▬▬ name.

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O dia seguinte não demorou muito para passar.
Apenas arrumaram mais algumas coisas na casa nova e passaram o resto do dia assistindo ou comendo alguma coisa a base de conversas e risadas. Logo o dia chegou ao fim e o céu foi tomado pelas poucas estrelas de sempre, substituídas pela poluição diária da cidade grande, enquanto as garotas já estavam se arrumando para a festa que iria ter na casa vizinha na mesma noite.

⎯ Eu posso sair? -perguntou [nome], enquanto estava dentro do banheiro já arrumada.

⎯ Sim, vem logo! -respondeu shizuki, que estava sentada na beira da sua cama te esperando ansiosamente.

⎯ Seus olhos estão fechados, certo?

⎯ Porra... -resmungou, colocando as mãos na frente do rosto. ⎯ Sim, estou! Saia logo!

Assim que escutou o pequeno ranger da porta do banheiro, Shizuki tirou as mãos da frente de seu rosto e ficou maravilhava com a visão a sua frente. Nunca tinha visto você tão bonita, nem em todas as festas nas quais a garota à levou - apesar de terem sido poucas. Usava uma calça jeans folgada nos tornozelos e adiante, uma blusa preta por baixo de uma jaqueta vinho, um colar refinado em volta do pescoço, dois anéis nos dedos de sua mão esquerda, e por fim, salto alto preto - você se garantia no bom caminhar com calçados tão difíceis.

Mesmo que para outras pessoas você não estivesse bonita, para Shizuki, você era a pessoa mais linda naquela noite.

⎯ Tô orgulhosa, [Nome]. -se levantou e andou em passos largos até amiga, a qual abraçou. ⎯ Você ficou incrível, talvez esse seja o seu estilo. Se bem que você combina com tudo, sempre combinou. -riu soltando um arzinho pelo nariz e soltou a garota dos seus braços.

⎯ Você também está bonita, Shizuki! Na verdade, estamos quase iguais com essas roupas estranhas. -o elogio seguiu de uma pequena crítica, olhando para as roupas enquanto passava as mãos sobre a jaqueta.

⎯ Enfim, acho que estamos atrasadas. -alegou olhando para o relógio em seu pulso que indicavam sete e quinze. ⎯ É, estamos mesmo, vamos.

Você assentiu e seguiu a garota que em poucos segundos, já estava fechando a porta junto de você.

⎯ Calma Shizuki, não deve ter problema chegar atrasada, a casa dele é do lado. -se virou para a casa do garoto.

⎯Sim, mas eu prometi que chegaria lá as sete. -respondeu guardando a chave no bolso. ⎯ Vamos.

Você seguiu Shizuki e não demorou muito para as duas estarem em frente a casa do vizinho. A maior tocou a campainha, que em poucos segundos, foi atendida por um garoto de cabelos quase cinza, como Shizuki descreveu.

⎯ Você veio e trouxe companhia. -sorriu ao olhar para você. ⎯ Que bom! Podem ficar a vontade.

Ele deu passagem para vocês entrarem e assim foi feito. Era uma casa enorme por dentro, estava cercada pelas luzes vermelhas que vez ou outra ficavam azuis, o que te fazia lembrar dos belos olhos do desconhecido do dia anterior. A música na qual ecoava pela casa era: Lil peep - Ghost Girl.

As pessoas estavam bebendo ou fumando alguma coisa no sofá ou nos degraus da escada. O que te chamou um pouco mais a atenção foi um grupo de pessoas que se reuniu em volta da piscina no quintal atrás da casa do garoto.

⎯ Ei Shizuki. -a chamou, cutucando o braço da garota que logo olhou para você. ⎯ Eu vou ali. -apontou para o quintal dos fundos. ⎯ Voltarei logo.

⎯ Certo, qualquer coisa vou estar com aquelas pessoas no sofá. Se quiser ir embora, vá sem mim, não volto tão cedo.

Você assentiu sem questiona-lá, afinal, já havia se acostumado com o jeito rebelde da garota. Você seguiu até o grupo de pessoas que estava em volta da piscina e procurou um lugar no qual te deixasse ver o que estava acontecendo no no centro da pequena multidão.

Assim que teve uma visão melhor do que estava acontecendo, você paralisou ao ver novamente os olhos azuis, os mesmos olhos vazios da noite passada. Por um momento seus olhares se cruzaram e você saiu daquele local ao perceber que o garoto estava saindo da água da piscina.

⎯ Merda... merda... é uma grande merda! Foi uma péssima ideia. -você resmungava para si mesma, enquanto passava pela multidão de pessoas as quais esbarrava vez ou outra.

Você paralisou novamente ao sentir uma mão apertar levemente o seu ombro, mesmo que tenha sido um pequeno toque, foi o suficiente para te fazer entrar em choque.

⎯ Você tá me seguindo? -a voz do homem ecoou pelos seus ouvidos, enquanto você sentia a mão dele se afastar do seu ombro.

⎯ Seguindo? Não, desculpe. -sua voz de repente ficou baixa. por algum motivo, o homem te deixava intimidada sem o capuz que cobria seu rosto na noite anterior.

⎯ Se veio buscar a bolsa daquela mulher, pode esquecer. Eu já queimei, apenas queria o que estava dentro. Não era muita coisa de qualquer meneira.

⎯ Eu não pedi uma explicação. -você falou novamente, sem olhar nos olhos do homem, por mais que tentasse, era impossível olhá-lo diretamente nos olhos. ⎯ Enfim, me desculpe por qualquer coisa, eu preciso ir.

⎯ Onde cê vai? A festa mal começou.

⎯ Tudo bem, eu não quero ficar. -suspirou. ⎯ De qualquer maneira, adeus. -você apertou as mãos, enquanto se afastava do homem, mesmo que tivesse dito um adeus, ainda queria reparar nos olhos azuis dele.

Você foi até Shizuki que estava junto de um grupo de pessoas bêbadas ou drogadas no canto da sala, apenas disse que estava indo para casa, a maior não deu muita importância, parecia estar bêbada também.

Após seguir até a porta da frente, você saiu fechando rapidamente e já seguindo até a sua casa, apenas alguns passos e você já estava em frente. Você ouviu a porta da casa do garoto se abrir novamente e assim que se virou para olhar, lá estava ele. O homem dos belos olhos azuis, os olhos nos quais você não conseguia parar de pensar.

⎯ Finalmente olhou pra mim. -ele alegou parado em frente a porta, enquanto tirava algo do bolso.

⎯ Porque não fuma lá dentro?

⎯ Shigaraki odeia cheiro de maconha, principalmente na casa dele.

⎯ Ele sabe que tem pessoas fumando lá dentro?

⎯ Quando ele fica drogado, ele não se importa com mais nada ao redor dele. -suspirou se preparando para acender. ⎯ Podem chamá-lo cem e até mil vezes, ele não vai responder, parece até que está morto.

⎯ Entendi... eu vou indo.

⎯ Eu levo você. -ofereceu, já levando o baseado aceso até os lábios.

⎯ Minha casa é ao lado. -apontou.

⎯ Nesse caso, eu posso ficar com você, por enquanto.

⎯ Não, é estranho. -negou, já seguindo até a própria casa sem perceber que o homem estava te seguindo. por mais que os olhos do homem fossem bonitos, a personalidade dele era horrível.

⎯ Por favor, aquela festa está sendo uma grande merda.

Você mordeu o lábio hesitando em relação ao pedido do garoto. Apertou as mãos antes de responder com certeza. Tinha inúmeros motivos para não deixá-lo entrar, mas sentia que precisava de companhia, para início de conversa. Com os pensamentos completamente confusos, logo respondeu.

⎯ Tudo bem, mas vá embora quando terminar de fumar essa coisa ai. -se referiu ao baseado no qual o garoto tinha entre os lábios.

⎯ Como quiser. -sorriu pouco, enquanto acompanhava a mesma até sua casa.

Não demorou muito para ambos já estarem dentro da casa, e em alguns segundos, no quarto da garota, que estava sendo iluminado apenas pela luz da lua que vinha de através da janela.

⎯ Pode ficar em qualquer lugar. -você procurava o carregador do seu celular, enquanto o garoto se jogava na sua cama.

Você se sentou ao lado dele na cama colocando as mãos nas próprios coxas enquanto mantinha seus olhos nos lençóis abaixo.

⎯ Ei. -você o olhou. ⎯ Quer tentar? -disse oferecendo o baseado que ja estava quase no fim.

⎯ Não. Obrigado. -negou com as mãos. ⎯ Eu não fumo, pode continuar.

⎯ Experimenta, tudo tem uma primeira vez, não é tão ruim assim.

Você olhou para ele, engolindo seco enquanto movia sua mão até o baseado que estava entre os dedos do garoto. Levou o baseado até a própria boca e em poucos segundos começou a tossir, enquanto saia um pouco da fumaça pela sua boca.

⎯ Tudo bem. -soltou um pequeno riso batendo nas suas costas com leveza. ⎯ É normal, vou te mostrar um jeito mais fácil.

Você devolveu o baseado ao homem. Você observava cada coisa na qual ele estava fazendo, o jeito que ele levava o baseado até a boca, e como ele soltava a fumaça pela boca ou nariz. O que mais chamava sua atenção eram os olhos azuis, que agora, tinham um toque mais avermelhado ao redor, devido a maconha.

Ele aproximou o rosto dele ao seu, enquanto tinha os lindos olhos azuis concentrados na sua boca.

⎯ Abra a boca.

E assim você fez, abrindo levemente, quase nada. O garoto aproximou mais ambos os lábios e depositou a fumaça, enquanto você olhava para os olhos azuis que estavam acima dos seus, concentrados diretamente na a sua boca.

⎯ Agora você solta. -ele mandou e você voltou a fumaça que ele depositou, dessa vez sem tossir, o que fez o garoto sorrir de canto. ⎯ Isso mesmo, parabéns.

Vocês ficaram um bom tempo sem falar nada, apenas fumando o resto do baseado e olhando através da janela, a qual ainda iluminava o quarto escuro.

Você ainda pensava nos olhos azuis do homem ao seu lado, poderia ficar olhando para sempre. O silêncio estava ficando desconfortável pra você, até que resolveu puxar assunto.

⎯ Qual o seu nome? -perguntou num tom de voz baixo.

⎯ Dabi. E o seu?

⎯ [Nome]. Dabi, por quê roubou aquela mulher ontem?

⎯ Ah... -suspirou. ⎯ Não é importante.

Ele parecia não querer falar sobre isso. Mesmo que você estivesse curiosa, apenas deixou isso de lado. Se passaram alguns minutos, o baseado já havia acabado, ele continuava olhando para a janela, enquanto você olhava para o teto branco acima de ambos.

⎯ Posso olhar os seus olhos? -perguntou se virando para o homem.

⎯ Uhum. -ele aceitou seu questionar ou pensar no porquê desse pedido. se virou para você, já te olhando diretamente nos olhos. ⎯ Meus olhos são bonitos? -perguntou apoiando a cabeça sobre uma das mãos.

⎯ São os olhos mais lindos que ja vi. Mesmo tão vermelhos agora. -você levou uma mão até a bochecha do homem, onde acariciou enquanto observava os belos olhos. ⎯ Olhos azuis são... -bocejou antes de finalizar a frase. ⎯ São...

Você acabou dormindo ali, ao lado do homem no qual as únicas coisas que você sabia sobre ele era: seu nome.

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