Cap. 5 - Tempestades
(Jungkook - On)
— Depois da tempestade... Sempre vem um lindo arco-íris...
— Não sei o que pensar, não sei como reagir, apenas me sinto perdido, tanto ou igual quando cheguei aqui... Aquele toque... Não... Aquele beijo... Com certeza eu estaria pronto para chamar aquele beijo de perdição... Memórias de um outro eu vieram a minha mente... Por quê? Como? Apenas por aquele excêntrico contato que tive com aquele demônio? Uma ilusão talvez?
— Parecia muito real para apenas uma ilusão, parecia muito doloroso e amargo para apenas uma simples mentira, aquele demônio chorava enquanto me mantinha em seus braços em meus últimos suspiros...
— Aquele era eu? Era eu antes de ir para o céu e me tornar um anjo? Antes de me roubarem minhas memórias para que não me houvesse mais sofrimento algum?
— Mas mesmo assim, novamente a mesma pergunta martela minha cabeça: Por quê?
— Por que eu me sacrifiquei por ele? Por que queriam o matar? Quantos anos se passou desde aquele ocorrido? Por que ele chorava pela minha morte? O que eu significava para ele? Por que ele foi para o inferno e eu para o céu? O que fez ele se tornar um demônio? Não compreendo...
— Eu disse que o amava... Ele me chamou de amor... O que isso deveria significar?... Mesmo que eu tente não pensar nisso, aquele flashback invade meus pensamentos, sinto o salgado gosto das lágrimas que caiam pelo rosto do demônio quando ainda era humano, a dor e o sofrimento que continha naquelas lágrimas pesava a alma e me partia em dois
— O que doeu ainda mais foi dizer aquelas palavras antes dele partir... Nojo... Nunca achei que uma partida pudesse doer tanto, naquele momento queria ter desejado nunca tê-lo o conhecido, meu peito pesa sempre que lembro de sua expressão antes de nossas despedidas... O que fiz para merecer isso? Anjos não deveriam sofrer... A morte não deveria doer...
— Que tipo de punição divina é essa? Deus... Amar é tão errado assim? Então porque me punes de tal forma? Desejá-lo é tão terrível assim? Então porque sempre que movo meus pés tenho que me segurar para não ir correndo a procura dele? Querer o ter por perto é tão desagradável aos seus olhos? Então porque aos meus parece tão lindo? Que tipo de amor é esse? Porque quanto mais tento me afastar desse sentimento humano mais sinto que me enrolo no mesmo? Como se estivesse abraçando a uma cobra, me apertando cada vez mais até que eu não consiga respirar e acabe desistindo de relutar contra isso?
— Sempre procuramos uma razão em tudo o que não entendemos, eu não sou diferente, já fui humano, quero entender o porquê sinto isso, quero compreender o que houve em nossos passados para tamanha diferença de caminhos, quero saber porque o amor dói tanto, mesmo que as respostas para estas perguntas causem a minha destruição, eu quero saber, eu preciso saber, eu preciso ver com meus próprios olhos, preciso sentir isso pela superfície de minha pele, mesmo que no final isso me rasgue e me faça rastejar de dor... Não vou conseguir ficar em paz até descobrir tudo no qual tenha relação a mim e a aquele demônio... Park Jimin...
(Jungkook - Off)
547 anos atrás
Park acordava em plena manhã. Pela posição do sol era umas 06:00 horas da manhã, o mesmo se levantará e vestirá suas roupas da última noite que tiverá ao lado de seu amado.
— Bocejo — Amor?... Não está planejando em me deixar tão cedo assim não?... — O jovem de cabelos encaracolados fala preguiçosamente, contra a luz do sol que batia em seu rosto.
Não se preocupe meu bem, não vou a lugar nenhum, eu sou todo seu, tá bom? — Park fala tapando a luz para o mais novo enquanto acariciava seu rosto.
— Amor... — Olha Park docemente.
— Que foi meu príncipe? — O olha da mesma forma.
— Essa manhã você está parecendo um anjo... — Observa encantado os detalhes do mais velho, que tinha as costas iluminada pela luz do dia.
— Então isso significa que na noite passada eu parecia um demônio? — Ri safado.
— Para, seu devasso! — Esconde o rosto no travesseiro tímido.
— A você gostou não foi? Faço bem melhor que suas concubinas... — Park senta do lado do mais novo passando as mãos pelos cabelos.
— Você me incita... Elas no máximo me são atraentes... Você deveria me entender... Não deve passar por algo tão distinto...
— Suspira. — Infelizmente sim... Mas eu tento aproveitar da melhor maneira possível... Eu tento imaginar você... Embora seja difícil já que... Normalmente eu que tenho que... Fazer o ato... Já pensou em trocar algum dia para experimentar garotinho? — Sorri sugestivo.
— N-não... Obrigado... — Puxa as cobertas para si, se escondendo.
— Fofo... Nem parece o mesmo da noite passada... Como consegue ser extremamente atrativo e extremamente doce ao mesmo tempo? Não tem palavras que possam definir isso... É incredível!
— Você...
Jeon pega Park pela cintura o derrubando na cama brincando com o mesmo o enchendo de cosquinhas.
— Jeon- Jeon- hahaha, para! Hahah- Para seu idiota! — Enche o mais novo de tapinhas.
Jeon para o olhando com carinho e então distribui selares pelo rosto do menor enquanto fazia pequenas massagens pela sua cintura e braços.
— O que vai fazer?... — O olha melancólico.
— Não sei... Não queria ter que voltar para lá, queria poder ficar aqui para sempre com você... — Diz saindo de cima de Park e se sentando ao seu lado.
— Eu poderia te furtar para mim, o que acha? — Se vira de lado apoiando a cabeça em sua mão enquanto sorria bobo para Jeon.
— Você... Bom... Tenho que continuar vivendo... Como está o seu pai?...
— Mal... Muito mal... Os médicos dizem que ele não verá a primavera... — Se senta ao lado de Jeon segurando nervoso suas próprias mãos.
— ... Se ele morrer você vai assumir o lugar dele ao trono não é?... Como você vai lidar com o fato que seu reino está empobrecido? — Olha Park esperando uma resposta, mas o mesmo evita falar, apenas encostando sua cabeça no ombro do maior.
— Quero ir para casa... Não podemos fugir?... Não quero voltar para o reino... — Aperta o braço de Jeon como se implorasse para que tudo aquilo acabasse logo.
— Não chore... Não gosto de te ver chorando... Embora eu sei que é doloroso tudo isso... — Jeon se inclina para olhar o rosto de Park, porém o mesmo ao perceber estar mostrando fraqueza melhora sua postura.
— O que você vai fazer em relação ao o Jim Young-Jae? — O olha sério.
— Provavelmente ele vai querer me matar em breve também... No momento vou apenas esperar para ver o andar da carruagem. — Olha o anel que seu pai usava entre seus dedos.
— Você não quer vingança? Ele matou seu pai... Traiu vocês dois... — Jimin o olha com determinação.
— O que eu ganharia com isso?... Apenas mais mortes... Tô cansado disso... — Se levanta começando a se vestir.
— ... Você ganharia o sentimento de que a morte de seu pai não foi completamente inútil e em vão... Mesmo que ele não quisesse isso, é o certo a se fazer!
— Park!
Jeon olha Jimin com raiva ao cogitar em iniciar uma guerra desnecessária.
Os olhos penetrantes do maior atingem direto ao coração do mais velho que ao ser repreendido apenas abaixa a cabeça pegando suas coisas e se retirando daquele local.
— Sua bondade ainda vai te custar caro... Não dá para proteger a todos Jeon... — Com suas últimas palavras Park se retira dali e volta para seu reino a cavalo, deixando Jeon em um poço de pensamentos.
Jeon fica paralisado vendo seu amado ir embora, mesmo que quisesse ir e correr atrás de Park, tinha medo de não ter palavras suficientes para o convencê-lo de seus argumentos como quase sempre que Jimin levantava uma questão sobre seu reino.
Algumas horas depois...
Jimin chega ao seu reino, deixando seu cavalo no estábulo do castelo e então assim que adentra sua morada é recebido com a notícia que seu pai havia falecido enquanto o mesmo estava fora.
— O que... O que eu devo fazer agora?... Temos muitos problemas a tratar, não sei se vou conseguir lidar com tudo... Não sinto que estou preparado para tudo isso... — Diz inquieto enquanto andava em círculos pelo corredor da sala real.
— Majestade, se acalme, não pense nisso como um todo, vamos resolver as coisas por partes... Assim ficará mais fácil, cada coisa ao seu devido momento. — Min fala calmamente tentando passar um pouco de tranquilidade ao seu atual lorde.
— Eu... Eu acho que preciso de um tempo... Não estou conseguindo ponderar direito a situação... — Diz tocando a cabeça com uma leve dor.
— No agora temos que pensar no velório de seu pai majestade... Sinto muito, mas não é hora de descansar...
— Desculpe, mas... Vou ter que te dar bastante trabalho daqui para frente, sinto muito cavaleiro Min... — Suspira contendo o choro.
— Estarei aqui a suas ordens majestade... — Min faz uma reverência à Park, logo o olhando novamente o vendo tomar ar, com dificuldade enquanto lágrimas de luto e pressão caiam sobre sua pele.
— Certo... — Limpa as lágrimas friamente. — Vamos começar a trabalhar então... Do meu jeito... Gostem ou não...
— Como quiser majestade...
Dias depois...
— Não adianta Majestade... A fome do povo está crescendo cada vez mais... Se não unir-se em casamento ou negociar com os reinos vizinhos, os cidadãos sucumbirão a fome e a doenças... — Min fala preocupado em como ia a situação do reino.
— Casamento está fora de cogitação, pedir ajuda a reinos próximos também! Vão me achar fraco e daqui a pouco estarão invadindo minhas terras! — Fala seriamente, com um tom áspero na voz.
— O seu amigo, o Jeon ele não-
— Não o envolva nisso! Muito menos conte a ele sobre o que está acontecendo! Não quero preocupá-lo... — Suspira.
— Vossa alteza tem certeza disso?... Estamos em estado crítico, não é hora de orgulho ou birra vossa majestade... Uma revolta pode começar mais cedo ou mais tarde... Mesmo que estejamos bem armados-
— Eu já falei! E não toque no assunto novamente! Se o povo está morrendo é por fraqueza, não pelo nosso governo! Agora retire-se imediatamente daqui! — Fala apontando para a saída, exigindo a retirada de Min, seu conselheiro e melhor amigo.
— Como quiser majestade... — Min se retira.
Assim que Min se retira da sala do trono, ouve-se barulhos de briga e armaduras se batendo, logo um corpo cai ao chão, passando por baixo da porta o vermelho de sangue.
Park ao ver o sangue presume que alguém havia invadido o castelo e então pega sua espada que sempre guardava ao lado do trono, a sacando e se aproximando silenciosamente e devagar até a porta, segurando a maçaneta, com detalhes de ouro, a girando lentamente.
Assim que abre a porta um bandido ataca Park que recua para a sua esquerda, soltando a maçaneta, assim em um rápido movimento com sua outra mão gravando sua espada no peito do bandido e dando um chute no peito do malfeitor que apenas cai morto no chão.
— Mas o que significa isso?... Uma revolta? Tão fraco... — Park fala com deboche ao jeito que o bandido havia morrido, tão facilmente, sem nenhuma resistência.
Ao suspirar, Park olha para a porta vendo o corpo de Min estirado no chão e então arregala os olhos, ao ver a poça de sangue que rodeava o corpo do mesmo, Park corre até Min segurando seu corpo e tocando seu rosto.
— O-o quê?... P-por quê?... Min, resposta! MÉDICO! UM MÉDICO! POR FAVOR... Alguém... Ajuda... Min... Min resista!
Park pega Min em seus braços com uma pequena dificuldade e então o leva até a enfermaria real, onde o médico trata o mesmo.
Algumas horas depois...
O médico que estava atendendo Min sai da sala.
— E... Então? Ele está bem? Ele ficará bem?...
— Ele perdeu muito sangue... E onde foi acertado... Foi letal... Quem o atacou, o atacou várias vezes, Min resistiu bem aos ataques e a dor dos golpes, porém... Infelizmente... — O médico baixa o olhar, juntamente com a cabeça.
— Não, ele... Ele... — Park fala nervoso, espiando por cima dos ombros do médico Yoongi imóvel, apenas coberto por um fino pano de seda.
— ... Chame os cavaleiros... Convoque ao povo que estamos de luto, reforçaremos as forças no castelo... Uma revolta maior... Está próxima a acontecer... Os únicos autorizados a sair e entrar no castelo, são comerciantes, negociantes e gente do governo do Reino, apenas, todo e qualquer outro que ousar invadir será morto na hora... — Fala friamente, engolindo seu orgulho e segurando suas lágrimas, logo se virando de costas e se retirando dali, indo até seus aposentos fechando fortemente a porta e encostando suas costas nas mesmas suspirando fundo.
Park agora estava completamente sozinho e ainda mais perdido, seu orgulho estava o levando à morte de seu povo e daqueles próximos a si.
No Reino Jeon
— Magestade, foi identificado que uma família morreu por motivos desconhecidos ao leste do reino magestade... — Taehyung chega com um pergaminho lendo sobre a notícia.
— Qual era o nome da família? — Jeon pergunta se virando para Taehyung, que até então estava olhando a chuva através da janela de seu castelo.
— Park vossa alteza... O membro mais novo da família se chamava Park Kwan.
— Park Kwan... Ah sim! Lembro dele... Ele realmente parecia débil desde a última vez que o vi... Bem... Mande médicos para investigar o que pode ter ocorrido.
— Claro... Aliás! O Ministro Lee Yongbok está para lhe trazer notícias sobre os reinos vizinhos e, sim magestade, isso inclui o reino do Lorde Park Jimin. — Faz uma reverência para se retirar.
— Isso é ótimo! Park finalmente deve ter percebido seu erro e decidiu se desculpar! Ótimo! Agora tudo ficará bem! — Diz completamente animado com a sua suposição.
— Não se anime tanto magestade, não quero que se decepcione... Ouvi notícias que o reino do Lorde Park, só está indo de mau a pior...
— Não fale isso! Depois das tempestades sempre vem um lindo arco-íris! — Se impõe convicto do que acreditava.
— Bom... Se vossa magestade diz... Não irei duvidar... — Faz novamente uma reverência se retirando.
Jeon observa Kim se retirar suspirando imaginando que tipo de notícia poderia receber do Reino de Park.
Algumas horas depois...
— Céus! Os deuses estão em fúria hoje... — Lee Yongbok chega a sala do trono.
— Chegou bem Ministro Lee? Deseja algo para tomar? — Jeon se levanta até Lee para o cumprimentar.
— Boa noite magestade... E sim, bom, um chá seria excelente...
Jeon faz um sinal para as empregadas preparem um chá para o Ministro Lee.
— Por favor, me acompanhe até meu gabinete... — Jeon faz um gesto para que o Ministro o siga.
— Claro magestade...
Após um tempo discutindo sobre vários e vários reinos vizinhos o Ministro chega ao reino de Park e conta sobre como andava a situação do mesmo.
— Céus... Ele escreveu alguma carta para mim? — Diz com uma expressão preocupado no rosto.
— Sim, ele o escreveu pessoalmente magestade... — Lee entrega a carta com o selo real usado por Park.
— Isso é tudo? — Segura ansioso a carta.
— Sim magestade, desculpe o deixar tão ansioso... — Se levanta fazendo uma reverência.
— De maneira alguma, apenas fez seu trabalho e como sempre, bem feito, obrigado...
— Eu quem agradeço magestade... — Lee faz mais uma reverência e se retira.
Assim que se encontra sozinho, Jeon suspira observando a carta e então a leva para seus aposentos, se sentando em sua escrivaninha para a abrir com calma, assim que à abre, começa a ler.
" — ℳℯ𝓊 𝓆𝓊ℯ𝓇𝒾𝒹ℴ ℯ 𝒶𝓂𝒶𝒹ℴ 𝒥ℯℴ𝓃, 𝓁𝒽ℯ ℯ𝓈𝒸𝓇ℯ𝓋ℴ ℯ𝓈𝓈𝒶 𝒸𝒶𝓇𝓉𝒶 𝓅𝒶𝓇𝒶 𝒾𝓃𝒻ℴ𝓇𝓂𝒶𝓇 𝓆𝓊ℯ 𝒹ℯ𝓋ℯ𝓂ℴ𝓈 𝓅𝒶𝓇𝒶𝓇 𝒹ℯ 𝓃ℴ𝓈 𝓋ℯ𝓇 𝓅ℴ𝓇 𝓊𝓂 𝓉ℯ𝓂𝓅ℴ, 𝓈ℯ𝒾 𝓆𝓊ℯ 𝒹𝒶 𝓊𝓁𝓉𝒾𝓂𝒶 𝓋ℯ𝓏 𝓆𝓊ℯ 𝓃ℴ𝓈 ℯ𝓈𝒸ℴ𝓃𝓉𝓇𝒶𝓂ℴ𝓈 𝓃𝒶ℴ 𝒻ℴ𝒾 𝓊𝓂 𝒹ℴ𝓈 𝓂ℯ𝓁𝒽ℴ𝓇ℯ𝓈 ℯ𝓃𝒸ℴ𝓃𝓉𝓇ℴ𝓈 𝒶𝓈 𝒸ℯ𝓰𝒶𝓈 𝓆𝓊ℯ 𝒿𝒶 𝓉𝒾𝓋ℯ𝓂ℴ𝓈 ℴ𝓊 𝓅ℴ𝒹ℯ𝓇𝒾𝒶𝓂ℴ𝓈 𝓉ℯ𝓇, 𝓂𝒶𝓈 𝒸ℴ𝓂ℴ 𝒿𝒶 𝒹ℯ𝓋ℯ 𝓈𝒶𝒷ℯ𝓇, 𝓂ℯ𝓊 𝓇ℯ𝒾𝓃ℴ ℯ𝓈𝓉𝒶 ℯ𝓂 𝓊𝓂 ℯ𝓈𝓉𝒶𝒹ℴ 𝒸𝓇𝒾𝓉𝒾𝒸ℴ 𝒹ℯ 𝓅ℴ𝒷𝓇ℯ𝓏𝒶 ℯ 𝓉𝒶𝓁𝓋ℯ𝓏 𝒶𝓉ℯ 𝒶𝒸𝒶𝒷ℯ 𝓈𝓊𝒸𝓊𝓂𝒷𝒾𝓃𝒹ℴ 𝒶 𝒻ℴ𝓂ℯ... ℰ 𝒶𝓰ℴ𝓇𝒶 𝓈ℯ𝓂 𝒶𝓁𝓰𝓊ℯ𝓂 𝒹ℯ 𝒸ℴ𝓃𝒻𝒾𝒶𝓃𝒸𝒶 𝒶ℴ 𝓂ℯ𝓊 𝓁𝒶𝒹ℴ, 𝓃𝒶ℴ 𝓈ℯ𝒾 𝓆𝓊𝒶𝓃𝓉ℴ 𝓉ℯ𝓂𝓅ℴ 𝓋ℴ𝓊 𝒸ℴ𝓃𝓈ℯ𝓰𝓊𝒾𝓇 𝓇ℯ𝓈𝒾𝓈𝓉𝒾𝓇 𝒶𝓈 𝓇ℯ𝓋ℴ𝓁𝓉𝒶𝓈 𝒹ℯ 𝓂ℯ𝓊 𝓅ℴ𝓋ℴ, 𝓅ℴ𝓇 𝒾𝓈𝓈ℴ 𝓁𝒽ℯ 𝓅ℯ𝒸ℴ 𝓆𝓊ℯ 𝓃𝒶ℴ 𝓋ℯ𝓃𝒽𝒶 𝓂ℯ 𝓋ℯ𝓇, 𝓉𝒶𝓁𝓋ℯ𝓏 ℯ𝓊 𝒶𝓉ℯ 𝓂ℯ𝓈𝓂ℴ 𝒹ℯ𝓋ℯ𝓈𝓈ℯ 𝓂ℴ𝓇𝓇ℯ𝓇 𝒸ℴ𝓂 𝓂ℯ𝓊 𝓅ℴ𝓋ℴ, 𝒹ℯ 𝓉𝒶ℴ 𝒾𝓃𝒾𝓉𝓊𝓁 𝓆𝓊ℯ ℯ𝓈𝓉ℴ𝓊 𝓈ℯ𝓃𝒹ℴ 𝒸ℴ𝓂ℴ 𝓇ℯ𝒾... 𝒫ℴ𝓇ℯ𝓂 𝓂ℯ𝓈𝓂ℴ 𝒶𝓈𝓈𝒾𝓂, 𝓆𝓊ℯ𝓇ℴ 𝓆𝓊ℯ 𝓈𝒶𝒾𝒷𝒶 𝓆𝓊ℯ ℯ𝓊 𝓁𝒽ℯ 𝒶𝓂ℴ 𝓂𝓊𝒾𝓉ℴ, 𝓋ℴ𝒸ℯ 𝓂ℯ 𝓉𝒾𝓇𝒶 𝒹𝒶 𝓂𝒾𝓃𝒽𝒶 𝓋𝒾𝒹𝒶 𝒹ℯ 𝒾𝓃𝒻ℯ𝓇𝓃ℴ, 𝒸ℴ𝓂 𝒶𝓅ℯ𝓃𝒶𝓈 𝓊𝓂 𝓈ℴ𝓇𝓇𝒾𝓈ℴ, ℯ𝓂 𝓉𝒶ℴ 𝓅ℴ𝓊𝒸ℴ 𝓉ℯ𝓂𝓅ℴ... ℳ𝒶𝓈 𝓈ℯ𝓇𝒾𝒶 ℯ𝓰ℴ𝒾𝓈𝓂ℴ 𝓂ℯ𝓊 𝓉ℯ 𝒶𝓇𝓇𝒶𝓈𝓉𝒶𝓇 𝓅𝒶𝓇𝒶 𝒾𝓈𝓈ℴ 𝒿𝓊𝓈𝓉𝒶𝓂ℯ𝓃𝓉ℯ 𝒸ℴ𝓂𝒾𝓰ℴ, 𝓋ℴ𝒸ℯ ℯ 𝓊𝓂 𝒶𝓃𝒿ℴ ℯ 𝒾𝓃𝒻ℯ𝓁𝒾𝓏𝓂ℯ𝓃𝓉ℯ 𝒶𝓃𝒿ℴ𝓈 𝒸ℴ𝓂ℴ 𝓋ℴ𝒸ℯ, 𝓃𝒶ℴ 𝓅ℴ𝒹ℯ𝓂 𝓋ℴ𝒶𝓇 𝒶ℴ 𝒾𝓃𝒻ℯ𝓇𝓃ℴ 𝒿𝓊𝓃𝓉ℴ 𝒸ℴ𝓂𝒾𝓰ℴ... ℰ𝓊 𝓉ℯ 𝒶𝓂ℴ, 𝓂ℯ𝓊 𝒶𝓃𝒿ℴ... ℳℯ𝓊 𝓅𝓇𝒾𝓂ℯ𝒾𝓇ℴ ℯ 𝓊𝓃𝒾𝒸ℴ 𝒶𝓂ℴ𝓇..."
Jeon treme ao ler a carta de Park, não conseguia acreditar no que lia, não queria acreditar, era como uma carta de até logo, com um peso de um adeus, um "vamos dar um tempo", mas com o sentido de para sempre, não queria aceitar isso, não podia aceitar isso.
Com sua indignação, se levanta bruscamente saindo de seu quarto e se preparando para se retirar do castelo.
— Magestade? Magestade! Aonde pensa que vai?!
— Vou ao reino de Park, não aceito uma decisão tão... Tão repentina! Eu irei tirar satisfações com ele eu mesmo! — Diz seguindo em frente.
— Magestade! Vossa alteza não pode ir até lá! Irão matá-lo! Ninguém está entrando no Reino de Park praticamente, muito menos no castelo...
— Ele não iria ordenar me matar! Ele não faria algo assim! — Se vira olhando inseguro para seu cavalheiro Kim.
— Magestade... Entenda... Só estão cumprindo ordens... Vossa presença lá só irá causar mais revolta! Quem sabe o que os plebeus e camponeses podem fazer se virem vossa magestade! Por favor, preze sua segurança magestade... Preciamos de vossa alteza seguro e conosco!... — Toca ao ombro de Jeon.
— Você tem razão... Mas isso não me impedirá de sair do Reino! — Retira dali voltando aos seus aposentos.
— Céus... Tão impulsivo as vezes... Mas... Por que ele queria ver Park... Com tanta urgência assim?... — Toca seu queixo pensativo sobre o que poderia ter ocorrido, logo apenas nega com a cabeça e continua com seu trabalho.
Uma semana depois...
Jeon havia decidido sair do Castelo para dar uma volta e então vai até o local onde costumava se encontrar com Park, a divisa de seus reinos, assim vendo que realmente fazia um bom tempo que não ia ninguém lá, com tantos problemas de ambos os reinos e seus desentendimentos rescentes.
Jeon limpa o básico do pó que havia sobre o local e então fica observando o céu no qual apreciaram juntos tantas vezes, suspira e então após organizar suas coisas decide voltar para o castelo, porém não contava que começaria chover bem na hora de sua partida, assim o impossibilitando de voltar.
— Bufa. — É... Pelo jeito vou ter que passar a noite aqui... — Suspira colocando suas coisas de volta no lugar e se deitando sobre a cama que lá havia.
Doía o peito de Jeon ao pensar que teria de passar a noite sem a companhia de Park naquele local pela primeira vez, mas não podia fazer nada se essa era a escolha do mesmo.
Mesmo com tantos pensamentos rodeando sua cabeça como um carrossel, Jeon logo adormece encolhido abraçado em um travesseiro.
No outro dia...
Jeon acorda cedo, logo já se preparando para partir, aproveitando que a chuva havia dado uma trégua e então assim que termina de arrumar suas coisas em seu cavalo, percebe a presença de alguém chegando ao local.
— Está de mudanças magestade? — Park dizia de cima de seu cavalo observando Jeon, tentando não se sentir balançando pela presença do mesmo.
— Se não vamos nos encontrar mais... Não tem motivos para deixar minhas coisas aqui com as suas... — Diz terminando de arrumar as suas coisas no cavalo. — Por que está aqui? Achei que estivesse trancafiado em seu castelo... Como conseguiu sair de lá? Ninguém pode entrar sem ser morto... — Olha Park seriamente, mantendo sua postura firme e fria.
— Eu... Vim fazer o mesmo que você... Recolher minhas coisas... — Fala descendo do cavalo e então andando até a porta da casa. — Eu quando era criança... Gostava muito de explorar o castelo correndo para todos os lados igual um moleque desordeiro... Então com isso aprendi as passagens secretas que nele haviam, por isso consigo entrar e sair sem ser visto...
— Eu consigo imaginar perfeitamente... — Sorri fraco imaginando como era. — Bom... Se... Não temos mais o que falar, receio que eu deva ir embora...
— ... Jeon! Eu... Olha... — Tenta se explicar sem achar palavras para demonstrar tudo o que sentia.
— Eu sei... Você... Está com medo... Eu consigo ver isso e... Por mais difícil que seja entender... Mas... Acontece que isso não é só problema seu Jimin! — Se vira para Park que ainda permanecia de costas para o mesmo. — Você sabe que isso não envolve só você...
— Eu... Eu sou teimoso, eu, eu sou orgulho, eu sei! Mas! A questão é que eu sempre fui cobrado a ser forte e resolver os meus problemas sozinho o tempo todo! Você consegue ver o quão difícil é pra mim falar sobre meus sentimentos, quando ninguém nunca quis os ouvir?... — Fala se virando para Jeon, expressando o quão pressionado estava pelos seus deveres de Rei, logo quando percebe sua explosão se senta na escada, de madeira, da casa.
— Eu... Só não quero te perturbar e te encher com todos os meus problemas... Você não precisa de mais um fardo para com o qual lidar... — Esconde seu rosto em seus joelhos, os abraçando.
Jeon o observa com pena, logo suspirando e se dirigindo até o menor, se ajoelhando na frente do mesmo.
— Amor... Eu sei que é difícil para você ter que demonstrar fraqueza e se abrir para mim quando está estressado e remorso... Porém... Se você ficar acumulando isso, vai virar uma bola de neve e vai acabar acertando quem você menos espera... E você pode acabar se arrependendo eternamente por não ter solucionado isso antes... — Acaricia os cabelos morenos do mais velho que logo levanta a cabeça, com seus olhos vermelhos de choro.
— É muito mais fácil controlar uma doença quando ela está em seus primeiros estágios do que quando já está em um nível terminal... Assim são os problemas... — Abaixa o olhar acariciando os joelhos do menor e logo segurando suas mãos. — Eu escolhi ficar ao seu lado porque eu te amo, não pelo o que você tem a me oferecer, ou por me dar trabalho ou não... Se você escolheu ficar comigo, é porque confia em mim e se um dia nos unimos será porque estará disposto a compartilhar sua vida com a minha, seus problemas e dificuldades... Então porque está querendo se afastar e se isolar? Não quer que eu viva um inferno ao seu lado? — Sorri de canto. — Inferno seria eu imaginar um mundo em que eu não tivesse você do meu lado... Não sei como é o paraíso, mas eu me sinto nele todas as vezes que você sorri, você que trás o corante para colorir a minha vida e ilumina minha noite com a sua doçura... — Se levanta puxando Park para si, o fazendo levantar também.
— E mesmo que você esteja doente, com problemas, num momento difícil, com raiva ou triste, eu quero estar em todos os seus momentos, seja de força ou fraqueza, seja de vitória ou derrota, porque eu escolhi ser assim, porque eu escolhi amar você... Então não me diga que estar ao seu lado é como estar no inferno... E mesmo que fosse, eu iria até o inferno se assim eu pudesse estar ao seu lado... Porque não tem sentimento mais forte nesse mundo do que o amor... Park Jimin... — Diz com um grande sorriso no rosto, em meio às lágrimas descontroladas de Park que o olhava completamente amolecido pelas suas palavras.
— Eu... eU tE oDeIo SeU iDiOtA... — Diz com um nó na garganta pelo choro, logo segurando o hanbok de Jungkook com força, enquanto encostava sua cabeça no ombro do maior chorando alto, como se nunca tivesse chorado na sua vida.
— Eu também te amo... Meu querido e amado Rei... — Jeon diz com um sorriso doce abraçando Park, enquanto acariciava seus cabelos morenos.
Em meio aquela cena de reconciliação, ao alto do céu se forma um lindo arco-íris, mostrando a união que ambos tinham um com o outro.
(Atualidade...)
Jungkook - On
— Mesmo... Mesmo que eu esteja errado... Mesmo que isso tudo seja apenas coisa da minha cabeça... Eu sei que não vou ficar em paz comigo mesmo enquanto não descobrir o que é esse sentimento que estou sentindo... E para descobrir isso... Estou disposto a sacrificar a minha dignidade e pureza como anjo para descobrir sobre o meu passado!
Jungkook - Off
Um alto trovão pode ser escutado, partindo o céu e iluminando o apartamento em que o anjo se encontrava, assim logo uma densa chuva se inicia e Jungkook sai correndo do apartamento disposto a encontrar o demônio superior, Park Jimin.
(Com Jimin...)
Jimin sente uma gota de chuva cair sobre seu rosto, logo olhando para o céu percebendo que uma tempestadade estava por se iniciar.
— Que merda de tempo... Logo num momento desses começa a chover... Valeu deus do clima-tempo! — Jimin tira seu lenço que usava em seu pescoço e amarra a cima de sua cabeça para não molhar tanto seu cabelo e então volta a caminhar pelas ruas.
Após um tempo caminhando Jimin para em um beco se sentando do lado de uma lata de lixo enquanto via a chuva começar a apertar cada vez mais.
— Você realmente deve estar muito no fim do poço não? O que faz aqui? Desistiu de perseguir o anjinho? — Debauch fala atravessando uma parede.
— Vá se fuder! Veio encher meu saco? Ou veio aqui pra ficar me vigiando?! — Fala indignado por estar sendo atormentado.
— As vezes eu venho na Terra para visitar a casa da minha falecida amada... Eu gosto de guardar rancor por ela ter se matado... Sinto ainda o peso na casa pela morte dela... — Ri em deboche, como se fosse um louco apaixonado.
— Tá foda-se e o que eu tenho haver com isso? O problema é seu, vaza daqui, ninguém gosta de você! — Desvia olhar para os carros que passavam na rua.
— Pelo menos não sou eu que está tão no fundo do poço que já está até virando a própria lixeira aqui nesse beco. — Debauch leva o pulso até a frente da boca soltando um risinho debochado.
Park inspira e expira olhando com todo o ódio que havia em seu interior para Debauch, como um sinal que iria matá-lo caso continuasse à o perturbar.
— Nossa! Que medo! Se eu fosse um demônio superior teria medo de enfrentar você com esse seu olhar mortal! — Da um pequeno riso, logo tornando sua face mais séria. — Anda me siga... Seu fundo de poço está me deixando agoniado por dentro, quero saber o que está acontecendo...
— Por que eu faria o que você quer? — Olha ainda sério para Debauch.
— Não sei se você sabe, mas eu fui o único que venceu o desafio do Laught... Yoshiaki... Era o meu nome... Caso tenha esquecido... Fui eu quem matei seu amigo... Lee Taemin... — Debauch fala sem expressão alguma, apenas esperava ser ouvido por Park.
— ... Eu nunca vou te perdoar por isso... — Park se levanta e então apenas o olha como um sinal que o seguiria.
Debauch leva Park até a casa de sua falecida amada e então pega um comprido cachimbo o acendendo e então começa a tragar o mesmo sentado em uma das poltronas da casa enquanto secavam suas roupas perto da lareira que ali havia.
— ... — Park estava em completo silêncio, com o olhar perdido ao chão, provavelmente ainda raciocinando tudo o que havia discutido com o anjo.
— Se sente culpado por alguma coisa que falou não é? — Diz enquanto tirava as cinzas de seu cachimbo, logo voltando a tragar.
— ... Não deveria me sentir assim... Não sou um humano para ter tais sentimentos... A propósito... Me chamou aqui para me falar como vencer o desafio do Laught? — Fala segurando seus joelhos com um ângulo de 45° graus em sua coluna, olhando Debauch.
— Não, pra mim seria lucro que você perdesse o desafio e fosse morto pelo Laught, mas... Sinceramente ver sua vivacidade e fervor se perder por causa de um mero anjo me deixa puto... Isso não é engraçado... E por isso me dá raiva... — Demonstra sua raiva em seu olhar.
— Não há nada a ser feito agora... A gente nunca vai se ver mais... E até é melhor assim... Antes que eu o transforme em um anjo caído... — Encolhe os ombros inseguro.
— ... — Debauch olha Park levemente indignado pela situação do mesmo, porém logo larga seu cachimbo e se levanta e então chuta a poltrona na qual estava sentado a tombando para trás
— Ela se matou assim... O nome dela era Aimi... Nossas famílias vieram para cá na época de guerra... E aqui ficaram aprisionadas... Você sabia que os céus são separados por nações? Diferente do inferno, todos vão para o mesmo lugar... O sofrimento não é diferente para ninguém no inferno... — Fala lembrando da cena de Aimi morta.
— Por que está me contando isso? Quer que eu sinta muito pela morte dela? Eu sinto é pena por ela ter descoberto ainda em vida aonde o querido amado dela foi parar no pós vida!-
— Os divinos estão tramando algo. Alguém do plano divino, está tramando algo... Eu... Queria lhe avisar sobre isso... — Olha Park de canto de olho.
— Então minhas suspeitas estavam certas... Vocês sabem o que é? — Fala sério, olhando o diabo curioso.
— Não... Tenho minhas suspeitas, mas não vou falar para você... De qualquer forma, além de seu desafio, você precisa descobrir sobre o seu passado... — Se vira para Park enquanto falava.
— Eu só tive alguns pequenos flashbacks da minha vida passada, não tenho como lembrar de tudo, eles selam nossas memórias, após passar pelo rio do esquecimento... — Diz confuso sobre o que dizia.
— Memórias são como um quebra-cabeças... Juntando as peças necessários montamos imagens e com as imagens podemos criar leves movimentos nas imagens e assim por diante temos um momento completo... — Debauch fala pegando seu carimbo e então, dando uma forte tragada, logo soltando a fumaça pela boca infestando a casa com a fumaça que logo se forma uma de suas memórias passadas.
— Isso é...
— Sim, uma memória do meu passado, aqui, ainda vivo com Aimi, eu consegui essa memória em meu desafio também, lembrei grande parte das coisas... Mas por ser um demônio, os sentimentos eram apenas espamos, nada realmente significativo ou de grande valor emocional... — Diz enquanto ainda produzia a fumaça para manter a memória vida no ambiente.
— Tá... E o que eu tenho haver com isso? Sabe fala logo, não quero ver nenhuma piroca branca não. — Sua fala embora não tenha sido intencional, insinuou o estereótipo um índio.
— Tá tão engraçado hoje n'é seu filho de uma puta? ENFIM! Se você... Me ajudar a achar alguma coisa na memória que tenha um valor significativo sentimental ou emocional da Aimi, eu te conto tudo sobre o que eu sei dessa putaria que tá rolando nos céus.
— Eu só me fodo com vocês diabos não é mesmo? Desde quando eu aceitei isso e quis ficar vendo ceninha de romance de um demônio com uma humana? Eu odeio novela! — Cruza os braços e suas pernas, enquanto permanecia sentado.
— Pelo o que eu estou sabendo a trama do Reino dos céus tem haver com você e com aquele anjo da guarda... — Fala olhando com um olhar provocativo para Park, o deixando com uma leve raiva.
— Já entendi... Eu tenho tempo pra isso? Odeio o fato de isso parecer um jogo... — Se apoia em seus joelhos, logo se levantando e novamente cruzando os braços.
— Você tem tempo até eu terminar esse cachimbo, quando a fumaça acabar, a memória irá se desfazer e o ambiente irá voltar ao normal, se não conseguir achar esse objeto, eu não irei te falar sobre o que sei sobre essa tal trama. — Explica calmo.
— Tá, o que é esse objeto que eu tenho que procurar? Você pode me dizer? — Diz já impaciente, como uma forma de inquietação.
— Eu não sei, na verdade, não sei nem se existe, por isso estou te desafiando a isso, esqueceu que eu sou um diabo? Não confie cegamente em minhas palavras... — Sorri maléfico, logo voltando a produzir a fumaça da memória.
— Filho da... Depois te xingo, sinto que não tenho muito tempo... — Park então começa a procurar por esse tal objeto, enquanto vivenciava a memória de Debauch com Aimi.
— Você sabe o que o anjo procura aqui na Terra? — Conversa com Park em uma forma de distração.
— Em base sei, talvez eu até saiba qual sentimento ele procura... Mas não sei se posso o ajudar a encontrar isso... Até porque... Meio que eu também procuro por tal coisa... — Park observa as prateleiras com livros lendo suas capas e balançando um por um, na esperança de cair algum papel ou objeto, sem sucesso.
— ... Vocês sabem que estão ligados de uma outra vida certo? Se não, não se encontrariam novamente, ainda mais nas condições em que os dois estão... — Debauch olha Park, com uma certa e desconhecida pena.
— Sim, eu sei... Não encontramos pessoas por acaso, se as encontramos é porque estamos destinados a encontrá -las, especialmente aquelas em que criamos algum tipo de vínculo ou que mantemos um certo contato a longo tempo. — Diz concentrado em seu afazer de verificar os livros da estante.
— Você tem algum tipo de noção ou ideia sobre o que vocês eram em vida? — Debauch o olha de soslaio, buscando algum tipo de informação.
— ... Sendo sincero... — Olha para Debauch. — Sinto que tínhamos uma conexão fora do comum... Não sei definir isso... Mas... Quando estou perto daquele anjo... Sinto coisas que nunca senti antes em meu estado demoníaco... — Park olha perdido para a prateleira, com uma certa melancolia, embora aqueles sentimentos o incomodassem por não saber o que é, gostava da presença do anjo por saber que ele era algo importante em sua vida, com essa conclusão de pensamento, deixa escapar um sorriso bobo em seu lábio.
— Talvez isso tudo seja mais complicado do que pensamos... — Afirma, percebendo o sorriso do demônio superior.
— Sim... Talvez seja... — Park volta a se concentrar e procurar algo de valor, indo até lareira e observar os porta-retratos e logo começando a mexer nos mesmos.
— Esperto... — Debauch sussurra, olhando Park desmontar os porta-retratos.
— Nada... Merda... Você consegue produzir essa memória pela casa toda, ou só aqui na sala? — Park fala mostrando persistência e vigor.
— Posso produzir a memória por toda a casa, mas se quer algo mais vívido, eu terei que te seguir. — Debauch fala curioso com o que Park tinha em mente.
— Me leva até o quarto de vocês.
O diabo apenas afirma em um acenar de cabeça e leva Park até o quarto da casa, era uma casa pequena, com uma sala cozinha, um banheiro, uma lavanderia e um quarto.
Com isso Park começa a mexer nas cômodas de cada lado da cama, não achando nada de importante além de coisas íntimas ou pessoais do casal.
— Eu posso espancar a sua cara quando eu achar esse objeto? — Park fala olhando com ódio para Debauch que estava encostado no aro da porta do quarto, enquanto Park estava abaixado em frente à uma das cômodas da cama.
— Como tem tanta certeza que realmente tem um objeto assim? Sua confiança me dá nojo... — Debauch dizia com aversão a determinação de Park por achar realmente que iria encontrar tal objeto.
— Há... Você está me pedindo isso, porque você tem esperança que aja algo da Aimi que lhe traga mais memórias sobre a mesma, ou algum bilhetinho dela explicando sobre os sentimentos dela, porque não pode simplesmente acreditar que ela se mataria por você ter virado um demônio e ido para o inferno... Não é mesmo? Ou eu estou errado? — Park olha Debauch com seu olhar demoníaco, a determinação e persistência de Park realmente era admirável, entre tanto para Debauch era algo irritante.
— Você é um saco... — Debauch se encosta na parede do lado de fora do quarto, antes que desistisse de pedir ajuda para Park.
Com essa atitude Park toma ainda mais coragem e determinação para procurar por tal objeto, revirando o colchão e rasgando o mesmo, sem sucesso de tal objeto, logo jogando a armação da cama contra o guarda-roupa vendo se tinha alguma brecha no chão amadeirado em blocos retangulares.
— Onde está? Onde está?! — Fala com raiva, já perdendo a paciência.
Sem paciência Park começa a usar seu poder para quebrar as coisas do quarto, fazendo uma enorme bagunça, não achando nada em meio ao seu caos e então suspira e se senta em uma cadeira em frente a uma pequena penteadeira que ali havia, por último momento de esperança chegando em suas gavetas, ainda assim, não achando nada.
— Merda... Não tem nada... Não acredito que perdi tempo... — Park abaixa a cabeça já sem vontade de continuar procurando tal objeto.
Quando Park volta a levantar sua cabeça olha para o espelho da penteadeira quebrado e então percebe que atrás do vidro havia algo, porém com o seu tempo esgotado a memória vai sumindo e a bagunça, assim como o espelho quebrado voltam ao normal e então Debauch entra no quarto.
— Seu tempo acabou, pode ir embora. — Fala em meio à um suspiro.
— Não! Espera! Eu preciso confirmar algo... — Fala sem olhar para Debauch.
— Park, não tem nada, eu já revistei essa memória várias vezes! Você não vai achar nada! Anda, vai embora!
Sem dar ouvidos à Debauch, Park quebra o espelho da penteadeira machucando sua mão e então tira os cacos de vidro aonde tinha visto um estranho papel e então após tirar os cacos de vidros e cortar até mesmo a palma de sua mão Park tira um papel de trás do espelho e o abre.
— ? Mas que porra é essa? — Park analisa os rabiscos naquele papel não entendendo o que significava e então se levanta e vai até Debauch, mostrando os rabiscos.
— Ei, tu sabe o que significa isso? — Park mostra o papel para Debauch.
— Isso... Tem um quadro na lavanderia, nunca entendi o porquê tinha um quadro lá, mas talvez seja isso. — Debauch olha o papel ansioso e desacreditado que realmente havia algo, logo mantendo sua postura e explicando a situação a Park.
— Beleza... Eu ainda quero te socar hein?! Tô perto! — Park diz indo até a lavanderia e então vendo o quadro em cima da máquina de lavar e então o pega, olhando sua dimensão, vendo que não havia nada colado no mesmo, porém na parede onde estava o quadro havia um grande buraco, aonde estava pendurado o quadro. — ACHEI! — Com essas palavras Debauch sai correndo até Park que estava com um papel enrolado em mãos.
— Isso é...
— Sim, é uma carta. — Park a desenrola igual um pergaminho e então mostra a Debauch. — Está tudo em japonês... Eu não sei japonês...
— Me dá isso! — Debauch arranca o papel da mão de Park e então começa a ler aquela imensa carta, escondida atrás de um simples quadro.
— Então... Realmente... — Debauch diz trêmulo.
— Que cena linda, agora você pode me dizer sobre o que se trata essa trama? — Park fala nenhum pouco comovido com a reação de Debauch a carta.
— ... Basicamente... deus não gosta da sua proximidade com o anjo da guarda... Isso tem algo haver com o passado de vocês... Então eles querem manter vocês o mais afastado possível, pois vocês são seres que não deveriam estar destinados a se encontrarem... E vão contra a lei divina. — Debauch fala sem olhar Park, ainda em choque com o que havia acontecido.
— Isso tem alguma coisa haver com... As leis sagradas? — Park fala confuso.
— Sim, do livro "A Bíblia Sagrada", por isso também o reino dos céus está em guerra... — Debauch o olha.
— Quanta besteira... — O moreno se vira de costas para o diabo e então começa a andar para a sala, para ir embora.
— Park!
Jimin o olha com as apoiadas na cabeça.
— Se você se importa, nem que seja um pouco com aquele anjo... Tome cuidado... Os demônios irão invadir a Terra está noite... Proteja-o... Se quer descobrir o final de tudo isso... — O tom do diabo, nunca foi tão sério.
Jimin olha para Debauch, admirado com tamanha seriedade e então desvia olhar para o chão refletindo novamente sobre tudo o que sentia em relação ao anjo e seus recentes ápices de memória.
— Eu... O farei... — O menor fala com determinação e então assim que abre a porta da casa começa a correr pela chuva que não cessava aquela noite.
— ... Não jogue aos ventos o seu destino Park... Vocês estão mais ligados do que imaginam... — Debauch fala se preparando para voltar ao inferno. — Os primeiros homens apaixonados...
Com essas últimas palavras Debauch vê a carta e então a queima e desce ao inferno, diretamente para o portão dos suicidas, chegando lá Debauch vai imediatamente onde se encontraria Aimi, em seu eterno caminho pela estrada do arrependimento.
Entrando pelo túnel que ela se encontrava Debauch anda até Aimi que estava caminhando em meio à trupicos, logo caindo no chão.
— Aimi... — Debauch fala suavemente se abaixando na frente da garota suicida.
A garota com um olhar perdido, lentamente olha Debauch.
— Yoshiaki... — A garota tenta tocar o rosto do diabo, porém antes que ela fizesse isso ele o abraça.
— Me desculpe te fazer esperar tanto tempo... Eu... Vou te tirar daqui... Eu prometo... Assim, vamos ficar juntos para sempre... Como você tanto queria...
Com essas palavras o guardião do portão dos suicidas surge atrás de Debauch.
— Pelo jeito não é só no Reino dos céus que há uma revolta... Não é mesmo Debauch? Essa garota pecaminosa não irá sair daqui até completar a sua punição por ter desistido da vida!
— Eu sei disso... Por esse fato... Assim como ela deu a vida dela para ficar eternamente comigo... Eu darei tudo de mim para que isso se concretize!
Com essas palavras Debauch ativa seu lado demoníaco, fazendo chamas queimar a sua volta mostrando sua áurea de demônio e assim seus globos oculares se tornam em uma tonalidade preta, apenas suas íris com uma coloração amarela, assim partindo para cima do guardião, com todo o seu poder.
Com apenas alguns passos o guardião pega Debauch pelo ante-braço o lançando para longe de si, com isso arrancando o braço do mesmo, que em poucos segundos se regenera novamente.
Após tomar fôlego, Debauch novamente tenta atacar o guardião que o desmembra seus membros superiores e inferiores, o jogando dessa vez para a frente da garota suicida.
— Yoshiaki... — Aimi fala olhando a situação, sem forças alguma para poder se mover e o ajudar ou se quer gritar pelo mesmo.
— Desista, você é inferior à mim, diabo.... Você não levará essa alma embora de seu sofrimento! Desista! — O guardião vestia uma armadura completamente preta, com uma capacete com espinhos.
Após seus membros de regenerarem Debauch tem uma ideia e então se levanta, contendo sua áurea demoníaca.
— Eu abdico... Eu abdico o meu poder e meu status de diabo! No lugar da liberdade desta garota! Ficarei no lugar dela e pagarei sua punição quantos anos ainda lhe restarem!
— Se fizer isso a garota não irá voltar a vida, mas será liberta de seu julgamento para começar sua nova vida aqui no inferno, começando com a classe mais baixa que tem, um demônio inferior que pouco se parece um um humano e não pode colocar os pés na terra de forma alguma.
— Eu sei que ela é forte e conseguirá passar por isso... Quantos anos terei que caminhar por este túnel? — Debauch indaga, ainda firme de sua decisão anterior.
— Não podemos recomeçar a punição da garota, portanto ainda lhe faltam dois séculos de caminhada pelo túnel do arrependimento, assim que concluir isso, você começará novamente toda sua luta para se tornar um diabo do zero, voltando a ser um demônio inferior, realmente deseja isso? — O guardião o pergunta uma última vez, o alertando de seu sacrifício.
— Sim, eu aceito... Já esperei tanto tempo para ficarmos juntos... 200 anos não serão nada... Mas continuar vendo ela sofrer por minha causa... Já é demais! Eu aceito qualquer punição e condição que houver desde que eu possa vê-la novamente algum dia. — Debauch fala criando uma esfera de poder em suas mãos, abdicando seu poder como diabo.
— Assim que você concluir a caminhada poderá se encontrar fora desses portões com a garota novamente, ela poderá o observar de longe quanto tempo quiser, mas você não poderá ver ela durante todo esses dois séculos, além do mais, por ter invadido esse lugar e ter tentado a tirar a força daqui, terá que caminhar com essas algemas de pesos nas pernas e braços, além dessa algema em seu pescoço para lhe lembrar de sua decisão.
— Isso irá atrasar alguns anos minha caminhada... Mas tudo bem... Eu aceito! — Debauch assim abdica seu poder voltando a ser apenas um humano normal.
O guardião toma o poder de Yoshiaki e assim o guarda, logo o prendendo as algemas, quando Aimi iria tentar fazer algo o guardião os separa por uma barreira.
— Temos que ir... Seu tempo aqui se esgotou... Demônio inferior...
— YOSHIAKI! — A garota se levanta tentando alcançar seu amado, porém o mesmo apenas a olha de soslaio com um pequeno sorriso no rosto, a presença de uma lágrima escorrendo de seu olho e diz suas últimas palavras antes de começar a caminhar.
— 愛してる (Itoshi teru/Eu te amo) — Yoshiaki assim que termina de se pronunciar, se vira e então segura as correntes e começa a andar lentamente com uma grande dificuldade pelo peso e assim começa a sua punição.
O guardião leva Aimi para longe dali, até a distância em que podia observar Yoshiaki passando pela sua punição no túnel do arrependimento.
— Se você passar daqui eu posso matá-la imediatamente, assim exterminando sua existência para sempre. — O guardião diz.
— Eu quero voltar para lá! Eu não posso deixá-lo sofrer em meu lugar! Isso é injusto! Como você pode?! — Aimi diz desacreditada do que estava acontecendo.
— Ele se sacrificou por amor, agora não há mais como voltar atrás, não há nada que você possa fazer a não ser seguir vivendo aqui no inferno como um demônio inferior que você está se tornando.
— Eu... Eu não posso ir embora... Eu... Posso ficar aqui o esperando por dois séculos?! — Aimi diz sem saber exatamente o que dizia.
— Como irá viver aqui no inferno é opção sua, desde que não passe esse limite imposto, você pode fazer o que quiser... Agora devo voltar ao meu posto. — Assim que ele termina de falar ele some e Aimi se torna uma figura totalmente desumana, como um verdadeiro demônio inferior.
— Yo... Shiaki... — Logo após pronunciar o nome do mesmo, até suas palavras ficam distorcidas e assim a mesma começa sua jornada, como um demônio inferior.
Um pouco longe dali Laught observava tudo atentamente.
— Ele finalmente entendeu o significado de amor... Agora imagino o que será daquele demônio superior... Debauch demorou 180 anos para perceber o que era amar, mesmo sendo um demônio... O que será de Park após um mês na presença daquele anjo e com essa revolta nos céus?... — Laught olha para cima como se pudesse imaginar por tudo o que o demônio Park estivesse passando para cumprir sua missão na terra.
(Na Terra...)
Park corria pelas ruas, em meio à chuva que caia do céu sem piedade dos que estavam sob a mesma, Park para de correr a ouvir um grito vindo de um beco, podendo ver algumas pessoas sendo tomadas pela escuridão de demônios que invadiam a terra a mandado de seus superiores do inferno.
— Merda... Preciso me apressar!
Após continuar correndo por um tempo Park encontra um garoto com roupas brancas sentado no chão, abraçando seus joelhos com a cabeça baixa, todo ensopado pela chuva e então Park se aproxima do mesmo e toca sua cabeça.
— Anjo?... — Park fala suavemente sem saber se estava falando com o Jeon ou não.
O garoto levanta a cabeça olhando Park e assim que o vê se levanta rapidamente o abraçando, deixando Park surpreso.
— Não fuja de novo... Eu não quero que você suma... Eu... Não sei o que estou sentindo... Mas eu quero poder descobrir isso com você... Então por favor... Não vá embora... — Jungkook abraçava o demônio como se não o visse a mil anos.
— Desculpe... Eu precisava pensar um pouco melhor sobre tudo... Mas eu prometo que vamos descobrir tudo o que estão escondendo de nós juntos... Juro pela minha existência... — Park fala logo se afastando do maior que estava com os olhos cheios de lágrimas.
— Não chore... — Park é interrompido ao ouvir demônios se aproximando dos mesmos e então afasta Jeon para trás de si vendo que estavam cercados por demônios.
— Essa sensação ruim é...
— Sim, estamos cercados por seres das trevas... Demônios... Fica atrás de mim... Eu vou proteger a gente! — Park fala ficando sério e então deixa sua forma demoníaca tomar conta, deixando seus olhos vermelhos escarlate.
— Você acha que consegue contra todos os que estão aqui? Eu não consigo os ver... Apenas sinto uma energia horrível aqui... — Jeon fala tentando ver o que os cercava, porém em vão.
— Fica tranquilo... Eu dou conta... — As sombras falavam em uma língua demoníaca.
— ¡ǝʇɹoɯ ɐ ǝɔǝɹǝɯ 'ɹopᴉɐɹʇ ɯn ǝɔoʌ ¿oɾuɐ ǝssǝp ɐzǝɹnd ɐ opuɐdnod oɯsǝɯ ɐʇsǝ — Uma das sombras se pronuncia, se comunicando com Park.
— ¡ǝƃuol ɯnǝbᴉɟ 'ɯnǝbnɥɔɐɯ o sǝɔoʌ ǝnb ɹᴉʇᴉɯɹǝd ᴉǝɹᴉ oɐu 'oɐu oɾuɐ nǝɯ ǝ ǝlǝ — Park fala, logo sendo atacado por uma das sombras e se desviando da mesma.
— Park! Não tenho tanta certeza que você pode contra esses vultos...
— Não temos o que fazer! Eles vão nos alcançar rapidamente se apenas fugirmos! — Park fala se desviando de mais uma sombra, logo se aproximando do anjo novamente para o proteger.
— Porcaria... — Jeon entrega um frasco para Park e sai correndo dali embaixo da chuva chamando a atenção das sombras que estavam na volta de Park, para si.
— JEON! — Jimin grita o anjo e então logo sai correndo atrás do mesmo, abrindo aquele frasco e então derrama uma gota em sua pele para confirmar o que era e assim se queimando com a gota. — Merda!
Park joga um pouco daquele líquido na sombra a sua frente à queima e a fazendo se retorcer a deixando para trás e então se aproxima da outra e atira mais um pouco daquele líquido sobre a outra sombra causando o mesmo efeito.
Jeon corre até frente de uma pequena igreja da região e então se encosta na porta da mesma e segura a maçaneta das portas da igreja.
— Por eu não conseguir os ver... Eles devem ser demônios inferiores que escaparam para a terra... Então eles não devem conseguir entrar dentro de uma igreja... Além de serem muito mais fracos a água benta e crucifixos entre outras coisas divinas... — Jeon suspira olhando para os lados vendo se conseguia enxergar um vulto se quer da presença daquele demônio.
— Ei demônio! — Park olha a sombra e então tenta jogar o resto do líquido no demônio, porém em vão, não havia percebido que já tinha se esgotado o líquido. — Inferno... — Joga o frasco no chão.
— É... Pelo jeito não vou ter outra escolha a não ser acabar com a sua raça!
Jeon aproveita aquela situação e entra dentro da igreja.
A sombra vai até Jimin e então o envolve o arrastando pela rua e o derrubando em uma poça de água que ali havia, tentando o sufocar com sua forma sombria.
Em pouco tempo Jeon aparece e então começa a recitar alguns versículos bíblicos de uma bíblia que havia encontrado dentro da igreja.
—בשם ישוע, תנזף ותלך! מכאן אני משליך אותך למקום שממנו בא היצור הרע!
( — Em nome de jesus, seja repreendido e vá embora! Daqui eu te expulso para o lugar daonde veio criatura maligna!)
Assim irritando a sombra e a submetindo de volta ao inferno.
— Argh! Cala a boca Jeon! — Jimin fala se curvando e tapando seus ouvidos, as palavras de Jeon, mesmo que não as entendesse o enfraquecia e o deixava instável.
— Ele já foi embora? — Jeon fala fechando a bíblia como um livro qualquer.
— O que você acha? Essas palavras são agonizantes! Não faça mais isso! Fiquei com dor de cabeça! — Jimin olha para o livro de Jeon e então desvia olhar cruzando os braços.
— Desculpe... Mas era o que eu podia fazer sem usar meus poderes... — Jeon olha para a bíblia suspirando.
— Só pelo menos da próxima vez foque apenas na sombra! — Após terminar de reclamar Jimin suga um pouco de ar por entre os dentes olhando sua mão na qual havia derramado uma gota de água benta.
— O que você tentou fazer?! — Jeon olha a mão do demônio, a segurando. — Quer se auto benzer? Céus... Isso tá feio...
— Nem tá doendo tanto! Deixa de ser besta! — Jimin o olha o repreendendo logo desviando olhar, era claro que aquilo doía e mais do que demonstrava.
— Sei... Se não doesse não estaria assim! Eu posso cuidar disso... — Jeon olha a mão te Jimin com atenção e então passa a mão pela mesma delicadamente pela queimadura fazendo o menor recuar.
— FILHO DA PUTA! ISSO DÓI CARALHO! MERDA... ARGH! — O moreno se abaixa segurando seu punho com força, aquilo realmente doía como uma infecção ou queimadura.
— Eu sei que tá doendo! Vem, vamos sair dessa chuva primeiro! — Jeon segura Jimin pelo ombro de sua camiseta o puxando, o fazendo se levantar e então o guia até a porta da igreja.
— Você não quer que eu entre aí dentro não é mesmo? — Park olha o anjo indignado.
— Ei... Relaxa... Entrar na igreja não vai te fazer mal algum... Só te irritar um pouquinho, mas você não vai queimar por colocar os pés nela! — O garoto de cabelos encaracolados puxa o demônio para dentro da igreja, mesmo contra sua vontade, assim, logo fechando a porta.
— Odeio essas figuras... É desconfortável... — Park segue o anjo até a parte de baixo do altar. — Por que eles insistem em mostrar a figura de Cristo morto quando na verdade ele reviveu e na verdade está vivo?
— É para que nunca esqueçamos que um dia ele morreu por nós... Enfim, pare de reclamar e me de sua mão... — Jeon se senta e então pega um paninho branco e o molha na água da pia batismal.
— Tu não vai me piorar isso aqui não é? Porra tô numa igreja! Eu sou um demônio Jeon! Eu vou te matar seu desgraçado! Tô a beira de um colapso aqui dentro cacete! — Park já fala mostrando desespero.
— Olha boca!! E segundo, já disse que você não vai queimar por pisar aqui dentro e isso aqui não é água benta, é apenas água normal! Segundo me dá essa mão aqui que eu vou limpar isso pra você! — Jeon pega a mão de Park a força e então passa levemente sofre a ferida do mesmo, vendo o moreno fazer uma grande careta pela dor que sentia.
— Desgraça... — Fala se segurando para não falar nenhum palavrão e muito menos surtar ali mesmo. — Faz isso logo pelo amor de- Tô ficando louco!
Em pouco tempo depois Jungkook limpa a mão de Jimin que consegue se regenerar ao ferimento, voltando a estar como antes.
— Mas... Se era tão simples assim... Por que os demônios não se curariam rapidamente? — Fala perplexo vendo sua mão recuperada.
— No inferno tem fogo e não água... — Jungkook fala limpando as coisas e então saindo da igreja com Jimin.
— Ei! Garoto... — O moreno chama o maior que havia saído na frente do mesmo, logo se virando para Park o olhando.
— Eu sei que... Não começamos muito bem... Embora eu seja um demônio eu não cumpro promessas ditas da boca para fora, a não ser através de um pacto de sangue... Mas... Saiba que eu estava falando a verdade sobre... Eu querer ajudar você a encontrar o sentimento que procura... — Park fala mostrando sinceridade, em nenhum momento desde que se encontraram o menor havia se mostrado tão calmo e pacífico.
— Isso realmente foi surpreendente! A igreja te apaguizou? — Jungkook ri enquanto os pingos de seu cabelo molhado pingavam de seu rosto, tornando aquela cena ainda mais linda.
— Você deveria ser um pecado... De... Tão lindo... — Park abaixa a cabeça tímido pelas suas palavras.
— E você... Deveria ser perdoado... Por estar me ajudando a encontrar uma paz para o reino dos céus... Obrigado por me defender daqueles demônios... — Jungkook anda até a pequena escada de mármore que levava até a porta da igreja aonde Jimin, observava o anjo.
— Você... Tá diferente... — Diz o menor sem desviar dos olhos do anjo.
— Só não estou mais com medo do que está por vir por eu me envolver com você... — O garoto que estava ainda sob a chuva se aproxima do demônio, lentamente subindo os três degraus da entrada daquela igreja. — Mas também não sou o único que está agindo diferente... Você sabe disso...
— Muitas coisas estão acontecendo... E não sei se já percebeu, mas... Nós somos a razão de tudo estar um caos... Acho que estamos mais ligados do que imaginávamos... Nosso passado... Estamos ligados pelo fio vermelho do destino... Vai querer mesmo encarar tantas consequências assim de olhos fechados? — O menor olha nos olhos do anjo procurando a resposta que queria ouvir para todos os seus fatos.
— ... Não sei o que é isso tudo... Mas eu... Quero descobrir... Com você... Mesmo que doa, mesmo que machuque... Mesmo que seja quase impossível e eu tenha que arriscar a minha pureza como anjo por causa disso... Eu quero tentar... Por mim... E por você... Sei que não vai ser fácil, mas acho que podemos ser mais fortes juntos... — Jungkook sorri pegando a mão do menor, logo criando um pequeno sorriso no demônio.
— ... Amor... Eu preciso provar que ele é bom e que pode trazer coisas boas... Esse é o meu motivo por estar na Terra... E acredito que também seja o motivo por você estar aqui... — Diz franco.
— Amor... Humanos falam bastante disso... Mas também morrem e matam bastante por isso... — O anjo para para pensar e então sorri bobo. — Até mesmo nossas missões estão interligadas acho que... — Jeon encara novamente o demônio que completa seu pensamento.
— Estamos realmente destinados... — Park solta a mão de Jeon e recua. — Tenho medo... De me apegar a alguém de novo e perder essa pessoa... Sinto que sempre tive medo disso, mas agora... Parece mais forte...
— Seu passado está ligado a isso? Tem alguma lembrança sobre?
— Não...
O anjo lembra da memória que teve ao beijo do demônio.
— Me lembro de eu morrer em seus braços... Falando que te amava... Isso... Pode estar ligado ao seu medo... — Jeon o olha inclinando a cabeça.
— Amor... Por que essa merda é tão complicada?! — Park bate pé irritado.
— Ei! — Jeon toca o ombro do menor. — Nós vamos conseguir... Estamos mais perto do que nunca... Já sabemos que estamos ligados de inúmeras maneiras, só precisamos ligar os pontos... Você não está sozinho... Não aja sozinho...
Jeon entrelaça os seus dedos aos do demônio, inconscientemente, mas no fundo sentia que era o certo naquele momento, chamando a atenção do moreno para si.
— Talvez... Tenha razão... — O menor segura ainda mais firme a mão do anjo, tocando o rosto do mesmo e se aproximando para um beijo.
Quando os dois iam se beijar o anjo se afasta tossindo.
— O que houve? — Jimin olha Jungkook preocupado.
— Sinto meu corpo quente, mas eu tô com frio... — O anjo cruza seus braços abaixando sua cabeça dentre seus ombros, batendo levemente os dentes.
— Você... Você está como um humano agora! Seu corpo age como um humano! Você... Deve ter adoecido com toda essa chuva! Temos que voltar ao apartamento.
O demônio pega o anjo em suas costas e então sai correndo pelas ruas, a chuva havia diminuído sua intensidade, então era o momento perfeito para voltarem pra casa sem que o anjo pegasse uma pontada, se é que já não estava.
(Chegando no apartamento...)
— O Gasparzinho, me ajuda aqui! — O demônio fala chegando com o anjo adormecido em suas costas.
— O que aconteceu com ele?... Vocês estão ensopados... — Kwan observa os dois de cima a baixo.
— Pois é, o fato de estarmos ensopados responde a sua pergunta? O que eu faço com ele? Ele está em um corpo humano então deve ter adoecido, me diz o que eu preciso fazer pra cuidar dele, aliás o arara azul não acordou? — Jimin pega um pano e cobre o sofá para que Jeon não molhasse o mesmo.
— Arara azul?... — O garoto albino olha confuso para o demônio.
— O garoto de cabelo azul cacete! Não testa minha paciência! Se não te mando daqui mesmo pro inferno! — Com a ameaça de Park, Kwan responde negando com a cabeça, se aproximando do anjo.
Após ver a situação em que o anjo se encontrava, tremendo e com os dentes batendo de frio, a alma penada concluí.
— Se a testa dele está em uma temperatura acima do normal do que deveria estar ele está com febre... Seria bom que ele tomasse um banho...
— Tá e como ele vai tomar banho se não consegue nem se mexer direito? — Cruza os braços.
— ... Você precisa dar um banho nele! — Diz como se fosse algo óbvio.
— Mas! Mas! Eu não posso! Ele- não! Isso... Eu... Não, Não... — Coloca a mão na frente da boca pensando em besteiras.
— Tudo bem, ele vai acabar morrendo assim... Não diga que não avisei!
Antes que Park falasse mais algo Kwan havia atravessado a parede se retirando para o quarto do garoto Kim.
— Porra... — Jimin olha para o anjo que abre levemente os olhos para o olhar e então suspira. — Me desculpe... Mas isso vai ter que ser necessário, você é um ponto chave para a minha missão então não posso deixar você morrer!
O demônio pega o anjo no colo e o leva até o banheiro o sentando em um banco que lá havia.
— ... Vamos com calma... Eu nunca fiz isso...
Park suspira começando a tirar uma à uma peça de roupa do anjo, engolindo a seco aquela situação constrangedora para si.
Quando Park iria despir as partes de baixo do anjo, Jeon o segura pelo pulso.
— N-não precisa disso... — As bochechas do mais novo estavam coradas, não só pela febre em que estava, mas também não queria que o demônio o visse despido.
— É tão pequeno assim? — Olha o maior impressionado.
— Do que você está falando?... — Olha o mais velho com os olhos pequenos de seu estado febril.
— Não vou fazer nada, prometo...
Park iria continuar a despir o garoto quando sente uma grande malícia dentro de si pulsando em seu peito e então pega a adaga do anjo, que sempre carregava consigo e corta a palma de sua mão, falando algumas coisas na linguagem demoníaca, iniciando um pacto de sangue.
— Eu, Park Jimin, um demônio superior, prometo a você, Jeon Jungkook, um anjo da patente dos anjos da guarda que não irei o tocar com malícia, até que você o queira do fundo do seu coração, por isso faço esse pacto de sangue.
Com aquelas palavras o sangue da mão do demônio para de escorrer e então se pode ver um símbolo de uma boca costurada em sua mão, aquela era sua marca como um demônio.
— Isso é...
— Para eu... Não ousar te tocar de forma indecente e tirar sua pureza... Como... Como aquele beijo... — Com isso Park se concentra e então volta a cuidar do anjo.
O demônio dá um banho no anjo, como se estivesse cuidando de uma coisa, era surpreendente a paciência que o mesmo estava tendo para com o anjo, já que odiava enrolações.
Mas depois daquilo era ainda mais óbvio, algo havia mudado dentro do demônio ranzinza.
Após o banho Park seca o anjo e o veste voltando ao levar até o sofá e o tapando com uma coberta que havia tirado do guarda-roupa do Kim que ainda estava adormecido, da mesma forma que antes.
— O que eu faço agora?...
— Uma compressa de água para abaixar a febre do mesmo, não deu banho nele em água quente não é? — Kwan fala olhando o anjo de perto, abaixado ao seu lado no sofá.
— Claro que não! Ele já tava queimando! Por que eu iria querer que ele ficasse ainda mais quente?... Dei banho em água morna... — O moreno demonstra preocupação ao se referir sobre o anjo.
— Você se dá para cuidar de alguém... Já fez isso antes? — Kwan diz sorrindo, logo percebendo a marca na mão do demônio. — O que é isso na palma da sua mão?
— Ah? — Olha a palma de sua mão. — Uma escolha que fiz sem pensar... Vou fazer essa merda de compressa logo... — Fala se retirando dali, mesmo que estivesse bravo com sua decisão, no fundo sabia que era o certo para proteger o anjo.
— ... Será que ele está o amando?... — A alma penada se sobressalta ao ouvir um pequeno espreguiçar do anjo que estava adormecido no sofá, suando.
— Quem diria que um demônio poderia amar um anjo e ainda mais cuidar dele...
Quando Park volta a sala a alma penada, novamente some.
O moreno coloca uma bacia de água no chão e então se senta ao lado do corpo do anjo e começa a passar um pano úmido sobre a testa do mesmo.
— Só espero que isso resolva... Te ver assim é um saco anjinho... — Park olha o mais novo adormecido e então fica admirando a beleza do mesmo, delicadamente tirando seus cabelos molhados de sua testa os ajeitando.
Após um tempo admirando o garoto um pensamento malicioso cruza a sua mente fazendo sua mão doer e então o demônio se afasta do anjo se sentando na poltrona segurando seu pulso com força.
— Isso... Eu... Esqueci de colocar no pacto a consequência se eu quebrasse a promessa... — Jimin observa sua palma, percebendo suas veias com mais facilidade e uma estranha tonalidade roxa na mesma.
— Gostaria de saber o que isso significa... — Suspira logo se encostando na poltrona fechando seus olhos e em breve, adormecendo.
No outro dia de manhã...
— Park... Park? — O anjo cutuca o demônio que acorda em um pulo o pegando pelo pescoço.
— PUTA! Você me assustou! Caralho... — O solta ainda murmurando baixos xingamentos.
— Bom dia... — O mais novo se afasta indo limpar as coisas.
— Você está melhor? — Park se levanta bruscamente da poltrona, sentindo suas pernas fraquejarem e se senta novamente. — Porra... Não sinto minha bunda...
— Sim, eu estou! Ainda tô doente... — Espirra. — Mas um pouco melhor... Eu tomei um remédio que o Taehyung tomava quando estava doente e então estou me recuperando...
— Não devia estar fazendo nada! Devia estar descansando. — O menor se levanta novamente andando com uma pequena dificuldade até o anjo, por sentir suas pernas formigarem.
— Não posso ficar parado... Eu preciso estar acordado... E bem para quando o Kim acordar... — O anjo fraqueja se sentindo tonta e então se desequilibrando.
Por sorte Park o segura e o senta no sofá.
— Fica quieto! Eu faço essas coisas enquanto você tá doente, para de tomar as responsabilidades do humano para você! Você não é mais o anjo da guarda dele! Da um tempo merda... — Jimin se vira para fazer as tarefas domésticas que o anjo queria atribuir a si, porém sente o mais novo segurar seu pulso, o impedindo de ir.
— Pode fazer isso por mim... Só hoje?... Eu realmente... Estou cansado...
— Sim, eu já disse que vou fazer... Agora aquieta o rabo aí!
Jimin pega as coisas e então antes de sair para a lavanderia Jungkook o chama.
— Park... — O chama aconchegado no sofá.
— O que foi? — Fala com o cesto de roupas apoiado na cintura.
— Eu... Eu gosto de você...
Mesmo que parecesse algo tão simples e quase sem significado algum, as palavras do anjo foram sutis e doce que por um minuto o demônio havia se esquecido que era um demônio e seu coração se encheu com as suaves palavras do pequeno anjo.
— Eu... Eu também gosto de você... — Corresponde suave.
Aquelas eram as primeiras demonstrações de afeto que Park como demônio dizia por palavras de uma forma tão sincera quanto ouviu, à alguém.
Sem que percebessem um lindo arco-íris cruzava o céu da cidade naquele mesmo momento, o anjo e o demônio haviam finalmente se resolvido novamente.
(No Reino dos céus...)
— Você sabe o que tem que fazer?... A quem tem que servir? — O arcanjo indaga com superioridade.
— Sim... Eu sei... — O anjo ruivo responde.
— Não foi convincente! — Bate os pés demonstrando sua raiva. — Se quer que eu acredite que você não irá me trair, deve se mostrar fiel à mim! Ou você se esqueceu do que está em jogo?... Jung Hoseok! Anjo da patente dos anjos da prosperidade!
— Eu sei... O que eu devo fazer... Samael! — Olha com fúria para Samael.
— Esse olhar... Eu quero ver esse olhar contra aqueles que fugiram do céu! Quero aquele demônio no qual você se maculou morto! Ele, o anjo Kim Seokjin e principalmente aquele anjo que tentou me deslustrar! Jeon... Jungkook... Essa é a sua tarefa! Ouviu bem?! — Samael pressiona o ruivo, psicologicamente.
— Entendi... Entendi... — Hoseok responde já com lágrimas nos olhos enquanto segurava firme seu chicote o qual usava antes preso em seu cinto, como representação de sua patente.
— Se não todos os seus familiares dessa vida e suas vidas passadas irão desejar nunca terem existido! Eles e todos os que estão ligados à você! Principalmente aquele demônio nojento!
Um dos soldados de Samael enrolam uma corda em volta do pescoço de Hoseok o puxando, fazendo sua cabeça se inclinar para trás e então o chicoteam, fazendo o pequeno anjo chorar ainda mais, dessa vez, de dor.
— Acho bom ter entendido o recado... Jung Hoseok...
Os soldados de Samael o largam, fazendo o ruivo cair no chão sem forças e então Samael vira as costas para o mesmo o deixando sozinho naquele local escuro, enquanto chorava baixinho, sem esperanças do que estava por vir.
End.
Capa feita por: gguukmong
Obrigado por ler!
Desculpe todo e qualquer erro de escrita!
Espero que tenham gostado e continuem acompanhando o meu trabalho!
Obrigado pelo apoio e por terem lido até aqui!
❤ I Never Stop! 🦋
(Bônus...)
Carta da Aimi para Yoshiaki (Debauch):
" — ყơʂɧıąƙı... ɱɛų զųɛཞıɖơ ɛ ąɱąɖơ ყơʂɧıąƙı... ʄıŋąƖɱɛŋɬɛ ℘ɛཞƈɛცı... ɛų ŋãơ ℘ơɖıą ཞɛąƖɱɛŋɬɛ ɛʂɬąཞ ۷ı۷ɛŋɖơ ơųɬཞơ ąɱơཞ, ɱɛų úŋıƈơ ɛ ɛɬɛཞŋơ ąɱơཞ ʂɛɱ℘ཞɛ ʄơı ۷ơƈê, ℘ཞơɱɛɬɛɱơʂ ųɱ ąơ ơųɬཞơ զųɛ ŋɛɱ ɱɛʂɱơ ą ɱơཞɬɛ ŋơʂ ʂɛ℘ąཞąཞıą ɛ ۷ơƈê ۷ɛıơ ąɬé ɱʝɱ ɛ ɱɛ ƈơŋʄıཞɱơų ıʂʂơ... ʄıզųɛı ɬąŋɬơ ɬɛɱ℘ơ ɛʂ℘ɛཞąŋɖơ զųɛ ۷ıɛʂʂɛ ɱɛ ۷ɛཞ զųɛ ℘ɛཞɖı ą ąƖɛɠཞıą ŋơ զųɛ ɛཞą ɱąıʂ ცɛƖơ, ℘ơཞéɱ ۷ơƈê ɱɛ ɬཞơųҳɛ ɖɛ ۷ơƖɬą ą ۷ıɖą ƈơɱơ ųɱą ŋơ۷ą ℘ɛʂʂơą, ųɱ ŋơ۷ơ ყơʂɧıąƙı զųɛ
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