P R Ó L O G O

( BEGGIN' PRÓLOGO )

Bom dia, Davis. — Charlie suspirou ao entrar em sua sala e dar de cara com Aaron Davis. Seria preocupante, um jovem de dezenove anos sentado em frente a mesa do chefe de polícia mas Charlie Swan já tinha visto aquela cena tantas vezes, que a única coisa que ele fez foi se encaminhar até sua própria cadeira, jogar o casaco em um canto da mesa e olhar para o jovem, que sorria de lado em sua direção. — Podia me poupar as segundas, pelo menos.

Aaron se encostou na cadeira, cruzando as pernas e se sentindo acomodado naquele lugar que conhecia tão bem.

— Bom dia, chefe. Como passou a noite? — A voz de Aaron era muito animada para quem estava em uma delegacia ás sete da manhã, mas ele não conseguia conter.

Gostava demais do lugar, quer dizer, tinha que gostar levando em conta que passava pelo menos três dos sete dias da semana lá. Mas não era só por isso: a delegacia era um lugar bacana, calmo por ser uma cidade pequena. E tinha o Chefe Swan, que conseguia ser melhor que pelo menos 90% do que todas as outras pessoas da chata e tediosa cidade de Forks.

— Não foi a melhor noite, mas poderia ter sido pior. E a sua vejo que foi muito animada. — Charlie revirou os olhos para o jovem a sua frente, pegando o documento que continha o motivo de Davis estar ali aquela hora. — Dirigindo bêbado outra vez? Já não te disse para parar com isso, rapaz?

Aaron deu de ombros, se acomodando mais na cadeira estofada.

— Não pode me culpar por querer um pouquinho mais de emoção, pode? — Um sorriso sarcástico cresceu em seu rosto, enquanto encarava as olheiras embaixo dos olhos do chefe. — Isabella sabe bem do que estou falando. Fiquei sabendo que ela anda se aventurando por aí, procurando emoção. — Tombou a cabeça para o lado, ocultando os detalhes que Jessica Stanley espalhou sobre a Swan subir na garupa de um estranho apenas por que queria adrenalina.

Charlie o olhou repreensivo, as sobrancelhas grossas curvando enquanto ele o encarava com aquela cara que dizia "não meta minha filha na conversa, Davis". Charlie era um bom pai, e por esse mesmo motivo Aaron gostava tanto do homem.

As maravilhas de não ter tido uma figura paterna que prestasse. Pensou com escárnio, lembrando que seu pai era um bêbado imundo que passava todo o seu dia coçando a bunda em frente a TV.

— Bella só está passando por um momento difícil.

— É claro. Ouvi que os Cullen saíram da cidade... Que difícil o término é, certo, chefe? Edward Cullen parecia um bom garoto.

Swan apenas resmungou, assinando uma coisa na ficha policial de Aaron.

— Não está aqui para falar do namoro da minha filha, Davis. — Ele disse, erguendo os olhos para o rapaz. — Hoje vou te deixar ir porque não estou querendo ficar te olhando o dia todo. Mas espero te ver outra vez apenas na semana que vem. — Aaron deu de ombros, se levantando da cadeira e pegando a advertência que Charlie lhe entregou. — Estou falando sério, Aaron. Vá para a escola, termine seu último ano e ande na linha. Você é um bom garoto.

Aquela frase fez o estômago de Aaron se embrulhar. Você é um bom garoto. Não. Ele não era um bom garoto. Se fosse, sua mãe teria ficado e não ido embora com um amante qualquer. Se fosse, seu pai gostaria mais dele e o trataria como filho, não como um saco de pancadas.

Se Aaron fosse um bom garoto, ele não se sentiria daquele jeito. Um caso perdido, a ralé da ralé. Mais um bosta em meio a tantos outros.

Não. Ele não era um bom garoto.

— Sabe que não consigo ficar tanto tempo longe daqui, chefe. — Piscou o olho, abrindo um sorriso falso e socando fundo toda aquela decepção consigo mesmo. Ele não era ninguém, mas Charlie Swan não precisava saber.

Deu as costas, saindo da sala do chefe de polícia e enquanto ia até sua caminhonete, esbarrou em Bella Swan com seu casaco amarelo chamativo e os olhos de corça assustada.

— Bom dia, Isabella. — Sorriu sarcástico e recebeu em troca uma careta assustada e um aceno de cabeça.

Isabella seguiu seu caminho para dentro da delegacia e ele para fora.

Já sentado em frente ao volante, Aaron admitiu para si mesmo que adoraria tirar aquela cara de boa menina que Isabella Swan tinha. Mas, como sempre, ele apenas ignorou aquela parte sombria de si mesmo e ligou o carro, enquanto repetia que a filha do chefe era terreno proibido.

oi minha gente! sei que demorei para postar o prólogo, mas aqui estamos! Aaron foi apresentado para vocês, e espero que gostem dele tanto quanto eu gosto!

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