. Saturday ★ .

—  Existe uma flor... eu creio que ela me cativou... - Disse o pequeno príncipe.

— É possível - disse a raposa. — Vê-se tanta coisa na Terra...

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Estava lendo o pequeno príncipe para Megumi na biblioteca. O pequeno estava deitado no puff ao meu lado, e ele mantinha sua atenção na história. Contudo, fomos interrompidos quando a porta foi aberta, revelando Toji alí.

Toji: Não queria atrapalhar a leitura de vocês, desculpa. — Ele coça a nuca.

[Nome]: Está tudo bem!

Megumi: Papai por que você não fica aqui com a gente? A [Apelido] está lendo para mim! — Ele diz empolgado. O moreno se aproxima de nós.

Toji: Sério? E estão lendo o quê?

Megumi: O pequeno príncipe!

Toji: Humm... — O moreno se aproxima de nós e se senta ao puff do lado. — Temos um tempinho até o almoço ficar pronto. Se importa [Nome]?

[Nome]: Não... — Menti. A presença de Toji me deixa um pouco tensa.
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. ✦ . ᴛᴏᴊɪ ᴘᴏᴠ's . ✦ .
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Enquanto [Nome] estava lendo o livro em voz alta, não tirei minha atenção dela um segundo se quer.

De uns tempos para cá, tornou-se rotineiro eu prestar atenção nos mínimos detalhes. Sejam eles seus olhares, prestar atenção em seus gestos, seus assuntos, no seus sorrisos e expressões. Não sei ao certo o porquê disso, mas, acho que talvez eu goste de vê-la tentando manter sua postura perto de mim.

Depois do almoço, Megumi e [Nome] quiseram ir ao parque passear com os cachorros. Como eu não tinha nada para fazer durante a tarde, acompanhei os dois.  Fizemos uma ótima caminhada e tomamos sorvete antes de voltar para casa.

Quebra de tempo
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Assim que terminei meu banho, coloquei uma roupa formal e me arrumei. Procurava pelo meu secador de cabelo e não o achava em lugar algum...

Como já estava atrasado para o concerto de ópera, fui no banheiro do corredor para pegar o secador de lá. Ao chegar perto do cômodo, vejo que a porta estava entreaberta, e com cuidado a abri.

Quando olhei para dentro, avistei [Nome] ali, ela estava trajava um vestido justo e que valorizava bem seu corpo. Seu cabelo estava arrumado, uma leve maquiagem cobria seu rosto e seu batom vermelho deixava seus lábios ainda mais atraentes. [Nome] estava mais cheirosa do que o normal também, me pergunto se ela vai sair com alguém...

[Nome]: Toji,  que susto! — Ela disse com a mão no peito. Dei uma pequena risada com seu susto.

Toji: Me desculpa, não queria assustar você — Entrei no banheiro à procura do secador de cabelos.

[Nome]: Relaxa — Ela começa a guardar suas coisas na bolsa.

Toji: Desculpa ser intrometido mas, você vai sair com alguém?

[Nome]: Sim, tenho uma ópera para ir com a minha irmã. Desculpa ter me arrumado aqui, mas é que não daria tempo se eu fosse pra casa

Toji: Não precisa pedir desculpas — Finalmente tinha achado o maldito secador de cabelos —  Eu estou indo à ópera também, se quiser eu posso te levar junto comigo.

[Nome]: Acho melhor não... Você provavelmente vai entrar como celebridade lá, não quero ser alvo dos holofotes e pensarem ideias erradas sobre você — Finalmente nos olhamos. E, como sempre, não consigo sair da hipnose desse rosto tão belo.

Toji: Olha, eu realmente não me importo. E outra, se espalharem algo que você não goste eu mando processar a empresa responsável na hora!

[Nome]: Tem certeza? Eu não quero incomodar

Toji: Absoluta! Você não é incomodo algum, bobinha.

[Nome]: Está bem então — Ela sorriu pequeno. Devolvi o sorriso na mesma intensidade e em seguida fui para meu quarto.

Assim que terminei de me arrumar  peguei as chaves do meu carro e segui para a sala de estar, me encontrando com [Nome], e consequentemente com Megumi e Maria que estavam vendo "um maluco no pedaço" na Tv.

Toji: Daqui alguns minutos o Sukuna vai vir buscar o Megumi para ficar com o Itadori e a Nobara. Obrigado por esperar um pouco mais, Maria.

Maria: Acha, nem esquenta com isso Fushiguro.

Toji: Eu vou indo filhão — Vou de encontro com Megumi e beijo sua testa. — Nada de aprontar na casa do Itadori ein!

Megumi: Tá bom papai!

Toji: Bem, já vou indo. Vamos [Nome]? — Finalmente nós nos olhamos.

[Nome]: Claro! Tchau Megumi, até segunda. — Ela se despede do pequeno com um abraço.

Megumi: Você está parecendo uma princesa [Nome]! Você não acha papai? — Ele nos interrompe. Todos me olharam na esperança de uma resposta.

Toji: Oh sim, está linda feito uma princesa — O pequeno sorriu. [Nome] ficou um pouco envergonhada e Maria riu da situação.

Megumi: Vocês vão sair juntos papai? — Ele se entusiasma.

[Nome]: Não! Vamos para o mesmo evento e ele vai me dar uma carona. E, obrigada pelo elogio, você é um fofo! — Ela deu um beijinho nele, Megumi fica com as bochechas vermelhas e sorri.

Encaro meu relógio de pulso, vendo que teríamos apenas vinte minutos para chegar ao teatro.

Toji: Temos que ir agora ou vamos nos atrasar  — Ela concorda. Fomos para o meu carro e em seguida dei partida.

O trajeto até a ópera foi tranquilo, ouvimos música no rádio, conversamos brevemente. Quando chegamos no teatro estacionei meu carro na porta da frente, onde estava um tipo de entrada para as pessoas importantes.  Encarei [Nome] que estava um pouco nervosa, na tentativa de a tranquilizar coloquei minha mão sobre seu ombro e fiz carinho no local. Ela me olha e em seguida me pronuncio:

Toji: São só algumas câmeras, não se preocupe.

[Nome]: Você é dono de uma empresa grande e um homem importante no país...

Toji: A maioria das pessoas vip's daqui vieram acompanhadas, e não necessariamente de um par romântico. Eu te dou minha palavra que não vai sair fofoca nenhuma.

[Nome]: Ok, mas só dessa vez. — Ela solta o cinto e pega sua pequena bolsa de ombro.

Toji: Prometo não se arrepender. — A vejo colocar a mão na maçaneta do carro e rapidamente eu a impeço. — Não, eu abro para você. — Sem me olhar, ela recua sua mão.
Saio do carro e deixo a chave com o manobrista,  vou até o outro lado e abro a porta para a mais nova e em seguida estendo minha mão para ajudá-la a sair.

[Nome]: Obrigada. — Percebi ela forçar um sorriso para esconder seu nervosismo.

Toji: Passa o braço no meu e apenas sorria para as câmeras. Em menos de um minuto vamos estar lá dentro longe dessas pessoas.

[Nome]: Está bem.

Ela faz o que eu tinha pedido. Alguns paparazzis tentaram me fazer perguntas, mas eu apenas os ignorei, responderia eles na saída ou em outra oportunidade.

Assim que entramos no teatro, tivemos a perfeita visão do local cheio de gente de todos os tipos e classes sociais. Mas, não é atoa que esse lugar esteja cheio, a ópera que será apresentada é "¹Carmen - Georges Bizet", uma das mais famosas e conhecidas no mundo.

Voltei minha atenção a mulher que estava falando com alguém no telefone. Em seguida, a mesma pareceu procurar alguém com os olhos.

Toji: Está procurando sua irmã?

[Nome]: Sim, ela disse que já nos viu.

Uma moça de cabelos curtos se aproximou de nós, e em seguida soube que aquela era a irmã dela. Nos comprimentamos gentilmente e fomos apresentados.

[Nome]: Obrigada por ter me trazido até aqui! Bom, acho que agora é a hora que nos separamos, até segunda Toji. — Ela sorri pequeno.

Toji: Do que você está falando? Vocês vão comigo até os camarotes.

Akira: Achei que não iria convidar

[Nome]: Kie para com isso! — Ela repreende a irmã. — Obrigado Toji, mas nós j-

Akira: Quando o santo recebe esmola, ele nunca recusa maninha. — Ela dá um tapinha de leve no ombro da irmã.

Toji: Vamos? — Extendi meu braço para a garota. Ela revirou os olhos e em seguida passou seu braço em volta do meu. — Você vai gostar da visão de lá de cima, prometo. [...]

A ópera já tinha começado a alguns minutos quando chegamos. O local que eu tinha reservado tinha alguns amigos meus e suas acompanhantes. Uma mesa com peticos e alguns vinhos clássicos.
Nos sentamos nas poltronas e pedi para que o garçom trouxesse vinho para nós, em seguida prestamos nossa atenção a ópera.

Durante todo momento, [Nome] e sua irmã conversavam sobre a performace dos músicos e dos atores. Em alguns momentos eu entrava na conversa e dialogávamos sobre.

Durante a ópera, Akira quis tirar algumas fotos da irmã. A todo momento a morena obrigava a irmã a fazer algumas poses e ficar em ângulos que pegasse ela e o palco lá embaixo.

Akira: Toji o que acha de tirar uma com ela? Com todo respeito, o senhor está belíssimo hoje. Seria um desperdício não fotografar você com minha irmã.

Toji: Não vejo problema algum. E você [Nome]?

[Nome]: Também não, Toji. — Ela sorriu pequeno.

Mesmo um pouco tímidos, a morena tirou algumas fotos nossas e depois de si mesma. Quando ela terminou, pedi que me mandasse as  fotografias.

[...]
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A ópera já tinha chegado ao fim, e o espetáculo tinha sido esplêndido. Fazia algum tempo desde que eu não ia a uma ópera, e essa apresentação realmente me cativou.

Akira: Eu vou para a casa da Maki, você vai naquela festa [apelido]?

[Nome]: Sim, o pessoal já está me esperando lá.

Akira: Tenha juízo e não transe com qualquer um.

[Nome]: É óbvio que não, né! — Elas se despedem.

Akira: Foi um prazer conhecer você Toji. E obrigado pelas fotos e o camarin, para um rico até que você é legal — Dei uma pequena gargalhada com a fala da moça.

Toji: Claro. Em outra oportunidade podemos apareciar mais a arte.

Akira: Isso aí chefe, é assim que se fala! — Ela deu um último abraço na irmã antes de ir embora.

[Nome]: Será que eu poderia pegar minha mochila no seu carro?

Toji: Eu te deixo na festa, realaxa.

[Nome]: Me levando para todos os lugares... Desse jeito eu ficarei mal acostumada!

Toji: Talvez eu goste de fazer isso...  Não sei. — Ela apenas sorriu pequeno e seguimos para o estacionamento. [...]

Pelo que a garota tinha me dito, a festa estava rolando no Campus da faculdade. Em alguns minutos chegamos ao local, e [Nome] já tinha achado seus amigos na porta.

[Nome]: Desculpa o atraso pessoal, a ópera acabou agora de pouco. — Ela abaixa o vidro do carro para falar com seus amigos.

Gojo: O que esse velho está fazendo aqui, ein? — O platinado diz zombando de mim.

Toji: Dei uma carona a ela, não pode?

Gojo: Menos mal, achei que você iria participar.

Geto: Satoru isso é coisa a se dizer ao Fushiguro?

Gojo: Nah, esse daí já está acostumado. — Ele dá de ombros — Mas provavelmente ele não aguentaria o tranco da noite — Ele abaixa seus óculos e me encara desafiador.

Toji: Muleque não me desafie... Quando você estava aprendendo a ler eu já frequentava festas bem piores que essa.

[Nome]: Bem, eu já vou indo. Tenha uma boa noite Toji. — Ela se despede e pega sua bolsa no banco de trás.

Toji: Qualquer coisa me ligue, não vou dormir cedo hoje.

[Nome]: Está bem, obrigada. — Ela saiu e fechou a porta.

Dei partida no carro e segui para uma boate que não ficava tão longe dali, faz algum tempo desde a última vez fiquei com alguém...
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Algumas horas depois...

Estava aproveitando cada segundo com Amélie, uma conhecida minha que eu tinha encontrado na boate, ambos estávamos eufóricos e ansiosos para que o pico de nosso prazer chegasse logo. Segurei nos longos cabelos da mulher e aprofundei ainda mais meus movimentos, fechei meus olhos para aproveitar ainda mais a sensação... Porra, isso é tão bom!...

Mas, tudo que é bom não dura muito. Fui interrompido quando meu celular começou a tocar sem parar. A mulher o pegou e recusou a chamada todas as vezes que a pessoa me ligava, e quando ela iria desligar meu celular eu a impedi.

Toji: Pode ser algo importante, me dá. — Parei o que estava fazendo e estendi a mão, a morena suspira derrotada e me entrega o aparelho. A pessoa em questão me liga novamente, e eu o atendo sem pensar duas vezes.

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Ligação on

— Oi Akira... Está o-ocupada? — Uma voz feminina ecoou pela chamada. Pelo seu jeito embolado de falar, ela estava muito bêbada.

— Você ligou no número errado... —  Olhei na tela do celular e vi que o número em questão era o de [Nome], acho que estava com tanta raiva da interrupção que nem prestei atenção no nome dela no contato. O som de música alta e pessoas falando era presente na chamada, coloquei no alto-falante para poder escutar sua voz com clareza.

— Ah... Não é o número da minha irmã?

— O que ouve? Você precisa de ajuda?

— Sim... O pessoal sumiu, e o filha da puta do Gojo iria me levar embora, mas ele saiu com uma garota... Tem como você vir me buscar maninha? — Achei aquilo tudo muito estranho, [Nome] estava tão bêbada a ponto de não reconhecer as vozes e esquecer do que eu tinha lhe falado há alguns segundos atrás?

— Onde você está?

— Eu... eu tô no campus ainda. — Ela fez uma pausa em sua fala — Tem uns caras querendo me levar pra um outro lugar que eu não sei... Eu tô fugindo deles agora — Ela deu uma pequena risada. Nesse momento fiquei ainda mais preocupado, infelizmente coisas desse tipo sempre rolam em festas, e geralmente esses acontecimentos nunca acabam bem.

— Ok. Em dez minutos eu estou aí.

Ligação off.

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Me levanto e começo a colocar minha roupa. Amélie que estava me acompanhando fica indignada e me olha com raiva.

Amélie: E sério que você vai me trocar por uma garota bêbada? Os pais dela que se virem para ir buscá-la!

Toji: Não se trata só de uma garota bêbada, Amélie. Ela precisa de mim.

Amélie: Não mais do que eu preciso de você... — Ela se aproxima de mim e coloca sua mão em meu peito.

Toji: Amélie amanhã nós conversamos. Vou chamar meu motorista pra você ir embora.

Amélie: Por que você não chama ele para ela!?

Paro por alguns segundos. Amélie tem razão, por que eu estou me preocupando tanto com ela?

Meu celular vibra e em seguida vejo a notificação, onde [Nome] tinha me mandado as seguintes mensagens:

"Vem logo, eu acho que eles me acharam".

Sem nem pensar duas vezes, pego as chaves do meu carro e vou para o estacionamento, em seguida dei partida no mesmo, dirigindo a toda velocidade e passando em alguns sinais vermelhos.

Quando eu finalmente cheguei na porta da faculdade, vi alguns garotos arrastando uma menina até um carro, rapidamente saio do meu automóvel o deixando estacionado perto da calçada, e em seguida corri até aqueles garotos...

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Notas da autora:

¹ Composta por Georges Bizet e ambientada na Sevilha do Século 19, a ópera conta a história da sedutora Carmen, que afasta Don José de sua noiva Micaela, dando início a uma confusa e trágica trama de amor.

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