𓏲 ָֹ⌗💤𝐇𝐘𝐏ℕ𝕆𝕊 𝐗 𝐓𝐇𝐀𝐍𝔸𝕋𝕆𝕊 ━ 𝔐𝔦𝔩𝔩𝔢𝔫𝔫𝔦𝔞𝔩 ℜ𝔦𝔳𝔞𝔩𝔰 ៹✦͘˖

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᭡ ࣪𖠵۰𝂅💋⌯ HYPNOS E THANATOS﹆ ָ࣪ ˖

❝ ━ Can't lie to you baby... Wanna feel your body close. You say that you hate me... But tell me shit nobody knows!

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🎭ं - - •INFORMATION• - - ं 🎭

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[ :🌷: ]. Nome do personagem: Hypnos e Thanatos.

[ :🎡: ]. Anime que se encontra: Saint Seiya: The Lost Canvas.

[ :🌟: ]. Quantidade de palavras: 5.092 palavras.

[ :🍨: ]. Dia postado: 27-12-2024.

[ :🐝: ]. Dedicado a: Pessoa que está lendo. ❤

[ :🌻: ]. Autora: Menina_Otaku_S2.

[ :☔: ]. Pessoa que pediu: AliciaViana025.

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˖ 🎀 ᝬWARNING 𖦹 ˖࣪،̲Ꮺ !

Todos os direitos desse capítulo são meus. Ele foi criado conforme uma ideia minha, logo, tenho direito de proibir qualquer um que faça cópia de sua escrita ou estilo. Ou seja, NÃO PERMITO INSPIRAÇÕES OU CÓPIAS DELE!

Os personagens Hypnos e Thanatos podem ter tido suas personalidades alteradas por conta de seu comportamento como yandere nesse capítulo.

Contém violência física e verbal com outros personagens. Se você não gostar desse tipo de coisa... Saia imediatamente.

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𓏲 ָֹ⌗🌷.SONG THAT INSPIRED ME.🌷៹✦͘˖


𓄹 ۬﹢Isabel LaRosa ─ eyes don't lie› ᥫ᭡

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https://youtu.be/6wJEEcTIPss

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Caso tiver algo que não gostou no capítulo, eu sinto muito! (^._.^)ノ

E sinto muito caso houver erros de escrita!

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*˖۰ܿ◗۪ 🌹𓏲 ָֹ⌗: MILLENNIAL RIVALS ˖ ࣪🌹﹅˖࣪ . ๋࣭ 𓂅*
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Desde que o Imperador do Inferno Hades retornou à sua razão, seu trabalho triplicou de tamanho. Havia dias e noites que mal repousava ou tinha tempo para outras coisas, no entanto, ainda, sim, se mantinha de prontidão e contente, auxiliando em todos os seus mandatos. E por isso, por deixar evidente sua consciência de prestígio, Hades afrouxava um pouco suas rédeas contigo.

─ O senhor precisa de alguma coisa, senhor Hades?

─ No momento não.

─ Tudo bem, se precisar de mim estou disposta.

Observava como suas finas mãos dançavam junto ao pincel, suas habilidades artísticas recheadas de beleza divina. Às vezes invejava as capacidades dele, no entanto, jamais quis estar em seu lugar. Não, não cometeria tal blasfêmia com seu gracioso deus. Já via como suficiente estar por perto e auxiliá-lo nos seus desejos.

─ Em realidade... Recentemente esteve por vários momentos ao meu lado, não é? Dá uma pausa nos movimentos com a mão e vira a cabeça para olhar-te por cima do ombro.

─ Oh, sim! Estou há dias e noites seguidas seguindo-o. Mas não vejo isso como um incômodo, caso esteja se questionando.

─ Não, não é isso... Só estive pensando que por hora não preciso de suas mãos, então, caso desejar, pode sair.

─ O senhor enjoou de minha presença? Deixa um sorriso doce, mas malicioso estampado.

─ Claro que não, que frase tola... Suspira como se estivesse irritado, mas o sorriso fino em seu rosto mostrava que não estava tão afetado. ─ Só não tenho mais nada para te encarregar.

─ Ah, eu entendo... Então estou liberada?

Ele concordou com a cabeça e virou-se novamente para retornar a pintura. Se sentindo esclarecida com a situação deixa a sala sem produzir barulhos inconvenientes. A primeira coisa que fez ao sair foi escorar-se na parede ao lado e soltar um profundo suspiro, mesmo há semanas ao lado dele ainda sentia sua aura sombria te sufocar quando abaixava a guarda.

Ainda escorada ali, escuta passos de salto alto se aproximando. Manteve-se de olhos fechados não se importando com quem seria, afinal, aqueles saltos eram inconfundíveis.

─ Olá, Pandora.

A mulher de longos cabelos negros fica alguns metros distante, dando de perceber o quão impaciente estava por sua respiração desequilibrada.

─ O imperador enjoou de sua presença? A cabeça dela arqueou, como se quisesse transmitir uma fachada de superioridade e dominância.

Abre os olhos novamente, fazendo uma encarada relaxada na direção dela. Sabia como o amor de Pandora era extenso em relação a Hades, porém nunca sentiu nenhuma atração por ele e sempre deixou claro para ela, o que não surtia efeito.

─ Não, só me permitiu dar uma volta por termos ficado tanto tempo juntos.

Sua frase não teve segundas intenções, mas não foi o que pareceu na mente dela. A cara dela azedando ainda mais, com os braços cruzados.

─ Por que dessa cara?

─ Você se acha só pelo imperador ter pena... Saiba onde é seu nível, novata.

─ Pandora... Suspira pesadamente, notando o tom ácido dela. ─ Guarde seu veneno para outra pessoa, meu dia mal começou e não desejo que ele estrague tão cedo.

─ Ugh, acha que é quem para se sentir superior?

─ Pode parar de me importunar? Não quero esfregar verdades na tua cara para te magoar.

─ Como é? Dá um passo para frente, suas sobrancelhas franzindo mais. ─ O que quer dizer com isso? Fale!

Rosnou baixo, começando a perder a paciência. As duas com os corpos tensos e pelos arrepiados, parecendo que iriam avançar a qualquer instante. No meio disso, um alto deus se aproximou pelas suas costas, e caminhou até vocês.

─ O que está acontecendo aqui, garotas?

─ Hm? Olho para trás por cima dos ombros, vendo aquela longa cabeleira loira. ─ Hypnos?

Ele continuou e parou ao seu lado, encarando Pandora com seriedade.

─ Algum problema?

─ Não, não é nada. Só estávamos discutindo alguns passos do plano, não é?

Só a encarou de volta sem confirmar ou negar sua pergunta. Sentindo-se pressionada por conta do olhar sereno do deus, decide só se virar e partir.

─ Ugh, quando ela largará no meu pé?

─ Hm? Te observa de canto de olho.

─ De novo aquela cisma com o senhor Hades... Bato a mão em meu próprio rosto, suspirando longamente.

─ Releve, Pandora pode deixar as emoções dominarem algumas vezes.

─ Algumas?

Hypnos revira suavemente os olhos e solta uma risada nasal.

─ Tudo bem, várias vezes... Melhor assim?

[Nome] concorda com a cabeça e inicia sua caminhada pelo corredor. Hypnos faz misteriosamente o mesmo, os dois seguindo juntos sem falar por um tempo.

─ Como está a movimentação dos cavaleiros?

─ Não tem muitas novidades, devem estar receosos por conta do último encontro com o imperador.

─ É, as coisas estão tão monótonas, pelo menos para os nossos... Junto as mãos em minhas costas.

─ Sente falta das batalhas?

─ Sim e não...

Continuam caminhando até chegarem ao lado de fora de seu esconderijo. Atrás dele, um grande jardim cheio de árvores frutíferas, nascentes que se ligavam para formar um grande rio, flores claras, belas cheirosas e animais pequenos como coelhos, pássaros, borboletas e outros animais rastejantes.

─ Esse lugar me lembra os Campos Elísios...

─ Sério?

─ Claro, não se compara, mas... É gostoso, não?

Só ri baixo, te seguindo com os olhos enquanto adentravam mais o local. Quanto mais profundo iam, mais árvores e ninhos encontravam, alguns vazios e outros com curtas canções.

─ Que fofos...

─ Hm? Ele segue a direção dos seus olhos até avistar um pássaro com três filhotinhos, deixando um curto sorriso de boca. ─ Sempre focada nos animais...

─ Não me critique, eu... Só gosto de apreciar a vida continuo encarando a mãe passarinho alimentando os bebês. ─ Como os seres aprenderam a se adaptar, seus instintos de sobrevivência evoluíram cada vez mais, é tudo muito curioso.

Hypnos apenas ficou te observando, sem interromper seu raciocínio.

─ Além disso, os humanos são criaturas fascinantes e cheias de espírito. Às vezes gostaria de sentir como é estar na pele de um deles.

─ Está falando sério? Ele mantinha um olhar de descrença.

─ Como será que deve ser amar alguém, ainda mais com um tempo tão curto...? Olho para o sol, cobrindo seus raios fortes com minha mão. ─ Não sei se conseguiria me permitir sentir essa dor...

─ Não posso negar, os humanos são intrigantes.

Ele continuou te olhando até sentir algo sendo jogado na parte inferior de suas roupas, ao procurar o que era, vê um pequeno coelho cavando um buraco.

─ Acho que ele não sabe onde estava jogando rio da falta de reação dele.

Se agachou ao lado do animalzinho, cutucando sua bundinha, o que o faz parar de escavar e vira para ver quem mexeu nele. Ao te ver suas orelhas abaixam e o corpinho se encolhe, mostrando o quão arrisco e medroso estava.

─ Calma, não precisa ter medo... Levo a mão até ele e estendo o dedo indicador para acariciá-lo.

Hypnos notou como o animal parecia desconfortável com o pelo eriçado. Em segundos, agachou-se com um joelho no chão e agarrou seu pulso o puxando para ele, te salvando de levar uma mordida daqueles dentes avantajados.

─ Oh! Se desequilibrou e caiu de bunda no chão, com as pernas abertas e se segurando apenas com uma mão, já que a outra se manteve no domínio dele. ─ Não esperava por isso...

─ Precisa ter mais cuidado ri baixo, fechando os olhos. ─ Sua ingenuidade não se desmanchou com os anos...

─ Oh, não zombe de mim! Encaro nossas mãos, seu aperto firme e, ao mesmo tempo, gentil, fazendo minhas bochechas ficarem levemente vermelhas. ─ Poderia me soltar agora?

─ Oh, sim.

Se levantam limpando suas roupas um pouco sujas de terra. Em seguida, olhou ao redor e sua atenção virou-se inteiramente para uma bela maçã avermelhada solitária. Sem perder tempo, correu até a árvore e segurou-se em um galho para conseguir esticar mais seu corpo. Hypnos caminhava lentamente para ti, não conseguindo pensar o quão boba era, o que te deixava mais adorável em seus olhos amarelos queimados.

No processo de pegar o fruto, uma mamãe passarinho, vendo sua mão próxima do ninho, deixou seus instintos tomarem conta e avançou. Ao vê-la, acabou se assustando, se inclinando para trás, querendo sair de seu alcance, largando o galho no processo e caindo novamente de bunda no chão.

Hypnos abriu os olhos em surpresa, andando mais apressadamente até ti e se agachando com um de seus joelhos no chão e o outro dobrado para ficar em sua altura.

─ Está bem?

─ Minha bunda...

Se deixa levar e deita no chão, passando a mão em suas nádegas para amenizar a dor. Com os olhos fechados, acaba não percebendo de imediato, entretanto, o loiro te encarava de cima, explorando a visão sem demonstrar nenhuma emoção externa. Só depois de mais de um minuto, voltou ao mundo e retornou o olhar dele.

─ O que foi?

─ Que exagero... Não seja tão dramática.

─ Quem está chamando de dramática? Era alto, doeu! A cara dele só se contorceu para um sorriso sarcástico, o que te fez bufar. ─ Pare de me olhar assim!

Se sentou e continuou protestando, enquanto ele claramente não dava a mínima para seu desabafo tolo.

─ Fique quieta.

─ O quê? Hypnos, você...! Quando começaria aumentar o tom, o viu se inclinar para frente, aproximando seus rostos, o que te faz congelar no mesmo instante. ─ Hypnos...

─ Shhh...

Fixou seus olhos na mão dele, acompanhando todo o percurso. Ela veio até seu rosto e, após isso, pegou seu cabelo, e com seus finos e longos dedos retirou algumas pequenas folhas que deveriam ter caído ali pela queda. Conseguiu relaxar gradualmente, vendo como ele continha uma expressão séria, mas não de irritação. Nunca admitiria, pelo menos não em voz alta, o quão elegante e atraente o deus do sono era, com aqueles finos cabelos loiros quase dourados que rebatiam com o vento, destacando ora sim e ora não seus delicados olhos e chamativa estrela na testa.

Ficou tão penetrada em seus devaneios que nem notou sua cara de besta o encarando fixamente mesmo após ter todas as folhas retiradas. Achando engraçado, Hypnos utilizou a mesma mão para tocar seu queixo e movê-lo para cima para fechar seus lábios.

─ Estava sonhando acordada com algo...?

─ Hã? Ao voltar à razão, afasta o rosto, escapando do toque dele. ─ Quê? Não diga besteiras, apenas me distrai.

─ Se distraiu...? Um sorriso presunçoso iluminou sua face.

De repente, passos firmes se aproximavam pelas costas de Hypnos, não conseguia ver quem era, mas aquela aura sombria e irritadiça te dava uma ideia.

─ Hypnos, onde se meteu? Estive te procurando por todo o território! A voz rachada dele ressoava junto de seus passos firmes.

─ Thanatos... Sempre nos piores momentos... Sussurrou, deixando uma pitada de frustração aparentar.

Hypnos se ergue e sai da sua frente para poderem encarar o irmão dele. A cara zangada do homem de cabelos negros permaneceu imóvel até te ver sentada perto do loiro, os olhos se tornando menos afiados.

─ O que estão fazendo?

─ Apenas andando pelo jardim, algum problema, irmão?

Uma veia salta na testa dele, torcendo os lábios em desgosto. Mesmo incomodado, ignora esse fator acompanhado com um longo suspiro.

─ O imperador deseja falar contigo.

─ O Imperador Hades? O que ele quer comigo?

─ Não sei, Pandora só me ordenou que te convocasse pessoalmente. Cruza os braços.

─ Hm, tudo bem. Sem mais rodeios, deixa Thanatos e [Nome] sozinhos, sentindo um gosto amargo na boca e com uma pulga atrás da orelha.

Ao não ter mais sinais dele, Thanatos concentra-se em ti e dá alguns passos para frente.

─ Ficará quanto tempo aí?

Sorrio sem graça ao perceber que ainda estava de bunda no chão, me levantando sem dificuldades para olhá-lo de volta.

─ O que estavam fazendo?

─ Só caminhando juntos.

─ Só isso?

─ Sim...? Sorriu fraco, não entendendo onde ele queria chegar.

─ Uh, você é uma péssima mentirosa. Cruzou os braços tensos, o rosto azedando para ti.

─ Pare de ser tão desconfiado... Suspiro sem muita paciência para as cismas do deus.

─ Não estou desconfiado, sei que está mentindo.

─ Ai, Thanatos... O encaro, perdendo a vontade de suportar suas besteiras.

─ O quê? Dava para notar que seu tom de desprezo aumentou.

Vocês dois discutiam calorosamente por um tempo até você perceber que Thanatos não iria recuar por ser tão cabeça dura e orgulhoso. Não querendo alastrar ainda mais, decidiu abaixar o tom e deixá-lo "ganhar" e pensar o que bem entendesse.

─ Tudo bem, Thanatos, pense o que quiser... Reviro os olhos suavemente e saio andando para fora do jardim.

─ Para onde vai?

─ Não sei... O senhor Hades não necessita de minha ajuda, Hypnos agora se foi, mandarei Pandora explodir se a ver outra vez...

Mesmo ainda agitado com a discussão de antes, ele não pôde deixar de soltar uma risada nasal e um sorriso sutil com uma olhadinha de lado ao ver seu tom engrossando ao tocar no nome da mulher sombria.

─ Você e Pandora se odeiam mesmo...

─ Não a odeio, mas sua insistência comigo e com Hades me irrita.

A face dele volta ao normal, porém dessa vez sem uma carranca tão marcante.

─ Pandora, com esses sentimentos humanos, me enojam... Tomou a boca, fechando os olhos.

─ O que tem contra os humanos?

─ Por que não teria? São seres desprezíveis, vermes parasitas sugadores dos recursos do planeta que não têm serventia alguma. São causadores de dores de cabeça para nós...

─ Thanatos, Thanatos... Rio baixinho.

Ele quis rebater, no entanto, não tinha propósito algum para discutir contigo novamente.

Essa questão era muito notável na sua relação com o deus da morte. Mesmo discordando em muitos pontos e querendo pular no pescoço um do outro no interior, Thanatos permanecia mais reservado em sua volta, agia e falava de forma menos grosseira e até mesmo era mais... Calmo, se é que se pode combinar esse nome e esse adjetivo na mesma frase. Claro que sua natureza rigorosa e agressiva não mudava completamente, mas ainda, sim, pessoas mais observadoras viam o carinho dele por ti, mesmo que não mostrasse tão claramente.

─ Fará o que agora?

─ Não tenho nada para fazer, o imperador mandou que ficássemos aos arredores. Que chatice...

─ Ah, queria ir para a batalha?

─ Esperar é muito entediante...

─ Bom, então o que acha de darmos uma volta da floresta?

─ Nós?

─ Isso, algum mal?

Thanatos continuou de braços cruzados, a sobrancelha arqueada em descrença. O que dois deuses, ainda mais sendo você e ele, iriam fazer na floresta menos habitável por humanos? Ficou hesitante, principalmente por ficar encarando-o com um sorriso largo. Nunca admitiria, mas suas bochechas claras criavam um disfarçado rubor todas às vezes que via seus lábios mostrarem seus dentes formosos em um sorriso.

─ Tanto faz.

Os dois caminham um do lado do outro, mas com uma considerável distância entre seus corpos. Durante toda a trajetória até chegarem ao interior da floresta, aproveitaram o silêncio, prestando atenção nos sons dos animais e nas folhas agitadas pelos ventos.

─ A pior parte é ter que esperar que as coisas aconteçam, mas quando os portões abrirem... Não teremos descanso.

─ Quando isso acontecer, não terá problema. Somos deuses, não deveríamos nos preocupar com meros humanos.

─ Sua arrogância não é segura, sabe... Não deveria subestimá-los.

─ Uh, estou perdendo a paciência com vocês... Hypnos também não para de me dizer essas coisas estúpidas botou a mão na testa, franzindo as sobrancelhas.

─ Não é estúpido!

─ Ache o que quiser, não me importo!

─ Tsk, você é tão...!

De repente, parou de caminhar e forçou seus ouvidos a prestar atenção em um ruído incomum. Thanatos parou um pouco a sua frente, se perguntando por que daquela reação inusitada. E quando te viu desviar do caminho e adentrar o matagal, não hesitou em chegar até ti.

Seguindo aquele barulho tão baixinho, viu deitado no chão o corpo de um veado que já mostrava estar em seus últimos momentos. Aproximou-se até se sentar ao lado do corpo que se encontrava preso em uma armadilha de urso e com um ferimento de bala no tronco, seus olhos transmitindo puro medo e grunhidos de agonia.

─ Pobre animal... Passa a mão com o máximo de gentileza possível nas costas dele, acariciando enquanto o encarava com tristeza. Percorria os olhos pelo corpinho dele, até notar que na realidade era uma fêmea. ─ Com licença, querida...

Com muito cuidado e calma, afastou a perna dela que não estava presa na armadilha, vendo que o úbere dela estava inchado, provavelmente contendo leite. Ficou ainda mais triste ao chegar a conclusão que era uma mamãe.

─ Como pode...? Por que fizeram isso com você...?

Continuou passando a mão nos pelos do animal, sentindo a presença de Thanatos se aproximar até se agachar com um dos joelhos no chão, desviando o olhar entre as duas.

Com muita pena retirou a armadilha da pata dela, se enchendo de melancolia ao ouvi-la berrando de dor durante e após a retirada. O homem só observou, não esbanjando nenhuma emoção.

Passos apressados vinham na direção de vocês, para não serem vistos rapidamente tocou no animal e na mão do deus, que por um segundo se surpreendeu com seu toque. Ativou sua barreira, que não deixava serem vistos ou escutados por quem estava do lado de fora.

Em segundos, três homens com vestimentas sujas e carregando armas saem dos arbustos olhando ao redor com expressões irritadas.

─ Onde está aquele animal asqueroso?

─ Não deve ter ido muito longe, tenho certeza que acertei a bala! O segundo caçador esbravejou.

─ Demos a sorte grande, se acharmos a fêmea achamos o filhote!

─ Pena que já cresceu bastante, se fosse mais novo a carne seria mais deliciosa! O terceiro caçador ri.

─ Uh, quanto trabalho! Por que não morreu de primeira?

─ Está pedindo demais de animais estúpidos e irracionais!

Todos caem na gargalhada, seguindo seus trajetos para acharem os bichos. Quando sabia estarem longe, retira a barreira.

─ Por que estavam rindo... Qual a graça nisso...? ─ Fechou os olhos sentindo começarem a lacrimejar.

Thanatos continuou olhando para a direção aonde eles foram, sua face mostrando puro desprezo e amargura e fazendo questão de gravar todos os detalhes deles para resolver depois. No entanto, ao ouvir seus ruídos de choro deixou de lado momentaneamente para te olhar. Aquelas lágrimas te classificariam como um ser fraco para ele, entretanto, como te conhecia sabia que quando envolvia animais ou seres frágeis no geral, ficava extremamente abalada.

─ Thanatos, por favor... Enxugo minhas lágrimas e me afasto do corpinho um pouco.

─ Hm... Entendeu o recado e ficou no seu lugar, agora tocando a cabeça da mamãe veada.

Viu o homem retirar a vida do animalzinho com suas habilidades de forma pacífica e indolor, o que consolou seu coração por saber que ela não sofreria mais.

─ Obrigada Thanatos... Continuo tentando afastar as lágrimas.

O deus continua encarando a criatura em seus olhos mortos, até virar a cabeça para trás e te ver em pé se abraçando com os próprios braços encolhida.

─ Ei, pare de chorar. Com uma expressão impassível, fica em sua frente e passa o dedo indicador agradavelmente em sua pálpebra inferior e retira o rastro que as lágrimas criaram. ─ Está agindo como um humano.

─ Me desculpe, eu só... Não entendo a razão de tanta crueldade... Solto um soluço de choro.

A língua dele ficou afiada para te refutar e xingar a espécie humana que você tanto defendia várias vezes, no entanto, no fundo, se sentiu receoso de te deixar ainda pior, decidindo apenas suspirar e colocar os dedos em seu queixo para fazê-la encará-lo.

─ Pare de chorar, o animal não está mais sofrendo. E no futuro, aqueles vermes irão pagar por todas as imundícies, entendido?

─ Sim... Desculpe.

─ Uh, por que está pedindo desculpas? Que ridículo!

Preferiu não responder por sua voz estar embargada em tom de choro. Após mais algum tempo quietos organizando os pensamentos, voltaram para os territórios mais próximos do esconderijo principal. E para surpresa de vocês, Hypnos estava de braços cruzados em frente a grande porta parecendo impaciente.

─ Thanatos, preciso falar com você!

─ Ugh, Hypnos... O que é?

O loiro continuou encarando o irmão, por um momento estreitando os olhos para te ver de canto, com os olhos inchados como se tivesse chorado, o que fez com que ficasse ainda mais sério.

─ [Nome], poderia nos dar licença?

─ Ah... Ficou confusa por esse "convite forçado" do deus do sono.

─ Vá, continuamos nossa conversa outra hora. O deus da morte cruzou os braços te vendo por cima dos ombros.

─ Tudo bem... Sem protestar, saiu caminhando para os fundos, provavelmente indo ao jardim relaxar.

─ Em primeiro lugar, por que ela estava com aquela cara?

─ Que cara?

─ Sabe muito bem qual cara era, Thanatos.

─ Ugh, sério? Quer arranjar confusão logo agora? Não estou de bom humor para seus questionamentos dramáticos.

─ Oh, claro... Nunca está. Fechou os olhos e suspirou pesadamente. ─ Em segundo lugar, se explique.

─ Quê?

─ Fui ver o que o imperador queria, e ele me falou que em nenhum momento pediu para me ver e que muito menos havia te visto no dia. Fui até Pandora e até ela não solicitou meu auxílio. E quando voltei ao jardim, você e [Nome] desapareceram.

─ Hypnos, não estou a fim de discutir.

─ Estou cansando de sua atitude imatura, o que está acontecendo, meu irmão?

─ Argh, só esqueça! Esbravejou, pura raiva e tensão em seu corpo e tom de voz. ─ Preciso resolver meus assuntos agora, não tenho tempo para isso!

Thanatos marchou para frente e passou por ele, esbarrando ombro no ombro de maneira grosseira e adentrando o lugar. Os dentes do loiro rangeram, sua atitude pacífica e calma sumiu por breves segundos até recompor a compostura.

˚. ⊹.˚♡ ⋆「 🎀 」6 horas depois꒱༉‧₊˚⁺ ˖

Estava há horas rolando em seus aposentos, não conseguindo sossegar a mente pelos acontecimentos de mais cedo. Levantou-se da cama e resolveu dar uma volta enquanto organizava seus pensamentos. Não se importou por estar usando uma roupa mais casual, pois a chance de se encontrar com alguém era mínima, e ainda assim, a roupa não era inapropriada em sua visão.

O barulho dos grilos e outros animais noturnos invadia seus ouvidos, fazendo com que fechasse os olhos e aproveitasse a sensação de calmaria que a natureza lhe dava. Continuou o percurso de olhos fechados, até interromper abruptamente seus movimentos por um cheiro de decomposição invadir suas fossas nasais. Voltou sua atenção para a realidade, suas pupilas afinando ao encontrar o corpo da mesma mamãe veada novamente.

─ Oh... Foi a única coisa que conseguiu pronunciar. Seu corpo parecia ter te levado de propósito para ali, soltando algumas lágrimas escorrerem.

Em meio disso, escutou alguns passos bem próximos. Se agachou para não ser percebida e se estreitou entre os galhos e folhas de uma moita, abaixando sua energia para estar ainda mais camuflada. Teve dificuldade para visualizar a figura, porém, aqueles cabelos pretos e altura não enganavam ninguém.

Se questionou o que Thanatos estava fazendo ali a essa hora da noite, aparentemente indo reto em uma direção conhecida por ter um vilarejo de humanos. Curiosa e intrigada sobre, o segue furtivamente por um longo tempo, e realmente ele caminhava para as casas de pedra e luzes fracas dali.

Encarou-o ainda levemente agachada entre uma moita e uma árvore, observando por cima sua silhueta sumir entre as construções. Quando pensou em dar um passo à frente, sentiu uma mão fria repousar em seu ombro, causando um forte arrepio e uma dor no pescoço por virá-lo tão bruscamente.

─ A-ah...!

─ Shhh, está tudo bem. Seus olhos [cor dos olhos] diminuíram de tamanho ao ver que era apenas Hypnos.

─ Hypnos? Que susto... O que está fazendo aqui?

─ Eu que pergunto... Os dois arrumam suas posturas, ficando de frente um para o outro. ─ O que veio fazer a essa hora da noite na floresta?

─ Ah, não estava me sentindo muito bem.

Ele ergueu uma sobrancelha ao notar a região abaixo dos olhos da garota, úmidos, dando de presumir que esteve chorando.

─ Estava chorando? Mesmo sabendo da resposta, se fez de confuso.

─ Nada de mais, só... Ficou sem palavras, ainda abalada e com dificuldade de fala pelo choro recente. ─ Vem, vamos...

─ Hm?

─ Vou te mostrar...

Mesmo desentendido, Hypnos te segue até o corpo do mamífero. Uma vez na frente, desabafou sobre o que aconteceu mais cedo, o que você e Thanatos ouviram dos caçadores e a descoberta de que era uma fêmea com cria. No fundo, o loiro não dava a mínima para esse assunto, mas a sua reação de tristeza o consumiu por dentro. Felizmente, ele era mais sereno e pensativo do que o irmão, então preferiu te dar uma espécie de consolo, para que assim parasse de sofrer.

Agindo impulsivamente, vai para frente e envolve seus braços em volta do tronco dele, deitando a cabeça na curvatura do pescoço dele. A surpresa foi tamanha que ficou um tempo sem reagir, observando sua feição de choro. Depois do susto passar, envolve um dos braços pela sua cintura, escorando o próprio queixo nos seus fios [cor do seu cabelo]. Se sentindo mais confortável ao ver que não foi rejeitada, se aconchegou melhor nele, sentindo-se acolhida e compreendida. Enquanto Hypnos te encarava com os olhos quase fechados, um sorriso suave nos lábios envolvidos por uma coloração mais avermelhada na região das bochechas.

Enquanto o loiro parecia estar contente com o andar da carruagem, o homem de cabelos pretos observava mais afastado com o conjunto de roupas repleto de pingos de sangue. Sentiu-se consumido pelo ódio, tendo que usar muito controle para não interferir.

˚. ⊹.˚♡ ⋆「 🎀 」Dia seguinte꒱༉‧₊˚⁺ ˖

─ Hmm... O deus do sono cantarolava, carregando uma bandeja de cristal com ambrosia e néctar, pensando em te fazer uma surpresa. O acontecimento da noite passada realmente o fez ficar mais suave em suas interações.

─ Hypnos!

─ Hm, Thanatos? Vira o corpo para trás, vendo o deus da morte vir em sua direção. ─ O que quer?

─ Para onde está levando isso? Sua face não demonstrava estar apta para muita conversa.

─ Está curioso?

Sem aviso, Thanatos ergue a mão e abaixa com toda força na beirada da bandeja, e como foi pego de surpresa, Hypnos fica sem reação e deixa escapar de suas mãos, tudo caindo no chão.

─ Thanatos... Abaixa a cabeça para ver tudo sem retorno no chão, erguendo os olhos e ajeitando os óculos. ─ O que deu em você?

─ Estou cansado desse seu joguinho manso...

─ Do que está falando?

─ Sempre me atrapalha, sempre agindo como superior! Enquanto tento pegar o que é meu por direito, vem um idiota loiro para roubar apenas porque sim!

─ O que...? Continuou encará-lo extremamente confuso, até juntar as peças e se tocar no que rolava. Com um sorriso presunçoso, ajeita o óculos sem desviar sua atenção. ─ Oh, entendo... É ela, não é?

A expressão séria de Thanatos vacilou por segundos, o que deu mais combustível para o outro.

─ Está incomodado com minha aproximação com [Nome], não é?

Não admitiu, no entanto, seu silêncio confirmava.

─ Bom, sinto muito, meu irmão, mas preciso mostrar que está muito enganado... Não estou perto dela apenas por competição ou para implicar contigo, seria muito infantil e imaturo de minha parte... Suspirou, nunca abandonando o sorriso orgulhoso e o olhar estreito. ─ Eu realmente tenho interesse na nossa colega de causa maior, de verdade mesmo...

─ Que...?

─ E presumo que também teve seu coração frio e escuro atingido por ela, estou errado?

Tudo estava querendo fazê-lo explodir, só podia ser. Precisou se esforçar muito para não partir para a violência, tendo que encarar o sorriso do irmão com ódio sem fazer nada.

─ A parte boa sempre fica para ti, dessa vez será diferente.

─ Oh, Thanatos! Agora reclama? Sempre te disse para não subestimar os outros e abaixar seu ego...

─ Não venha bancar o superior, seus momentos egocêntricos são piores do que os meus.

─ Não nego que posso exagerar algumas vezes, mas pelo menos mantenho meus pés no chão. E... Sei como conquistá-la.

A última frase destruiu sua sanidade, até agora forçada a se manter estável. Colocou sua testa na dele, dando um olhar mortal e soltando sua aura mais sombria que conseguia.

─ Cale-se! Rangeu os dentes como um cão com raiva, sua marca de estrela na testa tornando-se mais evidente.

─ Por que deveria...? Continua sorrindo sem medo algum, sua estrela brilhando fortemente.

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Não terá continuação
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Próximo Capítulo: Manjiro Sano e Izana Kurokawa, Tokyo Revengers [Pesado].

Espero que tenham gostado.
Raramente vejo algo capítulo relacionado com esses dois, então aceitei fazer para entreter as outras pessoas que também sentem sentimentos diversificados por eles.
Tomara que eu tenha agradado a maioria!

O próximo capítulo sairá em breve. Prometo.❤️

Abraços com muito amor para uma pessoa linda, você mesma. 🌹❤️✨

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✨🍃🌹ƒiм!🌹🍃✨

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