▬▬ city.
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Horas mais tarde, você acordou passando a mão onde o homem estava deitado e assim que sentiu apenas o cobertor macio, abriu seus olhos já soltando um bocejo e se sentando na cama.
⎯ Ele não está mais aqui, que merda. -suspirou olhando para o local no qual o homem estava deitado a algumas horas atrás. ⎯ Melhor eu ir.
Você se levantou bocejando novamente, já começando a sair do quarto. Assim que chegou na cozinha se deparou com Shizuki que preparava algo.
⎯ O que está preparando? -perguntou se sentando em um dos bancos ao redor da mesa, apoiando a cabeça em uma das mãos.
⎯ Só alguns ovos denovo. -respondeu com a voz rouca.
⎯ Shizuki, tem que parar com as drogas, sabe disso. -suspirou. ⎯ Me deixa triste ver você assim, está tão pálida, me magoa.
⎯ Uhum, eu sei e sinto muito. Mas você não sabe [Nome], não sabe o que é um vicio. -respondeu, já retirando os ovos da frigideira e colocando no prato a frente da amiga.
⎯ Tem razão, eu não sei, mas você...
⎯ Eu não quero falar sobre isso, é estressante.
Você a olhou com a expressão entristecida, mas logo voltou ao normal, já começando a comer os ovos.
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Olhava o teto branco do seu quarto enquanto escutava alguma música no modo aleatório da sua playlist. Pensava no homem de olhos azuis a cada segundo, vez ou outra olhava na cama, o lugar no qual ele estava deitado a poucas horas atrás.
⎯ Por quê você é tão atraente? -perguntou se referindo à ele, enquanto passava seus dedos no canto da cama.
Você foi interrompida devido aos toques de um celular, mas não era o seu. O som vinha de baixo do seu travesseiro, logo passou sua mão por debaixo do mesmo, retirando de lá um iPhone.
O celular parou de tocar assim que você o pegou. Nas notificações havia uma chamada perdida de um número desconhecido, o papel de parede era de Dabi junto do seu vizinho, Shigaraki e mais algumas pessoas.
⎯ Mas que caralhos?!
⎯ [NOME]! TEM ALGUÉM TE CHAMANDO LÁ EM BAIXO! -gritou shizuki, enquanto passava pelo corredor dos quartos.
⎯ Certo! Estou indo!
Vocês já haviam esquecido da pequena discussão que tiveram de manhã. Shizuki nunca ficava brava, ela sabia que você só estava preocupada com ela.
Você se levantou da cama e caminhou até a porta da frente, levando com você, o iPhone de Dabi.
Assim que abriu a porta, se deparou com o homem de olhos azuis que estava parado na frente da casa com uma de suas mãos no bolso, enquanto a outra estava ocupada segurando um cigarro no qual ele fumava. Ele retirou o cigarro da boca assim que viu você e logo deu um pequeno sorriso de canto.
⎯ Eu acho que me esqueci de algo aqui. -ele passou os olhos por você. até que chegou na sua mão, a qual você segurava o iphone.
⎯ Ah... sim! -você levou sua mão até ele, lhe entregando o aparelho.
⎯ Obrigado, sinto muito. -agradeceu, guardando o pequeno objeto em um dos bolso de sua jaqueta.
⎯ Não precisa se desculpar. -sorriu pouco. ⎯ Eu que deveria me desculpar, acabei dormindo naquela hora.
⎯ Você devia estar cansada. -soltou um pequeno riso anasalado ao se lembrar. ⎯ Bom, até outro dia.
O homem se despediu e começou a andar pela rua vazia, já voltando a fumar o cigarro. Você o observava indo embora e se sentindo mal.
Sentindo que se você não o chamasse agora, você nunca mais admiraria os belos olhos azuis dele.
⎯ Ei! -você exclamou, movendo os pés para fora da casa enquanto o homem se virava para te olhar. ⎯ Pode me passar o seu número?
Os passos dele foram curtos, então ele não estava muito longe. O mesmo jogou o cigarro no chão e pisou em cima para apagá-lo por completo, enquanto enfiava as mãos no bolso, e em seguida, voltando até você já retirando o aparelho do bolso também.
⎯ Eu normalmente não uso redes sociais, talvez eu demore para responder. -suspirou coçando a nuca, enquanto os dedos de sua outra mão rolavam pela tela do aparelho.
Após alguns segundos, você pegou seu celular já começando a digitar o número que ele falava, mal prestou atenção no que ele dizia já que sempre olhava de canto para os olhos dele.
⎯ Enfim... -guardou o celular. ⎯ Eu vou indo.
Você assentiu observando ele voltar a seguir seu caminho pela rua ainda vazia. Assim que ele sumiu da sua vista, você entrou na casa se deparando com Shizuki encostada na parede ao lado da porta.
⎯ O que foi agora, Shizuki? -fechou a porta.
⎯ QUEM ERA ELE? PUTA MERDA, ELE ERA ABSURDAMENTE GOSTOSO!
⎯ Não grite, os vizinhos vão ouvir. -suspirou. ⎯ Ele era... alguém. -despiu um sorriso ladino e subiu novamente para o quarto, deixando a garota confusa.
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Você tomou um banho de dez a quinze minutos, e assim que saiu, colocou uma blusa cinza e uma calça moletom preta. Se sentou na cama tirando seu celular do carregador.
Enquanto procurava alguém para conversar sobre qualquer coisa - literalmente qualquer coisa. Você acabou por lembrar do homem de olhos azuis e hesitou por um momento em chamá-lo, mas o termo: só se vive uma vez; insistia em percorrer pela sua mente.
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CHAT ON
[Nome] 23h43: Oi, é a [Nome] :) você chegou bem em casa?
Dabi 23h45: Oi [Nome], cheguei sim, porq nn me chamou antes? Eu fiquei esperando
[Nome]: 23h46: Desculpa, achei que estaria ocupado
Dabi 23h49: A única coisa que eu faço é fumar ou beber com alguém
[Nome] 23h49: Então você sempre tem alguém para fumar ou beber?
Dabi 23h57: Desculpa a demora... c ainda ta ai?
[Nome] 23h58: Ah sim, eu fiquei escutando música
Dabi 23h58: Entendo.. quer fazer alguma coisa?
[Nome] 00h01: Agora?
Dabi 00h03: Sim, eu tô de carro e sozinho
[Nome] 00h04: Tudo bem, eu vou só colocar um moletom e ja desco
Dabi 00h04: Vou estar ai em poucos minutos
CHAT OFF
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Você se levantou rapidamente e foi em direção ao seu guarda-roupa, já procurando um moletom. Saiu do quarto fazendo o máximo de silêncio para não acordar Shizuki.
Conseguiu ouvir o som do carro assim que se aproximou da porta, quando abriu se deparou com o homem que estava com uma cara péssima, mas isso não afetava sua beleza. Fechou a porta e seguiu até ele dando um sorriso pequeno.
⎯ E estamos aqui novamente. -sorriu abrindo a porta do carro.
⎯ Estamos. -seguiu até o outro lado do carro, abrindo a porta e entrando no veículo.
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Ele seguiu um caminho sem rumo, a cidade era linda a noite e quase não tinha carros à essa hora.
Você sorria olhando as luzes da cidade toda vez que o veículo passava por alguma estrada que dava boa visão da cidade inteira. Ele te olhava de canto algumas vezes, mas logo voltava a atenção para a estrada.
A música na qual tocava era: Lil peep - Big City Blues; você não conhecia a tradução, mas já escutou algumas vezes e talvez fosse pela tradução da música que Dabi concentrava o olhar mais em você do que na estrada.
⎯ Ei, precisamos fazer isso mais vezes. -virou seu rosto sorrindo para o homem. ⎯ Vamos fazer isso todas as noites!
Ele nunca escutou isso de ninguém que ele já levou para passear alguma vez. Ele nunca viu um sorriso tão sincero vindo de alguém, principalmente alguém que ele mal conhece.
⎯ Sim [Nome], vamos fazer isso todas as noites.
E a única coisa na qual aquele momento resultou, foi um sorriso ladino nos lábios do homem e a música que tocava sobre o silêncio agradável de ambos. Você havia dito que a música te dava uma sensação boa, mesmo sem conhecer a letra.
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