━ 002.

(⚽️)ꞌ.˙ BRAZILIAN GIRL ، 🇧🇷 ˚.
── CAPÍTULO DOIS ──
📱ᵎ te vejo por aí, corinthiana.〞

FINALMENTE ERA O PRIMEIRO DIA no Qatar da família Xavier. Maria Vitória acordou mais cedo e aproveitou cada comida que estava exposta para o café da manhã do hotel - a única coisa que ela amava mais que futebol, era sem dúvidas, comida -.

Sua manhã estava calma sem os seus pais e já que os jogos começariam no dia seguinte, não tinha nada planejado para ser feito. Isso significava que o dia todo poderia ser somente dela, aproveitando tudo que Doha tinha para oferecer.

A garota mais nova gostava de postar cada passo seu nas suas redes sociais, colecionando cerca de trinta e cinco mil seguidores no Instagram e trezentos mil em seu TikTok. A verdade era que ela queria tentar mostrar um pouco da experiência de estar presente na Copa do Mundo. Em apenas uma madrugada de voo até o Qatar, Mavi tinha ganhado mais de dez mil seguidores em cada rede social, seu engajamento nunca esteve tão alto, apenas porque ela estava começando a compartilhar detalhes de sua viagem.

A garota sorri assim que avista os seus pais saírem do elevador juntos, estavam arrumados com as roupas da empresa, já que provavelmente se preparavam para algum evento ou reunião importante. Era comum isso, mesmo que estivessem ali para férias, sempre priorizavam mais a vida empresarial.

── Bom dia, brasileirinha ── aproximou-se deixando um beijo na testa da filha.

── Bom dia, meu amor ── foi a vez da mais velha de mimar a filha.

── Nunca dormi tão bem como dormi aqui ── anuncia sorridente.

── É por isso que escolhemos esse lugar. Aliás, daqui a pouco você acaba trombando com algum famoso ── Alexander comenta e se senta junto com a filha, roubando uma fruta qualquer que estava no prato. ── Vantagens de ter poucos hotéis para brasileiros.

── Ei! Vocês estão falando com uma futura atriz da Globo ── a garota recebe ainda mais atenção de seus pais com a fala. ── Estou ficando famosa com a minha vida de blogueirinha da Copa.

── É mais fácil ser uma repórter da Globo, querida ── a loira corrige e bebe um pouco da sua água.

── Só se for da Globe ── brincou e em seguida, voltou a sua atenção para a mais nova. ── Parabéns, Mavi! Já está começando a receber milhares por postar fotinhas?

── Ainda não, mas daqui a pouco o dinheiro está caindo na minha conta ── murmurou, entrando na onda do pai. ── Sabe como é essa vida de famosa? Publicar story é muito complicado.

── Eita, essa trabalha mais que os homens das lavouras ── imitou a fala, rindo cada vez mais com a filha.

── Vocês parecem dois bocós ── Maria Clara diz, enquanto bebia lentamente o seu chá. ── Planos para hoje, querida?

── Que bom que tocou no assunto ── respondeu, levantando da mesa. ── Ouvi dizer que tem um guia no hotel, vou procurá-lo.

── Não esquece de mandar a sua localização, Mavi.

── Não vou.

── Toma cuidado, viu? ── Alexander franze o cenho, dando uma piscadinha em seguida.

── Vou tomar! ── beijou os dedos cruzados, como se fosse um juramento. ── Beijinhos.

Se afastou rapidamente, já que estava com medo de perder o horário com o guia turístico. Antes de se juntar ao pessoal espalhado pelo hotel, deixou sua localização ligada com a sua mãe, assim ela saberia como achá-la.

── Olá, pode me dizer quais são os melhores lugares para conhecer aqui? ── a voz suave que Maria Vitória conhecia, ecoou pela recepção.

── Quando meu pai disse que eu poderia conhecer alguém famoso, eu não levei a sério ── exclamou a morena. ── Maísa, eu sou sua fã! Assistia você todos os dias, eu só não ligava porque a minha mãe dizia que era golpe.

── Ah, não sabia que você era brasileira ── a atriz se apressou em dizer, logo retribui o abraço que lhe foi dado. ── Estava com saudade de alguém brasileiro e aparentemente da minha idade.

── Sou sua fã desde a época do Playstation ── anuncia e a atriz sorri demonstrando sua felicidade.

── Você parece aquela menina que tá' fazendo sucesso com o conteúdo da Copa ── comentou e em seguida, analisou a garota em sua frente.

── Sou ela, Mavi Xavier! ── o sorriso empolgado surge em seu rosto. ── Estava pensando em alguns lugares para visitar também. Ouvi dizer que tem um guia no hotel...

── Topa fazer um tour pequeno, então? ── um homem que aparentava ser o tão famoso guia, se aproximou segurando uma prancheta. ── Sabe como é, né? Falam de turismo, eu apareço rapidamente!

── Quando falam de dinheiro, não é? ── Maísa corrigiu e ele sorriu, afirmando.

As duas seguiram juntas por um pequeno Tour pelo hotel, mas logo depois foram levadas para alguns dos pontos turísticos de Doha. De fato, era quase impossível conhecer todos os lugares naquela tarde, mas tentariam ver o restante nos outros dias de férias.

Era impressionante a quantidade de brasileiros pelas ruas de Doha, sempre estavam cantando e dançando, além de estarem entrevistando ou convencendo alguém a torcer pelo Brasil.

Maísa e Mavi observam a movimentação em torno de uma fonte, não havia somente brasileiros, mas diversas pessoas em torno de uma única pessoa, Defante. As duas não pensaram nem duas vezes antes de se aproximarem de fato, ele entrevistava um israelense enquanto tentava se comunicar falando inglês. Assim que ele percebe Maísa, ele sorri e coloca o microfone perto o suficiente para que ela conseguisse falar.

── Hello my friends, my girls ── puxou a câmera para que focasse neles. ── Estamos aqui acompanhado de duas belas moças, não é? É sim! Maisinha do Playstation, fala com a gente.

── Olá ── a atriz da um tchauzinho em direção a câmera e sorri.

── Maisinha, cadê o Yuri? ── perguntou, colocando o microfone o mais próximo dela. ── Tenho certeza que ele me deve uns prêmios aí.

── O Yudi? ── corrigiu, vendo o cara dar de ombros. ── Ixi, esse é o maior caloteiro!

── É, eu sempre soube! Que vida fácil ligar e ganhar algo ── voltou sua atenção para a outra. ── Ao que parece, o meu amigo Casimiro disse aqui que você está fazendo sucesso no Brasil, my friend.

── Oi, eu sou a Mavi ── a garota sorri e manda um tchauzinho para a câmera também. ── Defante seu olho tá' meio torto, fumou quantos hoje?

── Opa, Mavi! ── o homem olhou e fingiu estar bravo. ── Estamos em um programa de família, respeito, porra!

── Certo, certo ── levantou as mãos em rendição. ── Nada de maconha, crianças! Eu fiz proerd, sabia?

── Quando o Casimiro não estiver escutando, eu te falo ── murmurou, voltando a atenção para a câmera. ── Aí aí, lindo dia aqui não é?

── Lindo dia ── a apresentadora respondeu, mantendo seu sorriso. ── O dia mais lindo vai ser no dia do hexa!

── Com toda certeza! ── Maria sorri animada. ── Vai ser um lindo dia para fazer picadinho de argentino.

── Estoy muy happy de estar aqui com vocês ── Defante entra no meio das duas e sorri imitando ambas, distribuindo um tchauzinho para câmera também.

🇧🇷

O restante da tarde foi incrível, fizeram diversos amigos. Mavi ajudou a apresentadora a fazer algumas entrevistas, estava orgulhosa que apareceria na TV como participante e convidada da apresentadora.

── Ei, vou encontrar com uns amigos, quer ir junto? ── Mavi nega com a cabeça e pega seu celular na bolsa.

── Vou encontrar meus pais agora, mas obrigada ── as duas se despendem e Maísa segue para dentro de um carro que estava ali próximo.

Mavi estava na tentativa de ligar para sua mãe, mas nem ela, nem seu pai a atendia. Por mais que ela soubesse onde estava, não fazia ideia de como iria voltar para o hotel sozinha.

Por sorte, havia um único táxi vazio do outro lado da rua. Maria Vitória agradeceu mentalmente, já que estava em um ponto turístico e qualquer carro que esteja a disposição, era quase uma batalha para consegui-lo.

As ruas estavam uma baderna. Quando finalmente conseguiu atravessar o asfalto, seguiu direto até o lado em que o motorista estava, lhe entregando o papel que tinha o endereço do hotel, assim ele definiria qual seria o valor que ela teria que pagar pela viagem.

── Vou só pegar um biscoitinho ali ── avisou e apontou para uma barraquinha. ── Pode ficar dentro do carro já.

O carro era confortável, os bancos eram de coro e tinha muitas balinhas em um pote. Tinha um cheiro de coisa nova e era incrivelmente perfumado. Ela se inclinou na janela e começou a prestar atenção na movimentação.

Sua paz foi interrompida quando a porta do seu lado esquerdo foi aberta, revelando um homem com um semblante sério e preocupado, que logo se abaixou até não estar em visão do vidro do carro.

── Quem é você? ── a voz rouca ecoa pelo carro, enquanto ele a encarava.

Ele era definitivamente bonito, com certeza não passava dos vinte anos. Os cabelos eram escuros e os olhos eram no tom de castanho médio. Estava vestindo uma blusa cinza com uma calça preta de moletom.

── Quem é você? ── sua resposta é feita com outra pergunta, mantendo o idioma.

── Eu perguntei primeiro ── justificou, enquanto encarava ainda mais a garota em sua frente.

── Eu estava aqui primeiro ── rebateu e o garoto se levanta um pouco mais para olhar o vidro da janela atrás dela. ── Enfim, esse carro é meu.

── Então você é a motorista? ── ela nega com a cabeça e ele ri ladino. ── Ou seja, o carro não é seu.

── Eu achei ele primeiro, vá procurar o seu ── a voz sai ainda mais firme e ele parece não se mexer. ── Ótimo, pode ficar, então!

── Não vai conseguir outro ── alertou, enquanto ela fingia não ligar. ── Não vou te machucar, eu só preciso realmente desse táxi.

── Por qual motivo eu deixaria você ficar? ── o silêncio permaneceu, enquanto ela encarava fixamente o semblante pensativo dele. ── Foi o que eu imaginei.

── Digamos que eu estou com problemas ── a explicação começa e ele parecia pensar na melhor forma de começar a falar. ── Tem algumas pessoas atrás de mim, sabe? Me perseguindo.

Mavi ameaçou abrir a porta, mas é interrompida quando ele se agachou até estar escondido. Seu semblante sério fica preocupado e a visão da garota segue até o lado de fora, avistando diversas pessoas em uma roda, principalmente meninas aparentemente mais novas.

── Você tem medo de mulheres? ── a pergunta é acompanhada de uma risada sincera, enquanto o garoto parece não achar graça.

── Não de todas, estou aqui com você ── justificou dando uma piscadinha, enquanto encostava suas costas no banco. ── Mas daquelas sim!

── Ótimo! Você tem duas opções ── a explicação é acompanhada de um semblante curioso. ── Ou você sai do meu carro ou eu chamo todas aquelas pessoas para você.

── O que? ── perguntou, franzindo o cenho. ── O que você precisa? Podemos compartilhar o táxi, eu pago a minha e a sua parte.

── Não confio em você ── anunciou, enquanto mexia em sua bolsa. ── Aliás, estou armada caso tente tocar em mim.

── Eu nunca tocaria em você ── respondeu, enquanto encarava a garota. ── Tá' achando que eu sou o que?

── Conheço garotos que nem você.

── Definitivamente você não me conhece.

── Você fica no seu espaço dessa janela e eu no meu espaço ── Mavi se deu por vencida, apontando enquanto especificava cada detalhe, parou de explicar quando percebeu que ele tentava não ri. ── Tá' rindo de que?

── Você é direta ── murmurou. ── É estrangeira, não é? Você fala o espanhol com sotaque.

── Tenho mais facilidade com o inglês ── declarou, enquanto mexia na sua pulseira com o símbolo do Brasil.

── Brasileira? ── perguntou, enquanto apontava pra pulseira, recebendo a confirmação com a cabeça. ── Conheço um, ele é incrível.

── Quase todos são ── seu olhar é movido até a barraquinha que o motorista disse que iria, ele estava um pouco mais à frente na fila. ── Para a sua sorte, conheceu uma brasileira e corinthiana.

── Posso ver? ── o garoto perguntou, se direcionando para a pulseira. ── Aliás, não me disse quem você é.

── Nunca mais vai me ver ── anunciou, enquanto observava ele brincar com a pulseira amarela. ── Não tem porque saber o meu nome.

── Quanto pessimismo! ── brincou, olhando fixamente para a garota enquanto sorria, mostrando a pulseira em seu pulso. ── Me chamo Pedro.

── Você parece uma criança sorridente ── ele riu em resposta. ── Nome muito genérico.

── Eu gostei da pulseira ── confessou, girando-a no pulso. ── Só não combina com a minha camiseta.

── Ela combina mais comigo ── diz sarcástica, encarando o quando ele franziu o cenho.

── Estou pronto para ir! ── o motorista entra no carro sorrindo, mostrando o seu biscoito todo empolgado.

── Aqui, entrega pra ele e fala que é pra esse lugar primeiro ── Pedro estendeu um papel com um endereço para a garota, que ficou o encarando confusa. ── Você disse que tinha facilidade com o inglês.

── Fala você ── ela riu, enquanto ele parecia perdido.

── Você tem facilidade ── repetiu como argumento, forçando um sorriso. ── Por favor!

── O endereço da primeira parada é esse ── mudou o idioma, sorrindo assim que o motorista confirma e pega o papel.

── Obrigado.

O motorista não contestou as duas paradas, estava empolgado demais enquanto comia o seu biscoitinho com formato de animais. Os dois passageiros não conversavam mais, estavam cada um conforme o combinado.

Mavi encarou o motorista insatisfeita quando ele precisou parar no posto - estava cansada e cada vez mais demorava para chegar em seu hotel -. Balançava os pés pela ansiedade, até decidir que precisava de ar.

── Para onde você tá' indo? ── perguntou, enquanto via a garota sair lentamente do carro.

── Vou tomar um ar ── a resposta foi seca, em seguida, saiu na busca de um lugar ventilado.

Foram pelo menos cinco minutos até o motorista estar pronto para voltar a dirigir. No entanto, Maria não parecia bem o suficiente tendo que ficar mais tempo lá dentro. Estava encostada em uma parede quando o outro passageiro começou a se aproximar, parando ao seu lado.

── Pega, pode beber ── o garoto entregou uma garrafa de água lacrada, dando um meio sorriso. ── Desculpa por ter roubado o seu táxi.

── Obrigada ── agradeceu, observando a movimentação completamente vazia. ── O seu endereço fica longe? Eu preciso estar em casa o mais rápido possível.

── Fica vinte minutos daqui ── declarou, finalizando a sua garrafa de água. ── Assim que eu estiver no meu hotel, o táxi é todinho seu.

── Pode me emprestar o seu celular? ── perguntou, enquanto mostrava que o seu não ligava mais pela falta de bateria.

Ele não pensou nem duas vezes antes de entregar o celular, encarando a garota discar alguns números no telefone e levando-o até o seu ouvido. Ele tentou não prestar atenção enquanto a outra voz parecia discutir com ela.

Maria Vitória falava com a sua mãe, avisando que o celular estava descarregado, mas que estaria em casa em meia hora. Maria Clara não concordou com a ideia, disse para que esperasse no posto e que buscaria a filha, por fim, desligou quando não aguentava mais as reclamações.

── Já passou do horário que eu deveria estar em casa ── anunciou, enquanto entregava o celular. ── Ela vem me buscar, o carro é todo seu. Pode sorrir, eu sei que você está se segurando.

── Sinto muito pela confusão ── ele diz e guarda o celular no bolso. ── Não posso mesmo saber o seu nome?

── Mavi ── ela sorriu, enquanto brincava com os dedos.

── Mavi ── repetiu, franzindo o cenho. ── Sem sobrenome?

── Já conseguiu o meu nome, não está satisfeito? ── ela riu quando ele negou com a cabeça. ── Deveria ir, tá' meio tarde já.

── É perigoso ficar aqui sozinha ── alertou, enquanto mantinha seu olhar fixo no dela. ── Eu espero você ir, já roubei o seu táxi mesmo. O mínimo seria eu esperar você estar em segurança.

── Meus pais não podem te ver aqui ── comentou, enquanto encarava o semblante curioso do garoto. ── Não ficaram felizes de eu ter pego táxi em um país desconhecido, surtariam se soubessem que eu estava com dois estranhos no mesmo carro.

── Tem certeza? ── perguntou e em resposta, ela balança a cabeça afirmando. ── Eu me escondo atrás de algumas árvores, sem problemas.

── Tô' falando sério ── balançou a cabeça, mordendo a bochecha na tentativa de conter o sorriso. ── Eu vou ficar bem.

── Vou manter o nosso segredo entre nós, então ── ele sorriu em resposta e se desencostou da parede. ── Te vejo por aí, Mavi corinthiana?

── Conte com a sua sorte ── anunciou, enquanto assistia o garoto se afastar. ── Aliás, eu apaguei o número do histórico, não vai me encontrar mesmo.

── É alguma criminosa? ── perguntou insatisfeito. ── Fazendo de tudo para não ser encontrada, maluca!

── Tô' só mantendo a minha segurança ── ele deu uma risada, enquanto se afastava.

── Eu vou contar com a minha sorte ── sorriu e deu uma piscadinha para ela. ── Eu espero muito que ela esteja ao meu favor.

Maria Vitória o seguiu com o olhar, até ter certeza que o carro já tinha partido e que estaria longe. Para a sua sorte, seus pais chegaram poucos minutos depois e com certeza, não estavam contentes pelo lugar em que ela estava e principalmente, sozinha.

── NOTAS ──
da autora

ᵎ ❬🇧🇷❭ queria muito agradecer pelos 130 votos e pelos comentários <3

ᵎ ❬🇧🇷❭ vai ter um cap extra de redes sociais.

ᵎ ❬🇧🇷❭ finalmente teve o encontro dos dois, eu particularmente gostei. eu reescrevi o cap umas três vezes pq não estava me agradando mto, mas gostei do lance misterioso da mavi e do pedri dizer o nome dele verdadeiro no lugar do que todos conhecem.

ᵎ ❬🇧🇷❭ em questão das atualizações, eu sempre atualizo quando estou disponível e tenho caps pronto. eu costumo avisar no meu mural, então fiquem a vontade se quiserem me seguir.

ᵎ ❬🇧🇷❭ pergunta de hoje: qual o jogador preferido de vocês?

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