada dos amigos.

── Você já foi mais rápido, Pedro! ── Ansu exclamou, dando uma gargalhada.

O jogador acompanhava cada movimento que Maria fazia; o ato de quando ela inclinava o corpo, o movimento que ela fazia com os quadris e a pequena pausa que ela fazia para beber mais um pouco do líquido de seu copo.

Ele estava fascinado por ela.

── Se continuar assim, vamos ter que pegar um balde ── Gavi da pequenas batidinhas no rosto do amigo. ── Vai inundar o chão daqui a pouco.

── Só você tá' sozinho aqui, não tem o direito de dizer nada ── Ferran diz, recebendo um dedo do meio do amigo.

Foram longos minutos até que três das garotas se cansassem de tanto dançar, retornando para o lugar em que eles estavam. No entanto, Maria Vitória permaneceu no mesmo lugar, aproveitando mais uma música que tocava.

── Eu iria fazer companhia para ela, sabe? ── Sira sugeriu para Pedri, apontando em direção a outra. ── Te garanto que ela tá' chamando muita atenção aqui.

A frase fez com que ele abandonasse o seu copo na mesinha ao seu lado, levantando e seguindo em direção a brasileira. Antes mesmo de estar perto dela, avistou um outro homem se aproximando e dizendo algo em seu ouvido e não demorou para ele deixasse o lugar após uma fala dela.

── Eu não sei se estou gostando dessa atenção toda que você tá' recebendo ── sussurrou em seu ouvido, fazendo com que ela se virasse para o encarar.

── Eu tô' recebendo a atenção que você não me dá, Pepi ── a sua voz falha revelava o cansaço que ela tinha de tanto dançar.

Ele sorriu ao escutar a sua fala, ajeitando levemente o cabelo que tinha fios rebeldes. Ela passou a mão por cima de sua camiseta, aproximando os seus corpos ainda mais.

── Te vê de longe já é sensacional ── murmurou, passeando com a sua mão pela lateral da bunda dela. ── Mas te assistir de perto é melhor ainda.

── Demorou muito para você vim até aqui.

── Eu estava te deixando aproveitar, Mavizinha. Eu não tirei o olho de você nem por um segundo para ter certeza que você estaria segura.

── Eu estou mais segura longe de você.

── Por que?

── Tem coisas que eu queria fazer que esse lugar não me permite ── murmurou, sentindo a mão dele apertar cada vez mais a sua cintura contra ele.

── Eu me lembro bem de quando você disse que não teria excessões.

── Já somos adultos, o joguinho de desinteresse faz parte das provocações.

── O quão bêbada você está?

── Nem um pouco ── diz sincera. ── Nenhuma bebida aqui se compara com as do Brasil, estou acostumada com corote. Por que a pergunta?

── Porque eu não te beijaria bêbada e porque eu não quero que você esqueça de nada amanhã ── sussurrou, deixando um beijo leve em seu pescoço.

── Eu não disse que queria te beijar ── anunciou, segurando a mão dele para que pudesse acompanha-la. ── Eu acho que estou precisando retocar o meu batom

Ela mentiu, porque queria muito beijar ele.

E o seu batom ainda estava intacto, incrivelmente.

Pedri não contestou a sua fala, seguiu com ela pela boate calmamente em direção a um dos banheiros. Ela parou quando viu a plaquinha informando qual era o feminino e o masculino, dando um meio sorriso para ele.

Maria estava preparada para dizer mais alguma coisa, mas o jogador foi mais rápido e abriu a porta do banheiro. Quando os dois estavam lá dentro, ele girou a chave da porta para que ficassem trancados.

── Esse banheiro é o feminino.

── Não é como se isso importasse agora ── sussurrou e sentiu o seu corpo muito próximo ao dela. ── Isso importa para você?

── Não ── respondeu, enquanto a mão dele passeava pelas suas costas.

── Que bom.

Os seus rostos estavam praticamente colados, ela arfou quando sentiu a mão dele passear pela lateral de sua bunda. Pedri vira o rosto dela para que conseguisse ter pleno acesso de seu pescoço, deixando um beijo quente ali.

── Eu pensei que você tinha que retocar o batom ── riu em contato com a sua pele.

── Eu tenho uma solução melhor ── informou, encostando as costas na grande mármore da pia. ── Que tal você tirar?

O sorriso convidativo foi o suficiente para ele unisse os seus lábios em um só. Por mais que fosse um beijo desejado e desesperado pelos dois, era calmo e com perfeita sincronia. Os dedos de Mavi deslizavam entre os fios de cabelo do garoto, que retribuía com a mão ainda mais forte em sua cintura, enquanto a outra mexia em seu cabelo.

A mão dele abandonou a sua cintura e suspendeu o corpo dela para que estivesse sobre a pia de mármore. Agora que não tinha livre acesso para qualquer parte de seu corpo, a sua mão passeava entre as coxas expostas, apertando cada vez mais.

Maria Vitória não ficou para trás. As suas unhas passavam por dentro de sua camiseta, explorando cada parte do abdômen dele, sentindo ele arfar contra o beijo. E a cada toque um contra o outro, o beijo ficava ainda mais intenso e desejado.

O contato físico é desfeito quando ambos precisavam respirar, deixando alguns selinhos antes de se afastarem por completo.

── Eu acho que não foi o suficiente para tirar todo o batom ── murmurou contra a sua pele, sorrindo ao escutar a risada dela.

── Foi o suficiente para te deixar que nem um palhaço ── ela apontou em direção ao espelho para que ele se olhasse.

A sua boca estava em uma mistura de cores, a cor avermelhada do batom estava na maior parte. Ele encostou a cabeça em seu ombro, dando leves beijos e voltando a sua atenção para o seu rosto.

── Eu acho que nunca desejei ter alguém como eu quero ter você ── ele diz, enquanto as suas mãos apertavam fortemente as coxas dela.

Quando estavam prontos para intensificar as coisas, o celular de Pedri toca, interrompendo qualquer clima que tinha ali. Ele bufa antes de tirar o celular do bolso, xingando baixinho quando leu o nome do contato.

Ele atendeu a ligação estando possuído de ódio, colocando no viva-voz para que ela conseguisse escutar também.

── Que foi, Ferran?

"Hum, você sumiu. A Mavi sumiu. Não sei se já te avisaram, mas banheiro não é motel e o seu carro muito menos."

── Eu tô' ouvindo! ── ela deu uma risada nasalada.

"Perdão, Mavi! Eu realmente atrapalhei?"

── O que você acha? ── a voz grave de Pedri ecoa pelo banheiro.

"Eu nem preciso responder. Enfim, a Sira está passando mal, já vomitou tudo aqui. O Pablo tá' quase morrendo junto, dizendo que vai embora com a gente se você não aparecer."

── Dois minutos eu tô' saindo.

"Esquece! Ele acabou de dizer que se recusa a ficar de vela dentro do carro, ele prefere fazer companhia para Sira no banho traseiro. Ah, ele acabou de dizer que se vocês estiverem no seu carro, ele nunca mais entra nele."

Pedri terminou a conversa e desligou o celular, recebendo ajuda de Mavi para tirar o restante de batom que tinha em seu rosto. Mesmo que o amigo não tivesse ligado, eles teriam que sair dali poucos minutos depois.

Ela sentiu o rosto queimar quando viu a fila que tinha se formado na porta do banheiro, recebendo diversos olhares furiosos e curiosos de pessoas que estavam ali.

O caminho até o hotel foi completo de conversas e mãos bobas do jogador pelo corpo dela. Maria sentia o seu corpo arrepiar cada vez mais que ele fazia questão de toca-la, não importando onde seja.

── Foi uma boa noite, González.

── Foi, não foi? ── ele deu uma risada breve. ── Espero que a minha ajuda tenha sido boa o suficiente.

── Ah, com toda certeza foi! ── declarou, deixando um selinho em seus lábios.

── Boa noite, Mavizinha.

── Boa noite, meu bem.

── NOTAS ──
da autora

ᵎ ❬🇧🇷❭ oi, como vocês estão?

ᵎ ❬🇧🇷❭ vai ter mais um cap de redes sociais as 18:00.

ᵎ ❬🇧🇷❭ devo confessar que esse não era o meu objetivo nesse capítulo, porém, todavia, contudo eu acabei me empolgando demais com coisas que eram do próximo capítulo, me perdoem pelo cap enorme.

ᵎ ❬🇧🇷❭ quando eu citei o pablo no cap anterior, é que ele realmente vai estar no próximo, então aguardem pq eu sufoquei para achar fotos para a mídia do cap 8 e 9.

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